tag:blogger.com,1999:blog-559775849744260482023-06-20T05:40:12.349-07:00EM BUSCA DE DEUSconforti1928@hotmail.comhttp://www.blogger.com/profile/03611925017204025239noreply@blogger.comBlogger373125tag:blogger.com,1999:blog-55977584974426048.post-61843134060493917532014-05-11T11:35:00.001-07:002014-05-11T11:36:22.887-07:00ALÉM DA MENTE<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> (3) ‘ALÉM
DA MENTE’ – Psicologia Transpessoal. (Jan
2008)<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%;">
<span class="font-size-51"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"> </span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%;">
<span class="font-size-51"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">Baseado
no livro ‘Além do Ego’. Renomados físicos, psicólogos, psiquiatras e
pesquisadores da Psicologia Transpessoal e da meditação Zen e Yoga, falam sobre
a realidade da meditação como único caminho para a ‘salvação’ do ser humano. O
raciocínio, o pensamento, a imaginação não podem alcançar o ‘sagrado’, pois são
coisas finitas e limitadas e somente aquilo que é ilimitado e infinito, isto é,
que está ‘além do ego’, pode fazer isso.
</span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%;">
<span class="font-size-51"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">..............................................
</span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div style="line-height: 150%;">
<span class="font-size-51"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">ROGER N.
Walsh, M.D., PhD., catedrático de Psiquiatria na Universidade da Califórnia,
autor de muitos livros de ciência da meditação e do cérebro, e Frances Vaughan,
PhD., clínica e professora de psicologia do Instituto de Psicologia
Transpessoal da Califórnia, autora de revistas científicas especializadas sobre
o tema.</span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%;">
<span class="font-size-51"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">........</span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%;">
<span class="font-size-51"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">
Nos últimos anos comprovou-se que as suposições ocidentais, sobre quem e o que
somos e do que podemos vir a ser, estavam erradas. Não conhecíamos o
extraordinário potencial para o bem-estar e para o crescimento psicológico <u>extremo</u>
que o ser humano possui.</span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%;">
<span class="font-size-51"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">
Como grande parte desses novos dados não é aceita pela psicologia ocidental,
surgiu a psicologia ‘transpessoal’ para pesquisar tais capacidades humanas,
apoiando-se, particularmente, na física quântica e na sabedoria das tradições
místicas orientais. Seus interesses incluem pesquisas sobre estados
transpessoais (isto é, além do ego) de consciência, consciência cósmica,
bem-aventurança, êxtase, experiência mística, caminhos espirituais, compaixão,
percepção e práticas de meditação. É transpessoal porque leva a experiências
que estão além da identidade e da personalidade do ego. Esse potencial pode ser
alcançado pela meditação e, muitíssimo raramente, por maneira espontânea.</span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%;">
<span class="font-size-51"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">
A psicoterapia e a psicologia do Ocidente só eram dirigidas à cura de doenças
da psique; nunca à saúde ou ao crescimento do ser pela ampliação da
consciência. Como, no Ocidente, não era aceita a existência de estados
alterados de consciência, que muitas vezes trazem expansão da consciência para
além das fronteiras do ego e do espaço e tempo, esses estados, comuns na tradição
oriental, eram diagnosticados (pelos cientistas ocidentais) como regressões
patológicas e mesmo psicoses.</span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%;">
<span class="font-size-51"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">
Com o uso de psicodélicos (drogas que, com o tempo, causam embrutecimento da
mente), e de técnicas de meditação, muitas pessoas começaram a ter experiências
extraordinariamente poderosas de estados de consciência, que iam além das
experiências do dia-a-dia ou de qualquer conhecimento da psicologia ocidental.
Isso incluía experiências que, pela história, só ocorreram, rara e
espontaneamente, em indivíduos que haviam dedicado a vida a disciplinas
meditativas ou religiosas (os místicos e os chamados ‘santos’). Aquilo que,
durante séculos, os ocidentais julgaram ser superstições, mentiras ou
patologias, tornou-se, sem sombra de dúvida, verdadeiro e, sempre, o
acontecimento mais importante na vida de grande número de pessoas (Jung: ‘é a
mais importante e sublime experiência do ser humano’).</span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%;">
<span class="font-size-51"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">
Muitos compreenderam a importância de certas psicologias orientais; que elas
oferecem técnicas que levam a estados superiores de consciência, e que a
capacidade para se chegar a esses estados, e às profundas intuições acerca do
‘eu’ e seu relacionamento com o universo, é natural em todos nós.</span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%;">
<span class="font-size-51"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">
Sendo esses estados a própria finalidade das disciplinas orientais de
consciência, muitos dos que riam dessas idéias, ou as julgavam patologias,
começaram a meditar e estudar textos antes considerados só para místicos,
filósofos ou religiosos. Falar de estados superiores de consciência, unidade
mística, expansão da identidade, era coisa absurda. No entanto, inúmeras
pesquisas em psicologia, medicina e física (quântica), comprovaram sua
realidade. E, hoje, só nos EUA, o número de meditadores chega, talvez, a
milhões.</span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%;">
<span class="font-size-51"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">
A reação de muitos foi de espanto e crítica, o que mostra a dificuldade de
descrever os estados alterados de consciência para quem ainda não os
experimentou (Paulo: ‘vi e ouvi coisas inefáveis’). A comunicação entre estados
diferentes de consciência é limitada por numerosos fatores.</span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%;">
<span class="font-size-51"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">
O universo, visto pela ciência clássica, é atomístico, divisível, estático e
não-interdependente, enquanto, pela nova física, é holístico (abrange tudo; é
uma coisa só, um todo único), indivisível, interligado, interdependente,
dinâmico e inseparável da consciência do observador, o que fez que os próprios
físicos afirmassem que a sabedoria das antigas tradições místicas orientais
estava sendo re-descoberta. </span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%;">
<span class="font-size-51"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">
Oppenheimer, físico: ‘As noções trazidas pela nova física não são novas, nem
desconhecidas. Até em nossa cultura elas têm uma história e, no budismo e
hinduísmo, um lugar central. O que estamos assistindo é uma redescoberta e um
aprimoramento da sabedoria dos místicos’.</span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%;">
<span class="font-size-51"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">
Bohr, físico: ‘Para termos um paralelo da visão da física quântica basta nos lembrarmos
das visões do Buda (</span></span><st1:metricconverter productid="500 a" w:st="on"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">500 a</span></st1:metricconverter><span class="font-size-51"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">.C.) e Lao Tse’ (</span></span><st1:metricconverter productid="600 a" w:st="on"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">600 a</span></st1:metricconverter><span class="font-size-51"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">.C.) (ambos do misticismo oriental).</span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%;">
<span class="font-size-51"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">
Suzuki: ‘Olhando ao derredor, percebemos que todo objeto se acha relacionado
espacial e temporalmente com todos os outros objetos. É fato da pura experiência
que não há espaço sem tempo, nem tempo sem espaço; eles se interpenetram e se
complementam’ (Talvez, por isso, o Buda foi retratado, assim que atingiu a
iluminação, ornado com um colar de gemas preciosas no qual as cores e os
brilhos de todas estavam refletidos em cada uma).</span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%;">
<span class="font-size-51"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">
Minkowisk, físico: ‘De agora em diante, espaço e tempo estão condenados a se
tornarem meras sombras’ (em face da teoria da relatividade).</span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%;">
<span class="font-size-51"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;">.......................................................</span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> DANIEL Coleman, Ph.D., psicólogo
clínico, professor de meditação na Universidade Harvard, autor e editor de
revista científica sobre psicologia, pesquisador das técnicas de meditação do
Ceilão e da Índia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">........<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Enquanto, no Ocidente, a psicologia nem
mesmo havia iniciado a investigação do bem-estar extremo psicológico, ou dos
estados superiores de consciência, no Oriente já eram encontradas concepções
radicalmente diferentes relativas à natureza e ao potencial psicológico do ser
humano. Reconhecidas nossas limitações culturais, abriu-se caminho para uma
visão mais ampla da nossa psicologia, com a criação de novos modelos capazes de
acomodar as concepções ocidentais e orientais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Algumas das principais diferenças de
concepção:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> No Ocidente, a matéria é considerada o
constituinte principal da realidade e é ela que cria a consciência ou mente
(isto é, a mente não passa de um subproduto da matéria cerebral). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> No Oriente, a consciência é o elemento
principal e é ela que cria todo o universo material (ver Amit Goswami e outros).
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Para o Ocidente, o universo é
reducionista e atomístico, isto é, pode ser decomposto em suas partes
componentes, ou entidades isoladas. Contudo, a física quântica redescobriu as
antigas descrições místicas de um universo indivisível e interconectado. A
realidade parece mais estranha que a ficção pois provas indicam que cada parte
do universo está conectada com todas as outras partes (isto é, em todo o
universo tudo está conectado com tudo).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> A psicologia ocidental, para a qual ‘o
comum é o melhor’, considera o estado de consciência comum como sendo o estado
ótimo, visão que rejeita a possibilidade dos estados superiores das concepções
orientais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Freud afirmou que o sofrimento é
inevitável e que a alternativa é derrotá-lo, porém, o psicólogo budista oferece
outra alternativa: alterar os processos da consciência ordinária e alcançar o
‘estado de Buda’ que acaba com todos os sofrimentos, sejam quais forem. Esse
estado é atingido principalmente pela meditação e, uma vez alcançado, extingue
os demais estados (ansiedade, depressão, orgulho, egoísmo, ciúme, inveja,
violência, medo, ignorância etc) que geram todos os sofrimentos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> O estado de Buda possui uma coerência de
ordem mais elevada do que as integrações sugeridas por qualquer ramo da
psicologia ocidental. A psicologia oriental ensina e, hoje, os ocidentais estão
compreendendo (em face das implicações das descobertas da física quântica) que,
pela meditação, esse estado pode ser atingido por todas as pessoas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">....................................................................................... <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> ROGER N. Walsh e Frances Vaughan, já
citados acima, e Duane Elgin, pesquisadora em ciências sociais e autora de
obras sobre meditação, e Ken Wilber, pesquisador do misticismo oriental e autor
de importantes obras sobre psicologia transpessoal (Deepak Chopra diz que as
obras de Wilber estão sempre à sua cabeceira e ao alcance de suas mãos).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">........<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> A psicologia oriental faz afirmações que
contrariam completamente as pressuposições ocidentais relativas à consciência:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> 1)nosso estado ordinário (comum) de
consciência está muito abaixo do nível considerado ótimo; <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> 2)existem muitos estados de consciência,
incluindo verdadeiros estados ‘superiores’; <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> 3)esses
estados podem ser alcançados por treinamento
(meditação); <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> 4) a comunicação entre tais estados é,
necessariamente, muito limitada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Os místicos desenvolvidos afirmam, de
modo indiscutível, que o nível de consciência considerado ótimo pela psicologia
ocidental é apenas sonho e ilusão; que, saibamos ou não, somos prisioneiros de
nossa própria mente, emaranhados, sem percebermos, num diálogo-fantasia interior
(Benoit: o ‘filme’ emotivo-imaginativo) sem fim que cria distorções ilusórias na
nossa percepção da realidade; que essa condição nos permanece oculta até que
comecemos a submeter nossos processos de percepção à rigorosa análise, como o
que acontece na meditação. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> A pessoa ‘normal’ é considerada
‘adormecida’ ou ‘mergulhada em sonho’. Quando o sonho é doloroso se torna
pesadelo e é reconhecido como uma condição patológica mas, como a imensa
maioria das populações está ‘sonhando’, essa condição permanece não-percebida. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Quando alguém desperta (isto é, se
ilumina) e deixa, em conseqüência, de se identificar com o sonho, pode perceber
que seu estado anterior de consciência, e o da população em geral, é apenas
ilusão. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Aqui no Ocidente, a psicose é definida
como um estado de consciência deficiente, que vê a realidade distorcida e não
reconhece essa distorção. Então, pela visão dos místicos, o estado comum de
consciência ocidental atende a todos esses critérios referentes à psicose: é
deficiente, tem visão distorcida da realidade e não reconhece essa distorção;
nós, ocidentais, portanto, na visão dos místicos, somos, todos, psicóticos.
Cada estado ou nível de consciência é, apenas, um grau relativo de percepção da
realidade, o que significa que nós somente percebemos uma parcela da realidade
(só os místicos desenvolvidos a percebem inteira; e esse percebimento vem com
meditação).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Tart: ‘Estudamos, no Ocidente, aspectos
do Sansara (maya, ilusão, mundo “material”) com muito mais detalhes do que as
próprias tradições orientais que criaram esse conceito. No entanto, quase
nenhum psicólogo ocidental aplica o que estudou a si mesmo. Eles supõem que
seus estados de consciência são lógicos, claros e sadios e não ilusão. A
psicologia ocidental precisa reconhecer que nosso estado ‘normal’ de
consciência é um estado psicótico, estado de Sansara (de ilusão, de sonho)’.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Os
estados superiores de consciência, que trazem liberdade total, iluminação,
superação do sofrimento e de todos os problemas da vida, nem chegam a
ser considerados pela psicologia ocidental, que só se aplica a tentar a cura de
patologias do nível do ego e existenciais. No entanto, os estados superiores
são dotados de todas as capacidades do estado comum e apresentam outras aptidões
adicionais superiores às do estado comum. Podem vir acompanhados de percepções,
intuições e afetos não usuais na experiência cotidiana, alguns fundamentais
para o desenvolvimento de uma verdadeira sabedoria
superior. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Mas, como disse Ramana: ‘Ninguém obtém
êxito sem esforço. Quem é bem sucedido deve à perseverança seu sucesso’ (Jesus:
‘Aquele que perseverar até o fim será salvo’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> King: ‘Convencemo-nos uns aos outros de
que nossa condição comum de consciência desperta é saudável e própria do homem,
pela simples razão de que todos somos suas vítimas’ (ela nos ilude a todos).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Assim, enquanto as experiências de
nirvana, iluminação, samadhi, satori, consciência cósmica, reino de Deus,
consciência de Cristo ou de Buda trazem um sentido de unidade e harmonia com todo o universo, os psiquiatras e
psicólogos ocidentais as interpretam como fuga ou regressão a um estágio
infantil primitivo (ao útero, ou ao seio materno). Faz pouco sentido para o
cientista de saúde ocidental a afirmação de que nosso estado comum de
consciência é limitado, carregado de fantasia, obscuro e ilusório, porque eles
não experimentaram estados elevados, embora a comprovação individual seja
relativamente fácil. Em poucos dias de investigação intensa (quando se tenta a
meditação), pode-se verificar a natureza irracional, obscura e incontrolável da
mente não treinada, e os investigadores se espantarão de não o terem percebido
antes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> A explicação de que as experiências
transcendentais são aberrações, porque não podem ser transmitidas verbalmente
(Paulo: ‘vi e ouvi coisas indizíveis ’), não leva em conta o fato de que a
linguagem pode ser excelente para a comunicação de experiências que as pessoas
têm em comum; mas experiências não compartilhadas implicam pouca ou nenhuma
comunicação. Daí, os obstáculos para a comunicação entre pessoas de diferentes
estados de consciência (Paulo: ‘A sabedoria de Deus é loucura para os homens’).
Assim, pela visão ocidental, as afirmações orientais sobre a consciência só
podem parecer sem sentido e incompreensíveis.
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Vimalo: ‘As intuições místicas não podem
ser julgadas por pessoas não iluminadas, apenas com a visão limitada do
conhecimento intelectual’.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Assim, enquanto um objeto, para um
animal, pode não passar de algo estranho (o que ele é), para um selvagem pode
ser apenas papel marcado (o que ele é), para um adulto educado médio pode ser
um livro que traz afirmações estranhas e complicadas sobre a natureza e o mundo
(o que ele é), para o físico pode ser um brilhante tratado científico que
revela descobertas e profundas realidades (o que ele é). Para cada nível de
compreensão, há um grau diferente de significação, o que faz com que, em um
nível, não se tenha nenhuma compreensão dos significados, talvez
importantíssimos, de determinado evento de um nível superior. Por isso, pode-se
pensar que o místico afirmou bobagens e absurdos, resultantes de uma condição
patológica ou de um estado de consciência deficiente quando, na realidade, ele
afirmou verdades de níveis superiores.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> A experiência transcendental ou mística é
um estado alterado de consciência que se caracteriza, entre outras coisas, por:
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> 1) ser inefável: tem tamanho poder e é
tão diferente de qualquer outra experiência, que sua comunicação, isto é, que
falar sobre ela, é impossível; <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> 2) desperta sentido aumentado de clareza
e compreensão (sabedoria); <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> 3) traz percepção alterada do
espaço-tempo; <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> 4) produz apreciação da natureza
integrada, holística e unitiva do universo e da própria unidade com este; <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> 5) desperta intenso amor por todos; e<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> 6) traz a percepção de que o universo é
perfeito.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Experiências simples ocorrem a muitos,
mas em geral essas pessoas as reprimem, as escondem, pelo temor da perda de
controle e da intolerância da sociedade, ou são mal interpretadas em face da
cultura vigente. Elas podem produzir mudanças benéficas e duradouras, tendo
Jung afirmado sua importância espantosa para a saúde mental: ‘O fato é que a
aproximação do numinoso (do transcendental, do miraculoso, da percepção de
Deus, do sagrado) é a verdadeira terapia e, na medida em que alcança essas
experiências, a pessoa se liberta da maldição da patologia’ (semelhante a ‘todo
mal e todo bem, mental ou fisiológico, pois mente e corpo são interdependentes,
vêm de uma menor ou maior aproximação da percepção do divino’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Maslow afirma que a experiência mística
é ‘tão profunda e chocante que pode mudar o caráter de uma pessoa para sempre’.
Ao retornar dela, a pessoa ‘sente-se, mais do que nunca, o centro responsável,
ativo e criativo de suas próprias percepções e atividades, mais determinada e
com mais livre-arbítrio do que nunca’. E, dentro de uma ‘hierarquia de
meta-necessidades do homem’, considera a busca da transcendência do ego como o
objetivo mais importante e sublime da vida do ser humano (como Jung, também
afirmou). Pesquisadores da meditação afirmam que evidências comprovam seu potencial
de levar a estados superiores de consciência e a uma maior saúde mental. E
também que o investigador não pode ser apenas experimentador; tem de ser,
também, participante ativo. Outros alertam para o fato de que um dos mais
delicados problemas que os investigadores têm de enfrentar pode ser o
reconhecimento de que poderão sofrer resistências ativas acerca de idéias e
experiências advindas da meditação, pois suas crenças e concepções mais
fundamentais sobre a vida podem ser tremendamente questionadas até mesmo por
eles.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Satprem: ‘Eis porque é tão difícil
explicar o caminho para quem não o experimentou: a pessoa verá apenas seu atual
ponto de vista, ou melhor, receará a perda de suas crenças, a perda de seu
ponto de vista. E, no entanto, se ao menos percebesse que cada perda de ponto
de vista é um progresso e que a vida muda quando se passa do estágio da verdade
fechada para o estágio da verdade aberta - uma verdade que se assemelha à
própria vida, demasiado grande para ser aprisionada por pontos de vista, já que
abrange todos eles... uma verdade grandiosa o suficiente para negar a si mesma,
e passível de levar sempre e interminavelmente para uma verdade superior’.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">............................................................................<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> ROGER N. Walsh e Frances Vaughan, já
citados acima:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">........<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> A psicologia transpessoal considera a
pessoa por quatro dimensões: consciência, condicionamento, personalidade e identidade.
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> 1) A consciência comum é um estado
contraído e defensivo, invadido por um fluxo contínuo de pensamentos e
fantasias incontroláveis (o filme emotivo-imaginativo, do Zen-Budismo), que
estão de acordo com nossas necessidades e defesas para a sobrevivência. Assim,
disse Dass: ‘Somos todos prisioneiros de nossa mente. Perceber isso é o
primeiro passo para a libertação’. Enquanto o homem não o percebe, nada faz
para se libertar. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> É essencial, para a ampliação da
consciência, abandonar tal contração defensiva, apaziguando-a, e perceber seu
enorme potencial de ampliação, o que pode ser conseguido pela prática da
meditação. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Satprem: ‘O que traz a revelação do segredo é o <u>silêncio</u>
da mente. Na verdade, todos os tipos de descobertas ocorrem quando a mente
pára, e a primeira descoberta é que, se o poder de pensar é um dom grandioso, o
<u>poder de não pensar é mais
grandioso ainda’</u>. As técnicas de meditação das tradições orientais sérias têm
por objetivo exatamente a cessação do pensar, para que, cessando o pensar, a
mente se livre de suas impurezas, esvazie-se de seus obstáculos e tenha
condições de ver a ’Realidade’.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> A afirmação de que nosso estado comum de
consciência pode ser ampliado traz implicações inesperadas. Como já vimos, o
estado comum de consciência do homem ocidental é idêntico à psicose. Nessa
perspectiva, cada estado de consciência revela sua própria gama de realidades,
podendo-se definir a psicose como um apego ou aprisionamento a ‘qualquer’ conteúdo
da consciência, seja de qual nível for (exceto o nível da Mente pura, Deus, pois
nesta, não há mais qualquer mal, obstáculo, doença, ou apego).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> A realidade, tal como a conhecemos
(sendo essa a única maneira pela qual a conhecemos), é apenas ‘parte’ da
realidade. Ram Dass: ‘Crescemos num plano de existência, percepções e interpretações,
que julgamos real. Identificamo-nos por inteiro com essa realidade, que
consideramos absoluta e verdadeira, e descartamos as experiências incompatíveis
com ela. O que Einstein demonstrou na física se aplica a todos os aspectos do
universo: a realidade é <u>relativa</u> ao nível de consciência do observador.
Cada realidade só é verdadeira dentro de determinados limites (de consciência);
não passa de uma versão possível do que as coisas são. Há sempre múltiplas
versões da realidade. Despertar de uma delas é reconhecer sua relatividade’. (Só
no nível da Mente pura a realidade é absoluta).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> William James: ‘Nossa consciência
desperta e comum é apenas um dos tipos de consciência; ao seu redor, separadas
dela pelo mais fino véu, há formas potenciais de consciência que dela diferem
inteiramente. Podemos passar pela vida sem suspeitar de sua existência, mas
aplique-se a elas o estímulo necessário e, num instante, elas surgem em toda
sua inteireza. Não pode ser completo o significado do universo em sua
totalidade se não se considerar essas outras formas de consciência. ’<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Logo, a realidade que percebemos reflete
nosso estado de consciência do momento, e jamais podemos explorar a realidade
sem explorarmos, ao mesmo tempo, a nós mesmos, tanto por sermos como porque nós criamos a própria realidade que
queremos explorar (conforme o misticismo e a física quântica).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> 2) Quanto ao condicionamento, a
psicologia transpessoal afirma que nele estamos totalmente presos, mas que a
libertação é possível. Estamos presos principalmente ao apego, o que significa
que a não-realização do desejo (ao qual nos apegamos) produzirá sofrimento.
Logo, o apego tem papel crucial na causa de toda infelicidade do homem, sendo o
abandono do apego fundamental para a
cessação do sofrimento (‘... e a verdade vos libertará’). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Dass: ‘Associar-se ao apego traz
interminável sofrimento e miséria’. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Jung: ‘Enquanto estivermos apegados,
estamos possuídos, e, quando estamos possuídos, existe algo mais forte do que
nós, que nos aprisiona’.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> O apego não é só a objetos externos ou
pessoas. Há apego às posses materiais, a relacionamentos especiais, à condição
social, à auto-imagem particular, a padrão de comportamentos e a processos
psicológicos (modo de pensar, crenças, suposta realidade etc); entre os apegos
mais fortes estão o apego ao sofrimento e à falta de valor próprio. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Enquanto acreditarmos que nossa
identidade nasce de nossos papéis, problemas, relacionamentos ou conteúdos da
nossa consciência, o apego será reforçado para fins de sobrevivência pessoal,
porque acreditamos que dependemos deles: ‘Se abandono meus apegos, quem serei e
o que serei?’<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Há também apego ao drama ou história
pessoal que cada um tem para contar aos outros sobre si mesmo; é um luxo
desnecessário, parte de nossa bagagem emocional. É benéfico para todos
desapegar-se de seu drama e dos dramas pessoais dos outros (das emoções,
portanto).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> 3)
Quanto à identificação, define-se como o processo pelo qual alguma coisa é
vivenciada como o ‘eu’. E é tamanha nossa identificação que jamais questionamos
aquilo que tão claramente parecemos ser. Toda tentativa de questionar nossa
identificação pode encontrar considerável resistência de nós mesmos e daqueles
que nos rodeiam. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Laing:
‘As nossas tentativas de despertar costumam ser punidas, especialmente pelos
que mais nos amam, porque eles, abençoados sejam, estão ‘dormindo’ e pensam que
quem desperta, ou percebe que o que considera realidade não passa de um sonho
(ilusão), está ficando louco’ (‘A sabedoria de Deus é loucura para os homens’,
disse Paulo).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> A nossa identificação com nosso conteúdo
mental torna-nos inconscientes do nível de consciência mais amplo que contém esse
conteúdo; o conteúdo da mente passa a ser o crivo pelo qual interpretamos todos
demais contextos. Por exemplo, se o pensamento ‘estou com medo’ surgir e for
tomado pelo que é, ou seja, apenas um pensamento, pouca influência terá. Mas,
se nos identificarmos com ele (se ele passar a ser nosso conteúdo mental), a
realidade, nesse momento, será o nosso medo (Krishnamurti: somos o medo, a
violência, a raiva, a inveja etc) e nós, muito provavelmente, geraremos uma
série de pensamentos e emoções de medo, e nos identificaremos com eles;
interpretaremos os mais indefinidos pensamentos como medo; perceberemos o mundo
como algo ameaçador e agiremos de acordo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> A identificação põe em movimento um
processo auto-realizador no qual os processos psicológicos tornam válida a
realidade daquilo com que nos identificamos. Tudo parecerá provar a realidade
do nosso medo. Ao se identificar, a pessoa não percebe o fato de que sua
percepção vem do pensamento ‘estou com medo’. Não percebemos esse pensamento,
mas passamos a interpretar todas as coisas a partir dele. A consciência passa a
ver o mundo de uma forma limitada e auto-validadora. ‘Enquanto estivermos
identificados com um pensamento ou objeto, somos seus escravos, não somos
livres’. (Por isso, Jesus disse: ‘Conhecereis a verdade e a verdade vos
libertará’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Quando nos lembramos de que nossa mente
está sempre repleta de pensamentos com os quais, sem perceber, nos
identificamos, fica evidente que, no estado comum de consciência, estamos,
literalmente, hipnotizados. Como na hipnose, o indivíduo não percebe o transe em
que está, nem as limitações impostas à consciência, nem se recorda de sua
identidade anterior. Enquanto hipnotizados, pensamos que somos aquilo que nossa
mente contém, o conteúdo mental, os pensamentos que ali estão. Assim, os
pensamentos com os quais estamos identificados criam o nosso estado de
consciência, de identidade e de realidade. (Por isso, disse o Buda: ‘Somos o
que pensamos. Tudo o que somos vem de nossos pensamentos. Com eles vemos e
interpretamos o mundo’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Suzuki: ‘O que é consciente e o que é
inconsciente está subordinado à estrutura da sociedade e aos padrões de
pensamento e sentimento que ela produz. O efeito da cultura da sociedade não apenas
canaliza ilusões para a nossa consciência, mas também evita a percepção da
realidade... Esse sistema funciona como um filtro social condicionado; a
experiência só chega à nossa percepção se puder passar por esse filtro’ (se
estiver de acordo com os costumes e cultura da sociedade em que vivemos).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Pode-se, assim, considerar a tarefa de
despertar como uma progressiva desidentificação do conteúdo mental em geral.
Isso é bem evidente nas práticas como a meditação de percepção, em que se
treina para observar e identificar, com rapidez e precisão, todos os conteúdos
mentais. É um lento processo de gradual aperfeiçoamento da percepção que
resulta em retirar a consciência dos conteúdos mentais cada vez mais profundos
e sutis com que ela se acha identificada. No final, a percepção deixa de identificar-se
com qualquer coisa, fato que representa uma mudança radical e duradoura da
consciência, conhecida como iluminação.
Como já não há identificação com qualquer coisa, temos a percepção como sendo,
ao mesmo tempo, nada e tudo. A dualidade eu/não-eu é transcendida, e tem-se uma
vivência de si mesmo como sendo, ao mesmo tempo, percepção pura (nenhuma coisa)
e como sendo todo o universo (todas as coisas), dando lugar à transcendência do
ego e do espaço-tempo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Nos níveis mais sutis da percepção, atingidos
por meditação de percepção, vê-se toda a Mente e, portanto, todo o universo
fenomênico, em contínuo movimento e mudança; cada objeto é percebido vindo do
vazio para a percepção e desaparecendo em seguida, em instantes, no vazio
(Paulo: ‘não somos donos nem de nossos pensamentos’). Isso mostra a
impermanência de tudo; tudo se transforma, tudo é transitório, nada é imutável.
Perceber isso pode ser a maior força que motiva os meditadores avançados para
transcender todos os processos mentais e alcançar o estado imutável e
incondicionado que é o nirvana, satori ou iluminação (foi pela percepção da
impermanência de todas as coisas que o Buda fundou sua filosofia).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Nesse estado de pura percepção, não há
mais identificação com a mudança, pois não há mais identificação com conteúdos
mentais. Como o tempo é função da mudança, isso resulta na experiência de se
haver transcendido o tempo, fato que é experimentado como eternidade, o agora
sem fim, e o tempo é percebido como produto ilusório da identificação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Silesius: ‘O tempo é nossa criação.
Quando se pára o pensamento, também o tempo pára, morto’.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Os conteúdos e processos mentais vêm do
condicionamento, como afirmam as psicologias ocidentais e orientais. A
identificação com esses conteúdos gera a experiência de um ‘eu’ condicionado.
Transcendida essa identificação, cessam os efeitos do condicionamento e com
isso, cessa o ‘eu’ (que nada mais é que um feixe de memórias, os conteúdos da
consciência com os quais nos identificamos). Pensamentos e emoções ainda passam
pela mente, mas não há identificação com eles, e vivencia-se uma percepção de
bem-aventurança porque, não havendo identificação com pensamentos e emoções
dolorosos, não há mais experiência de sofrimento (pois, a causa do sofrimento é
a identificação ou apego aos conteúdos mentais dolorosos).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Sem condicionamentos, fica-se livre das
identificações com conteúdos inconscientes distorcedores e restritivos, e a
consciência é capaz de uma percepção clara e precisa que, no budismo, se chama
‘espelho de cristal’, porque ele reflete fielmente a realidade. Sem
identificação, o espelho e aquilo que ele reflete, o sujeito e o objeto, são
percebidos como uma coisa só. A consciência, agora, é percebida como sendo
aquilo que antes ela observava (Krishnamurti: o observador é a coisa
observada), pois o observador ou ego, produto ilusório da identificação, deixa
de ser vivenciado como real. O indivíduo se vê como consciência pura em unidade
com tudo, idêntico a qualquer outro indivíduo. Vem daí a afirmação mística de
que ‘todos somos um’, e não mais ocorrem pensamentos que possam ferir os
‘outros’. Amor e compaixão são expressões naturais desse estado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Todos os relatos de experiências nesse
estado deixam claro que elas só ocorrem em momentos em que se vai além do ego (o ego cessa com a perseverança
nas tentativas de meditação). Como a comunicação entre diferentes estados de
consciência é difícil, as descrições em geral são incompreensíveis na visão da
psicologia ocidental. Assim, é fácil rejeitar essas experiências sem qualquer
análise, considerando-as sem sentido ou patológicas, erro cometido por alguns
dos mais notáveis profissionais de saúde mental do Ocidente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Nesse estado, a pessoa se vê como pura
percepção, incondicionada, eterna e, também, experimenta ser tudo o que existe.
Nas profundezas da psique humana, cessadas as identificações limitadoras com os
conteúdos mentais, a percepção não encontra limites à sua identidade e se
percebe como aquilo que está além do espaço e do tempo, aquilo a que a
humanidade deu o nome de Deus (‘eu e o Pai somos um’). Por isso, afirmou
Bugental: ‘Para mim, Deus é uma palavra usada para indicar nossa subjetividade
inefável, o potencial indescritível e inimaginável que está dentro de cada um
de nós’. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">..................................................................................<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> FRITIJOF
Capra, físico quântico, autor de O Tao
da Física, Ponto de Mutação, Sabedoria Incomum, e outras importantes obras sobre os avanços
da nova ciência e suas conexões com o misticismo. É físico pesquisador do
Laboratório Berkeley, Universidade da Califórnia, um dos mais importantes do
mundo:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">........<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Com a física quântica, a visão ocidental
de mundo mudou para uma visão semelhante à do misticismo oriental. A física
clássica, a física anterior (cartesiana, newtoniana), dera uma visão de mundo
de caráter mecanicista (teoria que pretende explicar os fenômenos da vida pelas
leis da mecânica dos corpos inorgânicos), geradora do dualismo mente e matéria,
mente e corpo, característico da cultura e do pensamento ocidental, o que fez
que os cientistas tratassem a matéria como algo morto e totalmente separado da
mente. Em oposição a essa, está a visão mística (hoje aceita pela ciência
quântica), caracterizada pela palavra ‘orgânica’, que considera o universo um
organismo harmonioso e indivisível. Nessa visão, tudo, coisas e eventos, estão
inter-relacionados, ligados entre si; são aspectos ou manifestações da mesma
realidade última (daquilo a que chamamos Deus).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Nossa tendência de dividir o mundo em
‘coisas’ distintas e separadas, e de experimentar a nós mesmos como egos
separados e isolados, é vista como ‘ilusão’ (maya) decorrente de nossos
processos mentais que tudo quantificam e dividem. Esses processos são úteis
para a sobrevivência, mas ocultam e distorcem a realidade. A visão mística é de
um mundo inerentemente dinâmico e em constante mutação (tudo é impermanente e
está num eterno fluir). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> O cosmo é uma realidade indivisível,
sempre em movimento, viva, orgânica, a um só tempo espiritual e material. As
forças que causam o movimento não estão fora dos objetos, como julgava a
ciência anterior, mas constituem sua propriedade intrínseca, a própria natureza
dos objetos. Partículas não existem nem aqui, nem ali; apenas mostram
tendências de existir... Os eventos não ocorrem com certeza em lugares,
momentos ou de maneiras definidas; mostram tendências de ocorrer. E essas
tendências ou probabilidades, não são probabilidades de ‘coisas’, mas probabilidades de interconexões. Enfim, a nova
física veio comprovar uma interligação essencial de todo o universo; cada
fenômeno, cada objeto, está ligado a todos os outros fenômenos e objetos. E
quando penetramos na matéria, descobrimos que ela se compõe de partículas, mas
essas partículas não são os ‘blocos básicos de matéria’, como afirmava a física
clássica; são apenas ‘abstrações’, úteis na prática, mas sem qualquer
significado fundamental. Niels Bohr: ‘As partículas materiais isoladas são
abstrações (ilusões), só sendo possível definir e observar suas propriedades
por meio do intercâmbio com outros sistemas’. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Os objetos materiais sólidos, da física
clássica, são apenas padrões de probabilidades, não de ‘coisas’, mas de
interconexões. O universo não é um conjunto de objetos, mas uma complexa teia
de relações entre as várias partes de um todo indiviso (como falou Teilhar de
Chardin, monge católico em ‘A Teia da Vida’; por essa afirmação e outras, foi
proibido, pela igreja, de publicar qualquer coisa até o dia de sua morte).
Heisenberg: ‘O mundo se mostra como uma rede complexa de eventos na qual
ligações de diferentes tipos se alternam, se interpenetram, se combinam,
determinando a organização do todo’. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Essa é a maneira como os místicos vêem o
mundo, e usam expressões quase iguais às usadas pelo físico quântico. Lama
Govinda: ‘O mundo exterior e o mundo interior são apenas dois lados do mesmo
tecido, no qual os fios de todas as forças e de todos os eventos, de todas as
formas de consciência e de objetos, são trançados numa rede emaranhada de
relações infinitas, mutuamente interdependentes’. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Essas palavras revelam uma
característica fundamental tanto da física moderna quanto do misticismo: a
interligação universal da natureza sempre inclui o observador humano e sua
consciência, de modo essencial. Na física quântica, os objetos observados só
podem ser entendidos dentro de uma cadeia de processos cujo final está sempre
na consciência do observador. O elemento fundamental da quântica é o fato de o
observador ser necessário, não só para observar, mas também para determinar as propriedades dos
objetos. Jamais podemos considerar a natureza sem considerarmos, ao mesmo
tempo, a nós mesmos. O homem não é um observador distante, mas está ligado
àquilo que observa. Assim, Wheeler sugeriu a substituição da palavra
‘observador’ por ‘participante’, outra idéia reconhecida pelo misticismo, que
afirma que o conhecimento real nunca pode ser alcançado pela simples observação
ou reflexão, mas exige plena participação de todo o ser do investigador
(Krishnamurti).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> A teoria da relatividade (Einstein) já
mostrara que as noções de tempo e espaço estavam erradas. Segundo ela, o espaço
não é tridimensional e o tempo não é entidade distinta. Tempo e espaço estão
intimamente ligados, um não existindo sem o outro. No misticismo, a visão é
semelhante. Os místicos alcançam estados incomuns de consciência nos quais se
vêem fora do espaço-tempo, numa realidade superior, multidimensional,
impossível de ser descrita pela linguagem comum (Paulo: ‘... vi e ouvi coisas
inefáveis’. Govinda: ‘Atinge-se a experiência de uma dimensão superior...). Daí
decorre o caráter indescritível, no plano da consciência comum, das
experiências de meditação’. E Suzuki: ‘Como fato de pura experiência, não há
espaço sem tempo, nem tempo sem espaço’.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> A unificação de espaço e tempo, e a
equiparação entre massa e energia daí advinda, influenciaram profundamente a
concepção de matéria na nova física. Nesta, a massa já não é associada à
substancia material; as partículas não são formadas por matéria, mas por
agregados de energia, o que implica que sua natureza é intrinsecamente dinâmica,
isto é, está, toda ela, em movimento constante (Capra: ‘uma dança sem
dançarinos’). As partículas somente existem no espaço e no tempo. Fora do
espaço-tempo, não há partículas e, conseqüentemente, não há formas (só ‘energia’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Suzuki: ‘Um objeto (agregado de partículas)
é somente um evento e não uma coisa ou substância’.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Assim, as teorias fundamentais da atual física
provam que a visão de mundo do misticismo oriental sempre foi correta. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Diferentemente da física clássica, pela
qual a natureza é constituída de elementos fundamentais, na nova filosofia
ocidental bootstrap, (levantar-se puxando as próprias
botas, auto-suficiência), o universo não possui quaisquer entidades, leis,
equações ou princípios fundamentais. É uma rede dinâmica de eventos
inter-relacionados; nenhuma propriedade de qualquer parte dessa rede é mais
importante do que qualquer propriedade de qualquer outra parte; todas as partes
se definem a partir das propriedades de todas as outras partes, e a
consistência geral de suas inter-relações mútuas determina a estrutura da rede
como um todo indivisível. Esta idéia se aproxima muito do pensamento oriental:
um universo indiviso, em que as coisas e eventos estão interligados,
determinando a coerência interna do todo. Tudo no universo está vinculado com
tudo o mais, e nenhuma parte é mais importante do que qualquer outra.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Até recentemente, a psicologia ocidental
ignorou quase completamente o estudo da consciência, porque esta não pode ser
analisada pelos instrumentos que servem para medir fenômenos materiais, e
porque, segundo a visão ocidental, a matéria seria o principal constituinte da realidade,
sendo a consciência apenas um subproduto da matéria cerebral. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Nas psicologias orientais, a visão é bem
diferente: a consciência é o elemento central e é ela que cria o mundo material
(ver Amit Goswami), e a meta humana mais elevada é ampliar a própria
consciência (Jung) o que significa buscar o caminho para a saúde psicológica e
a iluminação (a percepção de que nós e Deus somos um só, como Jesus ensinou ao
afirmar ‘eu e o Pai somos um’, e ‘Conhecereis a verdade e a verdade vos
libertará’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> A motivação mais poderosa para isso tem
sido o reconhecimento de uma série de estados superiores de consciência (antes
negados pela ciência ocidental), que podem ser atingidos pela meditação,
prática essencial para o crescimento psicológico mais avançado do ser humano.
Esse crescimento está vinculado estreitamente com a saúde mental tanto que,
para algumas psicologias, a inconsciência (consciência restrita) é descrita
como a única enfermidade (como
diz Wilber, ‘para irmos a Buda temos que passar por Freud’, isto é, temos de
‘acertar, curar’ nossa mente). Afirma-se, também, que o potencial para se
atingir os estados superiores de consciência, desconhecidos pela psicologia
ocidental, existe em todos nós.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Nessa perspectiva, nossa consciência
comum nos dá, associado ao ego, um sentido de identidade incrivelmente
estreito, mas que, pela <u>persistência na meditação</u>, pode ser ampliado até
a identidade suprema com a Mente Universal, Deus. Então, o homem se identifica
com o próprio universo, ele é o
Universo. Esse não é um estado anormal ou alterado de consciência, mas é o
único estado real, sendo os outros, entre eles o nosso estado comum do
dia-a-dia, nada mais que ilusão (maya). Em suma, a consciência mais elevada a
que o homem pode chegar é idêntica à realidade última do universo (Deus).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Cada estado de consciência, com exceção
do nível da Mente, o único real, tem suas próprias enfermidades, geradas
justamente pelo fato de não se haver alcançado a identidade suprema. Daí a
afirmação de que ‘toda patologia vem da ignorância acerca da Mente’ (ou da não
percepção de Deus). Quanto mais próximos da identidade suprema, isto é, quanto
mais próximos da percepção de Deus, mais saúde mental e menos enfermidades
fisiológicas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Com as recentes descobertas da ciência,
cuja visão se assemelha, como vimos, à visão mística, intensificou-se o
interesse pelo misticismo e pela meditação, que tornam possível a expansão da
consciência para além das fronteiras do ego e das limitações do espaço-tempo, e
que resultam num sentimento de identificação com tudo que existe: pessoas,
animais, plantas e coisas, toda vida e toda a criação; e trazem experiências
paranormais, compreensão dos símbolos e mitos universais e, finalmente,
Consciência Cósmica, a mais profunda, ilimitada, completa e inefável experiência
a que se pode chegar. A pessoa sente que é a totalidade da existência, e as
ilusões da matéria, espaço e tempo, são superadas. Problemas e sofrimentos,
dualidades e opostos (bem e mal, justo e injusto, saúde e doença, certo e
errado etc), que afligem a existência, cessam. Enquanto, nos estados inferiores
predominam funções biológicas, instintos, sensações, percepções simples, e impulsos
emocionais e sexuais, no estado de Consciência Cósmica o ser se dissolve na
Divindade e percebe que a Divindade desde sempre foi sua verdadeira identidade
que, iludido, não percebia (as tentativas de meditação são o caminho para se
poder chegar a essa percepção).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Então, fica sabendo que o extraordinário
e o ordinário, o incomum e o comum, o sobrenatural e o mundano, o sagrado e o
profano, são precisamente uma só coisa. O homem funde-se na Unidade Absoluta
onde Tudo é Um. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Jung: ‘O inconsciente pessoal inclui todos os conteúdos psíquicos esquecidos ou reprimidos na vida do indivíduo, todas as percepções e
impressões subliminares, todos
os conteúdos psíquicos incompatíveis
com a atitude consciente. Há
várias razões para que ele se torne inconsciente, todas estando numa desatenção contínua, desde o
esquecimento simples até o esquecimento seletivo
forçado, isto é, certos
aspectos do conteúdo psíquico são reprimidos por não serem compatíveis ou não serem aceitos
pelo meio social ou cultural’.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Em cada nível de consciência, o sentido
do ‘eu’ se identifica com as estruturas
surgidas nesse nível e não podemos ver além dele e, por conseqüência, nem
conhecer completamente aquele
que está vendo, isto é, nós mesmos; falta-nos, portanto, auto-conhecimento.
Usamos as estruturas do nosso nível como filtro para perceber e traduzir o mundo
a partir desse nível, que é o que existe na realidade para nós e, como é
evidente, não podemos traduzir (interpretar) as estruturas de níveis superiores
ao nosso e, em conseqüência, não podemos interpretar o universo totalmente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> As principais características dos estados
mais elevados de consciência são: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> 1) intemporalidade (perceber-se fora do
tempo; inexistência do tempo; isto é o que chamamos eternidade); <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> 2) amor e compaixão (sem restrições); <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> 3) não-aversão (por nada; tudo é
necessário e, por isso, existe); <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> 4) aceitação total (nada é inferior ou
superior a qualquer outra coisa, nem o certo, nem o errado, nem o bem, nem o
mal); e <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> 5) destruição do dualismo sujeito-objeto
(percebe-se que o sujeito é o próprio objeto; que o observador é a coisa
observada). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">E são esses os resultados
que a meditação busca e pode encontrar. (‘Mantém-te sempre no Agora; reconhece
tuas aversões; age com amor em todas as circunstâncias; aceita tudo porque tudo
é Buda’, isto é, tudo é Deus).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> À medida que a meditação progride, os
conteúdos do inconsciente afloram e, em seguida, seus aspectos resistentes ou
reprimidos vão sendo aos poucos desmantelados, perdendo a exclusividade; isto
é, o eu é libertado de sua identificação inconsciente com o inconsciente
embutido (reprimido; os conteúdos mentais não conscientes), que agora emerge
como percepção e perde o domínio sobre esta. Abrem-se os traumas, fixações,
complexos, condicionamentos e os resíduos de todos os níveis anteriores que estiveram
presentes em sua vida. Até aí, o meditador viu o seu passado, talvez o passado
de toda a humanidade; a partir daí, vê o seu futuro, talvez o futuro de toda a
humanidade (Krishnamurti: ‘Todos chegarão lá’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> A meditação é, assim, o caminho para a
transcendência, a ampliação da consciência até que ela se torne a Consciência
Universal que ela é. E o ego só
a julga misteriosa porque ela leva a um desenvolvimento que vai além do ego. No final, o espelho e o
que ele reflete são uma coisa só, porque não há mais ego a interferir com seus
pensamentos e emoções que distorceriam a imagem refletida, que, no caso, é a nossa
percepção do mundo (agora sem interpretações produzidas pelo ego; corretas,
portanto). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Por tradição, psicólogos e filósofos
ocidentais evitam definir o bem
mais precioso da humanidade,
por desconhecerem qual seja. Já as tradições místicas orientais o definem como
sendo a bem-aventurança que o auto-conhecimento traz, isto é, a percepção de
que todos somos da natureza de Buda (Jesus: ‘Eu e o Pai somos um’). O ser
humano plenamente realizado é aquele cujas portas da percepção foram limpas (mente
limpa, pura, sem condicionamento, inocente) e tem capacidade de ver as coisas
tais como são, libertas da influência distorcedora do desejo, da aversão, da
ignorância e do medo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> O desejo de transcender o ego pode ser
mais forte do que os desejos egocêntricos de auto-estima, posses, sexo etc. As
tradições místicas afirmam que o apego à satisfação das próprias necessidades (por
trás disso está sempre o medo) é a fonte de todo o sofrimento, e que os
indivíduos altamente desenvolvidos são motivados pelo desejo de servir (logo,
pela satisfação das necessidades alheias). E a saúde é associada com menos
apegos e com mais inclinações de servir os outros, isto é, com menos
comportamento egocêntrico. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Afirma-se que a saúde mental ótima
(obtida pela meditação) está ligada ao fato de se reconhecer responsável pelas
próprias experiências; a uma sensibilidade maior em relação aos outros, o que
se manifesta por mais generosidade, amor e compaixão; a uma apreciação maior da
existência, revelada em atitudes de reverência, gratidão e sensibilidade
ecológica; e a uma participação integral na vida, com total abertura para as
alegrias e tristezas da condição humana.
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Tal como os demais opostos, a diferença
entre saúde e doença desaparece nos níveis mais profundos
do ser. Como as tradições místicas sustentam, aquilo que somos por trás das identificações
ilusórias está além da saúde e
da doença. Assim, caminhar em direção à saúde
não implica em mudar para melhor aquilo que pensamos que somos (cheios de defeitos morais, como nos supomos,
conforme as crenças e religiões), mas, sim em perceber aquilo que já, e desde sempre, somos (a própria
divindade).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Para o homem comum, em face de sua
ignorância, as necessidades de crescimento da consciência (iluminação) são
secundárias em relação às necessidades básicas (alimento, abrigo, sexo etc). Mas
tudo leva-nos a crer que a expansão da consciência, a iluminação, está num continuum em relação às necessidades
básicas, e que a vida ‘espiritual’ é a parte mais elevada da nossa vida
biológica, parte sem a qual a vida nunca será completa (como asseguram
Krishnamurti, Maharish, Chardin, sábios e cientistas). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> E como é fácil esquecer as realidades
mais importantes na agitação do dia-a-dia, particularmente entre os mais
jovens! Em geral, somos simples respondedores; só reagimos a estímulos, às
possibilidades de recompensas ou castigos, às urgências, dores e medos, às
exigências dos outros, às coisas superficiais (isto é, às coisas acidentais e
não às essenciais). As coisas essenciais, se conhecidas, proporcionam adoração
e reverência e vale a pena viver e morrer por elas. A contemplação (iluminação)
ou a fusão com elas oferece um tão grandioso deslumbramento que a mente humana nem
é capaz de imaginar (bem-aventurança).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Como afirma Krishnamurti, o homem é insano,
insalubre e corrupto, e a ilusão (a ignorância) é a fonte de todas essas
condições. A ilusão nos dá uma visão falsa das coisas do mundo, que nos impede
uma compreensão, ou interpretação correta; por isso, interpretamos de forma errada
e sofremos. Tudo, coisas, objetos e eventos são considerados apenas em termos
de satisfação de nossos desejos ou necessidades de nosso ego. Medo, apego,
agitação e preocupação, que constituem a ansiedade, são os geradores essenciais
do sofrimento. Avidez, avareza e inveja caracterizam o forte apego a alguma
coisa. Mas, isso está tão disseminado entre os homens, que o consideramos
próprio da natureza humana. É por isso que, na psicologia ocidental, o
desperto, o iluminado, parece utopia, bom demais para existir, a não ser nas
escrituras e no idealismo dos povos. Desse modo, todos julgam impossível que o
homem de hoje possa atingir a Consciência Cósmica. Contudo, esse preconceito é
totalmente desmentido, particularmente no Oriente, nas suas escolas de
tradições místicas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> A meditação é todo exercício voltado
para o aumento da percepção por meio do direcionamento consciente da atenção. A atenção deve ser dirigida
ao fluir sem fim da experiência, ou ao fluir
incessante dos pensamentos; ou à respiração, ou a um
som ou imagem. No início, todo conflito psicológico não-resolvido tende a vir à
superfície, e logo se evidencia a agitação da mente não treinada, mostrando que
nossos níveis comuns de consciência são desprovidos de sensibilidade,
distorcidos e fora de controle. Por isso, nossa visão (interpretação) do mundo
é irreal e ilusória. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Com a prática, aumentam a calma, a sensibilidade,
a empatia (retraimento das sensações e emoções), o discernimento, a aceitação e
a clareza mental, pálidas amostras daquilo que a meditação regular e
persistente pode trazer, pois a <u>transcendência do ego produz tão elevado
grau de coerência, sensibilidade, compreensão, alegria, discernimento e amor,
que não se compara a nada que alguém já possa ter experimentado ou imaginado.</u><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Quando a percepção já não se identifica
com os seus objetos, ficamos livres para levarmos a percepção, pela atenção,
para onde desejarmos, com capacidade de penetrar nas profundezas da psique,
observar os processos psicológicos e estados mentais, perceber as distorções da
percepção que nos levam a interpretações erradas ou incompletas, e a sabedoria
e quietude que se ocultam sob a agitação da superfície da mente. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Em cada instante, há várias linhas de
pensamentos dominando nossa mente, cada uma compondo uma identidade pessoal (um
ego) diferente: intelectual, sexual, cultural, emocional, social, econômica,
histórica, filosófica, espiritual, violenta, calma, bondosa, maldosa, alegre,
triste, entre outras. Uma ou outra identidade assume o controle de acordo com a
situação. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Se vamos ver um bom filme, quando, ao
final, as luzes se acendem, ficamos um pouco desorientados. Leva algum tempo
para voltarmos a ser a pessoa sentada na sala de exibição; estávamos
mergulhados na trama do filme. Se este não nos atrair a atenção, atentamos para
a pipoca, a qualidade técnica do filme ou as pessoas da platéia; nossa mente
foge do envolvimento com o filme. A quietude trazida pela meditação equivale a fugirmos,
a nos afastarmos do envolvimento com o filme que é nossa vida, com seu enredo
melodramático: ‘Conseguirei o emprego? Casarei? Terei filhos? Comprarei aquele
carro? Isso dará certo? Chegarei à iluminação? E se o que temo acontecer
amanhã? Perderei tudo o que consegui? Conseguirei ter saúde de novo?’ Eis os
elementos do enredo (no qual o tempero principal é o medo), dos quais nos
afastamos pela meditação (que nos liberta de todos os medos). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Outro modo de entender a meditação é
pelos sonhos. Talvez você já tenha tido a experiência de acordar de um sonho
num sonho. Mas, quando você acorda toda manhã, você acorda de um sonho em quê?
Na realidade? Em outro sonho? A palavra sonho sugere irrealidade. A resposta
correta é: sempre que acordamos, nós passamos de uma realidade relativa para
outra realidade relativa. Crescemos num plano de existência que supomos real;
identificamo-nos inteiramente com essa realidade, que julgamos absoluta, e
rejeitamos todas as experiências incompatíveis com ela como se fossem sonhos,
alucinações, fantasias. Mas, como Einstein demonstrou na física, cada realidade
é verdadeira apenas dentro de seus limites; é somente uma versão possível do
modo de ser das coisas naquele nível. Despertar de uma realidade relativa é perceber
sua natureza relativa. A meditação leva a essa percepção. A consciência comum,
os estados emocionais e os sonhos etc. são realidades diferentes entre si
(níveis de realidades diferentes), canais diferentes que conseguimos sintonizar
e, com isso, criar novas cenas. Mas, na meditação, não são as cenas que mudam;
é nossa compreensão que muda. Ela elimina todo envolvimento com os conflitos,
dúvidas e sofrimentos e nos mostra a <u>suprema
visão</u>, aquilo que é.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> A meditação
com atenção sem escolha nos dá a percepção de tudo que ocorre em nós e a
nossa volta. Sem escolha e sem esforço,
atentemos para o campo inteiro da percepção. Se, com perseverança, nos
aprofundarmos, com total atenção, mais e mais, podemos chegar ao objetivo dos
místicos, à iluminação, que nos dará a percepção da Verdade, do Absoluto e de
que somos e sempre fomos esse
Absoluto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> O ego nada mais é que um conjunto de
pensamentos e memórias, que definem nosso universo (o mundo e a vida).
Interpretamos tudo, no universo, através do ego e nele confiamos, mas, na
medida em que temos medo de nos aventurar fora dele, ele se torna uma prisão,
pois acreditamos que, sem ele, sem seus pensamentos e memórias, perdemos nossa
própria identidade, nossas referências mais caras, e não sobreviveremos. Mas,
não precisamos destruir o ego para escapar de sua prisão. Devemos nos
conscientizar que somos infinitamente maior que ele, que podemos afastá-lo e a
ele voltar quando quisermos. Necessitamos do pensamento e da memória para nossa
sobrevivência. O ego nos mostra o que fazer em cada situação e como satisfazer
nossas necessidades. Rotula o que sentimos, pensamos e vemos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Mas, não somos só aquilo que o ego diz
que somos (o pensamento, os sentidos, o corpo, o nome, o pai, o filho, o
profissional, inteligente, ignorante, violento, deprimido, ciumento, medroso,
ambicioso etc). A maioria não escapa dessa prisão, pois todos estamos
identificados com nossos conteúdos mentais, pensamentos e memórias. Pela
meditação, a liberdade é possível, pois ela permite acabar com a identificação
e nos liberta para dirigirmos a atenção para onde quisermos, não mais só para o
ego e suas limitações. O caminho da liberdade é o desapego dos velhos hábitos
do ego. Isso nos leva para além do ego até que, por fim, nos fundimos com o
universo (Jesus: ‘Eu e o Pai somos um’, ‘Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Pensamentos, fantasias, devaneios, preocupações,
inveja, raiva, ambição, ciúmes, sexo, orgulho, vaidade, gula (os chamados pecados
capitais e outros, pelas religiões) levam à distração na meditação. Fazem
perder tempo e energia. Purificação psicológica significa afastar os
pensamentos que distraem (essa, talvez, a razão do ensinamento das religiões
sobre a prática das virtudes). A atenção afasta a distração. A essência da meditação é a atenção.
O fluir dos pensamentos costuma ser aleatório e dispersivo; assim, devemos
fixar a atenção no fluir dos pensamentos ou num mantra ou na respiração. O
primeiro bom sinal vem quando percebemos que nossa mente não é mais afetada por
distrações externas: sons, ruídos, luzes; ou internas: emoções, memórias,
pensamentos e sentimentos. Mesmo que esses fatores existam, não mais perturbam.
As principais distrações são má vontade, impaciência, desejo sexual, raiva,
lembranças, remorsos, dor, compromissos, preguiça, agitação, preocupação,
descrença, inveja, ressentimento, dúvida (aquilo a que as religiões populares
dão nome de pecados capitais e outros). Tudo isso pode ser superado com a prática
perseverante da meditação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Aos poucos, vem uma total ruptura com a
consciência ‘normal’. Os pensamentos perturbadores desaparecem totalmente.
Cessa a percepção dos sentidos e do corpo. Pela persistência, podemos prolongar
cada vez mais esses momentos. A libertação
vem quando não há mais pensamentos ou sensações; a mente permanece vazia e
quieta, perceptiva e não mais reativa; nada mais é rejeitado, reprimido ou
seguido. Tudo pode ainda surgir, mas não mais nos atrai ou causa identificação,
nem distração (ou desatenção).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> ‘<u>A essência da atenção’,
ensinam os místicos, é ‘a clara e simples consciência daquilo que está
acontecendo dentro e em torno de nós, aqui e agora, isto
é, nos momentos sucessivos da percepção’</u>. Essa atenção deve ficar
ininterrupta, e tudo será percebido numa interminável cadeia de eventos que não
mais afetam. Virão, depois, sensações de deslumbramento, tranqüilidade mental e
fisiológica, sentimentos de devoção à meditação e ao Todo, desejo de aconselhar
parentes e amigos à pratica da meditação, sublime felicidade, bem-aventurança
sem fim, impossibilidade de se calar sobre os resultados da experiência,
equanimidade com tudo o que surja na percepção.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> O meditador fica sabendo que seu eu é um erro conceitual, uma tremenda ilusão (apenas um feixe de memórias, emoções, imaginações, condicionamentos,
ideais, ilusões, crenças, superstições enfim). Ele vê todo seu campo de
percepção num fluir contínuo. Vê que o mundo da realidade é renovado, a cada
momento, num interminável fluir de eventos. Percebe, então, que nada é permanente. Verificando que esses fenômenos surgem e
desaparecem a cada momento, passa a vê-los como algo não merecedor de
confiança. Instala-se o desencanto: o que muda o tempo todo não pode ser base
de nenhuma satisfação duradoura. É levado, então, a um estado de desapego de
seu mundo de experiências. Sente que não há, nas formas do vir-a-ser, nenhuma coisa
em que possa se apegar ou depositar esperanças. Torna-se absolutamente
desapaixonado e contrário à multiplicidade dos estados mentais, dos estados de
consciência. Percebe, então, que só encontrará alívio <u>na cessação de todos
os processos mentais</u>. Conhece a natureza e a razão da impermanência e do
sofrimento, com uma evidência cristalina.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Depois disso, a meditação lhe ocorre
automaticamente sem esforço, talvez de modo sustentável. As dores físicas não mais existem (no vazio, Jesus,
Ramana, não sentiram dor). Não há mais medo, nem necessidade de satisfação.
(Jesus: ‘Buscai em primeiro lugar o reino dos céus e tudo o mais vos virá por
acréscimo’). Manifestam-se uma clareza mental de natureza incomparável (sabedoria)
e uma equanimidade (serenidade de espírito frente aos fatos da vida, igualdade e
justiça, amor) que se estende a tudo. Sua observação não se aprisiona a nenhum
evento físico ou mental. É o estado mental incondicionado, o nirvana, a iluminação, que produz
alteração permanente na consciência e que só pode ser descrita em termos
daquilo que não é. A pureza torna-se, então, o único comportamento possível.
Todo seu egoísmo, todo seu passado, ‘morreram’. Está absolutamente livre dos sofrimentos. O mínimo
resíduo de pensamento ou ação incorreta é literalmente inconcebível.
Seus motivos são sempre totalmente puros (não vê, nem mesmo, qualquer diferença
entre o certo e o errado). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Pela meditação chega-se à compreensão que
não somos aquilo que costumamos pensar: um eu separado do mundo e do fluir em
constante mutação do universo circundante. <u>Somos prisioneiros da tremenda
ilusão de que somos um ‘eu’ imutável e separado que temos de defender e que, de
algum modo, pensamos que é eterno. Essa ilusão é a causa fundamental de todos
os problemas</u>, medo, ansiedade, tensão, tristeza, depressão, violência, ambição,
inveja, insatisfação, sofrimento e infelicidade na vida. Aí estão os males que
a psicoterapia tem tentado, sem êxito, solucionar, mas que a meditação, sim, consegue ‘curar’. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Medard Boss: ‘Para que a ciência da
saúde mental tenha verdadeira eficácia, os psicoterapeutas terão que associar
as técnicas e conceitos da psicologia com as técnicas da meditação das
tradições místicas.’<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Blake: ‘Se pudéssemos limpar as portas
da percepção (eliminar as crenças e condicionamentos ali acumulados durante
toda a vida), tudo se revelaria ao homem tal qual é: infinito e eterno’.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Jesus: ‘Se teus olhos são trevas, quão
escuras serão tuas trevas’ (isto é, se ainda tens interpretação incorreta das
coisas do mundo tua vida estará na escuridão da ignorância e, por isso, ainda sofrerás).
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">...........................................................................<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> CITAÇÕES:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Huxley (durante ou logo após a experiência): ‘...
palavras como Graça e Transfiguração me vieram à mente. A Beatífica Visão, Sat-Chit-Ananda (Existência,
Consciência, Beatitude); pela primeira vez entendi, não vagamente ou por
insinuações, mas precisa e completamente, o que querem significar essas palavras
prodigiosas. Lembrei-me, então, de uma passagem que lera de Suzuki: ‘Que é o
Dharma-Corpóreo do Buda?’ (o Dharma-Corpóreo do Buda é outro modo de nos
referirmos à Mente, ao Vazio, à Divindade). A pergunta foi feita, em um
mosteiro Zen, por um indeciso noviço. E, com a vivaz insensatez de um dos Irmãos Marx, respondeu o superior: ‘A sebe no fundo do jardim.’ ‘Eu
poderia perguntar’, retrucou timidamente o noviço, ‘quem foi que concebeu essa
verdade?’ Ao que o superior, dando-lhe uma pancada nas costas com seu bastão,
respondeu: ‘Um leão de cabelos de ouro!’<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> “Quando li esse diálogo, achei-o um
amontoado de pura loucura. Agora, porém, tudo está tão claro como o dia, tão
evidente quanto o postulado de Euclides. Não há a menor dúvida de que o Dharma-Corpóreo do Buda seja a
sebe do fim do jardim. Ao mesmo tempo, e com igual certeza, ele é estas flores;
ele é qualquer coisa que desperte a atenção de meu ego, ou melhor, de minha
bem-aventurada despersonalização (além do ego), liberta, por um momento, de meu
abraço asfixiante (do abraço asfixiante de meu ego). Assim também os livros, as
estantes, os móveis de meu escritório...” (e tudo o mais, são o Vazio, a
Divindade, Deus).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Jung: ‘A visão ocidental de consciência
não é a da consciência geral; é uma visão histórica e geograficamente
condicionada e limitada, pois é representativa de apenas parte da
humanidade’. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Einstein: ‘É erro ver como separadas
coisas que não se pode separar’.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Gordon Globus: ‘Visões (convencimento,
compreensão, concepção, entendimento, verdade, percepção, interpretação) são
diferentes a partir de diferentes estados (níveis) de consciência’.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Wilber: ‘A realidade é a Mente
universal’.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Teilhard de Chardin: ‘A evolução é uma
ascensão para a consciência (total)’ (Conforme as tradições orientais, a
consciência não evolui; ela já é o que é. O que existe é uma ascensão gradual do
ser humano, pelo desenvolvimento (amadurecimento) de seu instrumento de
percepção, no sentido de uma apreensão, cada vez mais ampla, da consciência (restrita)
até a consciência universal). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Newton: ‘Somos como uma criancinha
brincando na praia, que encontra aqui e ali uma concha mais brilhante, enquanto
que, em torno de nós, o grande oceano da verdade permanece oculto’. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">.......................................FIM.................................. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
conforti1928@hotmail.comhttp://www.blogger.com/profile/03611925017204025239noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-55977584974426048.post-40701948209339672082014-05-11T11:29:00.002-07:002014-05-12T12:25:13.082-07:00SOLICITAÇÃO AOS AMIGOS....................<br />
<br />
AMIGOS,<br />
<br />
COMENTEM SOBRE TUDO QUE QUISEREM. OU COLOQUEM SEU PONTO DE VISTA, OU ENTENDIMENTO, PERGUNTA, DÚVIDA ETC, DE PREFERÊNCIA POR EMAIL.<br />
<br />
MEU EMAIL NÃO É MAIS ESSE QUE CONSTA DO BLOG.<br />
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<tbody>
<tr style="height: 15.0pt; mso-yfti-firstrow: yes; mso-yfti-irow: 0; mso-yfti-lastrow: yes;">
<td style="height: 15.0pt; padding: .75pt .75pt .75pt .75pt;">
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
</td>
<td style="height: 15.0pt; padding: .75pt .75pt .75pt .75pt;">
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
</td>
<td style="height: 15.0pt; padding: .75pt .75pt .75pt .75pt;" valign="bottom">
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
</td>
</tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 14.0pt;"> COMO SILENCIAR O EGO<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 14.0pt;"> Você pergunta “quem aqui superou o
ego?”. Essa pergunta mostra qual é a visão ocidental, totalmente desmentida
pelas escolas de meditação tradicionais. O ocidental julga isso utopia, idealismo,
ou realizações de um passado longínquo, constante apenas das histórias dos
povos e das religiões. Mas não é assim. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 14.0pt;"> E, mesmo se aqui no Ocidente haja
quem tenha superado o ego, como podemos vir a saber, se eles se revestem de
total e natural humildade? Somente através de seus exemplos e obras que,
evidentemente, muitos, talvez a enorme maioria, não chegarão a conhecer. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 14.0pt;"> Porque as lições do Mestre Jesus
persistem por mais de dois mil anos, conhecidas de muitos, e influenciam os
homens até hoje? Pelo fato de Jesus, por conhecer a verdade, haver produzido
coisas extraordinárias, os chamados milagres, que o transformaram num messias
falado, procurado, respeitado e, talvez, sobretudo temido. E pela ajuda que
Paulo propiciou ao cristianismo, divulgando a boa nova por muitas partes do
mundo então conhecido. Não fossem os milagres do Mestre e o trabalho de Paulo e
de outros apóstolos, talvez o cristianismo e, conseqüentemente, as doutrinas
dele advindas, já estivessem totalmente esquecidos, <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 14.0pt;">
E, ainda, meu amigo, a pergunta não deve ser “quem superou o ego”, mas
sim “quem está tentando superar o ego”. Para nós, os preconceitos impedem que
penetremos com profundidade no pensamento místico e ficamos tentando superar o
ego, através de um sem número de encarnações, usando de esforço no treinamento
do amor e da caridade. Esse “método” nos provocará, ainda, intensos sofrimentos
e percalços, pelo fato de termos de passar por todas as vicissitudes das vidas,
como assegura a doutrina espírita. E, tudo isso, se deve ao fato de o ego ainda
estar operando, nos enchendo de ilusões que são obstáculos na nossa caminhada.
É o ego, ou o eu, como queiram, que, com suas ilusões nos despertam desejos,
ciúmes, enganos, dúvidas, enfim, todo o sofrimento do mundo, coisas que só cessarão
quando o ego cessar. Mas, antes mesmo dessa total cessação do ego, aquele que
está tentando superá-lo, vai abrindo os olhos e ouvidos, adquirindo uma mais
eficiente compreensão do mundo e, em conseqüência, mais independência, mais
liberdade e uma maior dose de felicidade. Como sua compreensão se alarga,
muitos dos males do mundo já não o atingem, como atingiam antes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 14.0pt;"> O objetivo de todas as criaturas,
mesmo inconscientemente, é esse: superar, ir além do ego finito e chegar ao
infinito que é a Consciência Una ou Deus. Ligar-se à fonte de onde emanou. E
como essa busca é inconsciente, o homem tenta superar sua sempre teimosa
necessidade (pois sempre sente que tem necessidade de mais e mais e nunca está
satisfeito com o que tem, porque nunca encontra o que procura, que é o
conhecimento da verdade) se valendo de satisfações substitutas, como o amor, sexo,
poder, prestígio, felicidade, vícios sem conta, apegos, e tantas coisas mais
que não levam a lugar nenhum, senão a minúsculas e efêmeras vitórias. E assim
segue sua vida, cheia de preocupações, medos, remorsos, emoções, culpas, ansiedades,
desejos, esperanças, para falar apenas nos sofrimentos mais leves e simples.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 14.0pt;"> O homem se agarra a essa vida sem
sentido (e sempre buscando um sentido para ela, busca que o enche de mais
ilusões), sem objetivos, apenas por desconhecer outros modos de ser, de viver,
além desse círculo vicioso de repetições sem fim dos mesmos erros, culpas e
crenças .<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 14.0pt;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 14.0pt;">
Até mais.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
conforti1928@hotmail.comhttp://www.blogger.com/profile/03611925017204025239noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-55977584974426048.post-32554083985855426812014-04-17T11:25:00.001-07:002014-04-17T11:25:18.108-07:00<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt;">
<span style="line-height: 150%;"> O SIGNIFICADO DO
PAI NOSSO<br />
<br />
Sob a ótica da filosofia da ciência
moderna e do misticismo, uma tentativa de entender a oração “O Pai Nosso”,
conforme a tradução transcrita nos Evangelhos.
<br />
Essa oração poderia ser interpretada como
está abaixo, pois Jesus conhecia a verdade de que era ‘um com o Pai’, sabia que
‘todos somos um só’, e que a vontade de Deus sempre é realizada:<br />
<br />
**Pai Nosso, que estais nos céus,** <br />
“O Pai nosso está no céu, isto é, e em
todo o universo; logo, também, em nós, e nós estamos nele.<br />
<br />
**Santificado seja o vosso nome,**<br />
“seja o seu nome, Eu Sou, que é o mesmo
‘eu sou’ de todos nós, considerado sagrado por todos, pois representa a
divindade, a totalidade, a Mente, a Consciência Única e Universal. <br />
<br />
**Venha a nós o vosso reino,**<br />
“Venha a nós a percepção de que somos
de seu reino, de sua mesma natureza, de sua mesma essência, pois todos somos um
só. <br />
<br />
**Seja feita a vossa vontade assim na terra como nos céus;**<br />
“Que saibamos que a vontade de Deus é
feita, inapelavelmente, tanto em nós, pois a escolha, as decisões não são
nossas, na terra, como nos céus, e em todo o universo; e que, portanto, temos
de aceitá-la, pois não há o que fazer contra ela. <br />
<br />
**O pão nosso de cada dia nos dai hoje; **<br />
“E que tenhamos, cada dia, a energia
para o impulso necessário para nos levar a essa percepção. <br />
<br />
**Perdoai nossas dividas assim como perdoarmos os nossos devedores;**<br />
“Que perdoemos sempre os nossos
devedores, pois as ações que fazemos, como as que eles nos fazem, não são
nossas; nada fazemos por nós mesmos, pois “É o Senhor que opera em nós o
pensar e o fazer”. <br />
<br />
**Não nos deixei cair em tentação **<br />
“Que não sejamos levados, pela escola
da vida, à tentação de praticar atos errados, dos quais mais tarde, por sermos
ainda ignorantes s respeito da verdade, nos arrependamos e, por isso, soframos
remorsos; <br />
<br />
**E livrai-nos de todo o mal,**<br />
“e saibamos, pois, pelo aprendizado q a
vida nos proporciona incessantemente, livrar-nos da prática do mal;<br />
<br />
**Pois é vosso o reino, o poder e a gloria, para todo o sempre.**<br />
“e saibamos, por experiência própria,
que o reino divino de poder e glória já é nosso desde todo o sempre, pois todos
somos um. <br />
<br />
**Amém **. <br />
“Assim seja”.<br />
<br />
A oração não conteria pedidos, pois a
Consciência Divina tem pleno conhecimento de todas as nossas necessidades, mas
exortações, lições aos homens. Afirmam os sábios e, hoje, a filosofia da física
quântica, que nada fazemos por nós mesmos, não escolhemos, nada decidimos;
logo, não há o que perdoar ou pedir para nós ou para outrem; já estamos ‘lá’,
só nos falta a percepção desse fato, percepção que é a coisa mais importante a
ser tentada pelo homem, como asseguram os iluminados (Jesus: “Buscai, em
primeiro lugar o reino de Deus...”), os místicos e os expoentes da moderna
psicologia transpessoal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt;">
<span style="line-height: 150%;">........................................<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 14.0pt;"> Sob a ótica da física quântica e do misticismo,
uma tentativa de entender a oração, conforme a tradução hoje aceita pelas
doutrinas cristãs. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 14.0pt;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 14.0pt;"> Vejam que foram esquecidas estas palavras
do profeta do Antigo Testamento: “Aquieta-te
e sabe: Eu sou Deus”. Qual será seu significado? Lembrem-se que Jesus
ensinou que, quando quisermos falar ao Pai, devemos nos “fechar em nosso
quarto” e, em oculto (isto é, sozinhos, em silêncio, aquietados), falar ao Pai
que, em oculto, nos ouve. Será essa uma sugestão para fechar as portas e
janelas de madeira, ou o que seja, e ficarmos isolados em um cômodo da casa, de
modo que ninguém perturbe ou saiba de nossa conversa com Deus? Isso facilitaria
a comunicação? Ou seria “fechar” nossa
mente, isto é, tentar não
ouvir, não ver, não exercitar os sentidos objetivos, nem a imaginação, nem a
memória; enfim, trazer “silêncio” à mente, calar a mente ou, como ensinou o
profeta do Antigo Testamento, “aquietar”
a mente?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 14.0pt;"> Vamos ver uma nova maneira de entender a
oração: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 14.0pt;"> “Quando orardes, entrai no vosso quarto
(dentro de vós mesmos) e, fechada a porta (cessada a ação dos sentidos e da
mente, portanto, do ego) orai a vosso Pai que vos ouve em oculto (no mais
íntimo de vosso ser; orai em silêncio, a “oração de recolhimento”, ensinada por
Teresa de Ávila, santa e doutora teologal da Igreja de Roma, João da Cruz,
outro santo dos católicos e pelos místicos) oração sem palavras sem
pensamentos, sem súplicas nem agradecimentos, oração na qual todos os sentidos,
memória e esperanças são “recolhidos”, sem qualquer movimento ou operação do
ego. Essa oração, se bem feita, pode resultar na “oração de quietude” (como
nomeada por Teresa de Ávila), na qual há completo silêncio mental; o ego cessou
(“ou eu, ou Deus”) e, com ele cessam todos os condicionamentos q nos são
impostos, desde q abrimos os olhos para a vida, pelas, tradições,
culturas, costumes, educação, religiões,
sociedade) e, também, com eles cessam todas as ilusões, e a “coisa” pode
acontecer ... <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 14.0pt;"> A oração, contida nos Evangelhos, poderia
ser interpretada assim, pois Jesus conhecia a verdade de que era “um com o
Pai”, sabia que “todos somos um”, e que a “vontade de Deus”, inexoravelmente,
sempre é feita:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 14.0pt;"> “Pai nosso que estais nos céus”: O Pai
nosso, o Absoluto inefável está no céu e em todo o universo; em nós, e em todas
as coisas e todos nós e todas as coisas estamos nEle. Que compreendamos o
significado de sua presença em nós, pois só assim ficaremos perfeitamente sãos
da carne e do espírito.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 14.0pt;"><br />
“Santificado seja o vosso nome”: O
seu nome, o “Eu sou”, que é o mesmo “Eu sou” de todos nós, seja santificado,
considerado sagrado, pois representa a divindade, a totalidade, a Mente ou
Consciência Única e Universal, o Absoluto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 14.0pt;"><br />
“Venha a nós o vosso reino”: Que
percebamos que somos de seu reino, de sua mesma natureza, de sua mesma
essência, e, desse modo, saibamos que a ignorância, imperfeições e os
sofrimentos são apenas ilusões.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 14.0pt;">.<br />
“Seja feita a vossa vontade assim
na terra como nos céus”: Que estejamos convencidos que a vontade de Deus é
feita, inapelavelmente, tanto em nós (pois nem os pensamentos, nem as escolhas são
nossas) quanto na terra, como nos céus, e em todo o universo; e que, portanto,
temos de aceitá-la, pois não há o que fazer contra ela, que é sempre perfeita e
que representa amor, vida, felicidade, entendimento, luz - embora, a
interpretemos, por vezes, como tragédia, conflito, sofrimento, caos - sem
qualquer bloqueio de nossa parte, isto é, tão facilmente como ela é feita e
aceita onde não há resistências a sua realização, em todo lugar, assim na terra
como no céu.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 14.0pt;"> “O pão nosso de cada dia, dai-nos hoje”:
E que tenhamos, cada dia, a energia para o impulso necessário para nos levar a
percepção de que todos somos um; o pão nosso, a energia destinada ao nosso
despertar da escuridão, que estejamos a ela abertos a cada dia, hoje e a todos
os instantes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 14.0pt;"> “Perdoai as nossas dívidas assim como nós
perdoamos os nossos devedores”: Que perdoemos sempre os nossos devedores, pois
as ações que fazemos, como as que eles fazem, não são nossas; nada escolhemos,
pois “É o Senhor que opera em nós o pensar e o fazer”. Que superemos, nos
relacionamentos, os erros de falta de paciência, de cobranças indevidas, de
irritações sem motivos, de intolerância pelas falhas mútuas, ou pequenas
faltas, pelo cansaço, pelo egocentrismo de cada um quando acha que seus
problemas são maiores que os dos outros; e que saibamos, portanto, perdoar as
dívidas que temos uns com os outros, não sete vezes, mas setenta vezes sete
vezes... sempre, porque ninguém escolhe
e, portanto, ninguém tem culpa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 14.0pt;"> “Não nos deixeis cair em tentação”: Que
não sejamos levados à tentação de praticar atos errados, dos quais mais tarde,
por nossa ignorância e acreditando q somos responsáveis por eles, nos arrependamos
e, por isso, soframos remorsos; e nem à tentação de pensar que somos nós que
escolhemos e que decidimos, independentemente do beneplácito de Deus.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 14.0pt;"><br />
“E livrai-nos de todo o mal”: E que
estejamos livres de praticar qualquer mal, em particular contra os inocentes
das questões que tenhamos uns com os outros, aos quais não foi sequer
perguntado, pois talvez não saberiam compreender nem responder, se o passo que
dávamos lhes conviria.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 14.0pt;"> “Pois é vosso o reino, o poder e a
glória”: E que saibamos, “por experiência própria”, que o reino divino de poder
e glória já é nosso desde todo o sempre. E que somente Seu é o poder e a
escolha de tudo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 14.0pt;"> “Assim seja”’.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt;">
<span style="line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 14.0pt;">
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt;">
<span style="line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 14.0pt;"> A oração não conteria pedidos a Deus,
pois a Consciência Universal tem, de todas as nossas necessidades, plena
consciência, e não modificaria o equilíbrio do cosmos simplesmente para atender
à vontade de alguém. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 12.0pt;">
<span style="line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 14.0pt;"> Conteria, sim, exortações e lições aos
homens. Jesus deseja ensinar que a divindade já está em nós, que devemos,
portanto, considerar sagrados todos e tudo, pois que tudo é obra de Deus. Que
tenhamos a percepção de que já estamos no reino divino, embora ainda não o
percebamos (porq iludidos com as interpretações distorcidas que o ego nos dá em
todos os instantes, sejam boas ou más); que saibamos que a vontade de Deus,
queiramos ou não, aceitemos ou não, deve ser acolhida por todos, porque não há
o que fazer para modificá-la. Que saibamos buscar a energia, os pensamentos
inspiradores que nos dêem o impulso necessário para a busca do reino de Deus.
Que saibamos perdoar a todos, pois que todos, como nós, nada fazem por vontade
própria, pois a escolha não é nossa. Que a vontade divina seja, não por
pedirmos, no sentido de que não fiquemos, por nossa ignorância, tentados a
fazer qualquer mal a qualquer ser vivo, humano ou não; portanto, que o desejo
de todos seja sempre de não praticar o mal de modo algum. E que fiquemos
sabendo que de Deus é o reino, isto é, o poder e a vontade sobre nós e sobre
tudo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 14.0pt;"> Afirmam os sábios e, hoje, a filosofia da
física quântica, que nada fazemos por nós mesmos, não escolhemos, nada
decidimos; logo, não há o que perdoar ou pedir para nós ou para outrem; já
estamos no reino, só nos falta a percepção desse fato, percepção que é a coisa
mais importante a ser tentada pelo homem, como asseguram os iluminados (Jesus:
“Buscai, <em primeiro=""> lugar o reino de Deus...”), os místicos e, hoje,
os luminares da moderna ciência e da psicologia transpessoal.<o:p></o:p></em></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-size: 14.0pt;">.........................................<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
conforti1928@hotmail.comhttp://www.blogger.com/profile/03611925017204025239noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-55977584974426048.post-13224248699616458382014-04-17T11:17:00.003-07:002014-04-17T11:20:13.023-07:00 A BÍBLIA REVISITADA<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: medium;"><span style="line-height: 150%;">Aos amigos uma observação: é </span><span style="line-height: 27px;">possível</span><span style="line-height: 150%;"> que sejam aqui postados textos já publicados anteriormente. Isso se deve, primeiro, a minha "boa</span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: medium;"><span style="line-height: 150%;">" </span><span style="line-height: 27px;">organização nos registros e anotações</span><span style="line-height: 150%;"> e, segundo, porq podemos ter algum amigo que esteja chegando agora.</span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: medium;"><span style="line-height: 150%;">..............</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">(4) A BÍBLIA REVISITADA (Jan 2008)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> (Com base em livro do filólogo russo
Zaitsev).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Quem
sabe por que o ‘Senhor’, no Velho Testamento, fez o povo ‘eleito’ vagar pelo
deserto por quarenta anos para, só depois desse tempo, chegar à Terra
Prometida? O Egito, de onde o povo fugia, faz fronteira com a Terra de Canaã.
Por que tantos anos para chegar lá? A própria Bíblia nos responde em Josué 5:6:
‘Os israelitas tinham marchado pelo deserto durante quarenta anos, até o
desaparecimento (a extinção) completo das gerações de homens de guerra, mas
infiéis à voz do Senhor, pois q haviam adorado outros deuses. O Senhor
havia-lhes jurado que não veriam a terra prometida a seus pais, a terra onde ‘mana
leite e mel’. Seus filhos foram postos em seu lugar’. Lembrem-se que nem mesmo
a Moisés, o líder do povo hebreu, foi permitido entrar na Terra de Canaã.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">......................................................................................... <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Ler sem preconceitos, com bastante atenção
e a Bíblia aberta nos versículos citados. Mostra que aquilo que os judeus
julgavam ser o Deus único era, talvez, apenas interpretação equivocada. Esse
resumo está aqui, não para denegrir o Velho Testamento, mas para mostrar uma
possível realidade que nem sequer imaginamos e que deu origem a religiões, hoje
tidas como a ‘palavra do Senhor’.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">..............................................................................................<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> O filólogo russo Zaitsev afirmou, em
entrevista a jornais e TV, em junho de 69, que ‘Jesus era um astronauta e que a
estrela que dirigiu os reis magos até Belém era uma nave espacial’. Ele sugere
que as palavras “Deus” e “anjos”, tantas vezes citadas no Velho Testamento,
deveriam ser substituídas por “cosmonauta” ou “astronauta”. Afirma que a
descrição da estrela de Belém é correta, mas ‘aquilo que se deteve em Belém
era, na realidade, uma nave espacial’. ‘Jesus veio do espaço, representante de
uma civilização mais adiantada’. (Realmente, há passagens, na Bíblia, em que o Cristo
diz, a seus discípulos, haver descido dos céus; que, no céu, o Pai preparou
muitas moradas; que ele não era deste mundo e que, em breve, iria para o seu
mundo. O autor acha que Jesus só passou a ser astronauta quando entrou numa
nuvem artificial, que escondia uma nave espacial que os homens da época
julgaram ser uma estrela, no episódio da ascensão). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> No episódio dos reis Magos, Mat 2:9, como
é que alguém, estando na superfície da Terra, poderia seguir o movimento de uma
estrela, na distância em que elas se acham? Como uma estrela indicaria o local
onde nascera Jesus, a não ser que fosse uma luz situada a pequena altitude,
isto é, talvez um objeto voador desconhecido na época pois, então, só se
conhecia o vôo dos pássaros?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> O filólogo acredita que Jesus só foi
astronauta, quando a estrela de Belém, disco voador ou coisa semelhante, 33
anos depois do seu nascimento, envolta por uma nuvem artificialmente criada, o
recolheu na presença de discípulos e de dois outros astronautas, conforme Atos
1:9. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Nos textos bíblicos, os astronautas foram
chamados de “Senhor”, “Deus”, “anjos” ou “filhos de Deus”. Não eram,
evidentemente, chamados de astronautas, nem seriam astronautas como os da Terra
que desceram na Lua, mas superastronautas pela sua superioridade sobre os
terrestres.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Depois que Jesus, como Elias antes dele,
deixando nosso planeta, subiu aos ‘céus’ em corpo, enviou-nos um “anjo” para,
em seu nome, nos dizer, em Apoc 2:28, que nos daria a estrela da manhã. Sabemos
que a estrela da manhã é a estrela d’Alva, isto é, o planeta Vênus (uma das
muitas moradas celestiais; seria, talvez, o planeta para onde Jesus estava
sendo levado no episódio da ascensão e onde, provavelmente, teria sua morada?)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Naquela época, Jesus não poderia ser mais
claro. Em João 16:12, diz: “Tenho ainda muitas coisas para vos dizer, mas vós
não as suportaríeis agora”, o que mostra que, em face da cultura da época, não
poderia falar sobre outras coisas, como, por exemplo, explicar e fazer que os
discípulos compreendessem de onde ele viera e para onde, um dia, iria. Ler,
também, João 8:23, onde Jesus afirma que não é deste mundo, mas de outro, lá <st1:personname productid="em cima. Como" w:st="on">em cima. Como</st1:personname> poderia
explicar de maneira mais clara para aquela gente inculta e em época tão remota?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> O autor sugere que as mensagens originais
que sustentam o hinduismo, budismo, judaísmo, cristianismo e islamismo, têm uma
única e mesma origem, a origem extraterrestre, trazidas pelos superastronautas,
e podem ser fundidas numa única mensagem, (mas deturpadas pelos homens com
interpolações e extrapolações, no correr dos tempos). Como exemplo, temos a
Bíblia Cristã que, em todo o decorrer da história, sofreu modificações por obra
do papado, como afirmam pesquisadores idôneos em livros sérios como ‘O Papa e o
Concílio’ e outros. Essa obra, em dois volumes, cerca de 400 páginas cada um,
teve Introdução de Rui Barbosa, que preencheu todo o primeiro volume, no qual
aponta as fraudes, corrupção, politicalha, escândalos etc. que ocorriam nos
concílios e no papado romano. A falta de ética era tão séria que, muitas vezes,
participantes e candidatos ao trono do Sumo Pontífice, abandonavam,
envergonhados, os conclaves (‘A verdade sobre os conclaves’). Lutava-se pelo
poder temporal, e não para se colocar, no trono do Vaticano, um Pastor mais digno
e mais sábio para conduzir o rebanho cristão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Como ocorreu com a mãe de Jesus, também
com relação a mães de outros grandes vultos que deram origem às diferentes
religiões do mundo, existe mistério relativo à gravidez e ao nascimento:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> A rainha Maia, mãe do Buda, segundo a
tradição budista, embora casada conservava-se virgem. Um dia, foi arrebatada
aos céus por uma nuvem e, ali, fecundada por um arcanjo que nela colocou seu “reflexo
terrestre” que viria a ser, no futuro, o Buda, após ‘dez’ meses de gestação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> O Alcorão registra que o mesmo
superastronauta que anunciou a Maria o nascimento de Jesus, escolheu Maomé para
transmitir sua mensagem ao povo (no Alcorão está: “Maomé, tu és apóstolo de
Deus e eu sou Gabriel”). E, novamente, quando o “anjo” fala, agora com Maomé,
está presente uma “estrela” semelhante à de Belém: “Pela estrela, quando
ilumina vosso amigo não erra, nem se extravia”; e “Mas, logo se aproximou e se
mostrou, ficando à distância de dois arcos ou mais perto ainda”. E, no Alcorão,
está a descrição, feita por Maomé, de um “disco voador”: “Deus é a luz do céu e
da terra; a semelhança de sua luz é como um nicho, e nele posta uma lâmpada, a
lâmpada num farol, e o farol como uma estrela fulgurante. Ilumina-se de uma
oliveira bendita (usava-se nas lâmpadas, na época, óleo de oliva), que não é do
oriente nem do ocidente (uma oliveira que não existe na Terra, portanto), e que
brilha mesmo quando o fogo (ainda) não a tocou (luz não acesa por fogo), luz
sobre luz (mais brilhante que a luz)”. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Ver, também na Bíblia, em Ezequiel 1:4, a
‘visão do carro divino’, com descrição do aparecimento de, provavelmente, uma
nave espacial, pelas palavras de quem, como todos da época, apenas conhecia o
vôo dos pássaros.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Gên 6:1, 2, 4, conta que ‘filhos de Deus’
tomaram para suas as mulheres ‘filhas dos homens’ que mais lhes agradaram
(Havia, pois, homens “filhos de Deus” - seriam astronautas, que permaneceram na
Terra, ou seus descendentes? - e mulheres “filhas dos homens”, que se cruzaram
e deram nascimento a homens “famosos no século”; estes são os heróis tão
afamados nos tempos antigos’.).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Porque o povo judeu foi o eleito por
“Deus”? Não seria por ser um povo mais inteligente pela herança genética vinda
dos cruzamentos havidos com os “filhos de Deus”, os astronautas? Não terá sido
essa a razão da liderança que os judeus sempre mostraram nos avanços
tecnológicos e científicos, Newton, Einstein e muitos outros tão conhecidos?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Em Gen 15:17,18, vê-se que no mesmo dia em
que foi avistado um engenho espacial (‘coincidência’ ocorrida numerosas vezes
no Velho Testamento) “Deus” esteve com Abraão e lhe prometeu que, daria à sua
descendência, tais e tais terras. Mas, Abraão e Sara não tinham filhos; ele
perto dos 100 anos e ela dos 90. Como “Deus” daria, então, terras a seus
descendentes? No entanto, em Gên 17:15, disse Deus a Abraão, que sua mulher,
Sara, lhe daria um filho dentro de um ano (Abrão e Sara riram-se com essas palavras,
em face da idade já avançada de ambos). É interessante verificar que os dois
falavam cara-a-cara com Deus enquanto,
a Moisés, Deus proibiu ver sua
face, como está em Êx 33: 20 e que, ainda em Gen 18:1 a 15, o “Senhor” voltou a
falar com Abraão; aí, o “Senhor”, aos pés de quem Abrão se prostrou,
apareceu-lhe na forma de ‘três
anjos’, aos quais Abraão mandou servir pão, carne de novilho, coalhada e leite,
que o “Senhor” ou os “anjos” comeram e, depois, disseram que, dali a um ano,
“ele”, um dos três, voltaria e Sara teria um filho. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Em seguida, 18:16 a 21, aqueles homens (nestes versículos os “anjos” são chamados de homens!) se
levantam e olham para Sodoma, não sabendo (?) se dirão ou não (“Deus” ou, os
“anjos”, agora estavam em dúvida!?) a Abrãao o que pensam fazer contra aquela
cidade e contra Gomorra e seu povo. Depois, decidem lhe contar mas falam que ‘não sabem’ se é verdade ou não o
clamor que ouvem contra as duas cidades, sobre seus costumes pervertidos, e
que, por isso, resolvem ir verificar “in
loco”. (onde estaria, então, a onisciência divina?).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Gen 19:20 e seguintes, dois “anjos” (um
ficara com Abraão) chegam, ao anoitecer, à Sodoma, e Ló, vendo-os, prostrou-se
em terra e, após, serviu-lhes um banquete, que os “anjos” comeram. Antes que se
deitassem, todo povo da cidade cercou a casa de Ló e lhe exigiu que lhe
trouxesse os “homens” (agora chamam-nos de “homens” mostrando que “anjos” e
homens podiam ser confundidos, porque não
eram diferentes entre si) pois que desejavam “abusar” deles. Ló chegou a
oferecer suas duas filhas virgens para que o povo poupasse os hóspedes. Os
homens da cidade, entretanto, avançaram contra Ló e procuravam arrombar sua
porta, quando os “anjos”, estendendo a mão, fizeram Ló entrar e deixaram a
todos cegos de modo que não conseguiam mais achar a porta da casa. (Esse mesmo
misterioso poder de perturbar as funções fisiológicas dos homens os
extraterrestres têm demonstrado em recentes acontecimentos).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Gên 19:24, 25 e 28 - o “Senhor”, isto é,
os extraterrestres, destruíram Sodoma e Gomorra com enxofre e fogo vindos do
céu; tudo foi destruído, as duas cidades, todo o país em redor, todos os
habitantes das cidades e toda vegetação
e animais da região (tudo
semelhante às explosões atômicas atuais; e por que não destruíram somente os
homens pervertidos?).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Em Gen 32:24 a 28, “Deus”, ou um “anjo”,
luta corpo-a-corpo com Jacó, e
vendo que não podia vencer
Jacó, usou uma técnica não conhecida pelos homens: tocou um nervo da perna de
Jacó, de modo que fez com que este perdesse as forças; mas, assim mesmo, Jacó
não largou “Deus” e este lhe diz que, se ele fora tão forte para lutar até
mesmo contra “Deus”, lutaria melhor contra homens; por isso seria chamado de
Israel, e “Deus” faria dele chefe de nações.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> No livro de Êxodo, os discos voadores
aparecem de forma bem mais clara; nesse livro surge Moisés, figura misteriosa
desde o berço quando, ainda com 3 anos de idade, foi encontrado, pela filha do
Faraó, no rio onde ela fora banhar-se. Em Ex 3:2 é narrado o primeiro encontro
de Moisés com “Deus”. Este lhe aparece no meio de uma “sarça que ardia sem se
consumir”, arde, mas não queima, isso indicando que, provavelmente, não devia
ser fogo, mas uma luz dentro da vegetação, talvez vinda de algum dispositivo da
nave espacial (luz desconhecida dos homens da época).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Ex 13:21 e 22 narra que, quando os judeus,
liderados por Moisés, deixaram o Egito, fugindo da escravidão que o Faraó lhes
impusera durante muitos anos, o “Senhor’ ia à frente deles para lhes mostrar o
caminho, de dia numa ‘coluna de nuvens’ e de noite numa ‘coluna de fogo”. Ex
14:19 e 20 conta que o “anjo” de Deus, que marchava à frente dos israelitas,
foi para a retaguarda dos fugitivos e que, com ele, ao mesmo tempo, a ‘coluna
de nuvens’ deixou a frente do povo e foi para trás, colocando-se entre os
fugitivos e o exército egípcio que se aproximava; com isso, e como a aparência
da nuvem era “tenebrosa”, os egípcios não conseguiam se chegar aos judeus para
os recapturar. Inicialmente, a nuvem (ou ‘charuto voador’ como hoje são
chamados engenhos espaciais do tipo), ia à frente, para guiar o povo hebreu;
após, como o exército egípcio se aproximasse, se deslocou para a retaguarda do
povo para impedir que os egípcios chegassem até ele. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Na passagem do Mar Vermelho, Ex 14:21, 22,
24, 26, 28 e 29: Moisés estende a mão sobre o mar e o “Senhor” fez as águas se
dividirem para os hebreus passarem a seco. Ao amanhecer, o “Senhor”, do alto da
‘coluna de fogo’ e da ‘nuvem’, destruiu todo o exército egípcio, seus carros, cavalos
e cavaleiros, fazendo o mar se fechar sobre eles, de modo que nem um só se
salvou da morte (porque não os destruiu antes de se aproximarem? Ver Ex 14: 4,
que mostra que Deus desejava que, também os egípcios, em face do poder que
demonstraria ao destruir o Faraó e seu exército, soubessem que ‘ele era o
Senhor’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Cap. 15:3, os hebreus cantam louvores
àquele que os salvou, dizendo que o ‘Senhor’ é como um ‘homem’ guerreiro e é
onipotente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Os estudiosos dos OVNIS sabem que têm
ocorrido muitas observações constatando a existência de um campo invisível de
força que tais engenhos podem dirigir para barrar qualquer coisa que queira se
aproximar deles. Talvez, por isso, o exército egípcio mais rápido, porque
usando cavalos e carros puxados por animais, não conseguisse se aproximar dos
hebreus que, num total de 600.000 homens, fora as crianças, fugiam mais
lentamente, porque quase todos estavam a pé.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Parece-nos, ainda, que o “Deus” dos
hebreus desejava, de algum modo, que todos tivessem medo de seu poder sem
limites (seria para que o povo eleito não hesitasse em acatar suas ordens, isto
é, as ordens dos extraterrestres para que lhes entregassem os melhores
espécimes capturados de bois, novilhos, bezerros, ouro, prata, etc. e até
virgens (ver Nú 31:35)) pois, como conta Êx 14:17, tendo Moisés obtido
consentimento do Faraó para sair do Egito com o povo hebreu e, assim, estavam
em marcha para a terra prometida, marcha tranqüila e sem problemas de
perseguição, o ‘Senhor’ disse a Moisés: ‘Apressa o teu povo, pois voltar a
Faraó e vou endurecer-lhe o coração para que venha no vosso encalço e
gloriosamente triunfarei sobre os egípcios e sobre todo seu exército, carros e
cavaleiros; assim os egípcios saberão que eu sou o Senhor quando eu tiver
alcançado esse glorioso triunfo sobre eles’ (será que Deus tinha que se impor
pela violência e ainda se orgulhar de seu poder?) E Moisés, também, já sabia
que ‘Deus’ lutaria pelo povo hebreu pois, em 14:14, diz ao povo que os hebreus
não teriam que lutar pois o Senhor lutaria por eles.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Vejamos agora o ‘maná’, alimento
desconhecido dos homens da época, talvez um alimento especial cientificamente
dosado, fornecido pelos super-astronautas, em face das reclamações dos hebreus
que sentiam falta da abundância de comida que tinham no Egito. O maná alimentou
por 40 anos o povo no deserto, enquanto aquela geração de ex-escravos,
possivelmente enfraquecidos e pouco aguerridos pelos muitos anos de cativeiro,
dava nascimento a uma geração nova de homens livres (provavelmente com muitos
frutos de cruzamento, ou ‘clonagem’, de ‘filhos do homem’ com ‘filhos de Deus’,
com uma genética muito mais avançada que os filhos nascidos simplesmente do
cruzamento de filhos dos homens entre si) que se preparavam para, sob a
orientação dos super-homens, conquistar o Vale do Canaã, a Terra Prometida. Até
mesmo a Moisés não foi permitido entrar na Terra Prometida. E, vejam nos mapas,
Egito e Canaã eram fronteiriços e a distância entre as duas terras poderia ser
vencida, a pé, talvez em poucos meses. No entanto, os judeus levaram 40 anos
para fazer essa caminhada!!! Por quê? Para, como está na bíblia, que fossem
extintas todas aquelas gerações de hebreus, fugidos do Egito, pois que haviam
adorado outros deuses antes adorar apenas o ‘Senhor’.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Em Ex 16:4,10 a 15, 19 a 21, 35, o
‘Senhor’ prometeu a Moisés que faria ‘chover pão’ e que o povo colhesse a
quantidade para cada dia, não mais. Em 16:10, aparece, novamente a ‘nuvem’ e,
no meio dela, o ‘Senhor’ para falar com Moisés. O maná era uma coisa granulosa
semelhante à geada (branca e pequena?). (Coisa semelhante ocorreu em Minas
Gerais: depois que certas ‘bolas’ (disco voadores?) evoluíram no céu, caiu
lentamente algo parecido ao algodão doce que é vendido para crianças. (Segundo
a Bíblia, Ex 16:31, o maná era branco e tinha sabor de torta de ‘mel’). Tal
material, se guardado para o dia seguinte, com a incidência de raios do sol,
perdia sua contextura e murchava. Cap. 16:21, conta que, se guardado para o
outro dia, ‘derretia’ e apodrecia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Agora vamos ver, de forma clara, como uma
nave espacial paira ou pousa sobre o monte Sinai. Ex 19:16, <st1:metricconverter productid="18 a" w:st="on">18 a</st1:metricconverter> 25 aparece, novamente, a
nuvem e, com ela, um som de buzina (o som dos motores da nave?), e, no meio do
fogo (não seria, no meio da luz projetada pela nave?) o ‘senhor’ (o
astronauta?), dá instruções a Moisés: que ninguém, senão aqueles que o ‘Senhor’
autorizar, suba ao monte senão será morto pelo ‘Senhor’. Aí, os extraterrestres
dão a Moisés as tábuas da lei e outras instruções, inclusive aquela que determina
que se prestem holocaustos ao ‘senhor’, ofertando-lhe os primeiros produtos,
primeiros animais, os melhores e sem qualquer defeito. Em Ex. 23:14, Deus
determina que se façam festas em sua (?) honra e que, obrigatoriamente, cada
varão se apresentará ao Senhor três vezes por ano (mas nunca de mãos vazias!) e
que ao senhor, ‘teu deus’, 23:19, deverão ser trazidas as primícias, os
primeiros produtos da terra, sem qualquer defeito ou mácula.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Em 23:20, o ‘senhor’ diz que mandará um
‘anjo’ diante do povo para guiá-lo e protegê-lo até a terra prometida. Esse
anjo falará em nome de Deus e os hebreus nunca deveriam provocar sua ira,
pois ele não perdoará a
rebelião do povo eleito; mas, se for em tudo obedecido, Deus semeará o pânico e
destruirá todos os numerosos
povos que habitam Canaã para que aquelas terras pertençam exclusivamente aos
hebreus. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Em 24:17, aos olhos dos hebreus o
‘Senhor’ tinha o aspecto de um
‘fogo consumidor’ sobre o cume do monte (noutras muitas passagens bíblicas, o
Senhor tem aspecto semelhante ao dos homens, tanto que foi com estes
confundido). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> A seguir veremos o que os extraterrestres
desejavam dos terráqueos. Em Êx 25:1 a 7, o ‘senhor’ diz a Moises que fale aos
israelitas que façam ofertas ao senhor. Que o senhor aceitará, como oferta, ouro, prata, cobre, púrpura, linho fino,
peles, madeiras nobres, azeite, animais etc. Em 28:33, 34 manda que as roupas
dos sacerdotes, os únicos autorizados a entrar no santuário onde se dariam os
encontros com o ‘senhor’, deviam ter em toda barra inferior guizos, sininhos
(seria para, com seu ruído, alertar o ‘senhor’, que poderia estar distraído,
adormecido ou bebendo e comendo, não preparado para receber os filhos dos
homens?). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> E continuam as ordens determinando, 29:1 e
11, que a consagração do santuário e dos sacerdotes e, todas as celebrações,
algumas sendo diárias, fossem
feitas com a imolação de novilhos, bezerros, carneiros etc, sempre os melhores
animais, que serão sacrificados frente ao Senhor (receio de que os homens o
enganassem e não trouxessem os melhores?) e oferecidos a este. ‘Deus’ afirma,
ainda, muitas vezes (p.ex. 29:18): o cheiro
da carne queimada é agradável às narinas do ‘senhor’ (!) Outro fato relatado no Velho Testamento
é Deus determinara que, das conquistas, a ele fossem entregues os melhores
frutos, entre eles as melhores virgens (!). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Há também, 29:38 a 46, determinação de um
holocausto perpétuo (para
sempre!) de dois cordeiros novos, um pela manhã, outro à tarde, todos os dias, servidos com vinho e azeite, em honra do Senhor; holocausto que deverá ser oferecido
até mesmo pelas gerações futuras!
Essa seria a condição para o
‘senhor’ habitar no meio dos hebreus e ser o seu ‘deus’. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Em 30:32 e 38, dá outras ordens a Moises e
ameaça que, se alguém fizer ou usar perfume igual ao que será usado no
santuário, será banido dentre o povo (talvez, ali, só pudessem adentrar aqueles
que usassem o determinado perfume, o que, talvez, possibilitaria a
identificação deles (?). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Em 32:1, ante a demora de Moises, que já
estava há 40 dias no monte, os judeus fazem um bezerro de ouro, para o adorar.
O Senhor se irrita e diz que
sua cólera se acendeu contra aquele povo e ameaça matar todos, só não o fazendo a pedido de Moises (32:7 a
14). Ao descer do monte, irado com o bezerro de ouro, Moises determinou aos
hebreus que, como expiação do pecado feito, cada um matasse, a espada, seu
irmão, sendo que, assim, foram mortos cerca de três mil judeus só naquele dia,
pelo que foram, os matadores, depois, abençoados por Moises, em nome de Deus
(32:27 e 29). A seguir, 33:3, o
‘senhor’ diz a Moisés que siga para a terra prometida, mas avisa que não irá
com o povo, porque este tem ‘cabeça dura’ e que, por isso, ele se irritaria e o destruiria no caminho. Em seu lugar mandará um anjo (talvez mais
calmo que ele) para guiar o povo e para destruir
todos aqueles que, então,
habitavam aquelas terras por onde passariam. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Em 33:7, Moises constrói uma tenda
destinada a, ali, se reunir com Deus. 33:9 a 11, quando Moisés entrava na tenda
a nuvem de fogo e fumo descia à entrada da tenda e o ‘senhor’ falava com Moises
face-a-face, como um homem que conversa com seu amigo. Mas, apesar disso, em
33:18 a 23, não permitira que Moises visse sua face. (Porque seria? Sua face,
então, ainda seria estranha em relação aos padrões humanos?). Ao ver a nuvem, todo o povo se prostrava
sobre o chão (lembra o episódio de Caramuru entre os indígenas, da História do
Brasil).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Em 40:33, diz-se que nem Moisés podia
entrar no tabernáculo; a nuvem cobria tudo e a majestade do Senhor resplandecia
(não seria para que os astronautas levassem para suas naves, sem serem vistos,
aquilo que dos judeus recebiam?). Cap 36 diz que de dia repousava a nuvem do
senhor sobre o tabernáculo; (era, também, sinal para os hebreus interromperem a
marcha); de noite, a luz do senhor era uma chama que todos os filhos de Israel
viam de onde estivessem suas tendas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> O escritor afirma que não se deve duvidar
da seriedade com que os autores desses livros da bíblia documentaram esses
acontecimentos históricos, que, para eles, transcendiam de muito o grau de
cultura da época. Mas, que não podemos, em nossos dias, admitir que uma estrela
pudesse indicar, a quem quer que fosse, o lugar onde nasceu Jesus, nem que o
Deus verdadeiro descesse numa chama ou coluna de fogo, ou numa nuvem, em forma
de forno. Desses engenhos voadores desceram homens, varões, anjos ou filhos de
deus, semelhantes aos homens da Terra tanto que se confundiam com eles, e que se intitularam ‘senhor’, ‘deus’ ou
‘anjos’, como mostram muitas passagens bíblicas; comeram pão, novilhos;
emitiram trovões, som igual ao das buzinas da época, fuzilaria e relâmpagos;
destruíram cidades com fogo vindo do céu; mataram milhares de homens, mulheres
e crianças, de todos os povos contra quem os judeus lutaram; mataram milhares e
milhares de judeus, pela desobediência às suas ordens ou a ordens de líderes do
povo; alimentaram com o maná desconhecido, durante 40 anos, o povo escolhido,
com mais de 600 mil adultos, na caminhada para a terra prometida (há uma
passagem na qual Moisés dá ciência ao ‘senhor’ de que o povo reclamava acerca
da alimentação que recebia no deserto, o maná, pois que, no Egito havia mais
fartura etc. ‘Deus’ então envia aos hebreus as ‘cordonizes’, mas dos que as
comeram, cerca de 30.000 morreram na hora). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Temos que aceitar tais fatos como
verdadeiros, como relatados e interpretados de conformidade com a cultura da
época. Procuremos, porém, interpretá-los, hoje, de acordo com os conhecimentos (científicos)
atuais. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">.........................................................................<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Há outras numerosas passagens no Velho
Testamento que fazem crer que aquilo que os judeus supunham ser Deus eram
extraterrestres astronautas, como afirma o filólogo. Leia-se, por exemplo, no
Livro de Ezequiel, o relato do aparecimento de uma nave espacial. É natural
que, aos homens da época, frente a um veículo que lhes era totalmente
desconhecido e nem mesmo por eles imaginado, o interpretassem como sendo um
deus ou algo descido dos céus.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Etc., etc., etc.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">..........................................................................................................<o:p></o:p></span></div>
conforti1928@hotmail.comhttp://www.blogger.com/profile/03611925017204025239noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-55977584974426048.post-55155684195986859112014-04-17T11:02:00.001-07:002014-04-17T11:02:09.769-07:00SOBRE O MAL<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> O amigo “X” pergunta: Pode alguém ser influenciado
pelo mal a fazer coisas erradas? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Conf: o tempo todo, como pode também,
estar sendo influenciado pelo bem a fazer coisas corretas; e é isso que vemos
no mundo; somos todos nós recebedores das influencias de todas as
experiências/lições pelas quais passamos na vida; estamos sempre sendo
condicionados (influenciados) a acreditar nisto e não naquilo, pelas tradições, costumes,
culturas, sociedade, psicologias, filosofias, religiões, política, acontecimentos, ensinamentos, tanto pelos que nos influenciam para bem, qto para o mal!
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> A vida é uma escola de espíritos ou de
almas, mas uma escola tanto do bem quanto do mal. Aprendemos o que a escola nos
ensina. Se somos influenciados, são os ensinamentos desta escola que nos levam
a ser influenciados, e nada mais. O que mais poderia ser? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Assim, qual é a causa do porq todos
agirmos como agimos? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> É exatamente esta: a vida nos ensinou a
agirmos como agimos. Ou quem mais poderia nos influenciar? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> E tudo isso acontece sem cessar e durante
toda a vida. A vida toda passamos por experiências que, pelas influencias que
nos proporcionam, modificam para melhor ou para pior nossos pensamentos,
sentimentos, desejos, vontades e, consequentemente, escolhas e ações. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> X: É a falta de conhecimento, a nossa
ignorância, a influência de um corpo cheio de necessidades materiais, que
induz e enche o espírito/alma de vícios e paixões, levando-o a cometer ações
erradas e más? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Conf: exatamente, é isso. Mas, onde está
nisso tudo a responsabilidade do espírito, ou do homem? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> E, se o espirito/alma, encarnado ou não,
sofre, qual é a causa que justifique esse sofrimento se, pelas religiões
deístas e teístas, só sofre quem merece sofrer?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> X: Só cometem ações más quem realmente
deseja cometê-las. Até podemos ser intuídos e influenciados por outros, mais
estes só se aproximam de nós por afinidades com os mesmos desejos nosso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Conf: com isso o amigo está afirmando que
aqueles que estão sofrendo, sofrem porq desejam sofrer?! Será que o homem,
podendo ser mais feliz se não fizer ações más, deseja ser mais infeliz e, por
isso, escolhe fazer ações más?! E já raciocinou porq temos afinidades com espiritos/almas/homens que podem nos levar para o mal, se outros não têm?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Afinal, porq é que já cometemos tantas
ações erradas ou más, se podíamos não cometê-las? De caso pensado, estudamos, refletimos
e decidimos nos colocar contra o Poder daquele que, ensinam as religiões, é
Todo Poderoso? Decidimos escolher sofrer as terríveis consequências de nossos
erros, e por isso os cometemos propositadamente? E, se não os cometemos
propositadamente, porq é que sofremos se, como dizem, a justiça divina é
perfeita? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> X: A questão do Mal é um verdadeiro
paradoxo, o mal até existe pois podemos realizar ações que resultaram em algum
mal. Mas, o Mal não é algo que tenha uma existência sobrenatural com força para
seduzir ou influenciar. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Conf: é evidente que o mal não existe
como uma entidade ou ser independente a influenciar as pessoas; o mal é o
resultado do que fazemos de errado uns aos outros, aos chamados irracionais e à
natureza; é o sentimento que nos leva a fazer o que é nocivo aos semelhantes. E
sua origem vem de nossa insegurança em relação às adversidades do mundo; do
egoísmo, sentimento natural a todos, humanos e não humanos, inconscientemente
criado, por nós mesmos, ao nos defrontarmos com um mundo ameaçador ao nosso
redor. E se o egoismos (o produtor do mal) é um sentimento natural a todos,porq, como ensinam as religiões, sofremos se todos os sofrimentos são merecidos e justos?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Logo, o mal na sua acepção de sentimentos
e de ações de uns e outros tem força sim, para nos influenciar e está sim nos
influenciando o tempo todo, pelas circunstancias da vida. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Veja o que é o mundo, a casa temporária
que o Criador nos deu: o mal (=maldade) imperando sob todos os aspectos
imagináveis. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> E isso vem desde o começo da história
conhecida do homem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> E, agora raciocinando, a questão é: qual
é a causa dos sofrimentos dos homens se, todos eles, pelas doutrinas, só são
impostos para aqueles que transgridem as leis divinas? Onde, no exposto acima,
estão essas transgressões? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">...................<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
conforti1928@hotmail.comhttp://www.blogger.com/profile/03611925017204025239noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-55977584974426048.post-25551504005570465002014-04-08T07:18:00.001-07:002014-04-17T11:19:14.428-07:00CONHECER-SE A SI MESMO<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Amigos, <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> "Conhecer-se a si mesmo" não é
saber o que vc é agora, quais são suas qualidades e quais seus defeitos, o que
faz no bem e no mal, se ontem agiu com correção e se hoje está agindo como deve
agir, ou saber se está fazendo força suficiente para acertar, e coisas
semelhantes. Isso é fácil de conhecer e de saber. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> O difícil e o que deve ser feito é
conhecer quem vc é realmente, por trás da alegria e das lágrimas, cantando ou
chorando, dançando ou estirado num leito de hospital, auxiliando, sendo auxiliado
ou quando lhe negam o auxílio. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> É conhecer o que vc é neste mesmo
instante, em todos os instantes, por trás das máscaras que, independente de sua
vontade e inconscientemente, cobrem sua verdadeira identidade cósmica, sua
verdadeira face espiritual, que existe desde o princípio dos tempos (para
outros, desde o início de sua criação). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> É conhecer o que e quem vc é realmente,
além da carne, das batidas do coração, além da matéria, e do mundo material,
além das aparências, além do amor que lhe dedicam ou que vc dedica ou que
ninguém lhe dedica, além de todas as epidemias, guerras, misérias, desgraças,
tragédias; além desses momentos esparsos de alegria fugidia, de felicidades
efêmeras. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> É conhecer o que vc é além disso tudo que
está aqui e aí, além de tudo que existe; é conhecer que vc é tudo e que pensa
que não é nada. É conhecer que tem uma sabedoria e um poder imensos e que pensa
que é ignorante e fraco. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Vc não conhece sua verdadeira face de ser
espiritual, perturbado e estorvado que está em sua caminhada devido a estar
mergulhado num corpo de carne, num mundo material.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">......................<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
conforti1928@hotmail.comhttp://www.blogger.com/profile/03611925017204025239noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-55977584974426048.post-79480231030869423232014-04-05T09:13:00.000-07:002014-04-05T09:25:49.645-07:00A ESCOLHA NÃO É NOSSA!<div class="post_wrapper" style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; line-height: 16.2239990234375px;">
<div class="poster" style="float: left; font-size: 12.800000190734863px; width: 11em;">
<h4 style="color: #c06002; font-size: 15.199999809265137px; margin: 0.2em 0px 0.4em 1.1em; padding: 0px;">
</h4>
<h4 style="color: #c06002; font-size: 15.199999809265137px; margin: 0.2em 0px 0.4em 1.1em; padding: 0px;">
</h4>
<h4 style="color: #c06002; font-size: 15.199999809265137px; margin: 0.2em 0px 0.4em 1.1em; padding: 0px;">
</h4>
<h4 style="color: #c06002; font-size: 15.199999809265137px; margin: 0.2em 0px 0.4em 1.1em; padding: 0px;">
</h4>
<ul class="reset smalltext" id="msg_353949_extra_info" style="font-family: verdana, sans-serif; font-size: 0.85em; list-style: none; margin: 0px 1em 0px 1.5em; padding: 0px;">
<li class="custom" style="list-style: none; margin: 0px; padding: 0px;"><br /></li>
</ul>
</div>
<div class="postarea" style="margin: 0px 0px 0px 11em;">
<div class="flow_hidden" style="font-size: 12.800000190734863px; overflow: hidden; width: 1491.7249755859375px;">
<div class="keyinfo" style="float: left; width: 745.8624877929688px;">
<div class="messageicon" style="float: left; margin: 0px 0.5em 0px 0px;">
<div style="cursor: pointer; padding: 3px; text-align: center;" title="Icon de Mensagem">
<br /></div>
<div style="cursor: pointer; padding: 3px; text-align: center;" title="Icon de Mensagem">
<br /></div>
<div style="cursor: pointer; padding: 3px; text-align: center;" title="Icon de Mensagem">
Obs: texto destinado a todos<span style="font-size: 12.800000190734863px;"> </span></div>
</div>
<h5 id="subject_353949" style="font-size: 1em; margin: 0px; padding: 0px;">
</h5>
<div class="smalltext" style="font-family: verdana, sans-serif; font-size: 0.85em;">
<br /></div>
<div id="msg_353949_quick_mod">
</div>
</div>
<ul class="reset smalltext quickbuttons" style="clear: right; float: right; font-family: arial, sans-serif; font-size: 0.85em; font-weight: bold; list-style: none; margin: 0.9em 11px 0px 0px; padding: 0px; text-align: right;">
<li class="quote_button" style="background-image: url(http://www.forumespirita.net/fe/Themes/default/images/theme/quickbuttons.png); background-position: 0px 0px; background-repeat: no-repeat no-repeat; display: inline; float: left; list-style: none; margin: 0px 0px 0px 11px; padding: 0px;"><a href="http://www.forumespirita.net/fe/estudos-mensais/fe-50141/45/?action=post;quote=353949;num_replies=46" style="color: #3b5998; display: block; float: left; height: 20px; line-height: 18px; padding: 0px 0px 0px 20px; text-decoration: none;">Citar</a></li>
<li class="modify_button" style="background-image: url(http://www.forumespirita.net/fe/Themes/default/images/theme/quickbuttons.png); background-position: 0px -60px; background-repeat: no-repeat no-repeat; display: inline; float: left; list-style: none; margin: 0px 0px 0px 11px; padding: 0px;"><a href="http://www.forumespirita.net/fe/estudos-mensais/fe-50141/45/?action=post;msg=353949" style="color: #3b5998; display: block; float: left; height: 20px; line-height: 18px; padding: 0px 0px 0px 20px; text-decoration: none;">Modificar</a></li>
<li class="remove_button" style="background-image: url(http://www.forumespirita.net/fe/Themes/default/images/theme/quickbuttons.png); background-position: 0px -30px; background-repeat: no-repeat no-repeat; display: inline; float: left; list-style: none; margin: 0px 0px 0px 11px; padding: 0px;"><a href="http://www.forumespirita.net/fe/estudos-mensais/fe-50141/45/?action=deletemsg;msg=353949;ac0bfa876a9=facbecf7cf3f1d15b31ce3d4a4e2ef35" style="color: #3b5998; display: block; float: left; height: 20px; line-height: 18px; padding: 0px 0px 0px 20px; text-decoration: none;">Apagar</a></li>
<li class="inline_mod_check" id="in_topic_mod_check_353949" style="display: inline; float: left; list-style: none; margin: 0px 0px 0px 5px; padding: 0px;"><input class="input_check" name="msgs[]" style="background-image: none; border-style: none; color: black; font-family: verdana, Helvetica, sans-serif; font-size: 10.399999618530273px; font-weight: normal; line-height: 11.589239120483398px; padding: 2px;" type="checkbox" value="353949" /></li>
</ul>
<div class="gpbp_vote" style="float: right; margin: 4px 0px; padding-right: 15px;">
<span class="help" id="gpbp_score_353949" style="cursor: help; margin: auto 4px;" title="The current score of this post.">0</span>Gostou?</div>
</div>
<div class="post" style="clear: right; line-height: 1.4em; margin-top: 0.5em; overflow: auto; padding: 0.1em 0px;">
<div class="approve_post">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; line-height: 150%;">«ref #47 em: 050414 às
16:44 »</span></div>
<div class="approve_post" style="font-size: 12.800000190734863px;">
<span style="font-size: 12.800000190734863px; line-height: 1.4em;">http://forumespirita.net</span><br />
<span style="font-size: 12.800000190734863px; line-height: 1.4em;"><br /></span></div>
<div class="approve_post" style="font-size: 12.800000190734863px;">
<br /></div>
<div class="inner" id="msg_353949" style="border-top-color: rgb(153, 153, 170); border-top-style: solid; border-top-width: 1px; font-size: 12.800000190734863px; margin: 0px 1em 0px 0px; padding: 1em 1em 0px 0px;">
Marcos escreveu: É lconforjr, são muitos os questionamentos, né?<br />
Conf: muitos! Mas nós mesmos, usando o “pouco” (ou o muito) de liberdade e autonomia que temos (relativas ao que pensar, fazer, imaginar, ser...) devido à escola da vida já nos ter levado a tê-las (talvez, nem todos as tenham ou percebam que as têm, eqto outros supõem que têm autonomia e liberdade absolutas), podemos fazer alguma coisa, às vezes muita coisa, para encontrar suas respostas.<br />
<br />
Perceba que quem nos molda o tempo todo, incessantemente, desde que a consciência desperta em nós, que faz que sejamos o que somos neste exato instante, que constrói nosso caráter, inteligência, discernimento, compreensão, assimilação de coisas boas ou más, que nos faz ser bons ou maus, maliciosos ou inocentes, criminosos ou suas vítimas, ter tais e tais virtudes e tais e tais imperfeições, sejam físicas, psicológicas ou morais, são as experiências/lições que a escola da vida nos proporciona sem cessar.<br />
<br />
Assim, neste exato instante, somos o resultado (efeito) exato dessa sequência sem fim de causas e efeitos, que vem (de quantos “zilhões” de anos, séculos ou milênios, quem sabe?) em nossa linha ascendente, desde nossos mais longínquos antepassados, e daquilo (forças, energias, combinações e associações, elementos, fenômenos), que lhes deu origem. Somos, agora, o efeito de tudo isso, somado às experiências pelas quais estamos passando, nesta existência, até este exato instante.<br />
<br />
Assim, sem dúvida, não somos o que queremos ser, nem pensamos o que queremos pensar, nem fazemos o que queremos fazer, nem imaginamos, nem aceitamos, nem compreendemos, nem sonhamos, nem planejamos, nem decidimos, nem escolhemos, nem agimos etc etc o que queremos ou como queremos, mas, sim, o que esse processo continuado, ininterrupto, sem fim, nos leva a pensar, a ser, a fazer etc etc.<br />
<br />
Pois, porq vc é bom? Não faço esta pergunta apenas por fazer, mas para que vc realmente queime os neurônios para raciocinando, tentar responde-la. Faça isso: porq vc é bom, ao passo que aquele, que assassinou, humilhou, estuprou, explorou etc, é mau?<br />
<br />
Marcos: Este o grande mal, a visão unilateral que não se amplia, não muda... e sabe por que? porque como disse o Danilo em seu post no início do nosso estudo "... porque não queremos."<br />
<br />
Conf: "visão unilateral” que a vida nos faz ter... “não queremos” porq a vida nos leva a não querer, apenas isso...”<br />
<br />
Marcos:... somos uma incógnita para nós mesmos, e reafirmo o que disse complementando que o somos por opção, é foro íntimo.<br />
<br />
Conf: amigo Marcos, considerando o que está acima, como podemos acreditar que somos o que somos por opção?! Que isso é assunto de foro íntimo?!<br />
<br />
Marcos: O antolho me deixa ver à frente, mas eu poderia até ser cego e ter fé..., se conseguisse olhar para dentro de mim mesmo. E é o que não queremos, não admitimos, não sabemos daí não o cremos.<br />
<br />
Conf: meu jovem, “antolhos” não se refere só a isso que perturba a visão, mas a tudo que perturba a operação de qualquer dos sentidos, entendimento, compreensão, percepção etc. O fato de só focarmos aquilo que nos interessa, que nos disseram, ou que acreditamos, por alguma experiência, por ouvir etc ser o melhor, funciona como “antolhos”, na falta de outra palavra.<br />
<br />
Acreditamos que aquilo em que acreditamos seja o melhor, o mais conveniente, porq só olhamos para aquele lado e esquecemos que o mundo, as crenças, as religiões têm “n” lados, “n” facetas. E muitas vezes, focando só aquilo em que cremos e confiamos, estamos perdendo de conhecer coisas muito importantes para nosso objetivo de aperfeiçoamento.<br />
<br />
Agora, com tudo que vc leu aqui, continua acreditando que tudo depende do nosso querer? Se depende de nosso querer, porq fazemos tantas coisas erradas se os erros nos levam a sofrer? Então, queremos fazer coisas erradas, queremos sofrer, é isso?! Sofremos, somos bons ou maus, solidários ou egoístas, orgulhosos ou humildes etc, porq queremos ser? Amamos ou odiamos porq queremos amar ou odiar?<br />
<br />
Podemos, meu jovem, "manipular" atitudes, procedimentos, manifestações exteriores; nunca sentimentos! Consequentemente, também nunca desejos, vontades, pensamentos!<br />
<br />
Sentimentos, virtudes, imperfeições morais, bondade ou maldade, estão fora de nosso poder de manipulação. Raciocine e observe!<br />
<br />
............</div>
</div>
</div>
</div>
<span style="font-family: Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12.800000190734863px; line-height: 16.2239990234375px;"><br /><br /> <a href="http://www.forumespirita.net/fe/estudos-mensais/fe-50141/45/#ixzz2y1n4aGxv" style="color: #003399; text-decoration: none;">http://www.forumespirita.net</a></span>conforti1928@hotmail.comhttp://www.blogger.com/profile/03611925017204025239noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-55977584974426048.post-76397492140239519422014-03-25T19:23:00.001-07:002014-03-25T19:23:13.531-07:00conforti1928@hotmail.comhttp://www.blogger.com/profile/03611925017204025239noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-55977584974426048.post-24506944246147124772014-03-25T19:22:00.001-07:002014-03-25T19:22:37.032-07:00<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 3.75pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">(17) O QUE JESUS REALMENTE ENSINOU <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 3.75pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> (jcl-ribpreto-2006)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Infelizmente, os mais importantes ensinamentos
de Jesus não são divulgados pelas igrejas cristãs. Nestas, ensina-se sobre a
vida desse homem iluminado, mas quase nada sobre aquilo que ele, em seu tempo,
tentou ensinar e fazer com que os discípulos e o povo compreendessem. Ele
ensinou sobre o reino de Deus, enquanto as igrejas cristãs ensinam sobre sua
vida. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">..........................................................<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Jesus teve o percebimento de que ele era
a própria divindade, ‘eu e o Pai somos um’. Compreendeu, então, e ensinou que o
caminho é para dentro, para o interior do próprio ser humano, e mostrou isso ao
afirmar, de modo claro, que ‘o eu é o caminho, a verdade e a vida’, como
igualmente ensinaram outros, entre eles S. Agostinho ao dizer que, depois de
muito procurar por Deus fora, nas coisas do mundo, foi encontrá-lo dentro dele
mesmo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Do mesmo modo, Teresa de Ávila dizia ser
absurdo buscarmos Deus fora de nós, nos céus; que devíamos, antes, procurá-lo
dentro de nós mesmos, pois é em nossa alma que o Senhor habita, como Paulo
também falou: ‘O Senhor habita em vossos corações”, “Vós sois o templo do Altíssimo’.
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Jesus ensinou a nos fecharmos em nós
mesmos (nada de fora a nos perturbar) e, em oculto, em segredo, isto é, em
silêncio total, inclusive mental, ‘orarmos’ ao Pai que, em oculto, ali dentro,
nos ouve, mas essa oração não é aquilo que imaginamos ser. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Como ensinou Teresa de Ávila, santa dos
católicos, é a ‘oração de recolhimento’, na qual se recolhem todos os sentidos,
lembranças, expectativas, enfim, todas as operações mentais; se bem realizada,
entra-se, espontaneamente, na ‘oração de quietude’, na qual há total silêncio
mental; o cérebro, a mente, cessam sua ação e o ego se afasta. E, quando o ‘eu
não é, Deus é’. O único obstáculo para a aproximação do divino é o ego, com
todas suas idiossincrasias (maneira própria de sentir, de compreender; lembranças,
expectativas, ilusões, crenças, ignorância, remorsos, emoções, culpas, desejos,
medos), que poluem a consciência localizada (individual), não permitindo que
ela perceba a divindade que nela habita.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Jesus disse: ‘ninguém vai ao Pai senão
por mim (pelo Eu)’, e ‘eu sou (o Eu é) o caminho, a verdade e a vida’, isto é,
no Eu está o caminho, que é, pois, para dentro de nós mesmos; aí está a verdade
e a vida. Ele falou também: ‘não direis que o reino está ali ou acolá, pois o
reino de Deus já está dentro de vós’, como Paulo, que disse muitas vezes: ‘não
sabeis que sois o templo do Altíssimo e que o Altíssimo habita em vós?’<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> As igrejas esqueceram esses ensinamentos
e se ativeram à história da vida de Jesus, não transmitindo as coisas profundas
que Jesus tentava comunicar ao povo. No cristianismo primitivo, o cristianismo
dos primeiros séculos, o objetivo primordial da religião era re-ligar a
criatura ao Criador, isto é, levar o ser humano à união pessoal com Deus.
(Santa) Teresa de Ávila, doutora teologal da igreja de Roma, ensinava q essa
união pode se dar através da ‘oração de recolhimento’ e da ‘oração de quietude’;
por uma extensa gama de fatores, a igreja, entre outras coisas, esqueceu de
ensinar. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Na ‘oração de recolhimento’, a pessoa
deve ‘recolher’ suas faculdades, como lembranças, expectativas, imaginações,
desejos e emoções, e os sentidos, pois tudo isso é apenas obstáculo à oração.
Se a oração de recolhimento for bem feita, redundará na ‘oração de quietude’,
isto é, na quietude total da mente e do cérebro, que, então, sem nada que os
perturbe ou ‘polua’, ficam <st1:personname productid="em sil↑ncio. Ocorre" w:st="on">em silêncio. Ocorre</st1:personname>, daí, na mente, um total vazio,
com a possibilidade de vir a ser preenchido por aquilo a que denominamos Deus.
Como disse Ken Wilber, ‘o vazio que você vê quando olha atento para o
nascedouro dos pensamentos pode, num relâmpago, mostrar a Realidade’. E como
João da Cruz ensinou: ‘Na escuridão, a luz’.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> A oração de quietude nada mais é que a
‘meditação’ dos tempos antigos e atuais; exige a preparação, que consiste no
recolhimento, ou cessação, sem esforço, de qualquer movimento mental. Cessando
o movimento mental, sobrevirá a quietude do cérebro, isto é, cessa a
interferência do ‘eu/ego’ e, como afirma o profeta bíblico, ‘Aquieta-te e sabe:
eu sou Deus!’, isto é, quando o ego é afastado de nossa percepção, o que
percebemos é o próprio Deus. Quando ‘o eu não é, Deus é’. O obstáculo que nos
impede a percepção do divino é, portanto, nosso próprio ego, a nossa mente
localizada, com todo o seu conteúdo condicionado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Para conseguir esse estado de silêncio,
é necessário que o pensamento, e tudo o mais que passa pela mente, cessem, e a
atenção é fator decisivo para esse fim. A primeira lição de Teresa de Ávila, às
noviças, era ‘atenção! atenção! atenção!’, ao momento presente, ao aqui-agora, sem
lembranças, ressentimentos ou remorsos acerca do passado, e sem devaneios,
sonhos ou expectativas, desejos e imaginações sobre o futuro. Daí ter Jesus ensinado
que ‘a cada dia basta seu cuidado’ e que não nos preocupássemos com muitas
coisas, já que ‘os lírios do campo e as aves do céu nem fiam nem plantam’, mas
têm o abrigo e o alimento necessários, supridos que são pelo eterno e único
supridor. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Um dos principais ensinamentos do
iluminado, tanto que muitas vezes exorta-nos sobre isso, foi sobre a
importância da atenção. Nesse sentido, a parábola das virgens prudentes e das
insensatas; a do servo fiel, que aguardava a volta do patrão, e outras mais.
Jesus enfatizou, sobremaneira, a realização do reino de Deus (‘buscai em
primeiro lugar o reino de Deus’) afirmando que ele já está dentro de nós (‘não
direis: ‘ei-lo aqui’, nem ‘ei-lo acolá porque o reino de Deus está dentro de
vós’); que a percepção dessa realidade é a coisa mais importante que o ser
humano tem a fazer (Jung) (‘o demais vos virá por acréscimo’), tanto que
devemos, até mesmo, abandonar tudo o mais para termos esse percebimento. Assim,
as parábolas do comprador de pérolas e a do homem que encontrou um tesouro no
campo... <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Fez ver que esse tesouro é mais importante
que tudo o mais, a nada se comparando, em particular quando aconselhou a
‘buscar, em primeiro lugar, o reino de Deus’, porque, encontrado o reino, a iluminação, ‘tudo o mais virá por
acréscimo’. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Disse, também, quando, pregando na
sinagoga, lhe falaram que sua mãe e seus irmãos o procuravam: ‘Quem são minha
mãe e meus irmãos? Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem as minhas
palavras e as cumprem’, isto é, aqueles que buscam e, eventualmente, encontram
o reino de Deus, pois esses seguiram seu conselho, são de sua mesma natureza,
perceberam o que ele percebeu, realizaram o reino em si mesmos e, desse modo,
compreenderam e podem também ensinar aquilo que ele ensinou. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Também, em afirmações aparentemente
absurdas, disse que para essa busca, se preciso for, devemos ‘abandonar pai e
mãe’ e que ele ‘não veio trazer a paz, mas a espada’, numa indicação de que
aquele que deseja encontrar o ‘reino’ deve se violentar nos costumes e apegos,
e não fazer o que o homem comum faz, porque, como Paulo ensinou, ‘a sabedoria
de Deus é loucura para os homens’ e ‘a sabedoria dos homens é estultícia para
Deus’. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Jesus ensinou, também, que o homem e
Deus são um só ser, uma só mente, quando afirmou que ‘eu e o Pai somos um’,
como também Paulo, em suas epístolas, dizendo ‘já não sou mais eu que vivo, é o
Cristo que vive em mim’, que somos ‘co-herdeiros’ do reino e que somos iguais a
Jesus, pois ‘se nós não ressuscitarmos, nem Jesus ressuscitou’. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Jesus era um iluminado, isto é, um homem
que percebeu a verdade, que ele e o Pai são um só. Como todos os iluminados,
Jesus não se calou e se dedicou a ensinar ao povo como chegar, também, a essa
realização. Muitos não compreenderam suas parábolas e seu sermão, pois ele
falava do ponto de vista daquele que se realizou. Assim, a estranheza
despertada por sua recomendação de se oferecer a outra face ao ofensor, de dar
também a capa, a quem lhe tirar as vestes, de orar pelos que nos fazem o mal,
de perdoar setenta vezes sete vezes os que nos ofendem. Nada disso é estranho
para um iluminado; ele já compreende e ama sem condições pois, pela iluminação,
teve despertados o amor, como testemunham, quase insuportável pelos semelhantes,
a sabedoria e a compaixão. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Também, exortou, àqueles que chegaram á
‘luz’, que não a escondam sob o alqueire, mas a coloquem sobre o velador, para
que ilumine a todos, isto é, ensinem suas verdades, a fim de que todos os que
ainda estão na escuridão da ignorância tenham a mesma percepção que ele teve.
Dessa percepção advêm bem-aventurança e compaixão, e pela compaixão, ante os
sofrimentos e conflitos sem fim do ser humano, muitos enfrentaram a morte por
não se calarem, tentando levar aos demais a bem-aventurança que a experiência
lhes trouxe, assim como ensinar-lhes o caminho para realizá-la.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Essa experiência, que coloca o homem em
seu verdadeiro lugar no universo, mostrando-lhe que ‘eu e o Pai somos um’, é a
experiência que, no dizer de Jung, representa o ‘sumum bonum’ para quem a teve,
nada mais lhe sendo necessário, pois ‘o demais lhe virá por acréscimo’. Como
Buda afirmou, ‘a iluminação é o fim de todo sofrimento’ e Jesus: ‘conhecereis a
verdade e a verdade vos libertará’. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Em diferentes épocas e lugares, os
homens que ‘perceberam’ afirmaram que a vida só tem significado quando se chega
ao verdadeiro autoconhecimento, isto é, ao conhecimento do que realmente somos.
Por isso, a afirmação dos iluminados de que, enquanto estamos na escuridão,
isto é, na ignorância do que somos, por não termos chegado ainda ‘lá’, não
passamos de seres incompletos, ‘subumanos’, e que a vida só adquire significado
quando temos a experiência de Deus (Teresa de Ávila: ‘tudo o mais é lixo se comparado
com essa realização’; Maharesh Marish Yoge: ‘sem essa realização somos ainda
subumanos’). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> O sermão da montanha e, talvez, todas as
palavras de Jesus, e de outros iluminados, foram ditos com a compreensão que o
‘percebimento’ lhes trouxe, isto é, do ponto de vista de quem se iluminou; assim,
muitas de suas recomendações são interpretadas de modo equivocado e, por isso,
consideradas absurdas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Por motivo de crença, as religiões
populares exortam os seus fiéis a obedecerem ou a tentarem obedecer aos
preceitos tidos como ‘a palavra de Deus’. Naturalmente, aquele que segue tais
ensinamentos se sente seguro e feliz, pois, se tem fé, está convencido de que,
após a morte física, será recompensado, pois é essa a promessa dessas
doutrinas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Essas religiões apregoam a necessidade
de adorar e louvar o Deus único; de obedecer, sem questionamento, as regras
impostas aos féis como se fossem, no dizer dos pregadores, a ‘palavra do
Senhor’. Afirmam mesmo que, se alguém não crê ou não aceita a Jesus como o seu
Salvador, estará perdido para sempre, sem possibilidade de remissão (como o
atual chefe da igreja católica que, recentemente, afirmou que somente dentro de
sua igreja há salvação). Esquecem-se, evidentemente, de que na sua própria
escritura sagrada está a epístola do porta-voz do cristianismo, Paulo, que além
de recomendar ‘estudai de tudo e guardai o que for bom’, reza que todos somos ‘co-herdeiros’
e iguais a Jesus (Paulo: ‘se nós não ressuscitarmos nem Jesus ressuscitou’ e ‘o
gentio é igual ao judeu... ’), como as tradições místicas do Oriente, que
afirmam que já estamos desde sempre salvos, pois, se Deus é que ‘opera em nós o
pensar e o fazer’ não há, evidentemente, do que nos salvarmos. Paulo, também, afirmou
o mesmo ao ensinar que ‘nós não somos salvos por nossas obras, para que não nos
vangloriemos, mas pela graça de Deus’.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Analisem...<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">...............................................................................<o:p></o:p></span></div>
conforti1928@hotmail.comhttp://www.blogger.com/profile/03611925017204025239noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-55977584974426048.post-80554655328120962242014-03-25T19:16:00.002-07:002014-03-25T19:16:46.713-07:00<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">(16) MEDITAÇÃO TRANSCENDENTAL (Jan 2008)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> PESQUISAS
CIENTÍFICAS<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Baseado na obra de mesmo nome, sobre as
pesquisas realizadas sobre as técnicas de meditação trazidas para o Ocidente
por Maharish Mahesh Yogi. Essas técnicas são hoje praticadas, no Ocidente, por
milhões de pessoas, inclusive em mosteiros cristãos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">................................................... <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> ESCLARECIMENTOS INICIAIS <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Não estão traduzidos detalhes das
pesquisas; apenas, e bem sinteticamente, as conclusões. Não constam os nomes e
títulos de todos os pesquisadores envolvidos, doutores em física, psicologia,
psiquiatria, medicina, educação, antropologia, sociologia, biologia e outros.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Os resultados das pesquisas são tão
abrangentes e alcançam tantas, senão todas, áreas de interesse do ser humano,
que se chegou a afirmar que, “quando a técnica desta meditação for aplicada
regularmente pelas populações em geral, não haverá problemas sem solução e o
sofrimento será coisa do passado”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Aqui
estão mais de cem relatórios de pesquisas feitas em diferentes países: Austrália,
Canadá, Dinamarca, Inglaterra, França, Alemanha, Índia, País de Gales, Nova
Zelândia, Escócia, Suíça, Suécia, Estados Unidos, Bélgica etc. Muitas na
Universidade Internacional Maharish, EUA, e Universidade Maharish Européia de
Pesquisas, Suíça. As demais se referem a trabalhos realizados em 51 diferentes
Universidades e Instituições de Pesquisa independentes (não ligadas a Maharish).
Foram realizadas por 135 cientistas das mais diversas áreas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> METABOLISMO<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Os resultados mostram que a MT produz um
estado de profundo repouso fisiológico (20 minutos da prática proporcionam
maior repouso que 8 horas de sono), acompanhado de grande alerta mental, estado
ímpar observado com essa técnica, demonstrando alto grau de coordenação
neurofisiológica (mente e corpo); produz importante redução do consumo de
oxigênio e da concentração de lactato no sangue; eliminação do dióxido de
carbono, diminuição do ritmo cardíaco e respiratório; rápida elevação da
resistência elétrica da pele; atividade não usual das ondas alfa e beta;
sincronia nas derivações cerebrais centrais; derivações centrais sincronizadas
com ritmos ocasionais de ondas teta, e outras mudanças, fatos que vêm mostrar
que a MT leva a um estado de consciência completamente diferente dos outros
estados conhecidos pela ciência, como a vigília, sono e sonho, e do estado de
relaxamento ordinário, hipnose e outros condicionamentos mentais. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> UM 4.° ESTADO DE CONSCIÊNCIA<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> O pesquisador... afirma, em face disso,
que a MT produz um 4.° estado de consciência mais elevado e mais importante,
além dos três conhecidos. Esse 4. ° estado, cujos eletroencefalogramas mostram
vigília em repouso, isto é, um estado de mínima excitação fisiológica enquanto
a atenção permanece mais alerta do que normalmente, foi chamado de “consciência
transcendental”, “consciência pura” ou
“estado de conhecimento <i>sem</i> <i>limites</i>”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> ... estudou períodos de evidente
consciência transcendental, reconhecidos pela considerável diminuição do ritmo
cárdio-respiratório. Esses períodos freqüentemente ocorrem na prática da MT, em
particular nos últimos 34 segundos, numa média de 19 segundos de duração, aproximadamente.
A respiração fica virtualmente suspensa, o ritmo cardíaco marcadamente
reduzido, a resistência da pele vai ao grau máximo e os EEG mostram alta
coerência de ondas alfa, teta e beta nos hemisférios cerebrais, coerência
inexistente nos outros estados de consciência.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Verificou-se existirem 2 tipos de
consciência transcendental: uma com pensamentos e outra sem pensamentos. Na com
pensamentos observou-se habilidade de a mente manter-se em repouso total, mas
alerta mesmo durante a execução de atividades diversas, o que implica um 5.°
estado de consciência, que Maharish chamou de “consciência cósmica”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Os primeiros documentos referem-se à
pesquisa inicial acerca de mudanças metabólicas, quando foi comprovada a
característica peculiar da MT: a produção de um estado de profundo repouso
fisiológico acompanhado de total alerta mental, estado antes desconhecido. Outros
confirmaram as descobertas sobre a redução do consumo de oxigênio e do ritmo
respiratório, bem como que, mesmo com o ritmo respiratório diminuído, há maior
entrada de ar nos pulmões.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> ... estudou períodos de evidente consciência
transcendental. Na consciência com pensamentos, as mudanças observadas no
metabolismo foram semelhantes às relativas à consciência transcendental sem
pensamentos, embora os dois estados difiram totalmente em outros aspectos. No
estado de consciência transcendental com pensamentos, os diversos parâmetros
medidos indicam habilidade de manter vigilância enquanto persiste coerência
entre partes do cérebro e, ao mesmo tempo, que a consciência está em atividade.
As reduções do ritmo cardíaco e do consumo de oxigênio são indicadoras
metabólicas de repouso fisiológico profundo, enquanto a atividade é demonstrada
por fases ocasionais de aumento da resistência elétrica da pele, ao mesmo tempo
em que os EEG mostram grande coerência entre os hemisférios cerebrais. Esse
contínuo e alto grau de coerência é comprovação da estabilidade e ordem nas
diferentes partes do cérebro, que caracterizam o estado de consciência cósmica.
Estas conclusões comprovam que a prática regular da MT produz correlação
neurofisiológica elevada, isto é, enorme harmonia entre a mente e o corpo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Comprovou-se a existência daquilo que
Mahrish descreve como sendo conseqüência de se possuir consciência cósmica - a
“iluminação”. ... observou, aí, a existência de um estado de independência
acentuada ou total liberdade do sujeito que, para agir, não depende mais de
qualquer fato externo e, ainda, mantém equilibrada e estável a disposição de ânimo
interno.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Relatou-se aumento da criatividade
relacionado com os notáveis graus de coerência mostrados pelos EEG;
criatividade vinculada, portanto, à experiência de consciência transcendental.
Outros mostraram que, no estado de consciência transcendental, ocorre
significativo aumento do sentimento de auto-realização e que, quando a prática
da MT é regular e contínua, as experiências são ainda mais intensas e
profundas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> ... relataram notável crescimento do
fluxo sanguíneo durante a MT, fato indicativo de uma atividade reduzida do
sistema nervoso simpático, como também ocorre com o ritmo respiratório e com o
cardíaco. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Essas mudanças do metabolismo mostram
que, pela prática da MT, ocorre diminuição da ansiedade e, conseqüentemente,
das tensões e do estresse. Outros provaram a redução do estresse pelo estudo de
modificações bioquímicas resultantes da MT. Verificaram redução da cortisona em
circulação no sangue, durante a prática, bem como baixos níveis de cortisona no
sangue de meditadores experimentados, mesmo quando não estão praticando a MT, o
que indica uma nova forma de atividades das supra-renais, fato que está
relacionado à redução do estresse.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> A redução da fenilalanina-ácido-amino-sérico,
durante a MT, contrasta com a redução da mesma substância durante o relaxamento
ordinário. A diferença bioquímica entre o estado de MT e o produzido por outros
métodos de relaxamento reforça a afirmação original de... de que a MT produz,
na fisiologia do praticante, mudanças ímpares que indicam um quarto estado de
consciência mais elevado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Essa relação entre fisiologia e
psicologia, e outros estudos que relatam aumento da criatividade e da
produtividade, indicam que a permanência regular no estado de consciência
cósmica produz mudanças holísticas, isto é, sob todos os aspectos, bem como um
novo modo de funcionamento do corpo e da mente, anteriormente desconhecido pela
ciência.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> O fato de que a técnica pode ser
aprendida facilmente e de que produz essas admiráveis mudanças fisiológicas em
meditadores novatos e antigos, dá à MT vantagens sobre as outras técnicas que
são mais austeras, mais difíceis, mais exigentes sob muitos aspectos e muito
mais demoradas. As pesquisas mostram que a técnica de MT pode ter aplicações
importantes na clínica médica e na prática terapêutica para eliminar tensões
físicas e mentais. Seu valor, também, mostrou-se significativo para a
diminuição ou cessação do uso de drogas e para o controle da hipertensão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Pacientes com neurose de ansiedade
apresentam excesso de lactato no sangue, substância que a MT reduz, o que
resulta na diminuição dos níveis de ansiedade tanto durante quanto após a
prática.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Todas as pesquisas mostram que a MT
produz um 4. ° e um 5. ° estados de consciência, física e bioquimicamente
ímpares. Técnicas de meditação têm sido usadas, por centenas de anos, para o
tratamento de desordens mentais; no entanto, esse uso sempre foi muito limitado
devido às dificuldades de disciplina impostas e ao tempo requerido para se
chegar a resultados benéficos. Como é de fácil aplicação e produz, em pouco
tempo, expressivas mudanças fisiológicas e psicológicas, tanto em meditadores
experimentados como em novatos, essa técnica tem grandes vantagens sobre as
demais. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> MUDANÇAS ELETRO-FISIOLÓGICAS <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> E ELETRO-ENCEFALOGRÁFICAS.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Os EEG relativos à prática da MT provam
o grande aumento da atividade das ondas alfa no cérebro e... relatou abundância
de ondas alfa na região frontal. Esses pesquisadores notaram a habilidade não usual
da manutenção espontânea dessa atividade das ondas alfa mesmo após a prática,
já estando o meditador de olhos abertos, fato que indica estabilização dos
efeitos da MT até mesmo nas atividades normais do dia-a-dia. Observaram,
também, períodos de atividades de ondas teta e diferenciaram a teta de durante
a MT da teta de durante o sono e a sonolência. Durante a MT, essa atividade
diminuiu enquanto a atenção mental se intensificou, indicando um estado de
atenção em repouso, exatamente o oposto do que ocorre nos estados de sono e
sonolência, nos quais nenhuma atenção existe. Isso reforça a conclusão de...
relativa à produção de um 4. ° estado de consciência mais sutil, “alerta mental
em profundo repouso”, no qual o alerta mental persiste durante profundo relaxamento
fisiológico. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> ... relataram, através de EEG, a
elevação do estado de grande alerta mental dos praticantes de MT mesmo ainda na
fase de preparação para a prática, portanto sem haverem ainda iniciado a
meditação, apenas fechando os olhos. Fato semelhante foi também notado após a
prática. Isso comprova o desenvolvimento de um 5. ° estado de consciência ainda
mais elevado, “consciência cósmica”, no qual o estado de “puro conhecimento”
continua a ser experimentado inalterado e estável mesmo durante a vigília e o
sono. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> A MT NA PREVENÇÃO E CURA DAS DOENÇAS<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> ... estudaram os efeitos no tratamento
da angina pectoris, tema freqüente de doenças cardíacas, e constataram
significativa melhora na sua tolerância pela prática da MT, o que comprova os
benefícios no tratamento da hipertensão. ... relatam os benefícios na asma
brônquica, como significativa diminuição dos sintomas em mais da metade dos
sujeitos com mais de 6 meses de prática, resultados devidos, talvez, à
expressiva redução da resistência à entrada de ar nos pulmões – houve o aumento
da facilidade para respirar em 94% dos sujeitos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> ... demonstraram uma tendência à
estabilização do peso ideal, fato de importantes implicações para a saúde
porque a obesidade, além de sério problema médico, é também importante fator de
risco para o aparecimento de outras enfermidades graves. Conforme outros, o
consumo de álcool e fumo, dois outros fatores de risco para sérias doenças, cessou
ou diminuiu muito.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> A inflamação das gengivas, a maior causa
de desordens dentais, obteve melhoras, conforme relato de... que afirma que a
condição das gengivas é verdadeiro reflexo da saúde geral do corpo. A redução
das inflamações é sinal evidente de aumento do equilíbrio do sistema
imunológico e resulta em considerável aumento da resistência a outras doenças.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> ... e outros provaram a redução da
gagueira e a melhora da coordenação perceptiva e motora. Isso se deve ao
aumento da coordenação do sistema nervoso, como foi observado em EEG de
meditadores - coerência e sincronismo de diferentes áreas do cérebro, e entre
os dois hemisférios.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> A MT mostrou produzir aumento da saúde
mental. Os estudos, nessa área, indicam redução da ansiedade, aumento da
auto-satisfação e crescimento geral da personalidade. Também manifestações de
estresse, tensão e insônia foram consideravelmente reduzidas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Uma das mais freqüentes recomendações
para o tratamento de doenças é o repouso, por ser o antídoto perfeito contra o
estresse, permitindo ao corpo a mobilização de recursos próprios para a cura
desse mal que tanto tem aumentado nas populações. A MT produz estado de
profundo repouso, o que permite a instalação do processo orgânico natural de
cura que se efetiva rapidamente. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> A medicina moderna atribuí ao estresse a
causa e o agravamento de numerosas enfermidades físicas e mentais comuns na
clinica médica, como doenças coronarianas, hipertensão, asma brônquica etc.
Devido ao enorme relaxamento e repouso proporcionados pela MT, que dissolvem a
raiz profunda do estresse, tais doenças podem ser prevenidas com êxito pela
prática regular, pois o sistema nervoso se torna mais equilibrado, estável e
ordenado, o que faz com que o indivíduo resista mais aos efeitos debilitantes
desse mal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> O objetivo da medicina é muito mais do
que a prevenção e a cura das doenças. A saúde perfeita pressupõe o
funcionamento integrado e harmonioso da mente e corpo, o que resulta numa
expansão ampla e total da consciência a que Maharish denominou “iluminação”. A
prática mostra o desenvolvimento desse funcionamento holístico, global, mente e
corpo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> O aperfeiçoamento da saúde do individuo
é extremamente necessário para que a saúde da coletividade também se
aperfeiçoe. ... demonstrou que, quando 1% de uma comunidade pratica a MT, a
qualidade de vida aumenta para toda a comunidade. Mediram um importante
indicativo da saúde social - a proporção de crimes - e constataram melhora
dramática quando o número de meditadores regulares chegou a 1%. Essa mudança de
qualidade de vida de uma comunidade, crescendo em ordem e harmonia, foi chamada
“efeito Maharish”. Tal efeito é a solução para o desenvolvimento da consciência
coletiva e da saúde social como um todo. Esta contribuição da MT tem trazido
luz para importantes áreas de futuras pesquisas: consciência coletiva e saúde
coletiva. A Universidade Européia de Pesquisas Maharish estuda, hoje, o
desenvolvimento da consciência pela MT em nível mundial.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Resumidamente:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> - a hipertensão apresentou melhoras
significativas; a pressão sanguínea e a ansiedade diminuíram nos hipertensos
após, apenas, terem iniciado a prática da MT; hipertensos extremos apresentaram
pressão normal quando testados após, em média, 6 meses de prática;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> - pacientes com angina pectoris
mostraram, após 8 meses de prática regular, maior resistência aos esforços
físicos por longos períodos e capacidade de suportar altas cargas de trabalho;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> - a asma apresentou significativa
redução dos sintomas e aumento da facilidade de respirar;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> - inflamações periodontais, como
piorréia, gengivite etc., diminuíram com a prática. Esses males ocorrem na
grande maioria das populações, causando perdas dentais e conseqüente
desequilíbrio nutricional com sérias implicações para a saúde geral. A boca
reflete as condições patológicas do corpo. As perdas dentais implicam em muitos
dos sinais de envelhecimento dos idosos e podem dar lugar a outras
enfermidades, como artrite reumatóide e reumatismo do coração. A MT mostrou ser
altamente benéfica nesse tratamento;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> - meditadores, antes gagos, passaram a
falar sem dificuldade;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> - insônia e sono anormal tiveram
tratamento eficiente com a prática;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> - o problema do peso corporal foi
solucionado: os gordos perderam peso e os magros ganharam peso após iniciarem a
prática, ambas modificações devidas à normalização do funcionamento do
organismo como um todo; relata-se, sempre, substancial perda de peso; nos casos
em que o normal, em face da idade, sexo e altura, seria o aumento do peso, após
31 meses de meditação regular chegou-se, praticamente, ao peso ideal; o mesmo
ocorreu com os magros, mostrando que a MT tem efeitos globais positivos no
tratamento desse difícil problema. Obteve-se normalização do peso em proporção
direta ao tempo de prática regular, mesmo quando se esperava ganho de peso. Isso
mostra que a MT não é somente um meio mais fácil para a normalização do peso,
mas que seus benefícios são de natureza mais abrangente, criando condições nas
quais o individuo alcança maior aptidão física e mental;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> - o aumento da habilidade motora e
perceptiva, e da resistência nos trabalhos que exigem esforço mostram os
efeitos holísticos produzidos pela MT no desenvolvimento geral do individuo;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> - o tempo de reação, como resposta a
estímulos, foi grandemente reduzido, enquanto se mantinha ou aumentava nos
não-meditadores apenas relaxados, em repouso; enquanto o tempo passava a ser
cada vez menor nos praticantes de MT, os não-meditadores mostravam tempo cada
vez maior, o que veio provar que os efeitos são cumulativos com a prática
continuada;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> - a melhora da audição com a prática veio
provar que o uso regular da técnica produz uma não usual capacidade para
aumentar a aptidão perceptiva;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> - provou-se, também, que a MT produz
crescimento da coordenação corpo-mente (como nas ações que exigem muita
rapidez), com considerável aumento do desempenho das atividades perceptivo-motoras,
bem como no sincronismo intra-hemisférico e inter-hemisféricos cerebrais,
conforme provado por EEG.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> - pesquisas mostram a existência de
sinais fisiológicos de aumento da atenção mental de praticantes antigos durante
o sono, o que caracteriza, conforme Maharish, um estado de consciência mais
elevado, antes não conhecido pela ciência, estado no qual o sujeito não perde
seu ordenamento mental de referência mesmo com a atenção dirigida a atividades
externas. Esses sinais são diferentes daqueles mostrados pelos outros estados
de consciência anteriormente referidos, e caracterizam o estado de Consciência
Cósmica. É o estado de menor excitação da consciência: a consciência se
apresenta plenamente <i>uma</i> só, sem
divisões que a distraiam, unida, perfeitamente estabilizada, organizada e em
perfeita atividade. Nesse estado elevado, podem-se desenvolver atividades mais
dinâmicas e, em conseqüência, obter melhores resultados nos trabalhos que
exigem esforço, como, por exemplo, nos exercícios atléticos: corrida mais
veloz, mais agilidade nos movimentos, mais longos saltos em distância, e a
capacidade vital é aumentada ao mesmo tempo em que, mesmo com o ritmo cardíaco
diminuído pela MT, a concentração de hemoglobina do sangue aumenta, indicando
uma mais eficiente capacidade do sangue em transportar oxigênio para todo o
corpo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> - nos testes de tempo de reação a
estímulos, o grupo de meditadores mostrou muito mais rapidez que o grupo de
não-meditadores. Numa segunda coleção de testes, logo após a primeira,
observou-se aumento da rapidez de reação dos meditadores e diminuição da
rapidez dos não-meditadores. Os meditadores veteranos, também mostraram aumento
da rapidez nos testes realizados antes da prática da MT e nos realizados depois
da prática.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> - os praticantes da MT mostraram maior desempenho
de atividades relativas ao complexo sensório-motor, face à redução dos níveis
de ansiedade;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> - idem, na discriminação auditiva (maior
habilidade de diferenciar ou identificar sons); também na percepção de
movimentos; na precisão dos julgamentos referentes à percepção; na qualidade da
atenção; na integridade neuro-muscular, isto é, maior harmonia entre o sistema
nervoso e as reações musculares; na eficiência cardiovascular; no uso do
raciocínio e da inteligência;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> - com relação, ainda, às enfermidades da
boca, verificou-se que a MT proporciona aumento da imunoglobulina, redução da
formação de placas bacterianas e uma baixíssima média de proliferação da flora
bucal, sendo que, para a redução de inflamações, mesmo na presença de
bactérias, os meditadores realizaram 4 a 6 períodos de prática por dia, com
resultados altamente eficazes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> EFEITOS SOBRE O SONO ANORMAL<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Doentes de insônia crônica conseguiram
ter sono normal em pouquíssimo tempo de prática, resultado que se conservou
estável. A insônia, a inabilidade de conciliar o sono, é um dos males mais
difundidos na humanidade; quase todos a experimentam alguma vez na vida. Por
isso tem-se multiplicado, na literatura médica, instruções para seu tratamento,
o que mostra os esforços na busca de um método eficiente para aliviar esse mal
consumidor de energias. Infelizmente, os esforços têm encontrado fracos
resultados e muitos efeitos colaterais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> A MT mostrou mais eficiência que os
outros métodos e não tem qualquer efeito colateral. Ela pode ser aprendida
facilmente e permite ao praticante ir além dos processos comuns do pensamento.
É totalmente diferente dos métodos de controle mental conhecidos, não
envolvendo concentração, imaginação, disciplinas ou treinamento excessivo. A
prática produz refinamento gradativo do sistema nervoso, pela alternação de
repouso e atividade. Enquanto, para compensar o estresse e a fadiga
necessitamos de sono e sonhos, que a insônia não permite, a MT arranca pela
raiz o estresse e a ansiedade que estão perturbando o sistema nervoso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Fisiologicamente, a MT produz profundo
relaxamento, comprovado pelo grande aumento da resistência elétrica da pele,
com acentuada redução da ansiedade e de outros distúrbios emocionais. Essa
evidência fisiológica foi complementada por pesquisa psicológica que comprovou
rápida redução da ansiedade, a qual permanece em níveis baixos quando a prática
é regular. Isso é importantíssimo para a cura da insônia, já que a ansiedade é
o fator mais freqüentemente identificado como sua causa. A pesquisa comprovou,
portanto, que a MT é eficaz para dissipar a ansiedade e pode, assim, eliminar
natural e totalmente a insônia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Resultados da pesquisa:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> O tempo médio para o sono chegar, que
era de 75 minutos como foi medido nos 30 dias antes dos testes, diminuiu para
15 min nos 30 dias seguintes aos testes e após. A MT foi praticada
continuadamente por um período de 60 a 90 dias após o inicio da fase de sono
regular. Os resultados foram dramáticos. O tempo para debelar a insônia, após a
prática, foi significativamente curto; e os efeitos se tornaram estáveis, não
havendo sinais de reincidência.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Provou-se redução da ansiedade, fadiga,
nervosismo e estresse. A causa da eficácia parece ser a recuperação global do
equilíbrio do ritmo fisiológico e da psique (mente-corpo), um efeito particular
único. Tais resultados são muito encorajadores pelo seguinte: 1) a MT teve
excelente sucesso na cura; 2) a técnica oferece características muito
favoráveis, pois sua aprendizagem é fácil e rápida; 3) pode ser universalmente
e facilmente ensinada e aplicada, sendo uma terapia totalmente livre de drogas
e produtos químicos e não produz efeitos colaterais indesejáveis. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Efeitos em longo prazo:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Os efeitos da MT mostraram ser estáveis
durante o período de um ano de observações. Os sujeitos foram submetidos a
testes de 30 em 30 dias, durante 360 dias. Os resultados mostraram claramente
que a técnica teve êxito pleno e total durante o tempo da observação, e é
totalmente estável. Esses impressionantes resultados recomendam que a MT seja
mais investigada e experimentada em todas as variedades de distúrbios do sono,
como também em outras áreas da clínica médica.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> A MT produziu, também, efeito rápido e
seguro na recuperação da fadiga resultante de noites seguidas sem dormir. A
partir da 2a. noite após a prática, o grupo de meditadores recuperou-se
facilmente do cansaço, voltando o sono aos níveis anteriores ao período de
privação, fato que indica rápida eliminação da fadiga, da fraqueza muscular, da
exaustão etc., enquanto o grupo de controle requereu muito tempo para voltar ao
sono normal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> <b>DESENVOLVIMENTO
DA PERSONALIDADE<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> (Realizadas por vários doutores em
Física, Psiquiatria, Psicologia Clínica, Medicina, Sociologia, Antropologia
etc. de importantes Universidades dos EUA; Alemanha; Irlanda do Norte; Canadá; Inglaterra,
Austrália etc.).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Os resultados mostram, claramente e de
forma irretorquível, a redução da ansiedade, que é o maior obstáculo para a
perfeita expressão da personalidade, redução evidenciada por:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> - redução do lactato do sangue e do
cortisol plasmático;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> - aumento da resistência elétrica da
pele;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> - persistência dos níveis de ondas alfa
no cérebro;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> - diminuição dos batimentos cardíacos e
do ritmo respiratório;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> - redução da pressão sanguínea, mesmo em
hipertensos;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> - redução do nervosismo e outros
sintomas neuróticos;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> E mais: redução da insônia, normalização
do peso, redução dos hábitos ou da inclinação à auto-destruição como, por
exemplo, o uso de drogas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Contudo, os resultados não se limitam
apenas à eliminação das tendências negativas; indicam, também, grande
integração da personalidade através de:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> - desenvolvimento de elevado nível de
maturidade emocional, saúde geral e satisfação com a vida;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> - superação de deficiências pessoais;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> - mais clara e eficiente percepção da
realidade;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> - maior abertura mental a novas
experiências;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> - aumento da integridade moral (honestidade,
caráter, sinceridade, correção nos procedimentos e atitudes);<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> - aumento da espontaneidade;
expressividade; vivacidade; objetividade, autenticidade; (o sujeito torna-se
mais espontâneo, com mais facilidade de se expressar e se fazer compreender,
mais sincero, mais autêntico);<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> - personalidade e identidade mais
firmes;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> -
aceitação mais fácil de tudo que se refere a si próprio;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> - aumento da criatividade e da
independência pessoal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> A integração da personalidade, indicada
acima, não se restringiu apenas à área psicológica, mas estendeu-se, também, a
toda área da fisiologia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Outros resultados:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> - menos nervosismo; menos agressividade;
menos irritabilidade;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> - maior sociabilidade; maior
estabilidade emocional; maior compreensão e auto-confiança; menor inibição nos
relacionamentos, na conduta e nas decisões;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> - diminuição do orgulho e do hábito de
se introverter;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> - aumento da calma; da satisfação; da
tolerância nas situações frustrantes;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> - facilidade de se relacionar e fazer
amigos; e de ser mais ardente nas relações interpessoais;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> - mais bom humor e franqueza no trato
com os demais;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> - aumento do sentimento de fraternidade,
de lealdade e sinceridade;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> - maior disposição e melhor desempenho
no trabalho e nos estudos;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> - ânimo mais equilibrado;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> - mais pronto para auxiliar os outros;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> - mais convincente nas argumentações;
mais diplomático;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> - mais corajoso, influente, jeitoso.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Observações: participaram destas
pesquisas um grupo de meditadores com mais de 12 meses de prática; um de
interessados em aprender a MT e um de não interessados na MT. Os resultados do 1.°
grupo sempre superaram os resultados do 2.°; os do 2.° grupo sempre foram
melhores que os do 3.°. Os 3 grupos usaram técnica idêntica e foram
considerados os dados tomados antes, durante e após a MT, durante meses
consecutivos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> DISTÚRBIOS MENTAIS<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Participaram destas pesquisas, que
abrangeram os mais variados campos ligados à Sociologia, Reabilitação,
Produtividade e Qualidade de Vida, Psiquiatria e Psicologia, numerosos
cientistas entre PHD em Medicina, Psiquiatria, Psicologia, Antropologia,
Sociologia, Educação, Biologia, Física, Relações Sociais, Bioquímica,
Psicofisiologia, de importantes Universidades dos EUA, Suécia, Alemanha,
Inglaterra, Suíça. Foram efetuadas em Centros de Pesquisas Científicas, Centros
de Reabilitação de Drogados, Institutos Correcionais e Presídios, Institutos de
Prevenção e Controle do Abuso de Álcool e Drogas e outros.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Conclusões: A técnica da MT, 20 minutos
2 vezes por dia, é de fácil aprendizado e produz um crescimento psicológico
integrado e equilibrado, caracterizado, especialmente, por fazer aumentar a
interação social entre os indivíduos de maneira harmoniosa, firme e dinâmica.
Durante a prática, o sistema nervoso assume um modo singular e único de
funcionamento (repouso extremamente profundo e atenção mental ativa). Esse
estado é denominado ‘estado ‘hipometabólico de vigília’ porque, enquanto o
praticante está totalmente desperto, o metabolismo em geral diminui, numa
situação de maior repouso do que no sono comum.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Houve grande diferença nos resultados
entre meditadores avançados, novos e não-meditadores, evidenciando que, quanto
mais tempo se pratica a MT, mais a área psicológica se torna equilibrada e
saudável, mostrando que os efeitos são cumulativos. Pela técnica de Freiburg,
que avalia fatores da personalidade, como nervosismo, irritabilidade,
agressividade, ansiedade entre outros, chegou-se a resultados impressionantes
na redução dos itens negativos da personalidade, enquanto se desenvolveram, de
modo dramático, os itens positivos, resultando num amadurecimento continuado,
equilibrado e geral da personalidade, em todos os seus múltiplos aspectos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> <b>Assim,
comprovou-se que a MT reduz significativamente:<o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> - depressão, irritabilidade,
insociabilidade, tendência dominadora (mandão), inibições, desajustamento
físico e pessoal, desajustamento e alienação sociais, personalidade neurótica,
teimosia/inflexibilidade, desconfiança, egoísmo, sensibilidade à crítica,
necessidade de segurança, ansiedade, tendência a responder (mal),
agressividade, impulsividade, imaturidade emocional, timidez, frustração fácil.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Ao mesmo tempo, que a MT aumenta, também
significativamente:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> - desenvolvimento da auto-estima,
satisfação com a vida, confiança em si e nas pessoas, autodisciplina,
auto-atualização (capacidade de acompanhar a evolução do meio), auto-aceitação,
natureza construtiva (e não mais destrutiva), coordenação mente-corpo,
aceitação da agressividade (calma, paciência), aceitação de situações
frustrantes, tolerância, capacidade de contatos íntimos, relacionamento
interpessoal, altruísmo, amizade e fraternidade, capacidade de não ofender,
estabilidade emocional.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Observou-se impressionante <b>redução de distúrbios ment</b>ais; em 10
semanas de prática da técnica, houve acentuada redução de:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> - histeria, hipocondria, desvio
psicopático, paranóia, esquizofrenia, mania de inferioridade, psicastenia (fraqueza
mental), aversão social, neuroses. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Quanto às tendências neuróticas, a
redução se deve ao desenvolvimento da maturidade e diminuição das queixas
físicas. Quanto à esquizofrenia, à redução dos conflitos internos. Quanto à
paranóia, a mudanças que trouxeram aumento da confiança nos demais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Em
todos os praticantes ocorreu aumento do nível de energia e da clareza mental,
da facilidade de relaxamento, da tranqüilidade, da franqueza, da honestidade e
da sinceridade. Esses excelentes resultados recomendam o uso da MT como terapia
de ponta para doenças mentais, tendo-se provado que a técnica deve ser usada em
todos os casos de neurose de ansiedade, neurose obsessiva e neurose compulsiva,
depressão, uso e abuso de drogas e males psicossomáticos em geral. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Ainda mais, a MT desenvolveu muito o
raciocínio lógico e o moral e, quanto ao ambiente de trabalho, melhorou o
relacionamento com patrões, chefes, supervisores e colegas; aumentou a
motivação para progredir hierarquicamente e satisfação nas atividades
profissionais. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Os resultados indicam o potencial da MT
no campo da psicologia, psiquiatria e na clínica médica em geral.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> O objetivo de todos os programas de
reabilitação mental é a restauração da inteligência criativa, de modo a aliviar
todos os conflitos consigo mesmo e com o meio-ambiente (aí incluídos os demais
indivíduos e situações). A restauração da inteligência criativa tem como base o
aprimoramento do sistema nervoso através da eliminação das tensões e estresses
adquiridos no dia-a-dia em todo o decorrer da vida, resultando, esse
refinamento, numa expansão da consciência. Explica-se essa expansão como a
aquisição de uma compreensão muito mais ampla, aumento da habilidade de
focalizar a atenção, e de um ordenamento mental equilibrado e estável. Os
resultados positivos desses testes levam a considerar os benefícios da MT em
termos de 5 qualidades: integração (corpo-mente), uma maior adaptação às
situações, estabilidade emocional e fisiológica, purificação (cerebral), e
amadurecimento (da personalidade). O desenvolvimento dessas cinco qualidades
pode ser considerado como a solução para a prevenção de toda conduta
anti-social e sua mais importante conseqüência é a aquisição de um estado de
consciência mais elevado que permite ao indivíduo perceber e compreender o
comportamento e as ações dos demais seres humanos, e de todos os eventos da
natureza. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> O sucesso da MT deve-se ao fato de ser
natural, aprendida facilmente e de prática simples; produz benefícios imediatos
e tem efeitos acumulativos que aumentam à medida que a prática é continuada; a
aplicação demanda apenas 20 minutos duas vezes por dia, e é facilmente
incorporada à rotina do dia-a-dia; não pede ambiente ou equipamento especiais,
nem é ligada a qualquer religião, não exigindo, portanto, fé ou crença, e
podendo ser aplicada por qualquer pessoa, universalmente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> RELACIONAMENTO SOCIAL E DESEMPENHO
ESCOLAR<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> No desempenho escolar demonstrou-se que
produz aumento da inteligência, da habilidade para estudar, da criatividade e
do desempenho acadêmico, nos grupos de meditadores de MT em comparação com
grupos de não-meditadores. O desenvolvimento dessas faculdades indica
aperfeiçoamento do sistema nervoso e desenvolvimento de um estado de
consciência mais elevado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Entre os resultados positivos proporcionados
estão:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> - significativo crescimento do
raciocínio lógico e da facilidade de se adaptar a novas situações;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> - maior habilidade para concentrar a
atenção;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> - redução da instabilidade emocional;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> - aumento dos níveis de energia e de
tolerância;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> - maior capacidade de expressar
inteligência e de solucionar problemas;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> No caso de neuroses, os praticantes
regulares apresentaram enorme redução delas, enquanto o grupo de controle e os
meditadores irregulares não obtiveram qualquer redução.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Na relação aprendizagem-memória, os
meditadores demonstraram grande e rápida facilidade de assimilação de novos
conhecimentos e uma capacidade superior de memorização. Não-meditadores e
meditadores novos diferiram pouco entre si. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Esses resultados evidenciam que,
efetivamente, a MT produz crescimento de uma habilidade superior de
aprendizagem e de manter a atenção focalizada sobre determinada coisa ou
assunto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Outros benefícios observados:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> - crescimento da habilidade de
organização e de raciocínio;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> - notável aumento do desempenho nos
estudos;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> - mudanças positivas na criatividade, no
desempenho intelectual e noutras variáveis psicológicas relativas a estudantes
universitários;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> - crescimento da maturidade, da
capacidade de superar deficiências e de perceber a realidade com mais clareza e
precisão;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> - notável redução do consumo de qualquer
droga, álcool, fumo, marijuana, haxixe, cocaína, anfetaminas, barbitúricos
etc.; a redução foi maior entre os meditadores regulares do que entre os
irregulares, mostrando que os praticantes de MT estão mais livres do uso de
tóxicos do que os não-praticantes. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Nas pesquisas com recolhidos em prisões
e presídios, aos quais foi ensinada a técnica, concluiu-se que a MT deve ser
usada na reabilitação de delinqüentes e criminosos por resultar em:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> - aumento do equilíbrio fisiológico e
psicológico com considerável redução da ansiedade e do nervosismo;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> - aumento da conduta positiva e da felicidade,
do equilíbrio emocional, da harmonia e da saúde física;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> - redução da irritabilidade; redução ou
cessação do consumo de drogas, da inquietação, da depressão, da insônia, tédio,
e do sofrimento fruto da condição de viver encarcerado;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> -
crescimento da participação em atividades educacionais e recreativas;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> - redução ou cessação total das
infrações e violações às leis, regras e regulamentos;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> - desenvolvimento da maturidade;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> - crescimento do relacionamento
inter-pessoal num sentido positivo;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> CONCLUSÕES<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> A MT produz estado de relaxação do
sistema nervoso que leva a um nível de excitação extremamente baixo, muito
semelhante aos estados de mínima perturbação da mecânica quântica, aí incluída
a ocorrência de ampla e completa ordem espacial e temporal de longa duração. O
estado de “consciência pura”, experimentado durante a prática, é interpretado,
em termos da física quântica, como um estado de “vácuo de entropia” ou
“entropia zero” (estado de perfeita e total organização e ordem), e presume-se
que seja uma forma de supercondutividade (isto é, condutividade livre, sem
qualquer resistência ou obstáculo) que esteja ocorrendo no cérebro que adquire,
então, um funcionamento perfeitamente coerente e harmônico em todas suas
funções e áreas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> ... afirma que o crescimento mental
proporcionado pela MT leva, sem qualquer dúvida, a um estado de “iluminação” no
qual o meditador adquire máxima coordenação mente-corpo. Afirma que esse estado
é igual àquele que tem sido o objetivo das principais tradições religiosas em
todo o mundo. E conclui, da evidência experimental, que a consciência mundial
está agora chegando a uma fase de transição chamada, por Maharish, de “Idade da
Iluminação”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> ... <b>mostra que a prática da MT é de imenso benefício</b> para o ser humano.
Desde que as funções neuropsicofisiológicas são a base da vida e dos valores
culturais do homem, e desde que a prática aperfeiçoa essas importantes funções,
conclui que a MT é a base científica que produzirá integridade cultural e paz
no mundo, pelo aumento do número de meditadores para que se chegue, pelo menos,
a 1% da população em cada área habitada do planeta num “experimento sociológico
em escala global”. (Essa experiência está sendo realizada, conforme publicado,
há pouco, no Estado de São Paulo, na África, onde o presidente de Moçambique
entregou aos cuidados de Maharish um quarto (25%) de seu território com sua
população para que ele o transforme num país mais avançado e evoluído sob todos
os aspectos).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> OS SIDHI<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> A MT é o meio de criar um estado de
silêncio cerebral, que traz consigo sabedoria e compaixão. Concluiu-se que
existe uma semelhança entre o funcionamento da consciência (localizada) e os
fenômenos da mecânica quântica. Os procedimentos da MT-Sidhi levam os
resultados citados acima mais além e mostram que o silêncio interior pode ser
usado para executar a cessação ou redução dos desejos e intenções, levando o
praticante do estado de silêncio ao estado do mais puro conhecimento.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Estas primeiras conclusões confirmam
categoricamente as afirmações de Maharish de que o estado de mínima excitação
da consciência se confunde com a “fonte de todas as leis da natureza”, o “campo
das infinitas possibilidades”, o que apóia o modelo mecânico-quântico da
consciência relacionado às ‘superposições coerentes’, sugerido por... Como
esses estudos foram concluídos depois de pronta a edição deste livro, serão
apresentados apenas de forma sumária. Tais estudos foram realizados num curso
novo e mais avançado para instrutores de MT, o “Curso de Treinamento para a
Idade da Iluminação”, na Universidade de Pesquisas Maharish, na Suíça. Os
instrutores aprendem técnicas para a obtenção de certos resultados que, até há
pouco tempo, eram considerados totalmente além da capacidade do ser humano.
Essas habilidades incluem, entre outras, a percepção de objetos ocultos ou fora
do ambiente onde se encontra o sujeito; o conhecimento do passado e do futuro;
a percepção do que está na mente de outrem, como intenções, pensamentos,
sentimentos; o aperfeiçoamento do sentimento de fraternidade e de compaixão; a
expansão dos limites de percepção dos sentidos, que se aproxima dos limites da
física quântica; a capacidade de se fazer invisível e a capacidade de levitar
ou “voar”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> A base dessas habilidades (que, como
ensinam os mestres, podem nos levar para fora do caminho, pois nos detemos nele
para apreciar a beleza das ‘flores’), é o estado de “consciência pura”, que é a
mais simples forma de aquisição imediata de sabedoria. A explicação é que os
processos da MT-Sidhi fazem uso do estado de <i>consciência</i> <i>pura</i> e que
esta é o campo subjacente que gera, não somente o processo do pensamento, mas
também, entre outros, os campos básicos da física relativos à força
gravitacional e ao eletromagnetismo. Por meio da adoção de certos procedimentos,
enquanto é mantido o estado de consciência pura, é possível fazer-se uso das
leis básicas da física para a obtenção das habilidades relatadas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> O objetivo, aqui, é mostrar que qualquer
ser humano, na forma do mais puro e elevado estado de consciência, tem meios de
obter tudo o que seja necessário ou desejável na vida, pela repetição, com
perseverança, das técnicas que tornam tais resultados possíveis (‘o demais vos
será dado por acréscimo’). Assim, é possível, pela persistência, manter
sustentável o estado de consciência pura, mesmo fora da prática da MT. A
persistência na repetição disciplinada produz e reforça o estado de consciência
pura, o que traz total coerência cerebral e harmonia fisiológica (conexão
corpo-mente). Os resultados obtidos, antes considerados impossíveis ao ser
humano, são relatados por diferentes culturas, particularmente as orientais,
como tendo sempre ocorrido em alguma época. No Ocidente, hoje ainda, tais
habilidades são consideradas lendas, superstições e até mesmo patologias. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Ao falar sobre o ressurgimento dessas
habilidades, Maharish enfatiza que isso se tornou possível, não só por uma
maior purificação e aperfeiçoamento do funcionamento da fisiologia humana, mas
também, o que é mais importante, pelo nível a que chegou a consciência coletiva
da humanidade como um todo. Semelhantes
desempenhos são novos para a ciência e representam conhecimento de imenso
valor, já que, com o uso de técnicas tão simples, que podem ser ensinadas e
praticadas por todos, pode se obter o desenvolvimento de uma qualidade de vida
cheia de encantos e de ações corretas. Isso mostra, também, a reciprocidade do
“efeito Maharish” sobre o indivíduo pois, à medida que o indivíduo melhora sob
todos os aspectos, influencia beneficamente seu meio-ambiente, fato que
reflete, favoravelmente, sobre a qualidade de vida de todos os seres humanos
(Gandhi: cada homem que atinge a iluminação, elimina o ódio de milhões). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 143.25pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> A MT-Sidhi tem origem na arcaica
tradição védica, da Índia antiga, e sua base é a experiência denominada
“Sanyama”, como foi descrito por Patanjali, nos Sutras da Yoga. Sanyama é um
processo mental que automaticamente se inicia quando o estado de consciência
pura, ou “samadhi”, se instala com suficiente grau de estabilidade, a ponto de
coexistir com a atividade mental; então é possível adotar um pensamento,
intenção ou desejo, sem que haja obstáculos à sua realização (pois a mente pura
não conhece divisões que a enfraqueçam, ou não seria pura). Isso faz que se
realize o efeito desejado sem qualquer esforço ou ação por parte do sujeito,
mostrando, claramente, que a consciência pura (ou Deus) está por trás da
estruturação e operações das leis da natureza, o que faz com que as leis
naturais concretizem o que deseja o meditador desde que ele sustente o estado
de consciência pura por determinado tempo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 143.25pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> O fato de muitas práticas de MT-Sidhi
resultarem em realizações sensoriais ou motoras mostra que o estado de
consciência pura permite acesso a níveis muito profundos e amplos das leis
físicas, fato que somente agora está sendo avaliado pela ciência; e permite que
a consciência participe diretamente dessas operações.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 143.25pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> O fato de que a MT-Sidhi desenvolva
tanto a coordenação mente-corpo faz que, para toda intenção da mente,
corresponda uma resposta imediata por parte do corpo, chegando essa coordenação
a possibilitar o fenômeno da levitação. O valor das pesquisas não se prende
tanto às realizações exteriores demonstradas, mas muito mais às experiências
interiores, ao desenvolvimento e integração da totalidade da consciência e aos
benéficos efeitos daí advindos. Para Maharish, os Sutras são a chave para
desenvolver o estado de sabedoria sem limites, também chamado de “unidade de
consciência” ou “iluminação”, pelas antigas culturas (“consciência una”, pela
mecânica quântica).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 143.25pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Exemplificando: a experiência de
levitação é acompanhada de profunda paz interior, bem-aventurança e imenso
sentimento de liberdade. Estas afirmações são apoiadas pela observação de alto
nível de harmonia fisiológica e elevado grau de coerência nas diferentes áreas
cerebrais. No passado, esses níveis de coerência somente eram relatados quando
a atividade fisiológica estava no estado de mínima excitação, como na meditação
profunda, enquanto hoje, como as pesquisas mostram, tal coerência persiste ao
mesmo tempo em que há considerável atividade mental e física. Na experiência do
vôo, por exemplo, ocorre coerência máxima no exato momento de alçar vôo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 143.25pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> A habilidade para manter consciência pura
e, ao mesmo tempo, conservar total coerência cerebral enquanto se exerce
atividade mental ou física, como ocorre na levitação, é a base da consciência
cósmica, o fundamento de todas as ações corretas, repletas de sucesso e de
sabedoria, em toda e qualquer situação da vida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 143.25pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Após a prática da MT-Sidhi, muitas áreas
da consciência continuam abertas e estabilizadas como nunca antes se imaginou.
E, com a prática continuada, sobrevém uma tendência natural e espontânea
somente para desejos e intenções de total conformidade com a natureza (a ação
correta, sem escolha), crescimento da percepção de eventos futuros, aumento da
intuição e percepção intelectual, e notável grau de harmonia com o ambiente.
Estes fatos foram amplamente demonstrados pelas pesquisas relativas à
inteligência, criatividade, tolerância e independência em todas as situações.
Desde o começo, a criatividade e a inteligência se mostraram maiores nos
meditadores e aumentaram à medida que a prática continuou. Quanto à
independência, os indivíduos tornaram-se hábeis para realizar com o dobro da
rapidez os testes a que foram submetidos, tendo sido necessário um
reajustamento nas técnicas de aplicação para prevenir o “efeito teto”. É
preciso lembrar que os testes, não obstante serem totalmente válidos, mediram
somente pequena fração das habilidades dos indivíduos, e, portanto, não fizeram
justiça ao enorme potencial decorrente do estado de consciência pura. Espera-se
que, algum dia, seja amplamente demonstrado como o potencial do ser humano tem
sido subestimado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 143.25pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Outras áreas: meditadores evidenciaram
percepção de onze decibéis a mais na audição do que a média da população, sendo
necessário, outra vez, se fazerem ajustagens nos instrumentos de medição para
se poder avaliar o desempenho. Após a prática da MT-Sidhi, os limites
decresceram, mas se mantiveram numa média de três decibéis a mais. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 143.25pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Os resultados das pesquisas referentes a
aspectos subjetivos são de interesse especial. Meditadores relataram que níveis
de sons muito baixos se mostraram estranhamente claros e belos, e que foram
capazes de apreciar sua forma abstrata, como se lhes houvesse sido notavelmente
desenvolvida a capacidade de percepção. Isso é de grande interesse, já que oferece
um meio de corroborar a sugestão de... de que o estado de consciência pura seja
um estado mecânico-quântico tremendamente sensível aos eventos
mecânico-quânticos observados no sistema nervoso e cérebro. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 143.25pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> A base dessas habilidades não usuais é, como
dissemos, o estado de máxima coerência e ordem cerebral, geradora do estado de
consciência pura. Concluiu-se, sem sombra de dúvida, que habilidades de tal
grandeza estão ao alcance de todos os seres humanos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 143.25pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> A visão das possibilidades humanas, aberta
por estas primeiras pesquisas, transforma nosso atual entendimento da vida
individual e coletiva numa nova concepção, pela qual nenhum problema ficará
muito tempo sem solução e onde qualquer sofrimento poderá ser superado. O
desenvolvimento, em todas as nações, da criatividade que virá do
aperfeiçoamento a esse elevado grau do funcionamento cerebral nas suas
populações, resultará num dramático avanço da qualidade de vida, prosperidade,
saúde, ordem social, relações internacionais e progresso em todos os ramos da
ciência. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 143.25pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> A prática da MT-Sidhi produz estado de
coerência nos ritmos cerebrais, nos dois hemisférios. Com a prática continuada,
essa coerência é sustentada mesmo fora da prática da meditação, e continua a
alta proporção de ondas alfa a delta e a baixa proporção de beta a alfa, o que
comprova que os efeitos são cumulativos. Do mesmo modo, persistem o aumento da
criatividade e as experiências dos estados de consciência mais elevados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 143.25pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Sujeitos com consciência transcendental
estável mostram máxima coerência das ondas cerebrais, indicando uma coordenação
mente-corpo sem igual. Esse nível de consciência ainda mais sutil foi chamado,
por Maharish, de “campo das infinitas possibilidades”, e está relacionado com
máxima criatividade e com experiências dos Sidhi, os procedimentos que, como
vimos, produzem efeitos no corpo e no meio-ambiente apenas pela mera intenção
da mente, resultando na habilidade de realizar qualquer desejo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 143.25pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> O grau de progresso que leva à
consciência cósmica ou “iluminação” é conseguido, conforme os relatórios das
pesquisas subjetivas, quando o estado de consciência transcendental persiste a
tal ponto que chega a ser experimentado mesmo quando o indivíduo está dormindo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 143.25pt;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">
Experiências relativas à consciência cósmica:<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 143.25pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> - sentimento de universalidade e de
união com todo o universo;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 143.25pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> - sentimento de ser tudo o que existe na
natureza;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 143.25pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> - sentimento de onisciência, de perfeição
e de ser todo-penetrante; <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 143.25pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> - habilidade para realizar qualquer coisa;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 143.25pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> - sensação de estar na fronteira entre
as coisas manifestadas e as não manifestadas da criação;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 143.25pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> - sentimento da mais extrema e perfeita
igualdade com tudo;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 143.25pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> - experiência de ser a mente ilimitada e
de estar se irradiando para cima e para o infinito, num modelo de imagem
cônica;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 143.25pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> - sentimento de liberdade sem
restrições;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 143.25pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> -
sensação de transparência e de possuir força descomunal;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 143.25pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> - possibilidade de focalizar a mente no
interior do próprio corpo e do corpo de outrem;<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 143.25pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> -
sentimento de fraternidade e de amor universal.
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 143.25pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 143.25pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 143.25pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> .............
F I M .................<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> <o:p></o:p></span></div>
conforti1928@hotmail.comhttp://www.blogger.com/profile/03611925017204025239noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-55977584974426048.post-70916949667787524282014-03-25T10:01:00.002-07:002014-03-25T10:01:21.090-07:00FÍSICA QUANTICA E ESPIRITUALISMO<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">(15) FÍSICA QUÂNTICA E ESPIRITUALISMO (1991)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> (Uma pálida
idéia)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">A nova ciência, a mecânica
quântica, trouxe revelações que exigem q todas as doutrinas e religiões se
manifestem a respeito, pois veio nos mostrar o verdadeiro papel do homem na
criação e neste universo sem fim. No entanto, já decorridos cem anos, nenhuma
se manifestou. Talvez isso se deva ao receio do impacto q tais revelações
causariam em seus adeptoa, ou de terem de modificar suas premissas básicas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Muitas das descobertas
anteriores, da física clássica, devem ser, como afirmou Eisntein novamente
interpretadas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Um elétron pode estar em ‘mais’
de um lugar ao mesmo tempo; os experimentos da física moderna são inequívocos a
esse respeito.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- A ciência clássica,
cartesiana (anterior), desenvolveu-se de acordo com a suposição fundamental de
que existe, fora do observador, uma realidade real, objetiva, que seria algo
sólido, constituído de coisas que possuem atributos, como massa, peso, carga
elétrica, momentum, posição no espaço, spin, inércia, energia, cor, existência
contínua através do tempo, etc. No entanto, tais coisas e todo o universo, de
acordo com a nova física, não existem sem que algo lhes perceba a existência; e
esse algo é a mente de seres sencientes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- É errado supor que um
elétron seja um pontinho imponderável de matéria; isso porque, em certas
ocasiões, ele é uma nuvem composta de um número infinito de possíveis elétrons,
ondulando como uma onda e capaz de mover-se em velocidades superiores à da luz,
desmentindo o postulado de Einstein sobre a velocidade. Tais possíveis elétrons
parecem uma única partícula somente quando os observamos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- No átomo, um elétron,
quando perde energia, salta de uma órbita mais afastada do núcleo para uma mais
próxima. Contudo, ele não passa pelo espaço entre uma órbita e a outra;
simplesmente desaparece da mais elevada e aparece na outra.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- Resultados de observações
sobre dois elétrons correlacionados, mesmo que separados por distâncias
imensas, demonstram que forçosamente deve haver entre eles alguma conexão que
permite que a comunicação entre eles se mova mais rápida que a luz. Como,
conforme Einstein, nenhuma velocidade pode ser maior que a da luz (300 mil km
por segundo) dentro do espaço-tempo, pode-se afirmar que essa comunicação
ocorre além do espaço-tempo, logo no domínio do atemporal, no domínio
transcendental. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- Em suma, há um número
grande demais de provas demonstrando que o mundo objetivo, que costumamos
considerar a realidade final é, apenas, ilusão do nosso pensamento, do nosso
ego. E não podemos esquecer que todo o conhecimento do homem, em todas as
áreas, tem como alicerce essa suposição que, agora, por inumeráveis e
inquestionáveis experimentos da nova física, sabe-se ser ilusória. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- Ainda mais, o universo é
autoconsciente. Pela física anterior, cartesiana e newtoniana (de Descartes e
Newton), a consciência, a mente, era considerada apenas um subproduto da
matéria cerebral; logo, o cérebro é que criaria a consciência. Hoje, pela nova
física, sabe-se que é a consciência que cria o cérebro e todo o mundo material.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- A consciência é algo
transcendental, portanto não-local, e está em tudo, tanto no espaço-tempo
quanto além, no atemporal; a consciência é tudo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- Consciência é o agente que
afeta os objetos quânticos para lhes tornar o comportamento apreensível aos
nossos sentidos; a consciência focaliza esses objetos, ondas de probabilidades,
de modo que podemos observá-los como partículas, ou coisas, em um único lugar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- Um objeto quântico pode
estar em mais de um lugar ao mesmo tempo (propriedade da onda); o objeto
quântico se manifesta na realidade comum só quando o observamos e, com isso,
provocamos o colapso da onda de energia (?), que, instantaneamente, se
apresenta como partículas ou objetos; um objeto quântico deixa de existir aqui
e simultaneamente passa a existir ali, e não podemos dizer que ele passou
através do espaço interveniente (o salto quântico); a manifestação de um objeto
quântico, ocasionada por nossa observação, influencia simultaneamente seu
objeto gêmeo correlato pouco importando a distância entre eles (ação quântica
instantânea à distância).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- A consciência é o
fundamento de todo ser, incluindo a matéria. Tudo existe na consciência e é por
ela manipulado. Ela organiza o mundo e lhe dá significado. Mas, para isso,
necessita da observação produzida por uma mente senciente (cérebro/mente).<br />
-O experimento das duas fendas: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">(Na internet, no final
da página da 'Wilkpedia' referente a esse experimento, explicado pelo 'Dr.
Rabbit', está a pergunta:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">'E o q tem um observador a
ver com isso?' e, em seguida, vem a resposta: 'Um observador colapsa a
função de onda simplesmente... por observar'. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">A simples observação
modifica a natureza. Não havendo um observador não há o colapso da função
de onda e, em conseqüência, não há manifestação de partículas, ou seja, de
matéria. Por aí se vê q, não existindo um ser senciente observando, tudo
continua apenas como ondas; não haverá nem mesmo um universo como o conhecemos.
Isso não merece uma reflexão mais profunda? Não indica q o ser humano (e todos
os seres sencientes) é necessário para q tudo que aí está à nossa frente
exista? A consciência do ser senciente, através da observação deste, é que
realiza o processo final da criação determinada por aquilo a que denominamos
Deus. Isso não está mostrando que nós somos muito mais do que as religiões e
crenças populares apregoam? A consciência 'localizada' (nós) completa a
criação da consciência 'não localizada', isto é, da Consciência
Universal. Isso não está mostrando que nossa consciência complementa, completa,
faz parte ou é a própria consciência de Deus? O que acham disso? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- Sob observação, o objeto
quântico deixa de ser onda e se comporta como partícula (de matéria). Mesmo a
objetos macroscópicos, como a Lua, por exemplo, a mecânica quântica prevê
basicamente idêntico comportamento, com a diferença de que, nesse caso, o
espalhamento do pacote de ondas é imperceptivelmente pequeno (nunca zero) entre
as observações.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- Para cada evento, questão,
fenômeno, problema, existe o que é chamado pela quântica de superposições
coerentes, isto é, um número, considerado infinito, pelos sábios, de
possibilidades de soluções para aquele mesmo problema (o campo das infinitas
possibilidades, de Maharish Marresh Yogi). Por isso, todo evento de observação,
que é o que produz o colapso da onda de probabilidades localizada fora do
espaço-tempo, é potencialmente criativo e pode desvendar, sempre, novas
possibilidades, respostas criativas, diferentes das conhecidas às quais nossa
mente-localizada está habituada, e, por isso, condicionada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- A observação faz com que o
pacote de ondas entre em colapso e se torne partículas localizadas. Assim, o
sujeito (observador) e o objeto (coisa observada) estão inextricavelmente
misturados, ligados; não havendo observador, não há coisa observada, porque não
há colapso; não havendo coisa observada, não há observador. Vê-se, pois, que,
para que o universo se manifeste, o cérebro-mente é necessário; logo, nós, e todos os seres dotados de cérebro e
mente, somos necessários.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Assim, disse Krishnamurti:
“Como a Mente é vazia, existe o cérebro no espaço e no tempo”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- A consciência é a
realidade única e final. Além dela, tudo é ilusão. Todo o universo sobre o qual
pensamos e falamos nada mais é que ilusão, Maya, conforme o Vedanta. O todo é
Brahman, Deus, a consciência absoluta, total, que existe além do alcance de
Maya. Nada mais existe além da consciência.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- Como apenas existe uma
mente, uma consciência, a separatividade entre seres e coisas é nada mais que
ilusão. Somos, todos nós, apenas uma mente, uma consciência, embora pareçamos
muitas (“Eu e o Pai somos um”). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- Como não há separação
entre seres e coisas no universo, somos todos uma só coisa; logo não existe
duas coisas como eu e Deus. Por isso disse Shankara: “Eu sou a realidade sem
começo e sem fim. Não participo da ilusão ‘eu’ e ‘tu’, ‘isto’ e ‘aquilo’. Eu
sou Brahman, o um sem segundo, a bem-aventurança sem fim, a verdade eterna,
imutável. Eu resido em todos os seres como consciência pura, o fundamento de
todos os fenômenos internos e externos. Eu sou o que desfruta e o que é
desfrutado. Nos dias de minha ignorância eu costumava pensar nessas coisas como
separadas de mim. Hoje sei que sou tudo”. E disse Ekhart, místico cristão: “Percebo
que Deus e eu somos um só”. E Jesus: “Eu e o Pai somos um”. E a ciencia
quântica: “Sé existe uma consciência e nós somos essa consciência”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- A experiência da unidade,
quebrados os véus da separatividade, abre as portas para uma transformação do
ser (iluminação) que gera amor, compaixão, sabedoria, e liberta o homem da
ilusão da separatividade adquirida e dos apegos compensatórios aos quais nos
agarramos (poder, riqueza, sexo, drogas, afetos, ilusões, crenças, religiões
etc.). Tais apegos, nós os procuramos para preencher nosso vazio interior, nascido
de nossa vida sem significado. Como disseram os mestres, somos ainda sub-humanos;
nossa vida só adquire significado quando percebermos que somos muito mais que o
ego (percepção que vem do auto-conhecimento proporcionado pela meditação). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- Como é que não podemos
amar incondicionalmente a todos se só há uma consciência e sabemos que não
estamos separados porque somos essa única consciência?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- O dualismo Deus-mundo não
resiste ao exame científico. A nova física destruiu o realismo materialista
construído pela física cartesiana. Amit Goswami argumenta que o idealismo
monista, advindo da unidade de consciência, é não só compatível com a física
quântica, mas até essencial para sua interpretação, tanto que os paradoxos da
nova física desaparecem quando examinados do ponto de vista do idealismo
monista, explicando mesmo questões como pluralidade aparente de consciências e
transcendência.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- De conformidade com a nova
física, o processo fundamental da Natureza reside fora do espaço-tempo, gerando
eventos que neste se localizam, desde que haja observação. Fora do espaço-tempo
tudo é transcendência, é estar em parte alguma e em toda parte, no aqui-agora
eterno.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- Os objetos quânticos são
simultaneamente onda e partícula; mas nunca podemos observar o aspecto onda de
um elétron, pois nunca se manifesta no espaço-tempo; nem é partícula, porque
esta aparece, nos experimentos, em locais proibidos às partículas. Logo, a
física quântica diz que o objeto quântico não é onda nem é partícula, o que
lembra as explicações do budismo Mahayana: “Ele ‘não existe’ e ‘não não existe’,
simultaneamente. Nem ele existe, nem ele não existe”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- O observador (todos os
seres sencientes) está inescapavelmente envolvido em fazer que aconteça aquilo
que parece estar acontecendo, porque só com sua observação há manifestação no
espaço-tempo; sem observação nada existe.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- Escolhemos o resultado
específico que se manifesta; os fenômenos são apenas prolongamento de nós
mesmos. Mas, segundo os novos físicos, e as tradições de misticismo orientais,
nada escolhemos como indivíduos. A escolha é da consciência unitiva
(consciência total, Deus), que necessita da observação do cérebro-mente para
que o escolhido se manifeste; a observação conclui o processo da escolha
atemporal. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- Quando observamos, o mundo
se torna objetivo. Quando não observamos, nem a nós mesmos, tudo é um.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- Nós, seres conscientes,
não temos consciência; é a consciência que nos tem. Ela tudo abrange, do micro
ao macrocosmo; no espaço-tempo e além.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- Nós não estamos
conscientes de nosso corpo o tempo todo. Na verdade, em circunstâncias comuns,
temos pouquíssima consciência de nós mesmos; de vez em quando temos consciência
de estarmos vivos. Noutras palavras, nesses momentos, nós pensamos em nós
mesmos. Nessas ocasiões, nossa função de onda entra em colapso e sentimos que
existimos. Entre essas ocasiões, nossa função de onda se expande em
superposições coerentes no domínio transcendental. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- Aquilo que parece
continuidade, para um ser humano que observa a si mesmo, o fato de existir, é,
na realidade, uma miragem que consiste de numerosos colapsos descontínuos (como
num filme, no qual as imagens são descontínuas mas, pela sua velocidade, nos
dão a impressão de que são contínuas) isto é, nós, como todos os objetos
quânticos (e todos os objetos são quânticos), quando nos observamos ou somos
observados, somos corpo-mente; quando não observados, somos apenas ondas de
probabilidades coerentes na imensidade do domínio transcendental (Krishnamurti:
um novo estado de existir).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- A consciência escolhe entre
alternativas coerentes quando manifesta a realidade material. O colapso é um
processo de escolha e reconhecimento por um observador consciente; mas não é
que cada um ser humano escolha a seu prazer, pois assim o mundo seria uma
confusão; sendo a consciência uma só, só há um observador senciente: a própria
consciência, aquilo que denominamos o Absoluto, o Todo, Brahman, Deus. Nós,
mentes localizadas, completamos a operação com nossa observação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- A separatividade é
resultado do colapso. Só depois deste é que passam a existir objetos, apenas
aparentemente separados. Deve-se pensar em objetos quânticos como objetos em
potencial (ondas no domínio não-local da realidade que transcende o
espaço-tempo, e que podem se manifestar no espaço-tempo). Antes do colapso,
nada existe no mundo da relatividade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- Nós somos a consciência
não-local apenas sutilmente velada, mas por um véu que pode ser penetrado em
extensões variadas, como testemunharam místicos através dos tempos. Tal véu é
produzido pelo que é chamado de hierarquias entrelaçadas, dois níveis de
consciência que se confundem: a primária, absoluta, não-localizada, e a
secundária, localizada em cada um.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- A iluminação, samadhi,
nirvana, satori, é a percepção da consciência não-localizada, total, primária,
e isso só acontece através do salto quântico, um salto para fora do sistema
habitual, do condicionamento, fato que proporciona tal poder de criatividade
que a consciência se vê a si mesma. É o topo, o ápice do autoconhecimento,
quando ficamos conhecendo aquilo que realmente somos (o “conhece-te a ti mesmo”,
dos antigos sábios gregos).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- O universo existe como
‘potência’ informe em uma miríade de ramos (possibilidades), no domínio
transcendente, que se torna manifesto quando, e somente quando, observado por
seres sencientes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- Para que a inteligência
possa operar, o acionamento de um neurônio tem de ser acompanhado pelo
acionamento de numerosos neurônios correlatos, a distâncias macroscópicas (até <st1:metricconverter productid="10 cm" w:st="on">10 cm</st1:metricconverter>, que é a largura do
tecido cortical), fato que ocorre com velocidades além da velocidade da luz.
Para que isso aconteça, é preciso que correlações não-locais existam no nível
molecular do nosso cérebro, nas suas sinapses. Desse modo, até mesmo o
pensamento comum depende da natureza dos eventos quânticos, e é um evento
quântico.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- Os objetos quânticos
macroscópicos, quando não observados permanecem na função de onda, apresentando
espalhamento mínimo; por isso aparentam continuidade e apresentam memória; esse
fato, entre outros, é responsável pelo surgimento da identidade do ‘self’”
pessoal. Nosso cérebro, objeto quântico macroscópico, possui memória devido ao
espalhamento mínimo da onda, quando não observado; os objetos microscópicos não
a possuem, pois seu espalhamento é total e sua manifestação, no espaço-tempo, é
instantânea, regenerando-se imediatamente; e, por isso, não guardam registro (memória)
das experiências pelas quais passou. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- Um elétron ou outra
partícula quando sob observação, pode estar aqui ou ali; quando não observado
pode estar em qualquer ponto do universo. Há inúmeras provas de experimentos a
esse respeito; por exemplo, o experimento das ‘duas fendas’; um anteparo com
duas fendas mostra que um fóton ou um elétron só se manifesta como partícula
quando observado por uma mente senciente; quando não observado, ele não se
manifesta no espaço-tempo, continuando como onda de energia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- A consciência escolhe o
resultado do colapso em todo e qualquer sistema quântico, o que quer dizer que
a consciência unitiva escolhe. Uma vez que nossa experiência é consciente, nós
escolhemos nossas experiências conscientes, embora permaneçamos inconscientes
do processo subjacente. É essa inconsciência que leva à separatividade
ilusória, à identidade com o ‘eu’ do self, em oposição ao ‘nós’, ou ‘Eu’, da
consciência unitiva.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- Na hierarquia entrelaçada,
os níveis estão tão misturados que não podemos identificar os diferentes níveis
de consciência. Confundimos a consciência local com a não-local. Por isso
ficamos presos na ilusão de que existe um ‘eu’ separado dos demais ‘eus’, e
separado do universo manifestado e da consciência total.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- É a descontinuidade ou
oscilação instantânea e contínua entre um nível e outro, entre manifestação de
partículas e não-manifestação, que nos impede de ver através do véu. Como vemos
o mundo do ponto de vista e referência de nosso cérebro (visão e audição,
particularmente), temos a ilusão de que somos um ‘eu’ separado, que estamos
aqui, dois a cinco centímetros atrás do ponto médio entre as sobrancelhas.
Contudo, a ciência quântica, como as tradições místicas, concorda em que não há
um ‘eu’ pessoal; o ego é apenas uma referência para uso prático, como afirmou
Schroedinger, um dos pais da física quântica.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- Para desfazer essa ilusão
temos de saltar para fora do sistema do espaço-tempo, ao qual estamos
condicionados, e passar para o nível puro, inviolado, a consciência total (o
que pode ser possível através da meditação). O ‘eu’ existe devido à ilusão
proporcionada pelo cérebro, de cujo ponto de vista experimentamos o mundo (q é o
‘não eu’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- O ‘eu’ é conseqüência,
portanto, de uma hierarquia de níveis entrelaçados embora nossa consciência
seja a mesma consciência do Ser que está além da divisão sujeito-objeto. Não
há, no universo, outra consciência. O self da auto-referência e a consciência
da consciência original, primária, constituem, juntos, o que chamamos de
autoconsciência.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- É a aparência do mundo da
manifestação que nos leva à experiência de um self pessoal individual, ou
sujeito, separado dos objetos aparentes. Mas, sujeito e objeto manifestam-se
simultaneamente no instante do colapso do estado quântico do cérebro-mente, o
que produz tanto o cérebro-mente quanto os objetos ‘lá fora’. Sem colapso não
há mundo manifestado, nem cérebro-mente para perceber, nem objetos para serem
percebidos, portanto, nem sujeito, nem objeto, nem observador, nem coisa
observada. Enquanto o cérebro não entra em colapso, o sujeito-observador e o
objeto-coisa observada são uma coisa só: o todo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- O ego é o local onde
acontece a auto-referência de todo o universo (como disse Krishnamurti: ‘por
ser a mente vazia, existe o cérebro no espaço e no tempo’, isto é, existimos
para preencher a mente total, somos os olhos e ouvidos do Absoluto). Em nós, o
universo divide-se em dois: a parte do universo que vê e a parte do universo
que é vista; isto é, o sujeito que observa e o objeto que é observado, ambos
ilusórios.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 319.85pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- O
mecanismo de observação-medição do cérebro cria uma memória de cada colapso,
isto é, de todas as experiências que temos como reação a um dado estímulo. Se o
mesmo, ou um estímulo semelhante, é reapresentado, o registro do cérebro
reproduz a velha memória. Esta reprodução torna-se um estímulo secundário para
o sistema quântico cérebro-mente, que responde <st1:personname productid="em seguida. O" w:st="on">em seguida. O</st1:personname> sistema mede
a nova resposta e assim continua. Essa interação repetida de
observações-medições ocasiona uma mudança fundamental no sistema quântico
cérebro-mente e este perde seu caráter regenerativo. (Todo sistema quântico tem
características regenerativas instantâneas; daí serem sempre e sempre sistemas
novos e sem memória; no entanto, como o cérebro perde seu caráter regenerativo
em face da repetição de estímulos e dos estímulos denominados secundários, o
cérebro que, como todo sistema quântico não tem memória, passa a tê-la, advindo
daí a ilusão de um ‘eu’ que tem continuidade no tempo e é separado dos demais
‘eus’, no espaço e no tempo).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- Antes que a resposta a um
dado estímulo se torne condicionada, antes que nós a experimentemos pela
enésima vez, o conjunto de probabilidades, as superposições coerentes, entre as
quais a consciência escolhe a resposta, abrange os estados mentais comuns a
todas as pessoas, em todos os lugares, em todos os tempos. Com o aprendizado,
porém, as respostas condicionadas tendem a, gradualmente, ganhar mais peso
probabilístico do que as outras respostas não repetidas. Esse é o processo de
formação dos comportamentos condicionados, aprendidos e conservados na memória
de cada indivíduo. Uma vez aprendida uma tarefa, em todas as situações que a
envolvam estará presente, em quase cem por cento, a probabilidade de que uma
memória correspondente desencadeie uma resposta condicionada, impedindo as
respostas criativas, novas, que a consciência traz. Livrando-se do
condicionamento, o homem poderá ter soluções criativas, não experimentadas
antes, e poderá ter despertados, em si mesmo, o amor, a compaixão e a
sabedoria. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- O universo existe como
‘potência’ informe em uma miríade de ramos (possibilidades), no domínio
transcendente, que se torna manifesto quando, e somente quando, observado por
seres sencientes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- Para que a inteligência
possa operar, o acionamento de um neurônio tem de ser acompanhado pelo
acionamento de numerosos neurônios correlatos, a distâncias macroscópicas (até <st1:metricconverter productid="10 cm" w:st="on">10 cm</st1:metricconverter>, que é a largura do
tecido cortical), fato que ocorre com velocidades além da velocidade da luz.
Para que isso aconteça, é preciso que correlações não-locais existam no nível
molecular do nosso cérebro, nas suas sinapses. Desse modo, até mesmo o
pensamento comum depende da natureza dos eventos quânticos, e é um evento
quântico.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- Os objetos quânticos
macroscópicos, quando não observados permanecem na função de onda, apresentando
espalhamento mínimo; por isso aparentam continuidade e apresentam memória; esse
fato, entre outros, é responsável pelo surgimento da identidade do ‘self’”
pessoal. Nosso cérebro, objeto quântico macroscópico, possui memória devido ao
espalhamento mínimo da onda, quando não observado; os objetos microscópicos não
a possuem, pois seu espalhamento é total e sua manifestação, no espaço-tempo, é
instantânea, regenerando-se imediatamente; e, por isso, não guardam registro
(memória) das experiências pelas quais passou. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- Um elétron ou outra
partícula quando sob observação, pode estar aqui ou ali; quando não observado
pode estar em qualquer ponto do universo. Há inúmeras provas de experimentos a
esse respeito; por exemplo, o experimento das ‘duas fendas’; um anteparo com
duas fendas mostra que um fóton ou um elétron só se manifesta como partícula
quando observado por uma mente senciente; quando não observado, ele não se
manifesta no espaço-tempo, continuando como onda de energia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- A consciência escolhe o
resultado do colapso em todo e qualquer sistema quântico, o que quer dizer que
a consciência unitiva escolhe. Uma vez que nossa experiência é consciente, nós
escolhemos nossas experiências conscientes, embora permaneçamos inconscientes
do processo subjacente. É essa inconsciência que leva à separatividade
ilusória, à identidade com o ‘eu’ do self, em oposição ao ‘nós’, ou ‘Eu’, da
consciência unitiva.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- Na hierarquia entrelaçada,
os níveis estão tão misturados que não podemos identificar os diferentes níveis
de consciência. Confundimos a consciência local com a não-local. Por isso
ficamos presos na ilusão de que existe um ‘eu’ separado dos demais ‘eus’, e
separado do universo manifestado e da consciência total.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- É a descontinuidade ou
oscilação instantânea e contínua entre um nível e outro, entre manifestação de
partículas e não-manifestação, que nos impede de ver através do véu. Como vemos
o mundo do ponto de vista e referência de nosso cérebro (visão e audição,
particularmente), temos a ilusão de que somos um ‘eu’ separado, que estamos
aqui, dois a cinco centímetros atrás do ponto médio entre as sobrancelhas.
Contudo, a ciência quântica, como as tradições místicas, concordam em que não
há um ‘eu’ pessoal; o ego é apenas uma referência para uso prático, como
afirmou Schroedinger, um dos pais da física quântica.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- Para desfazer essa ilusão
temos de saltar para fora do sistema do espaço-tempo, ao qual estamos
condicionados, e passar para o nível puro, inviolado, a consciência total (o
que pode ser possível através da meditação). O ‘eu’ existe devido à ilusão
proporcionada pelo cérebro, de cujo ponto de vista experimentamos o mundo (q é
o ‘não eu’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- O ‘eu’ é conseqüência,
portanto, de uma hierarquia de níveis entrelaçados embora nossa consciência
seja a mesma consciência do Ser que está além da divisão sujeito-objeto. Não
há, no universo, outra consciência. O self da auto-referência e a consciência
da consciência original, primária, constituem, juntos, o que chamamos de
autoconsciência.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- É a aparência do mundo da
manifestação que nos leva à experiência de um self pessoal individual, ou
sujeito, separado dos objetos aparentes. Mas, sujeito e objeto manifestam-se
simultaneamente no instante do colapso do estado quântico do cérebro-mente, o
que produz tanto o cérebro-mente quanto os objetos ‘lá fora’. Sem colapso não
há mundo manifestado, nem cérebro-mente para perceber, nem objetos para serem
percebidos, portanto, nem sujeito, nem objeto, nem observador, nem coisa
observada. Enquanto o cérebro não entra em colapso, o sujeito-observador e o
objeto-coisa observada são uma coisa só: o todo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- O ego é o local onde
acontece a auto-referência de todo o universo (como disse Krishnamurti: ‘por
ser a mente vazia, existe o cérebro no espaço e no tempo’, isto é, existimos
para preencher a mente total, somos os olhos e ouvidos do Absoluto). Em nós, o
universo divide-se em dois: a parte do universo que vê e a parte do universo
que é vista; isto é, o sujeito que observa e o objeto que é observado, ambos
ilusórios.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 319.85pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- O
mecanismo de observação-medição do cérebro cria uma memória de cada colapso,
isto é, de todas as experiências que temos como reação a um dado estímulo. Se o
mesmo, ou um estímulo semelhante, é reapresentado, o registro do cérebro
reproduz a velha memória. Esta reprodução torna-se um estímulo secundário para
o sistema quântico cérebro-mente, que responde em seguida. O sistema mede a
nova resposta e assim continua. Essa interação repetida de observações-medições
ocasiona uma mudança fundamental no sistema quântico cérebro-mente e este perde
seu caráter regenerativo. (Todo sistema quântico tem características
regenerativas instantâneas; daí serem sempre e sempre sistemas novos e sem
memória; no entanto, como o cérebro perde seu caráter regenerativo em face da
repetição de estímulos e dos estímulos denominados secundários, o cérebro que,
como todo sistema quântico não tem memória, passa a tê-la, advindo daí a ilusão
de um ‘eu’ que tem continuidade no tempo e é separado dos demais ‘eus’, no
espaço e no tempo).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- Antes que a resposta a um
dado estímulo se torne condicionada, antes que nós a experimentemos pela
enésima vez, o conjunto de probabilidades, as superposições coerentes, entre as
quais a consciência escolhe a resposta, abrange os estados mentais comuns a
todas as pessoas, em todos os lugares, em todos os tempos. Com o aprendizado,
porém, as respostas condicionadas tendem a, gradualmente, ganhar mais peso probabilístico
do que as outras respostas não repetidas. Esse é o processo de formação dos
comportamentos condicionados, aprendidos e conservados na memória de cada
indivíduo. Uma vez aprendida uma tarefa, em todas as situações que a envolvam
estará presente, em quase cem por cento, a probabilidade de que uma memória
correspondente desencadeie uma resposta condicionada, impedindo as respostas
criativas, novas, que a consciência traz. Livrando-se do condicionamento, o
homem poderá ter soluções criativas, não experimentadas antes, e poderá ter
despertados, em si mesmo, o amor, a compaixão e a sabedoria. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- Para livrar-se do
condicionamento entre o despertar das respostas condicionadas mentais e a ânsia
física de agir de acordo com elas e, desse modo, pode reforçar a capacidade de ‘nosso’
livre-arbítrio, de decidir contrariamente às respostas e aos atos
condicionados, com isso enfraquecendo nosso condicionamento que, com a
persistência na prática de meditação, poderá ser superado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- No sonho e na hipnose, o
self torna-se, principalmente testemunha (isto é, vê mas não interfere) e entra
num estado que se caracteriza pela ausência de eventos de percepção secundária;
assim, são enfraquecidas as inibições normais contra o colapso de estados
mentais reprimidos. Por esse motivo, sonho e hipnose são úteis para trazer o
inconsciente à percepção consciente. Na EQM, experiência de quase morte, o
imediatismo desta libera grande volume do condicionamento inconsciente
reprimido, tanto coletivo quanto pessoal; por isso, numerosos pacientes saem
dessa experiência transbordantes de alegria e paz, pois, sem condicionamentos,
a percepção da realidade é expandida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- Como superar as
esmagadoras possibilidades de respostas condicionadas para conseguir as
respostas novas, não condicionadas, criativas? - 1.º) minimizando o
condicionamento mental, mantendo conscientemente uma mente aberta ao novo, o
que tende a aumentar a possibilidade de respostas não condicionadas; 2.º) pela
persistência, que vem aumentar as probabilidades de que uma idéia criativa,
mesmo de baixa possibilidade, se manifeste; a persistência aumenta o número de
colapsos do estado quântico da mente-cérebro relativo à questão, elevando a
probabilidade de conseguirmos uma resposta nova; 3º.) uma vez que a observação
consciente é que produz o colapso da superposição coerente existente relativa
ao problema, há certa vantagem no processamento inconsciente (meditação, sonho,
hipnose) das quais pode aflorar o desconhecido. Disse Spencer Brown: ‘nenhuma
atividade, nenhum raciocínio, nenhuma cálculo, nenhum comportamento agitado,
nenhuma conversa (cérebro em silêncio); apenas contemplação, mantendo em mente,
sem esforço, simplesmente, aquilo cuja resposta desejamos’.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- A atenção, na meditação, a
todo o campo da percepção, ou a um mantra, ou objeto mental, desvia nossa
atenção de pensamentos ociosos, pois nossa consciência não pode focalizar duas
coisas ao mesmo tempo. O mundo externo, que existe em nós como um mapa interno,
começa a ceder à medida que nos tornamos mais competentes na atenção ao
processo da meditação. Finalmente, chegamos a um ponto em que a própria mente
parece habituar-se: embora os eventos no campo da percepção secundária ainda
estejam presentes, eles serão poucos e muito separados entre si e, nesses
hiatos, os processos primários (do self-quântico) podem revelar-se em sua
essência.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- A percepção do processo
primário é a percepção atemporal, além do espaço-tempo; o meditador estará
livre do espaço-tempo, além do ego e, como afirmam os sábios, e as escrituras
ditas sagradas, entre elas o Antigo Testamento, ‘quando o eu não é, Deus é’; é,
portanto, a percepção do Absoluto ou, se quisermos, a percepção da divindade, a
percepção de Deus.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">- Como ensinou o profeta,
‘Aquieta-te e sabe: eu sou Deus’, isto é, quando conseguimos silenciar o ‘eu’,
quem está ali não é mais nosso ilusório ‘ego’, com suas memórias, expectativas,
emoções, desejos, apegos; quando o ‘eu’ não está, quem está é o próprio Deus. O
‘eu’, a consciência localizada do ego cessando, pela perseverança na meditação,
abre espaço que pode ser preenchido pela própria Divindade, q sempre somos. Por
isso, aquietando-se o ego, sabemos que quem está ali é o próprio Deus. O aquietamento
do ‘eu/ego’ se consegue pela perseverança na meditação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">...........................................................................<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> <o:p></o:p></span></div>
conforti1928@hotmail.comhttp://www.blogger.com/profile/03611925017204025239noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-55977584974426048.post-1688364220873872422014-03-25T09:42:00.000-07:002014-03-25T09:42:12.181-07:00TENTANDO ENTENDER<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 37.1pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">(14) EXTRATOS CONVENIENTES (Jan 2008)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> (jcl-06-ribpreto)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Extratos de ‘’<i>O Tao da
Física</i>”, de Fritijof Capra, conforme conceituados comentaristas do mundo
científico,<i> </i>um dos livros mais fascinantes da atualidade. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Os físicos
modernos, investigando os átomos, não conseguiam entender os tremendos
‘absurdos’ que os experimentos lhes mostravam, o que só foi possível com o
auxílio das tradições místicas orientais, antes consideradas superstições e
patologia pelos cientistas ocidentais. Mostra que, hoje, a moderna ciência e o misticismo
milenar têm idêntica visão de mundo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">.................................................................................... <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">1. Ansiedade, emoção,
imaginação, preocupação, pensamento, lembrança, expectativa, ilusão, remorso,
desejo, são <i>estática, ruído, </i> que não permite que a mente sintonize o
Absoluto. Do mesmo modo, aquilo que as religiões chamam de ‘pecados capitais’
(gula, avareza, ira, preguiça, orgulho, luxuria, inveja) não permitem a tranqüilidade
mental necessária para a tentativa de meditação. O objetivo da meditação é
eliminar essa estática.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">2. As noções gerais acerca
da compreensão humana..., ilustradas pelas descobertas da física atômica, estão
longe de constituir algo inteiramente desconhecido, inédito, novo. Essas noções
possuem uma história em nossa própria cultura, desfrutando de uma posição mais
destacada e central no pensamento budista ou hindu. Isso que deparamos (com a
filosofia relativa à Física atômica), não passa de uma exemplificação, um
encorajamento, uma redescoberta da <i>velha</i>
sabedoria do misticismo oriental. (Oppenheimer).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">3. Se buscamos um paralelo
para a lição da física moderna... devemos nos lembrar de pensadores, como Buda
e Lao Tse, em suas tentativas de harmonizar nossa posição como expectadores e
atores do grande drama da vida. (Niels Bohr).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<st1:metricconverter productid="4. A" w:st="on"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">4. A</span></st1:metricconverter><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">
grande contribuição científica em termos de física teórica que nos chegou do
Japão... pode ser sinal de uma relação, um vínculo entre as idéias filosóficas
das tradições Orientais e a filosofia da teoria quântica. (Heisenberg).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">5. Quando a mente é
perturbada, produz-se a multiplicidade de coisas; quando a mente é aquietada, a
multiplicidade de coisas desaparece. (Tudo, o Todo é um vazio que <i>nossos sentidos</i> ajudam a preencher; “a
Mente, a Consciência Universal, é vazia; por isso o cérebro existe no espaço e
no tempo”, Krishnamurti). (‘Aquieta-te e sabe: eu sou Deus’, do Velho Testamento).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">6. Do irreal, conduze-me ao
real!/ Das trevas, à luz!/ Da morte, à imortalidade! (Upanishad).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">7. Aquele que deseja
compreender a natureza de Buda deve observar as estações e as relações causais
(observar as ações da natureza, isto é, tudo é simplesmente natural, inclusive
o amadurecimento psicológico, o avanço na direção de Deus).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">8. Aquele que é a essência
mais fina - o mundo todo o tem como sua alma. Aquele é a realidade (Deus),
Aquele é Atman, Aquele és <i>Tu</i>. (Upanishad).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">9. <i>Todas</i> as ações são realizadas no espaço-tempo pelo entrelaçamento
das forças da natureza; contudo, o homem, perdido na ilusão egotista, <i>acredita</i> que ele próprio é o autor. Mas,
aquele que conhece a relação entre as forças da natureza e suas ações, vê a
forma pela qual umas forças da natureza agem sobre as outras, e não se torna
seu escravo. (Bagavad Gita).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<st1:metricconverter productid="10. A" w:st="on"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">10. A</span></st1:metricconverter><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">
tranqüilidade absoluta está no <i>momento
presente</i>... Nisto (nesta compreensão) reside o deleite eterno (a
bem-aventurança). (Hui-neng) (no aqui-agora).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">11. Uma filosofia
maravilhosa do dinamismo foi formulada por Buda, há 2500 anos... Impressionado
com a transitoriedade dos objetos, a mutação e as transformações incessantes
das coisas, reduziu as substâncias, almas, mônadas e coisas, a forças,
movimentos, seqüências e processos, e adotou uma concepção dinâmica da
realidade (tudo flui e nada é permanente, nem saúde, beleza, riqueza,
juventude, amor, amizade, prazer, dor, nada enfim). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">12. O budismo concebe um
objeto como um <i>evento</i> (processo em
movimento) e não como uma coisa ou substância... Isso torna claro que o budismo
entende nossa experiência em termos de tempo e movimento. (Suzuki). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">13. Podemos então considerar
a matéria como constituída por regiões do espaço nas quais o campo (elétrico,
de energia, vibrações) é extremamente <i>intenso</i>...
Na física <i>não há lugar para as duas
coisas</i>, campo e matéria; <i>campo é a
única realidade</i>. (Einstein).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">14. Uma partícula material,
p.ex. um elétron, é apenas um pequeno domínio do campo elétrico dentro do qual
a intensidade de campo assume valores extremamente elevados, indicando que uma
energia de campo comparativamente elevada está concentrada num espaço muito
pequeno. Tal nó de energia, que de forma alguma está claramente delineado
contra o campo restante, propaga-se através do espaço vazio (campo) como uma
onda de água na superfície de um lago. Não existe algo que seja uma substância
única constituída sempre pelos mesmos elétrons. (Weyl).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">15. Quando o ‘chi’ (energia)
se condensa, sua visibilidade torna-se evidente de modo que existem, então, as
formas (coisas, objetos). Quando se dispersa, sua visibilidade não é mais
evidente e não há mais formas. No momento de sua condensação, podemos dizer que
não seja algo temporário? E, no momento de sua dispersão, podemos afirmar que
se torna, então, não-existente? ... O Grande Vácuo (campo) não pode consistir
senão em chi; este chi não pode condensar-se senão para formar todas as coisas;
e essas coisas não podem dispersar-se senão para formar (uma vez mais) o Grande
Vácuo (Vazio). (Chuang Tsai).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<st1:metricconverter productid="16. A" w:st="on"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">16. A</span></st1:metricconverter><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">
física moderna colocou nosso pensamento acerca da matéria assim: desviou nosso
olhar daquilo que é visível, as partículas, para a entidade subjacente, o campo,
que é invisível. A presença da matéria é, simplesmente, uma perturbação do
estado perfeito do campo nesse lugar, algo ‘<i>acidental’</i>,
pode-se quase dizer, um mero ‘<i>defeito’</i>.
(Needham).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">17. O universo físico chinês
constitui um todo perfeitamente contínuo. Os objetos, formados pela condensação
de chi, dependem, em última instância, da alternância rítmica de todos os
níveis das duas forças fundamentais, yin e yang. Os objetos, com seu ritmo
intrínseco, estão integrados no padrão geral da harmonia (do ritmo) do mundo
(do universo). (idem).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<st1:metricconverter productid="18. A" w:st="on"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">18. A</span></st1:metricconverter><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">
relação entre forma e vazio não pode ser concebida como um estado de opostos
mutuamente exclusivos, mas somente como dois aspectos da mesma realidade, que
coexistem e se encontram em cooperação contínua. (Lama Govinda). (Vazio é
forma, forma é vazio; vazio é objeto, objeto é vazio; tudo é ilusão).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">19. As leis naturais não são
forças externas às coisas, mas representam a harmonia do movimento a elas <i>imanente</i>. (I Ching).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">20. O campo existe sempre e
por toda parte; jamais pode ser removido. É o portador de todos os fenômenos
naturais. É o ‘vácuo’ a partir do qual são criadas todas as coisas. O
aparecimento, a existência e o desaparecimento de partículas não passam de <i>formas de movimento</i> do campo. (Física) (do
bramanismo: Brama, Shiva e Vichnu, o criador, o mantenedor e o destruidor).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">21. Quando se percebe que o
Grande Vácuo está pleno de chi, compreende-se que não existe coisa alguma que
seja o nada. (Chang Tsai).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">22. Todas as partículas são
apenas ‘ressonância’ (do campo).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">23. Todos os átomos dançam
e, assim, produzem sons. Quando o ritmo da dança se modifica, o som também se
modifica. Cada átomo canta sem cessar sua canção, e o som, a cada momento, cria
formas densas e sutis. (David-Néel). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">24. Dançando, o átomo
sustenta seus fenômenos multiformes. Na plenitude dos tempos, dançando ainda,
ele destrói todas as formas. (Coomaraswamy).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">25. Na física moderna,
dividimos o mundo, não em grupos de diferentes objetos, mas em grupos de
diferentes <i>conexões</i>... O mundo
aparece, assim, como um complicado tecido de eventos, no qual conexões de
diferentes tipos se alternam ou se sobrepõem ou se combinam e, dessa maneira,
determinam a textura do todo. (Heisenberg; Teilhard de Chardin disse coisa
semelhante).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">26. Se a unidade da
totalidade das coisas não é reconhecida, a ignorância e a particularização
surgem em cena, e todas as fases da mente corrompida são, então, desenvolvidas
(...). Todos os fenômenos do mundo nada mais são que manifestação <i>ilusória</i> da mente, não possuindo <i>nenhuma realidade</i> própria. (budismo). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">27. Da mente (iludida, perturbada)
nascem coisas inumeráveis, condicionadas pela discriminação (...) Essas coisas
são aceitas pelas pessoas como um mundo exterior (lá fora). O que se afigura
como externo não existe na realidade; é, de fato, a mente que é vista como <i>multiplicidade</i>. As propriedades, os
corpos e o que foi dito acima, tudo isso, afirmo, nada mais é que a mente.
(budismo).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">28. Como podemos pensar em
coisas em vez de processos nesse fluxo absoluto (o eterno movimento que não é
movimento)? Fechando nossos olhos aos eventos sucessivos. Trata-se de uma
atitude artificial que secciona a corrente da mudança e a essas secções
denomina coisas... Quando percebemos essa verdade, compreendemos o absurdo de
adorarmos produtos isolados (coisas, dinheiro, objetos, pessoas, etc) dessa
série incessante de transformações como se eles fossem eternos e reais. A vida
não é uma coisa ou estado de uma coisa, mas uma mudança ou movimento contínuo e
sem fim. (idem).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">29. Modificação, movimento
sem descanso, fluindo, subindo e descendo sem cessar... Aqui só a mudança
atua. (só a mudança é <i>permanente</i>).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">30. ‘Li’ é uma lei natural e
inescapável acerca das questões e coisas... O significado de ‘natural e
inescapável’ é que todas as questões humanas e coisas naturais são feitas de
modo a se encaixarem exatamente cada uma no seu lugar (próprio). Esse
encaixar-se ocorre sem que se verifique o mais ligeiro excesso ou
deficiência... Os homens da antiguidade, ao investigarem as coisas até o último
limite, e ao buscarem ‘li’, desejavam elucidar a inescapabilidade natural das
questões humanas e coisas naturais, e isso significa, simplesmente, que
buscavam todos os lugares exatos onde as coisas se encaixam juntas com
precisão. Apenas isso. Portanto, na visão oriental, <i>tudo no universo está conectado com tudo o mais e nenhuma parte é
fundamental</i>. As propriedades das partes são determinadas pelas propriedades
de todas as outras partes. (budismo e física).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">31. Todas as coisas em sua
natureza essencial não podem ser nomeadas ou <i>explicadas</i>, não podem ser adequadamente expressas em qualquer forma
de linguagem. (budismo e física).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">32. Quando dividimos alguma
matéria bruta, podemos reduzi-la a átomos. Mas como também os átomos estão
sujeitos a novas divisões, todas as formas da existência material, bruta ou
não, nada mais são que a sombra da particularização, e não podemos
conferir-lhes qualquer grau de realidade (independente ou absoluta. (budismo e
física).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">32. Nada é realmente finito;
tudo está em cada coisa e cada coisa está em tudo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">33. No céu de Indra, diz-se
existir uma rede de pérolas dispostas de tal forma que, se contemplamos uma,
vemos todas as demais nela refletidas. Da mesma forma, cada objeto do mundo não
é simplesmente ele mesmo, mas envolve todos os demais objetos e, de fato, <i>é tudo o mais</i>. (budismo). (Lembra-nos o
‘colar’ do Buda, ao sair de sob a árvore onde se iluminou: cada gema refletia
todas as outras gemas. Aí está, exatamente, a visão da física moderna relativa
ao <i>bootstrap</i>, o levantar-se pelas próprias botas, a auto-suficiência de
todo o universo).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">34. Cada porção de matéria
pode ser concebida como um jardim cheio de plantas e um açude cheio de peixes.
Mas, cada ramo de planta, cada peixe e cada gota de seus humores é também um
novo jardim ou um novo açude (Leibniz); ou, nas palavras de William Blake:
‘...ver o mundo num grão de areia, o céu numa flor silvestre; o infinito na
palma da mão e a eternidade numa hora.’<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">35. Levada ao seu extremo
lógico, a teoria <i>bootstrap</i> implica que a existência da consciência,
juntamente com todos os outros aspectos da natureza, é necessária para a
autoconsciência do todo. (Geoffrey Chew).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">36. Para o homem <i>iluminado</i>, sua consciência abarca o
universo; o universo se torna o seu ‘corpo’, ao passo que seu corpo físico
torna-se uma das manifestações da Mente Universal, sua visão interior, uma
expressão da realidade mais elevada, e sua palavra (e pensamentos), uma
expressão da verdade eterna. (budismo).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">37. Todas as coisas recebem
seu ser e sua natureza por <i>mútua
dependência</i> e, <i>em si mesmas,</i> <i>nada são</i>. (budismo e física).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<st1:metricconverter productid="38. A" w:st="on"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">38. A</span></st1:metricconverter><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">
criação e a dissolução incessante das partículas representam a dança da criação
e dissolução dos mundos (a dança de Shiva, do hinduísmo).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">39. ‘Criação’ e ‘fim’ do
mundo ocorrem a todo instante (budismo e física; ‘bigbangs regionais’; o choque
recente de quatro galáxias).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">40. O misticismo oriental
fornece uma consistente moldura filosófica capaz de <i>abranger nossas mais avançadas teorias científicas acerca do mundo
físico.</i> (Capra).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">41. O misticismo é, acima de
tudo, uma experiência que não se pode aprender com a leitura de livros... mas,
o envolvimento com esse tipo de experiência, é <i>altamente gratificante</i>. (Capra).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">42. Em<span style="color: blue;"> f</span>ace das descobertas da física atual, os paralelos
relativos ao misticismo oriental estão aparecendo, não apenas na física, mas
também na Biologia, Psicologia, Medicina, e nas ciências humanas, sociais,
políticas... com profunda influência sobre quase todos os aspectos da sociedade
humana (Capra).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">43. As semelhanças entre a
física quântica e o misticismo oriental são tantas que nos deparamos com
declarações frente as quais é quase impossível dizer se seu autor é <i>um místico oriental ou um físico</i>.
(Capra) (Assim, o livro de Ken Wilber: ‘Questões <i>quânticas</i>; escritos <i>místicos</i>
dos maiores <i>físicos</i> do mundo’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<st1:metricconverter productid="44. A" w:st="on"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">44. A</span></st1:metricconverter><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> <i>Física</i> moderna nos conduz, hoje, a uma
visão de mundo essencialmente <i>mística</i>.
(Capra) (visão que concorda com as percepções do misticismo milenar).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">45. No espaço-tempo, tudo
que julgamos permanente é um <i>logro</i>
(tudo, fatos, eventos, seres, emoções, poder, riqueza, beleza, saúde etc. não
são para sempre e, ainda mais, são totalmente incertos; a impermanência e a
incerteza de tudo são o fundamento da filosofia do Buda). (do mesmo modo, não é
permanente ou realidade, aquilo que denominamos ‘eu’, alma, a continuidade após
a morte biológica etc.). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">46. O conhecimento <i>absoluto</i> é uma experiência da realidade
inteiramente <i>não intelectual</i>, nascida
de um estado de <i>consciência não usual</i>
que pode ser denominado ‘<i>meditação’</i>,
ou místico. (Capra). (É levar a atenção e o olhar para dentro de si mesmo e
esquecer-se).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">47. <i>Nossa</i> natureza original é a <i>mesma</i>
natureza do Buda iluminado; os estudantes do Zen são desafiados a descobrir sua
‘face original’, e a súbita <i>‘recordação’</i>
dessa face constitui a <i>iluminação</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<st1:metricconverter productid="48. A" w:st="on"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">48. A</span></st1:metricconverter><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">
preparação da mente (localizada) para esse estado de consciência (não local) é
o propósito básico de todas as tradições do misticismo oriental. Nas diversas
formas de meditação, o <i>silenciar</i> da
mente pensante é obtido através da <i>atenção
a um único ponto, à respiração, ao som de um mantra, à imagem visual de um
mandala, aos movimentos corporais (naturais)</i> que devem ser efetuados
espontaneamente <i>sem a interferência do
pensamento</i>, ou ao fluir dos pensamentos, procurando <i>surpreendê-lo no instante de seu nascimento</i>. Com isso, a mente é <i>esvaziada</i> de todos os pensamentos e
conceitos (o Zen, numa única palavra: ‘Esvazia-te’) e, assim, está preparada
para funcionar, por longos períodos de tempo, no modo intuitivo (‘Ou eu, ou
Deus’, ou ‘Aquieta-te e sabe: eu sou Deus’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">48. Em face da semelhança
entre o estado de meditação (que demanda total atenção a um ponto apenas, ou a
nada) e o estado de alma de um guerreiro, a imagem deste desempenha papel
importante na vida espiritual e cultural do Oriente. No<i> Bhagavad Gita</i>, o
campo de batalha e as artes marciais são parcelas relevantes das culturas da
Índia, China e Japão. Em ‘o caminho do guerreiro’, enfatiza-se a arte da luta
onde a <i>atenção</i> alcança seu máximo de perfeição; o alerta total, a
atenção que afasta da mente os pensamentos, afasta a lembrança do passado e da
expectativa do futuro, mantêm o indivíduo no <i>agora</i>, no <i>eterno momento
presente.</i><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">49. Como a palavra não é a
coisa (isto é, não faz perceber a realidade da coisa), como afirmam os
místicos, estes se voltam principalmente para a <i>experiência</i> da realidade, que traz verdadeiro auto-conhecimento, e
não para a descrição dessa experiência (esta, apenas, tem valor para motivar os
demais à busca da mesma experiência).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<st1:metricconverter productid="50. A" w:st="on"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">50. A</span></st1:metricconverter><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">
experiência <i>mística</i> direta da
realidade constitui acontecimento que abala os próprios <i>alicerces</i> em que se apóia toda a visão de mundo de um indivíduo;
segundo Suzuki é ‘<i>fato mais espantoso que
pode acontecer no reino da consciência humana</i>’, chegando a ‘descontrolar
todas e cada uma das formas da experiência comum, padronizada’ (Jung: ‘é a
experiência mais importante e sublime na vida do ser humano’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<st1:metricconverter productid="51. A" w:st="on"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">51. A</span></st1:metricconverter><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">
reação violenta em torno do desenvolvimento da Física moderna só pode ser
entendida à medida que compreendemos que os alicerces da Física começaram a se
deslocar e que esse movimento gerou sentimento de que a ciência perderia
terreno (Heisenberg).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">52. Todas as tentativas de
adaptar os fundamentos da física (anterior, clássica, newtoniana, cartesiana) a
esse novo tipo de conhecimento (física quântica) falharam completamente. Era
como se o solo tivesse sido retirado de sob nossos pés, sem que se conseguisse
vislumbrar qualquer base confiável e sólida sobre a qual pudéssemos erguer
alguma coisa (Einstein).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<st1:metricconverter productid="53. A" w:st="on"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">53. A</span></st1:metricconverter><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">
experiência tem demonstrado com clareza a <i>insuficiência
de nossas concepções anteriores </i>e, em conseqüência, tem abalado os
fundamentos sobre os quais se erguia a interpretação costumeira da observação
científica (Niels Bohr).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">54. Todas as coisas, de
fato, transformam sua natureza e sua aparência. A experiência que possuímos do
mundo é radicalmente diferente... Existe uma forma nova, mais vasta e profunda,
de experimentar, de ver, de conhecer, de entrar em contato com as coisas (o
conhecer não dualista) (Sri Aurobindo).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">55. As três primeiras
décadas do século XX transformaram radicalmente toda a visão da física. Dois
desenvolvimentos separados, a teoria da relatividade e a física quântica,
esfacelaram os principais conceitos da visão de mundo da física clássica: a
noção de espaço e tempo absolutos, as partículas sólidas elementares, a
natureza estritamente causal dos fenômenos físicos e o ideal de uma descrição
objetiva da natureza, tudo isso ruiu, com <i>tremendo
choque</i> para o mundo científico. Sabemos, hoje, que não existe qualquer
fluir de tempo; que a matéria, a massa, a substância, nada mais é que uma forma
de energia, um ‘defeito’ ou ‘acidente’ no campo contínuo de energia do cosmos
(Capra).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<st1:metricconverter productid="56. A" w:st="on"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">56. A</span></st1:metricconverter><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">
força de gravidade, segundo a teoria da relatividade, possui o efeito de
‘curvar’ espaço e tempo, curvatura causada pelo campo gravitacional dos corpos
compactos; onde existir uma estrela ou um planeta, o espaço ao redor desse
objeto é curvo e o grau de curvatura depende da massa do objeto. Como pela
teoria da relatividade o espaço não pode ser isolado do tempo, este é,
igualmente, afetado pela presença da matéria. Não são apenas as medidas de
espaço e tempo que são relativas; toda a estrutura do espaço-tempo depende da
distribuição da matéria no universo. Assim, o conceito de ‘espaço vazio’ perdeu
seu significado (física).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">57. O conceito de objetos <i>sólidos</i> foi destruído pela moderna
física. O fenômeno da radioatividade forneceu a prova definitiva da natureza
composta dos átomos, demonstrando que átomos de substâncias radioativas não só
emitem diversos tipos de radiação como se transformam, também, em átomos de
substâncias inteiramente diversas. Rutherford descobriu que as chamadas
partículas alfa, emanadas das substâncias radioativas, eram, na verdade,
projéteis extremamente velozes, de dimensões subatômicas, que, posteriormente,
foram utilizados na exploração do interior dos átomos. Estes, longe de serem
partículas sólidas e duras, inesperadamente se percebeu serem imensas regiões
de espaço nas quais partículas extremamente pequenas, os elétrons, giram em
movimentos ondulatórios em torno do núcleo, ligados a ele por forças elétricas
(o núcleo, invisível aos mais sofisticados instrumentos; os elétrons,
semelhantes a nuvens de poeira girando em torno dele). O diâmetro de um átomo
aproximadamente mede um centésimo milionésimo de centímetro. Para visualizarmos
essa dimensão ínfima, imaginemos uma laranja com as dimensões de nosso planeta.
Os seus átomos terão, então, o tamanho de cerejas; um número inconcebível de
cerejas comprimidas num globo do tamanho da Terra: eis uma imagem aproximada
dos átomos de uma laranja.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">58. Um átomo, portanto, é
extremamente pequeno se comparado a objetos macroscópicos, mas é enorme se
comparado a seu núcleo; na imagem acima, de átomos do tamanho de cerejas, o
núcleo de um deles seria tão pequeno que não poderíamos vê-lo; se ampliássemos
o átomo ao tamanho de uma bola de futebol, seu núcleo seria ainda invisível a
olho nu. Para que pudéssemos ver o núcleo, teríamos de ampliar o átomo até o
tamanho da maior abóbada do mundo, a da Catedral de São Pedro, em Roma; nesse
átomo, o núcleo teria o tamanho de um grão de sal! Um grão de sal no centro da
abóbada da Catedral de São Pedro e poeira girando em torno dele: eis uma imagem
do núcleo e dos elétrons de um átomo. O número de elétrons nos átomo determina
suas propriedades químicas. As interações entre os átomos dão origem aos
diversos processos químicos, de tal forma que a Química pode ser, agora,
entendida a partir da física atômica (quântica).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">59. Os efeitos da teoria
quântica na imaginação dos físicos foi devastador. Os experimentos demonstraram
que os átomos nada mais tinham a ver com os objetos sólidos da Física clássica.
Em vez de sólidos e indestrutíveis, consistiam de vastas regiões do espaço nas
quais se moviam partículas extremamente pequenas (submicroscópicas). Essas
partículas são extremamente abstratas e de aspecto dual: dependendo da forma
como são abordadas, aparecem às vezes como partículas, às vezes como ondas (de
energia), natureza estranha exibida também pela luz. Parece impossível aceitar
que algo possa ser, ao mesmo tempo, uma partícula - uma entidade confinada a um
volume extremamente pequeno - e uma onda, que se espalha por uma extensa região
do espaço. Isso deu origem à teoria quântica. Plank descobriu que a energia da
radiação térmica não é emitida continuamente, mas aparece sob a forma de
‘pacotes de energia’, os ‘quanta’, como denominou Einsten.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<st1:metricconverter productid="60. A" w:st="on"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">60. A</span></st1:metricconverter><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">
contradição aparente entre as imagens de onda e partícula foi resolvida de
forma inteiramente inesperada que derrubou a própria visão de mundo da Física
clássica, pois pôs em questão o conceito da realidade da matéria. No nível
subatômico, não se pode dizer que a matéria exista com certeza em lugares
definidos, mas que ela apresenta ‘tendências de existir’, e que os eventos
atômicos ocorram com certeza em instantes definidos e numa direção definida,
mas que eles apresentam ‘tendências de ocorrer’. As partículas não são ondas
tridimensionais ‘reais’, como as ondas sonoras ou ondas na água; são ‘ondas de
probabilidades’. Jamais podemos prever um fato atômico com certeza; podemos,
unicamente, <i>supor</i> a probabilidade de
sua ocorrência. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> <st1:metricconverter productid="61. A" w:st="on">61.
A</st1:metricconverter> Física atômica destruiu, assim, os conceitos de
objetos sólidos e de leis da natureza deterministas, da Física clássica. Agora,
os objetos clássicos sólidos se dissolvem em padrões de probabilidades
semelhantes a ondas, padrões que não representam probabilidades de coisas, mas
probabilidades de interconexões. As partículas subatômicas não possuem
significado quando isoladas, somente podendo ser compreendidas como
interconexões. A nova Física mostra, assim, que todas as partículas estão interconectadas,
que há uma unidade básica no universo; que não podemos decompor o mundo em
unidades menores dotadas de existência independente. À medida que penetramos na
matéria, a natureza não nos mostra quaisquer ‘blocos básicos de construção’
isolados, como se presumia na Física cartesiana. Ao contrário, surge à nossa
frente uma complicada teia de relações entre as diversas partes do todo. Nessas
relações está, de maneira essencial, sempre incluído o observador, que
constitui o elo final na cadeia dos processos de observação, e as propriedades
de qualquer objeto atômico só podem ser compreendidas em termos de interação do
objeto com o observador. Assim, o ideal clássico de uma descrição <i>objetiva</i> da natureza não tem mais valor.
<i>A divisão entre o eu e o mundo, observador
e observado, não existe no mundo subatômico</i>. E jamais podemos falar sobre a
natureza sem falar, ao mesmo tempo, sobre nós mesmos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">62. Enigmas surgidos em
conexão com a estrutura dos átomos e que não podiam ser explicados, foram
solucionados. Se os átomos que compõem a matéria consistem quase integralmente
de espaço vazio, o que nos impede de caminharmos através de portas fechadas? O
que dá à matéria seu aspecto sólido? (A vertiginosa velocidade dos elétrons).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">63. Outro ponto é a
extraordinária estabilidade mecânica dos átomos. No ar, colidem milhões de
vezes a cada segundo e, no entanto, voltam à forma original após a colisão. Um
elétron de oxigênio, por exemplo, sempre conservará sua configuração original
de elétron, indiferentemente à freqüência com que colida com outros átomos ou
elétrons. Essa configuração, ademais, é exatamente a mesma para todos os átomos
de determinado tipo. Dois átomos de ferro e, conseqüentemente, dois pedaços de
ferro puro, são completamente idênticos, qualquer que seja sua origem ou o
tratamento que tenham recebido no passado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">64. Essas incríveis
propriedades dos átomos decorrem da natureza ondulatória de seus elétrons. O
aspecto sólido da matéria é devido a um típico ‘efeito quântico’, vinculado ao
aspecto dual (onda-partícula) dos elétrons e, conseqüentemente, da matéria.
Sempre que uma partícula é confinada a uma pequena região do espaço, ela reage
a esse confinamento movendo-se circularmente, sendo seu movimento tanto mais
rápido quanto menor for a região do confinamento. No átomo, há duas forças que
concorrem entre si. Por um lado, os elétrons são ligados ao núcleo por forças
elétricas que buscam conservá-los tão próximos ao núcleo quanto possível. Por
outro lado, respondem a esse confinamento girando em torno do núcleo e sua
velocidade será tanto maior quanto mais firmemente estiverem ligados a ele
(cerca de 960 km/seg!). Essas velocidades fazem com que o átomo aparente ser
uma esfera rígida, como uma hélice em alta rotação aparece-nos como um disco. É
impossível comprimir ainda mais os átomos e, dessa forma, eles conferem à
matéria seu aspecto sólido que nos é familiar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">65. No átomo, os elétrons
instalam-se de tal forma nas órbitas que existe um equilíbrio ótimo entre a
atração do núcleo e a relutância dos elétrons ao confinamento. Suas órbitas
diferem muito das dos sistemas planetários (como se ensinava nas escolas),
devido à natureza ondulatória dos elétrons. Em vez de partículas girando em
torno do núcleo, temos de imaginar ondas de probabilidade dispostas na
diferentes órbitas. Sempre que fazemos uma medição (observação), encontramos o
elétron em ‘algum’ ponto dessas órbitas, mas não podemos dizer que eles ‘giram
em torno do núcleo’, no sentido da Física clássica.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">66. Nas órbitas, os elétrons
têm de estar dispostos de tal modo que formam padrões conhecidos como ‘ondas
estacionárias’; esses padrões aparecem sempre que ondas são confinadas a uma
região finita, como as ondas numa corda de violão posta <st1:personname productid="em movimento. Isso" w:st="on">em movimento. Isso</st1:personname>
mostra que tais ondas podem assumir apenas um número limitado de formas bem
definidas. O fato de que os detalhes atômicos, como número quântico (número da
órbita) etc., que indicam a localização e a forma das órbitas, o primeiro sendo
o número da órbita e determinando a energia que o elétron deve possuir para estar
nessa órbita, só poderem ser expressos por números inteiros, significa que o
elétron não pode alterar sua rotação com continuidade, pois nunca é encontrado
entre órbitas, mas ou numa ou noutra; isso porque o elétron salta de uma órbita
para outra, nunca sendo encontrado entre duas órbitas (salta de um número
inteiro para outro na representação das órbitas).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">67. Tendências de existir,
partículas reagindo ao confinamento, átomos passando repentinamente de um
‘estado quântico’ para outro e uma interligação essencial de todos os fenômenos
- eis algumas das facetas incomuns apresentadas pelo mundo atômico. A força
básica que origina todos os fenômenos atômicos é a gravitacional. Trata-se da
força de atração elétrica entre o núcleo atômico positivamente carregado, e os
elétrons negativamente carregados. A interação dessa força com os elétrons
ondulatórios origina a tremenda variedade de estruturas e fenômenos em nosso
meio ambiente, bem como todas as reações químicas, e a formação de moléculas,
isto é, agregados de diversos átomos reunidos pela força de atração mútua; constitui
a base de todos os sólidos, líquidos e gases, e de todos os organismos vivos e de
todos os processos biológicos a eles associados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">68. Nesse mundo imensamente
rico dos fenômenos atômicos, os núcleos desempenham o papel de centros
extremamente pequenos e estáveis, que constituem a <i>fonte</i> da força elétrica e formam a grande variedade de estruturas
moleculares. O núcleo contém, praticamente, toda a massa do átomo. O núcleo é
constituído de prótons e nêutrons, partículas que têm aproximadamente a mesma
massa - mas cerca de duas mil vezes a massa do elétron -, sendo que o nêutron
não dispõe de carga elétrica. A força nuclear, que mantém essas partículas tão
rigidamente ligadas dentro do núcleo, é um fenômeno inteiramente novo (força
ainda desconhecida pela física), não podendo ser de origem eletromagnética, já
que o nêutron é eletricamente neutro. Os físicos viram que se trata de uma <i>nova</i> força, a <i>mais poderosa</i> força da natureza, e que não se manifesta em lugar
algum fora do núcleo atômico. Este é cerca de cem mil vezes menor do que o
átomo todo e, contudo, contém quase toda a massa deste, o que significa que a
matéria dentro do núcleo é extremamente densa se comparada com as formas de
matéria com as quais estamos familiarizados. Se todo o corpo humano fosse
comprimido até a densidade nuclear, não ocuparia mais espaço que a cabeça de um
alfinete. Essa elevada densidade, contudo, não constitui a única propriedade
insólita da matéria nuclear. Possuindo a mesma natureza quântica dos elétrons,
os ‘núcleons’, como são chamados os prótons e nêutrons, reagem ao confinamento
com elevadas velocidades e, como são comprimidos num volume muito mais reduzido
que os elétrons, sua reação é muito mais violenta, chegando a percorrer o
núcleo de um lado para o outro a cerca de 64.000km/seg! A matéria nuclear é,
portanto, uma forma de matéria inteiramente diferente de tudo aquilo com que
estamos familiarizados no mundo macroscópico. Podemos figurá-la sob a forma de minúsculas
gotas de um líquido extremamente denso que ferve e borbulha da forma mais
intensa possível. A forte força nuclear é que responde por todas essas
propriedades, e a característica que a torna tão estranha é seu alcance
extremamente curto; age apenas quando a distância entre núcleos é da ordem
aproximada de duas a três vezes o seu diâmetro. A essa distância, a força é
tremendamente <i>atrativa</i>. Contudo, se a
distância se torna menor, torna-se fortemente <i>repulsiva</i>, de modo que os núcleos não podem se aproximar mais.
Assim, a força nuclear mantém o núcleo em equilíbrio estável, embora altamente
dinâmico. (o movimento que não é movimento).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<st1:metricconverter productid="69. A" w:st="on"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">69. A</span></st1:metricconverter><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">
visão que surge do estudo dos átomos mostra-nos que a matéria, em sua maior
parte, acha-se concentrada em minúsculas gotas separadas por enormes
distâncias. Nesse enorme espaço entre os núcleos compactos e intensamente
‘ferventes’ movem-se os elétrons, reduzidíssimas frações da massa total do
átomo, que dão à matéria seu aspecto sólido e fornecem os vínculos necessários
à construção de todas as estruturas moleculares. As reações nucleares, muito
embora as tremendas forças aí contidas, não têm energia suficiente para
perturbar o equilíbrio nuclear.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">70. Essas formas de matéria,
com suas complexas estruturas, só conseguem existir sob condições muito
especiais, e quando a temperatura não é muito elevada, de modo que as
partículas não se agitem <st1:personname productid="em demasia. Quando" w:st="on">em
demasia. Quando</st1:personname> a energia térmica aumenta cerca de cem vezes
mais, como ocorre na maioria das estrelas, todas as estruturas atômicas e
nucleares são destruídas, estado em que se acha a maior parte da matéria
existente no universo. O Sol, nosso elo vital com o mundo dos corpos de grandes
dimensões, por exemplo, nos envia um contínuo fluxo de energia resultante de
reações nucleares, fenômenos do mundo dos corpos infinitamente pequenos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<st1:metricconverter productid="71. A" w:st="on"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">71. A</span></st1:metricconverter><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">
nova Física mostrou que o conceito de ‘partículas elementares’, como ‘blocos de
construção básicos’, tinha de ser abandonado, pois, até o presente cerca de
duzentas partículas foram descobertas, e nenhuma mais merece o nome de ‘partícula
elementar’ (nenhuma é mais importante que a outra). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<st1:metricconverter productid="72. A" w:st="on"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">72. A</span></st1:metricconverter><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">
Física moderna mostrou que massa nada tem a ver com substância, sendo, isso
sim, uma forma de energia, isto é, uma quantidade dinâmica associada com
atividade, ou com processos. O fato de a massa de uma partícula ser equivalente
a uma certa quantidade de energia (E=mc²) significa que a partícula não pode
mais ser encarada como um objeto mas, sim, como um modelo dinâmico, um processo
que envolve uma energia que manifesta a si mesma como a massa da partícula.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<st1:metricconverter productid="73. A" w:st="on"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">73. A</span></st1:metricconverter><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">
Física moderna revelou uma simetria fundamental entre matéria e antimatéria.
Para cada partícula existe uma antipartícula de massa igual e carga contrária.
Pares de partículas e antipartículas podem ser criados se dispusermos de
energia suficiente, e podem voltar a ser energia pura pelo processo reverso de
aniquilação das partículas. Esses processos de criação e de destruição de
partículas na natureza têm sido observados milhões de vezes. A criação de partículas
a partir da energia pura é o efeito mais espetacular da teoria da relatividade.
Quando duas partículas dotadas de energia colidem, geralmente fragmentam-se,
mas cada fragmento não é menor que a partícula original, e sim uma partícula da
mesma espécie, que é criada a partir da energia do movimento (energia cinética)
envolvida no processo de colisão. A questão da divisão da matéria é assim
resolvida: a única maneira de dividir partículas subatômicas consiste em
lançá-las em processo de colisão envolvendo energias (velocidades) elevadas
(cisão nuclear). Pode-se, desse modo,
dividir indefinidamente a matéria, embora jamais obtenhamos pedaços menores,
uma vez que, simplesmente, criamos novas partículas a partir da energia
envolvida no processo. As partículas subatômicas são, pois, destrutíveis e
indestrutíveis ao mesmo tempo (física e budismo).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">74. As partículas são,
então, padrões (modelos) dinâmicos, que envolvem certa quantidade de energia
que se manifesta, a nós, como massa. Num processo de colisão, a energia das
duas partículas envolvidas é redistribuída de modo a formar um novo padrão, que
poderá, se a energia cinética for suficiente, formar partículas adicionais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">75. Experimentos realizados
nas últimas décadas têm mostrado, de modo inquestionável, a <i>natureza dinâmica e em perpétua mudança do
mundo das partículas.</i> A matéria é completamente <i>inconstante</i>. Todas as partículas podem ser transmutadas em outras
partículas; podem ser criadas da energia e podem desfazer-se <st1:personname productid="em energia. Assim" w:st="on">em energia. Assim</st1:personname>, as
idéias de ‘substância material’, ‘objeto isolado’, ‘matéria’, perderam qualquer
significado. A totalidade do universo aparece-nos como uma teia dinâmica de
padrões inseparáveis de energia. A partícula não pode mais ser encarada como
entidade isolada, mas como parte integrante e <i>inseparável</i> do todo universal.
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<st1:metricconverter productid="76. A" w:st="on"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">76. A</span></st1:metricconverter><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">
teoria da relatividade não só mudou drasticamente nossa concepção das
partículas, como também a maneira como figuramos as forças que agem entre elas.
Essas forças, isto é, sua mútua atração ou repulsão, são vistas como uma
permuta de outras partículas. Este conceito é conseqüência do caráter
quadridimensional espaço-tempo do mundo subatômico e, nem nossa intuição nem
nossa linguagem são capazes de manipular essa imagem. É a permuta de partículas
que permite reunir as forças entre os componentes da matéria às propriedades de
outros componentes da matéria, unificando os dois conceitos - força e matéria,
ou energia e matéria - considerados tão diferentes na Física clássica. Hoje,
entende-se que força (energia) e matéria têm uma origem comum nos padrões
dinâmicos que são as partículas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">77. Evidências têm
demonstrado que os próprios nêutrons e prótons são objetos compostos, e que as
forças que os mantém coesos ou (o que é a mesma coisa) as velocidades de seus
componentes são elevadíssimas, sendo <i>difícil
diferenciar entre forças e partículas</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">78. Na Física moderna, o
universo é, então, experimentado como um <i>todo
dinâmico e indivisível</i>, que <i>sempre
inclui o observador</i>; os conceitos clássicos e tradicionais de espaço e tempo,
objetos isolados e causa e efeito <i>não têm
mais significado</i>. Essa visão é muito semelhante à dos místicos orientais,
sendo mais forte nos modelos ‘quântico-relativísticos’, onde as teorias da
relatividade e a da mecânica quântica se combinam e produzem os <i>mais surpreendentes paralelos</i> <i>com o misticismo oriental</i>. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">79. HINDUÍSMO - Seu objetivo
é a experiência <i>mística direta da
realidade</i>. Quase todo o pensamento da Índia é, de certa forma,
filosófico-religioso, pois o hinduísmo influenciou de maneira quase total, ao
longo de muitos séculos, a vida intelectual, social e cultural do país. As
manifestações do hinduísmo vão desde filosofias altamente intelectuais, com
concepções de alcance e profundidade fabulosos, às práticas <i>rituais ingênuas e infantis das massas </i>(do
povo). Sua fonte espiritual está nos Vedas, escritos por ‘videntes’ védicos, e
os Upanishads têm a essência de sua mensagem espiritual, que inspirou as
maiores mentes da Índia nos últimos vinte e cinco séculos, em consonância com o
conselho de seus versos que, no Bhagavad Gita, retratam a batalha do bem contra
o mal da natureza humana. Aí, o homem é um guerreiro em busca da iluminação. ‘<i>Tomando
como arco a grande arma do Upanishad, nele deve-se pôr a flecha afiada pela <u>meditação</u>.
Distendendo-o com o pensamento voltado para a essência d’Aquele, penetra o
imperecível como alvo,... Mata, com a espada da sabedoria, a dúvida nascida da
ignorância que jaz em teu coração. Entra em harmonia contigo mesmo, em
meditação, e ergue-te, grande guerreiro, ergue-te (para o infinito)</i>... ‘! <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<st1:metricconverter productid="80. A" w:st="on"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">80. A</span></st1:metricconverter><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">
base da instrução de todo o hinduísmo (e outras tradições orientais) está na
visão de que coisas e eventos que nos cercam <i>nada mais são, em sua grande variedade, que manifestações diferentes da
mesma realidade última, Brahman, Deus</i>, o que dá ao hinduísmo seu caráter
essencialmente monístico, apesar da adoração de numerosos deuses e deusas.
Brahman, infinito e além de todos os conceitos, é a ‘alma’ ou essência de todas
as coisas; todos aqueles deuses são apenas reflexos, ou indicativos das
manifestações, dessa realidade última. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<st1:metricconverter productid="81. A" w:st="on"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">81. A</span></st1:metricconverter><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">
‘alma’, o Atman, a realidade individual, e Brahman, a realidade última, são Um,
afirmação que é a essência dos Upanishads: ‘Aquele que é a essência mais fina,
o mundo todo o tem como sua alma. Aquele é a realidade. Aquele é Atman. Aquele <i>és Tu</i>’.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">82. O tema básico da
mitologia hindu é a criação do mundo pelo auto-sacrifício de Deus, pelo qual
Deus se torna o mundo e, no final, o mundo torna-se novamente Deus. O universo
é o palco para o drama divino da criação, no qual <i>Deus se faz todas as criaturas</i> (somos máscaras de Deus e Deus é o
único ator do mega-drama universal). Enquanto não percebemos a unidade de
Brahman, continuaremos na escuridão da ilusão e da ignorância (maya). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">83. Libertar-se de maya
significa compreender a <i>unidade e
harmonia</i> <i>de todas as coisas, de toda
a natureza, incluindo a nós mesmos</i>: Todas as ações (no espaço-tempo) são
realizadas por combinações das forças da natureza, mas o homem, perdido na
ilusão egotista, acredita ser ele o autor. Contudo, aquele que conhece a
relação entre essas forças e as ações, percebe a forma pela qual umas forças
agem sobre as outras, e não se torna seu escravo. Libertar-se do encantamento
de maya e dos laços do karma (força da criação da qual provêm todas as coisas)
significa compreender que <i>todos os
fenômenos são partes da mesma e única realidade</i>; significa perceber, direta
e pessoalmente, o fato de que tudo<i>,
inclusive nosso ser, é Brahman</i>. (‘Eu e o Pai somos um’). O caminho
hinduísta para a libertação dessa ilusão envolve a <i>prática regular da meditação, cujo objetivo é realizar a <u>união</u>
com Brahman (ou com Deus), embora, para o homem comum, a forma de se aproximar
do Divino seja adorá-lo sob a forma de um deus, ou deusa, pessoal</i>. O prazer
sensual nunca foi suprimido do hinduísmo, uma vez que o corpo sempre foi tido
como parte integral do ser humano. A mente ocidental é confundida com o grande
número de deuses da mitologia hindu, que são, na verdade, apenas aspectos
diferentes da mesma realidade divina.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">84. BUDISMO - É voltado
totalmente para o psicológico. Buda ensinou a origem do sofrimento humano e a
forma de superá-lo. O intelecto é visto apenas como meio de preparar o caminho
que leva à experiência mística, ao ‘despertar’. Buda, imediatamente após seu
despertar, passou a ensinar a todos a doutrina das Quatro Verdades. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">85. Primeira Verdade - <i>a característica mais relevante da condição
humana é o sofrimento, nascido de nossa dificuldade de enfrentar o fato básico
da vida, isto é, que tudo aquilo que nos cerca é impermanente e transitório</i>
(‘Todas as coisas surgem e vão-se embora’, como o peixe que, repentinamente,
salta na superfície do lago), e que <i>o
fluir e a mudança são características próprias da natureza.</i> O <i>sofrimento surge quando resistimos a esse fluir
e nos apegamos às formas, por considerá-las permanentes</i>; <i>contudo, quer sejam coisas, fatos, pessoas
ou idéias, todas são maya</i>. A <i>impermanência</i>
inclui a noção de que <i>não existe o ego</i>,
o Si-mesmo, o sujeito persistente e ilusório de nossas experiências (o eu é
apenas uma ilusão).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">86. Segunda Verdade - a
causa de todo sofrimento é o apego ou avidez, baseados em ponto de vista errado
(ignorância), pelo qual dividimos o mundo que percebemos em coisas individuais
e separadas, e interpretamos, inconscientemente, as coisas <i>impermanentes</i> que fluem, como coisas <i>fixas</i> e <i>permanentes</i>, e
passamos a <i>confiar nelas</i>. Com isso,
só teremos frustração sobre frustração. Apegando-nos a coisas que <i>julgamos</i> permanentes (beleza, amor,
poder, prestígio, status, amizades, riqueza, saúde, coisas, pessoas, objetos etc.),
mas que, na realidade, são <i>transitórias,</i>
pois se acham em contínua mudança, caímos num círculo vicioso onde cada ação
gera uma nova ação e a resposta a uma indagação gera nova indagação. Esse
círculo vicioso é ‘samsara’, a roda do nascimento e da morte, a cadeia
infindável de causa e efeito (no espaço-tempo).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">87. Terceira Verdade - o
sofrimento e a frustração <i>podem chegar a
um fim</i>. É possível alcançar um estado de <i>libertação</i> total, denominado nirvana, no qual a <i>falsa</i> visão de um ‘eu’ separado <i>desaparece</i> para sempre e a <i>unidade da vida é percebimento constante.</i>
O <i>nirvana</i>, sendo um estado <i>além da mente, é indescritível </i>(conforme
Paulo: ‘vi e ouvi coisas inefáveis’); é o estado desperto do Buda. (Inquirido
sobre o significado da iluminação, o Buda respondeu: ‘É a libertação de todo
sofrimento’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">88. Quarta Verdade - para
despertar e extinguir todo o sofrimento, existe o Caminho do <i>autoconhecimento</i>, que conduz ao correto
conhecimento (‘Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará’), à visão
correta, à compreensão correta, isto é, ao insight acerca da condição humana, o
ponto de partida necessário. Depois, vêm a ação correta, o Caminho do Meio, sem
os exageros que o homem pratica, e a meditação correta. Esse caminho era considerado,
pelo Buda, a forma de se atingir a <i>iluminação</i>,
o nirvana. Ele enfatizou a <i>impermanência</i>
<i>de todas as coisas</i> (‘O declínio é
inerente a todas as coisas compostas’), a necessidade de nos libertarmos de
toda <i>autoridade</i> <i>espiritual</i>, inclusive a sua própria, afirmando que só indicava o
caminho, e que cabia a cada indivíduo percorrê-lo até o fim por seus próprios
esforços (Krishnamurti: ‘Não ponha outra cabeça acima da sua’; Zen budismo:
‘tudo é apenas o dedo apontando para a lua; não é a lua’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">89. O Budismo oferece
doutrinas que vão da fé religiosa a complexas filosofias cujos conceitos se
aproximam muito do moderno pensamento científico. Enfatizam as limitações de
todos os conceitos e idéias sobre a realidade, que não pode ser descrita. Por
isso deu à realidade o nome de ‘vazio’ ou ‘vácuo’, que implica em que todos os
conceitos e idéias acerca dela são, em última instância, vazios, inócuos, sem
valor. Mas, o ‘vazio’ é a fonte de toda a vida, a essência de tudo que existe,
é o Todo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">90. O tema central é a <i>unidade e inter-relação de todas as coisas e
eventos</i>, uma concepção que não é apenas a própria essência da visão
oriental do mundo, mas que oferece as mais impressionantes semelhanças com a
visão de mundo advindas da física moderna, a física <i>quântica</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">91. FILOSOFIA CHINESA - Seu
mais elevado objetivo é o de transcender o mundo social e cotidiano, e alcançar
um plano de consciência <i>além do ego.</i>
Esse é o caminho, o Tao, que se alcança <i>agindo</i>
<i>espontaneamente</i> <i>e confiando na própria intuição</i>. O mundo é um contínuo <i>fluir</i>, uma <i>mudança</i> contínua: ‘Para aquele que age em conformidade com o curso
do Tao, seguindo os processos naturais do céu e da terra (da natureza), é fácil
manipular o mundo todo’.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<st1:metricconverter productid="92. A" w:st="on"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">92. A</span></st1:metricconverter><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">
característica principal do Tao é a natureza cíclica de seu movimento e sua
incessante mudança. Todos os desenvolvimentos naturais, quer no mundo físico,
quer nas relações humanas, são <i>cíclicos</i>,
de idas e vindas. ‘O retorno é o movimento do Tao’, e ‘Afastar-se significa
retornar’ (Lao Tsé). Sempre que uma situação se desenvolve até atingir seu
ponto extremo, é compelida a voltar e a se tornar o oposto do que era, assim
como aquele que indo sempre para o leste acaba chegando ao oeste (I Ching).
Aquele que acumula muito acaba na pobreza. Nesse padrão cíclico surgiram os opostos
yang e yin, pólos que estabelecem os limites para os ciclos de mudança: ‘O
yang, tendo atingido seu apogeu, dá lugar ao yin; o yin, tendo atingido seu
apogeu, dá lugar ao yang’.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">93. Na visão chinesa, todas
as manifestações do Tao são geradas pela inter-relação dinâmica dessas duas
forças: “Aquilo que ora nos mostra a escuridão e ora nos mostra a luz é o Tao’.
‘<i>A vida é a harmonia combinada do yin e
do yang’</i>. Nessa concepção, a doença é vista como o rompimento dessa
harmonia. I Ching, o Livro das Mutações, é uma das obras mais importantes da
literatura mundial, segundo grandes pensadores. Ele contém a sabedoria reunida
em milhares de anos de observação dos processos da natureza, coisas e seres”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">94. TAOÍSMO - Por sua
orientação mística, é relevante para a percepção das <i>semelhanças entre misticismo e Física moderna</i>. Nele, também, a
visão é a transformação e a mudança, características essenciais da natureza:
‘No crescimento e transformação de todas as coisas, cada característica, cada
broto, têm sua forma própria. Nesta, observamos o <i>amadurecimento</i> e a <i>decadência</i>
graduais, o <i>fluxo sem fim de
transformação e mudança</i>. Todas as mudanças na natureza são consideradas
manifestações da interação dinâmica entre as polaridades dos opostos yin e
yang. (‘Ir <i>além</i> de todos os opostos é
essencial para se chegar à iluminação’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">95. ‘O ‘isto’ é também
‘aquilo’; o ‘aquilo’ é também ‘isto’... Quando o ‘aquilo’ e o ‘isto’ deixam de
ser opostos, eis aí a essência do Tao’ (Jesus: ‘Quando fizerdes do macho e da
fêmea um só, então entrareis no reino’) e ‘<i>Aquele
que preza os que fazem boas obras, e despreza os que fazem más obras, mostra
que não conhece os princípios fundamentais da natureza e da vida</i>; é como se
honrasse o yin e desprezasse o yang. É claro que esse modo de pensar é
totalmente <i>equivocado’</i>. (eu sou
assim, você é assim, ele e ela são assim, todos são assim e não há o que fazer
com relação a isso).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">96. Tudo flui e o fluir é
inteiramente imprevisível; a mudança é contínua, mas é cíclica em face da
interação da forças yin e yang. Todos os opostos são polares e, assim, unidos, são
as faces da mesma moeda. O caminho para cima e o caminho para baixo são um
único e o mesmo caminho. Disse Heráclito: ‘Deus é dia e noite, inverno e verão,
guerra e paz, saciedade e fome’ (o tsumami e a bonança; todos os opostos,
inclusive aquilo que chamamos de mal e de bem).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<st1:metricconverter productid="97. A" w:st="on"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">97. A</span></st1:metricconverter><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> <i>espontaneidade</i> é o princípio ativo do
Tao; por isso, deveria ser a característica <i>de
toda ação humana</i>. Huai Nan Tsé: ‘Aqueles que seguem a ordem natural fluem
na corrente do Tao’. Pela filosofia taoísta, ‘não-ação’ é refrear-se de toda
ação contrária à natureza: ‘A não-ação não significa não fazer nada; é <i>deixar que tudo ocorra como deve ocorrer
naturalmente</i>, <i>espontaneamente</i>, de
tal forma que sua natureza seja satisfeita’. Se refrearmos nosso desejo de agir
contra a natureza das coisas estaremos em harmonia com o Tao. Disse Lao Tsé:
‘Através da não-ação, tudo pode ser feito’.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">98. ZEN - Vem da palavra
‘ch’an’, <i>meditação</i>. <i>Seu único objetivo é chegar-se à iluminação</i>,
essência de todas as escolas de filosofia orientais, sendo o Zen a única que
trata <i>exclusivamente</i> dessa
experiência, não possuindo qualquer <i>filosofia</i>
ou <i>doutrina</i> <i>especiais</i>. Para o Zen, o despertar de Buda <i>não tem nenhum interesse por qualquer modalidade de interpretação. </i>O
ensinamento de que <i>todos</i> podemos
chegar a esse despertar, é a <i>essência do
Budismo</i>; o resto é acessório. Por isso, entendendo que as palavras <i>jamais</i> poderão expressar a experiência
mística (satori), nem a verdade última, o Zen dedica-se somente à <i>iluminação</i>. Contudo, a experiência Zen
pode ser transmitida, por métodos especiais, do mestre ao discípulo: ‘É uma
transmissão fora das escrituras, que não se baseia em palavras, mas aponta
diretamente para a mente humana, olhando dentro da natureza do homem e
alcançando o estado de Buda’.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">99. Esse ‘apontar
diretamente’, feito com ações ou palavras repentinas e espontâneas (koan), que
expõem paradoxos do pensamento conceitual, objetiva <i>parar o processo do pensamento</i> de modo a levar o discípulo à
experiência mística (enquanto existe pensamento, existe o ego pensante, que
interfere; para a experiência mística, o ego deve cessar e o pensamento cessa).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">100. Um monge, buscando
instrução, diz ao mestre: ‘Minha mente não tem paz; por favor, pacifique-a’.
Respondeu o mestre: ‘Traga-me sua mente e eu a pacificarei. ’ Falou o monge:
‘Estou buscando minha própria mente, mas não consigo encontrá-la.’ E o mestre:
‘Pronto! Sua mente já está pacificada’. (a atenção dirigida à mente faz
cessarem seus movimentos).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Outro monge pediu ao mestre:
‘Por favor, ensine-me!’ O mestre: ‘Já comeu seu mingau de arroz?’ O monge: ‘Já
o comi’, e o mestre: ‘Então, vá lavar sua tigela. ’ (A ênfase está em mostrar
que ninguém tem de se isolar, pois pode-se despertar em meio às questões do
dia-a-dia, ao viver com a <i>atenção inteira
no presente</i>, no agora, no que esteja fazendo). A perfeição, no Zen, é <i>viver a vida diária com</i> <i>naturalidade e espontaneidade</i>. Assim,
solicitado a definir o Zen, um mestre replicou: ‘Quando tiver fome, coma;
quando tiver sono, durma. ’ Embora, isso pareça simples de fazer, não é (pois,
em geral, não comemos nem dormimos apenas, mas ficamos ruminando pensamento
atrás de pensamento). Retornar à naturalidade de nossa natureza original exige
longo e difícil treinamento: ‘Antes de estudar o Zen, montanhas são montanhas e
rios são rios; enquanto estudamos o Zen, as montanhas deixam de ser montanhas e
os rios deixam de ser rios; alcançado o objetivo Zen, as montanhas voltam a ser
montanhas e os rios voltam a ser rios’ (tudo sempre é o que é; o mundo não
muda; o que muda é nossa visão do mundo, agora interpretado corretamente).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">101. Indagado acerca da
busca da natureza do Buda, Po-chang respondeu: ‘É como cavalgar o boi à procura
do boi. ’ (não há o que buscar pois nossa mente já é a mente do Buda).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<st1:metricconverter productid="102. A" w:st="on"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">102. A</span></st1:metricconverter><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">
meditação é praticada diariamente por horas nos mosteiros Zen, e é considerada
o mais importante caminho para a iluminação (como ensinavam os padres do
cristianismo primitivo, a meditação é a coisa mais importante que a humanidade
tem a fazer; e Jung: ‘ela pode proporcionar a experiência mais importante e
sublime que o ser humano pode ter’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">103. Tudo tem de ser
natural, não devemos usar qualquer esforço; por isso:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> ‘Sentado tranqüilamente, nada fazendo,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Surge a primavera e a grama cresce por
si mesma. ’<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<st1:metricconverter productid="104. A" w:st="on"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">104. A</span></st1:metricconverter><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">
unidade de todas as coisas - As visões de mundo das tradições orientais são
baseadas na experiência <i>direta</i> e <i>não-intelectual</i> da realidade e, embora a
origem geográfica, histórica ou cultural do místico sejam diferentes, as
características dessas visões se <i>assemelham</i>
àquelas que estão surgindo com a Física moderna. A essência da visão <i>oriental</i> é a <i>unidade e inter-relação de tudo, coisas e eventos, a percepção de que
todos os fenômenos são interdependentes e inseparáveis do todo cósmico e
manifestações da mesma realidade últim</i>a. Budismo, hinduísmo e taoísmo
afirmam: ‘Aquilo que conhece a alma como qüididade é a unidade da totalidade de
todas as coisas, o grande todo que tudo integra. ’ E ‘Na pureza do samadhi, obtém-se
o insight que tudo penetra e que nos torna conscientes da <i>unidade absoluta do universo’</i>. A <i>Física moderna</i> nos tem mostrado o <i>mesmo insight</i>: os componentes da matéria e os fenômenos que os
envolvem são <i>todos interligados,
interdependentes e agem em interação mútua,</i> isto é, não podem ser
entendidos como partes isoladas, mas como partes integrantes do <i>todo cósmico</i>. Revela um estado de <i>interconexão absoluta do universo,</i> <i>cada evento dependendo de todos os outros
eventos</i>. À medida que penetramos mais e mais na matéria, descobrimos que
ela é feita de partículas, mas essas partículas não são os ‘blocos de
construção básicos’ como a Física clássica supunha. Simplesmente são <i>abstrações</i> úteis sob o ponto de vista
prático, mas desprovidas de significado fundamental. Niels Bohr: ‘As partículas
materiais são abstrações, e suas propriedades só podem ser compreendidas e
observadas através de sua interação com outros sistemas’. E David Bohm: ‘Temos
uma nova noção da <i>totalidade intacta</i>,
que refuta a idéia clássica anterior de que se pode analisar o mundo em partes
separadas e com existência independente... o <i>inseparável estado de interconexão de todo o universo é a realidade
fundamental</i>, e as partes capazes de comportamento relativamente
independente são simplesmente formas particulares desse todo’.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">105. No nível subatômico, os
objetos materiais sólidos da física clássica dissolvem-se em padrões de
probabilidades, padrões que não representam probabilidades de coisas, mas de
interconexões; o universo não é composto de objetos físicos mas, em vez disso,
é formado por uma <i>complexa teia de
relações (dinâmicas</i>) entre as diferentes partes do todo uno. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">105. Os místicos: ‘O objeto
material torna-se algo diferente daquilo que conhecemos; não é um objeto
separado, destacado do meio ambiente, do restante da natureza, mas uma parte <i>indivisível</i> e até mesmo uma <i>expressão da unidade de tudo que vemos</i>. ’
E ‘As coisas recebem seu ser e sua natureza por dependência mútua e, <i>em si mesmas, elas nada são</i>.’<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">106. Os cientistas: ‘Uma
partícula elementar não é uma entidade analisável e de existência independente.
É, em essência, um conjunto de relações que se voltam para fora em direção a
outras coisas. ’ E ‘O mundo afigura-se como um complicado tecido de eventos, no
qual, conexões de diferentes tipos se alternam, se sobrepõem, ou se combinam,
determinando, assim, a contextura do todo’.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">107. No hinduísmo, Brahman é
o fio unificador dessa teia cósmica: ‘Aquele no qual o céu, a terra, a
atmosfera e todos os sopros vitais (tudo) se acham entrelaçados, esse é a Alma
única’. No budismo, a visão de mundo é uma perfeita teia de relações mútuas
onde todas as coisas e eventos interagem de forma infinitamente complexa. Na
visão do budismo tibetano, suas escrituras são denominadas ‘tantras’, termo
cuja raiz significa ‘tecer’ e que se refere ao estado de <i>entrelaçamento e interdependência de todas as coisas e eventos</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">108. Na visão da Física, o
observador (nós) não é necessário apenas para observar as propriedades de um
objeto, mas, igualmente, para a <i>definição
dessas propriedades</i>; estas só possuem significado no contexto da interação
do objeto com o observador. Heisenberg: ‘O que vemos não é a natureza real, mas
<i>a natureza interpretada pelo nosso
questionamento’</i>. O observador está envolvido com o mundo que observa na
medida em que influencia as propriedades dos objetos observados. ‘A observação
perturba a natureza; depois da observação, o universo jamais será o mesmo’,
isto é, observador e coisa observada não estão separados, verdade que levou à
substituição da palavra ‘observador’ por ‘participante’. Esta idéia é familiar
ao misticismo que, pela experiência da meditação, afirma que sujeito e objeto
se fundem num todo único e indiferenciado (Krishnamurti: ‘o observador é a
coisa observada’). Upanishads: ‘Onde existe uma dualidade, um pode perceber o
outro... Mas onde tudo se tornou um único ser, a quem se pode perceber?’ E,
‘Minha ligação com o meu corpo e suas partes é dissolvida; meus órgãos de percepção
não mais agem e torno-me Um com o Grande Todo. A isso denomino ‘sentar-se e
esquecer todas as coisas’ (meditação).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<st1:metricconverter productid="109. A" w:st="on"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">109. A</span></st1:metricconverter><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">
Física age num âmbito totalmente diverso e não pode ir tão longe na experiência
da unidade de todas as coisas. Mas, na teoria atômica, deu um grande passo em
direção à visão do mundo dos místicos orientais: aboliu a noção de objetos
materiais separados, introduziu o conceito de que o homem é participante e viu
ser necessário incluir a consciência em sua observação do mundo; vê o universo
como uma teia interligada de relações físicas e mentais, cujas partes só podem
ser definidas através de suas vinculações com o todo cósmico. Essa visão da
Física se assemelha à visão mística, como as palavras do lama budista Anagarika
indicam: ‘O budista não crê num mundo externo independente, existindo
separadamente, em cujas forças dinâmicas possa se inserir. O <i>mundo externo e seu interior são apenas dois
lados do mesmo tecido,</i> no qual os fios de todas as forças e de todos os
eventos, de todas as formas de consciência e de seus objetos, se acham
entrelaçados numa rede indivisível de relações intermináveis que se condicionam
mutuamente’. (é o que afirma, também, o monge cientista Teilhard Chardin, que,
por isso foi, pela igreja, proibido de tornar públicas suas idéias, até o dia
de sua morte).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">110. Os místicos reconhecem
a individualidade das coisas, mas, ao mesmo tempo, estão conscientes de que
todas as diferenças e contrastes são relativos dentro de uma <i>unidade</i> que tudo abrange. Em nosso
estado normal de consciência, essa unidade de todos os contrastes e, especialmente,
a unidade dos opostos, é muito difícil de ser aceita; mas ela constitui uma das
características mais enigmáticas da filosofia oriental, um insight que se situa
na própria raiz da concepção mística do mundo. Para o místico, os opostos são
apenas os dois lados da mesma moeda, os extremos de um todo único. ‘Enquanto em
tua mente houver o mais leve resquício de diferença entre o bem e o mal, ainda
não és dos nossos’). Suzuki: ‘A idéia fundamental do budismo consiste em
ultrapassar o mundo dos opostos, construído pelas concepções intelectuais
(abstratas) e corrupções emocionais do homem e em compreender o mundo da não-distinção
(o atemporal, onde tudo é um), que implica a obtenção de um ponto de vista
absoluto’ (satori).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">111. Todo o misticismo
oriental gira em torno desse ponto de vista absoluto que é alcançado no mundo
do ‘<i>não pensamento’</i> (meditação), onde
se tem a experiência da <i>unidade de todos
os opostos</i>. A noção de que luz e escuridão, vencer e perder, bem e mal,
vida e morte, masculino e feminino, não passam de aspectos polares diferentes
do mesmo fenômeno, é princípio básico do modo de vida oriental; todos os
opostos, sendo interdependentes, seu conflito jamais pode resultar na vitória
total de apenas um dos lados; em vez disso, será sempre uma manifestação da
interação entre os dois lados. Tao é a unidade oculta sob o yin e o yang, as
duas forças polares que interagem no mundo: ‘Aquilo que faz aparecer ora a
escuridão, ora a luz, ora o mal, ora o bem, é o Tao’.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<st1:metricconverter productid="112. A" w:st="on"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">112. A</span></st1:metricconverter><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">
busca de equilíbrio entre os opostos é bem ilustrada nas obras de arte; daí as
esculturas aparentemente eróticas do oriente, as três faces de Shiva
(masculina, feminina e a união desses dois opostos), união que só pode ser
conseguida num plano superior de consciência, onde o reino do pensamento e da
linguagem é transcendido. Esse plano foi alcançado pela Física moderna, que
revelou uma realidade que <i>transcende</i>
a linguagem e o raciocínio, e verificou a <i>unidade
dos conceitos que nos pareciam opostos e irreconciliáveis</i>. Assim, no nível
subatômico, as partículas são igualmente destrutíveis e indestrutíveis, a
matéria é igualmente contínua e descontínua, e força e matéria não passam de
aspectos diferentes do mesmo fenômeno, enquanto, tempo e espaço, que pareciam
totalmente diferentes, foram unificados na teoria da relatividade. Objetos que
parecem separados, num plano a duas dimensões, se revelam partes de um todo
único, num plano a três dimensões. O plano de nossos sentidos é tridimensional
e, objetos que nesse plano nos aparentam estar separados, mostram-se unificados
no plano quadridimensional da Física moderna, onde força e matéria se mostram
unificadas, onde a matéria pode aparecer como partículas descontínuas ou como
um campo contínuo (ondas de energia). Os físicos modernos podem vivenciar o plano
quadridimensional nas suas teorias e experimentos e, os místicos, no estado de
meditação profunda. Lama Govinda: ‘A experiência de dimensão superior é
alcançada por um estado de consciência elevado, que se obtém na meditação. Aí,
deparamo-nos com certas experiências que são <i>indizíveis</i>, pois o plano de consciência comum, ao qual retornamos,
limita nosso processo de pensamento’ (e de nossa linguagem).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<st1:metricconverter productid="112. A" w:st="on"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">112. A</span></st1:metricconverter><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">
busca de equilíbrio entre os opostos é bem ilustrada nas obras de arte; daí as
esculturas aparentemente eróticas do oriente, as três faces de Shiva
(masculina, feminina e a união desses dois opostos), união que só pode ser
conseguida num plano superior de consciência, onde o reino do pensamento e da
linguagem é transcendido. Esse plano foi alcançado pela Física moderna, que
revelou uma realidade que <i>transcende</i>
a linguagem e o raciocínio, e verificou a <i>unidade
dos conceitos que nos pareciam opostos e irreconciliáveis</i>. Assim, no nível
subatômico, as partículas são igualmente destrutíveis e indestrutíveis, a
matéria é igualmente contínua e descontínua, e força e matéria não passam de
aspectos diferentes do mesmo fenômeno, enquanto, tempo e espaço, que pareciam
totalmente diferentes, foram unificados na teoria da relatividade. Objetos que
parecem separados, num plano a duas dimensões, se revelam partes de um todo
único, num plano a três dimensões. O plano de nossos sentidos é tridimensional
e, objetos que nesse plano nos aparentam estar separados, mostram-se unificados
no plano quadridimensional da Física moderna, onde força e matéria se mostram
unificadas, onde a matéria pode aparecer como partículas descontínuas ou como
um campo contínuo (ondas de energia). Os físicos modernos podem vivenciar o
plano quadridimensional nas suas teorias e experimentos e, os místicos, no
estado de meditação profunda. Lama Govinda: ‘A experiência de dimensão superior
é alcançada por um estado de consciência elevado, que se obtém na meditação.
Aí, deparamo-nos com certas experiências que são <i>indizíveis</i>, pois o plano de consciência comum, ao qual retornamos,
limita nosso processo de pensamento’ (Paulo: ‘vi e ouvi coisas indizíveis’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">113. A partícula, por ser apenas um padrão de
probabilidades (onda), tende a existir em diversos lugares, manifestando
estranha modalidade de realidade física entre a existência e a não-existência:
não está presente num local definido, nem está ausente; não altera sua posição,
nem permanece em repouso; nas palavras da Física: ‘Se se indagar se a posição
do elétron permanece a mesma, respondemos ‘não; se a posição varia com o tempo,
respondemos ‘não’; se ele permanece em repouso, respondemos ‘não’; se está em
movimento, respondemos ‘não’. Essa afirmação é semelhante às palavras dos
Upanishads: ‘Move e não se move; está longe e está perto; está dentro de tudo e
está fora de tudo. ’<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">114. Força e matéria,
partículas e ondas, movimento e repouso, existência e não-existência - são
alguns dos conceitos opostos ou contraditórios que a Física moderna <i>transcendeu</i>. Destes, o mais estranho e
fundamental é o último e, no entanto, na Física moderna, somos obrigados a ir
além até mesmo do conceito de existência e não-existência. Esta é a
característica da teoria quântica mais difícil de ser aceita e de interpretar,
e é um dos aspectos mais enigmáticos do misticismo oriental, que também lida
com uma realidade que se situa além da existência e da não-existência. Govinda:
‘A qüididade não é aquilo que é existência, nem é aquilo que é não-existência,
nem aquilo que é ao mesmo tempo existência e não-existência, nem aquilo que não
é ao mesmo tempo existência e não-existência’.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">115. Nas palavras dos
místicos como nas dos físicos quânticos, os opostos são complementares, se
complementam, se integram (yang e yin). Bohr introduziu a noção de
complementaridade; para Bohr, partícula e onda são duas descrições da <i>mesma realidade</i>. Essa noção tornou-se
essencial à maneira pela qual os físicos modernos pensam acerca da natureza,
mas, já há dois mil e quinhentos anos, tem papel importante no antigo
pensamento chinês, devido ao insight de que os conceitos opostos são
complementares. Os místicos representavam essa complementaridade pelo par yin e
yang, considerando sua interação a essência de todos os fenômenos naturais e de
todas as situações humanas. Tão impressionado ficou Bohr ao conhecer a noção
chinesa de opostos polares que, nomeado cavaleiro, fez desenhar no seu brasão o
símbolo ‘t’ai-chi’, que representa a relação complementar dos opostos yin e
yang com a inscrição ‘Contraria sunt complementa’ (os opostos são
complementares), que é a base da filosofia oriental, reconhecendo a profunda
harmonia existente entre a antiga sabedoria oriental e a moderna ciência
ocidental.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">116. ESPAÇO-TEMPO - A Física
atual confirmou, de forma dramática, uma das idéias básicas do misticismo
oriental: a de que todos os conceitos que utilizamos para descrever a natureza
são limitados, e não características da realidade, como acreditávamos, mas criações
da mente, partes do mapa, mas não do território. Nossas noções de espaço e
tempo figuram, de forma destacada, em nosso mapa da realidade, razão pela qual
são de suprema importância em nossa vida do dia-a-dia. Todas as leis da Física
usam os conceitos de espaço e tempo para sua formulação e só compreendemos a
natureza e os fenômenos usando esses conceitos. Por isso, as profundas
modificações desses conceitos básicos, advindas da teoria da relatividade,
constituíram uma das maiores <i>revoluções</i>
na história da ciência.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<st1:metricconverter productid="117. A" w:st="on"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">117. A</span></st1:metricconverter><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">
Física clássica baseava-se na noção de um espaço absoluto, de três dimensões,
independente dos objetos materiais que contém e, obedecendo às leis da
geometria euclidiana, e, também, na noção de tempo, dimensão separada,
absoluta, fluindo de maneira uniforme, independentemente do mundo material. A
geometria era inerente à natureza, como se considerou por mais de dois mil
anos; contudo, Einstein mostrou que a geometria é <i>construção da mente humana</i>. Margenau: ‘O reconhecimento central da
teoria da relatividade é de que a geometria é uma construção do intelecto. Só
quando esta descoberta é feita, pode a mente sentir-se livre para lidar com as
noções de espaço e tempo.’<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">118. O misticismo oriental
sempre sustentou que <i>espaço e tempo são
construções mentais</i> e, assim, noções relativas, limitadas e ilusórias: ‘Foi
ensinado por Buda, ó monges, que o passado, o futuro, o espaço físico... e os
indivíduos não passam de nomes, formas de pensamento, realidades meramente
superficiais’. Govinda: ‘Fique bem claro que espaço nada mais é que um modo de
particularização, não possuindo existência própria. Ele existe unicamente em
relação à nossa consciência particularizadora’. Igual observação aplica-se à
nossa idéia de tempo. Os místicos orientais ligam as noções de espaço e tempo a
<i>estados particulares de consciência</i>,
porque, pela meditação, que os levou além do estado comum, compreenderam que as
noções convencionais de espaço e tempo não constituem a verdade última. As
noções requintadas de espaço e tempo resultantes da meditação assemelham-se às
noções da Física moderna advindas da teoria da relatividade. As especificações
espaciais ‘esquerda’, ‘direita’, ‘acima’, ‘abaixo’, etc. dependem da posição do
observador sendo, pois, relativas. No tocante ao tempo, a ordem temporal de
dois eventos era tida como independente de qualquer observador. As
especificações temporais ‘antes’, ‘depois’, ‘simultaneamente’, eram tidas como
absolutas, independentes de qualquer sistema de coordenadas; Einstein, contudo,
provou que também <i>são relativas e que
dependem da posição do observador</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<st1:metricconverter productid="119. A" w:st="on"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">119. A</span></st1:metricconverter><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">
relatividade do tempo exige que se abandone a noção de espaço absoluto. Um
evento distante que ocorre em algum instante particular para um observador pode
ocorrer antes ou depois para outro observador. <i>Espaço absoluto, independente do observador, não existe</i>. Afirmou o
físico moderno, Mendel Sachs: ‘A verdadeira revolução advinda da teoria de Einstein...
foi o abandono da suposição de que o sistema de coordenadas do espaço-tempo
possui significado absoluto como entidade física isolada. Em vez disso, a
teoria da relatividade implica o fato de que essas coordenadas são apenas
elementos de uma linguagem utilizada por um observador para descrever seu meio
ambiente’.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">120. Essa afirmação mostra a
semelhança entre as noções de espaço e tempo da Física atual e aquelas dos
místicos orientais que afirmam que ‘espaço e tempo não passam de nomes, de
formas de pensamento, de palavras de uso comum’.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">121. Minkowski (conferência,
1908): ‘As novas concepções de espaço e tempo vieram da Física experimental e
aí está sua força. São concepções radicais. Daqui por diante, espaço e tempo
estão condenados a desaparecer como simples sombras e só uma espécie de <i>união</i> (são um <i>continuum</i>) entre ambos preservará uma realidade independente’.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 386.25pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">122.
Em face da velocidade finita da luz (300 mil km/seg.), nunca vemos o universo
como ele é no presente mas, sempre, como era no passado. A luz gasta oito
minutos para vir do Sol à Terra; por isso, quando vemos o Sol em qualquer
momento, estamos vendo como ele era oito minutos atrás. Vemos a estrela mais
próxima como ela existia há quatro anos e, com os potentes telescópios, vemos
galáxias como elas eram há milhões de anos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">123. Em todo o misticismo
oriental existe essa visão de que espaço e tempo são relativos e
interdependentes. Suzuki: ‘O Avatamsaka (visão do mundo na iluminação) é
ininteligível, a menos que cheguemos a um estado de <i>completa dissolução onde não mais exista distinção entre mente e corpo,
sujeito e objeto; onde cada objeto se acha relacionado com cada um dos demais
objetos, não apenas temporal como também espacialmente</i>. Como fato de pura
experiência<i>, inexiste espaço sem tempo,
inexiste tempo sem espaço; eles se interpenetram’</i>. Essas novas noções de
espaço e tempo se baseiam na experiência: experimentos científicos, num caso;
experiência na meditação, no outro. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">124. Devido à compreensão de
que espaço e tempo se acham intimamente vinculados e se interpenetram, e que a
mudança (impermanência) é elemento essencial, vê-se, igualmente, impressionante
semelhança entre a visão da Física atual e a do misticismo oriental quanto a
estes dois elementos básicos da concepção do mundo: a unidade básica do
universo e sua natureza total e intrinsecamente dinâmica. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">125. Os sábios orientais
falam de uma ampliação de sua experiência do mundo nos estados superiores de
consciência, e enfatizam que, não apenas ultrapassam o espaço tridimensional
pela meditação, como transcendem a experiência comum de tempo. Em vez de uma sucessão
linear de instantes, experimentam um presente infinito, eterno e dinâmico, que
denominam de ‘eterno agora’ (eternidade). Suzuki: ‘No mundo atemporal não
existem divisões de tempo, passado, presente e futuro; tais divisões
contraíram-se num único momento do presente, no qual a vida palpita em seu
verdadeiro sentido. Esse momento não é parado; ele, incessantemente, se move’. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">126. Broglie: ‘No
espaço-tempo, tudo que para nós constitui o passado, o presente e o futuro, é
dado <st1:personname productid="em bloco. Cada" w:st="on">em bloco. Cada</st1:personname>
observador, à medida que seu tempo ‘passa’, ‘descobre’ novas porções de
espaço-tempo que lhe parecem aspectos sucessivos do mundo material, embora, na
realidade, o conjunto dos eventos que constituem o espaço-tempo exista
anteriormente ao seu conhecimento dos mesmos. ’<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">127. Govinda: ‘Na meditação,
a experiência de espaço é totalmente diferente da usual; e a seqüência temporal
é convertida numa <i>coexistência</i> <i>simultânea</i>; nada permanece estático;
tudo é um ‘continuum’ vivo no qual espaço e tempo acham-se integrados’.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">128. Mestre Zen: ‘A maioria
das pessoas acredita que o tempo passa; na verdade, o tempo permanece onde
está. Essa idéia de passagem é chamada tempo; trata-se, contudo, de uma idéia
incorreta, já que, na medida em que (condicionados) o encaramos como passagem,
não podemos perceber que ele permanece onde está’. O Zen enfatiza que o
pensamento tem lugar no tempo mas que a visão (mística) o transcende: ‘A visão
é levada a um espaço-tempo de dimensão superior e, por isso, eterno’. O
espaço-tempo da visão da Física moderna também é espaço-tempo eterno e infinito
de uma dimensão mais elevada. Aí, todos os fenômenos estão interligados, mas as
interligações não são causais... nesse contexto, inexiste o ‘antes’ e o
‘depois’ e, por isso, inexiste causalidade. De modo semelhante, os místicos
orientais asseguram que ao transcender o tempo (pela meditação), eles
transcendem igualmente o mundo de causa e efeito. Vivekananda: ‘Tempo, espaço e
causalidade assemelham-se ao vidro através do qual se vê o Absoluto. No
Absoluto, inexistem espaço, tempo e causalidade. ’ Afirma-se, então, que o
misticismo constitui uma forma de libertação do tempo. Pode-se dizer o mesmo da
Física moderna.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">129. Segundo o misticismo
oriental, a <i>realidade é a essência do
Todo, sustentando e unificando todas as coisas e eventos do universo</i>. Para
os hindus, isso é Brahman; para os budistas, Tathata (Qüididade); para os
taoístas, Tao. Eles afirmam que essa realidade última está além de nossos
conceitos intelectuais, desafiando qualquer descrição (Paulo: ‘vi e ouvi coisas
indizíveis’). A sua característica central está no fato de se manifestar em
incontáveis formas que assumem sua existência e se desintegram,
transformando-se em outras formas num processo sem fim. Em sua unidade
fenomenal, a Unidade cósmica é intrinsecamente dinâmica e a percepção dessa
natureza dinâmica é básica para todas as escolas de misticismo oriental.
Budismo: ‘A idéia central está na apreensão dinâmica do universo cuja
característica consiste em mover-se sempre, em estar sempre num movimento sem
fim, e isso é a vida’. (o movimento que não é movimento, movimento indiviso, de
Krtishnamurti). Shiva, o Dançarino Cósmico, é talvez a personificação mais
perfeita do universo eternamente em movimento. (a dança sem dançarinos, conforme
Capra).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<st1:metricconverter productid="130. A" w:st="on"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">130. A</span></st1:metricconverter><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">
visão geral que emerge do hinduísmo é a de um cosmos <i>orgânico</i>, crescendo e movendo-se ritmicamente, onde tudo fluí em <i>permanente mudança; todas as forças
estáticas são ‘maya’</i>, isto é, existem apenas como <i>conceitos</i> mentais e, portanto, ilusórios. Este ponto, a
impermanência de todas as coisas, é a base do budismo. Buda ensinou que ‘todas
as coisas compostas são impermanentes’ e que <i>todo o sofrimento presente no mundo</i> vem de nossa tentativa de nos
apegarmos a <i>formas fixas</i>, o que é
impossível (poi<u>s todas as formas são impermanentes, transitórias)</u> -
objetos, pessoas ou idéias - em vez de aceitarmos o mundo à medida que este se
move e se transforma: ‘Há 2500 anos, Buda formulou a maravilhosa filosofia do
dinamismo universal. Impressionado com a <i>mutação
incessante</i> de todas as coisas, reduziu substâncias, almas, coisas, forças,
movimentos, seqüências e processos, a <i>coisas
apenas transitórias</i>, e adotou uma concepção dinâmica da realidade’. Esse
mundo de mudança é ‘sansara’ (movimento sem fim) e o iluminado é aquele que não
opõe resistência ao <i>fluxo</i> da vida,
mas <i>permanece em movimento com ele</i>.
Tao é o processo cósmico que abrange todas as coisas no seu fluir sem fim e,
por isso, os taoístas afirmam que o sábio é aquele que ‘flui na corrente do
Tao’.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">131. Em todos os textos
religiosos e filosóficos hindus, budistas e taoístas está evidente que o mundo
é concebido em termos de movimento, fluxo e mudança, qualidade dinâmica que é
uma de suas características básicas; o universo é uma teia indivisível,
inseparável, e cujas interconexões, não são estáticas, mas dinâmicas. <i>Essa teia é viva; move-se, cresce e se
transforma incessantemente</i>. À semelhança disso, a Física, hoje, concebe o
universo como uma teia de relações intrinsecamente dinâmicas. O aspecto
dinâmico emerge da teoria quântica como uma conseqüência da natureza
ondulatória das partículas subatômicas, e da teoria da relatividade que revelou
a unificação do espaço e tempo, o que implica que a existência da matéria não
pode ser separada de sua atividade, em termos de movimento, interação e
transformação sem fim. A matéria jamais está em repouso, mas em permanente
estado de movimento. Quanto menor o volume de seu confinamento, as partículas
respondem a ele agitando-se a velocidades inimagináveis. Lowell: ‘Atingimos (na
Física moderna) a grande barreira do pensamento, pois nos pomos a lutar com os
conceitos de espaço e tempo (que ali não têm o significado que lhes damos). Por
isso, sinto-me como se houvesse sido empurrado para uma espessa neblina onde
desaparece o mundo que nos é familiar’. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<st1:metricconverter productid="132. A" w:st="on"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">132. A</span></st1:metricconverter><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">
transformação incessante das partículas que compõem todas as coisas é ilustrada
no misticismo: ‘Brahman se transforma no próprio mundo; o Um se transforma nos
muitos e os muitos retornam ao Um’; ‘Ao findar-se a noite do tempo, todas as
coisas retornam à minha natureza; ao começar o novo dia do tempo, trago-as
novamente à luz. Dessa forma, processam-se todos os ciclos do mundo’. (O
inspirar e o expirar de Brama, a noite e o dia do Buda). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<st1:metricconverter productid="133. A" w:st="on"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">133. A</span></st1:metricconverter><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">
descoberta, de que a massa é apenas uma modalidade de energia, levou-nos a
modificar totalmente o conceito de partícula, que deixou de ser associada à
substância material, razão pela qual elas não são mais vistas como consistindo
de um estofo material ‘básico’, mas como pacotes de energia (confinada) e,
considerando que energia está associada à atividade, a ‘processos’, resulta daí
que a natureza das partículas é intrinsecamente dinâmica. Esses pacotes dinâmicos
de energia formam as estruturas nucleares, atômicas e moleculares estáveis que
constituem a ‘matéria’ e lhe conferem seu aspecto macroscópico sólido,
levando-nos a acreditar que ela é feita de alguma substância material. Contudo,
observando as partículas, não podemos ver qualquer substância: o que vemos são
padrões dinâmicos que se transformam continuamente uns nos outros, uma contínua
dança de energia, e isso é o universo e isso somos nós.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">134. As partículas não são
grãos isolados de matéria, mas padrões de possibilidades, interconexões na teia
cósmica indivisível. Sua atividade incessante é a essência de sua existência. Os
místicos, em seus não usuais estados de consciência (meditação), chegaram à
percepção da interpenetração do espaço e do tempo a nível macroscópico e vêem
os objetos macroscópicos de forma muito semelhante à dos físicos. Um dos
principais ensinamentos do Buda era que ‘todas as coisas compostas são
não-permanentes’; o termo usado para ‘coisas’ é ‘samskara’, que significa
primariamente ‘evento’, ‘acontecimento’, ‘ação’ que é o que as coisas são: um
evento que surge e se desfaz, um processo dinâmico em incessante transformação.
Suzuki: ‘Os budistas concebem um objeto como um <i>evento</i> e não como uma coisa ou substância’.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">135. Como o físico moderno,
o místico encara os objetos como <i>processos
num fluxo universal,</i> negando a existência de qualquer substância material.
No taoísmo é a mesma concepção: um Tao que flui perenemente. A Física moderna
conhece, hoje, mais de duzentas partículas (do átomo), a maioria criada nos
processos de colisão e vivendo muito menos que um milionésimo de segundo. É
evidente que essas partículas de vida curtíssima representam padrões meramente
transitórios de processos dinâmicos, e é <i>delas
que todos os objetos do universo, incluindo nossos corpos, são constituídos</i>.
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<st1:metricconverter productid="136. A" w:st="on"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">136. A</span></st1:metricconverter><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">
visão clássica do mundo baseava-se no conceito de partículas sólidas e
indestrutíveis deslocando-se num espaço vazio. A nova Física trouxe uma revisão
radical dessa concepção, transformando totalmente a noção do que sejam
partículas e vazio. Este foi substituído pelo <i>campo magnético</i>, produzido por cargas em movimento, isto é,
correntes elétricas, e as forças elétricas daí resultantes podem ser sentidas
por outras cargas <st1:personname productid="em movimento. Contudo" w:st="on">em
movimento. Contudo</st1:personname>, o campo existe independentemente da
existência de corpos materiais (contrariando a concepção clássica). Ele pode
deslocar-se através do espaço na forma de ondas de rádio, de luz ou outras
modalidades de energia ou radiação eletromagnética. Matéria e espaço, cheio e
vazio, eram os conceitos contrários em que se baseava a Física clássica. Na
relatividade de Einstein, esses dois conceitos não podem mais ser separados e,
sempre que exista um corpo ‘sólido’, existirá a força gravitacional que ‘curva’
o espaço; e o campo é o espaço curvo. Matéria e espaço são, pois, partes
inseparáveis e interdependentes de um único todo. Vimos, antes, que tempo e
espaço são interdependentes e inseparáveis; logo, matéria, espaço e tempo, são
totalmente inseparáveis e interconexos. A inércia dos objetos materiais, isto
é, a resistência à aceleração, não é propriedade intrínseca da matéria, mas uma
medida de sua interação (e interdependência) com o restante do universo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">137. Assim, a Física moderna
mostra-nos, agora no nível <i>macroscópico</i>,
que os objetos materiais não são entidades <i>isoladas</i>,
mas se encontram inseparavelmente vinculados ao espaço e ao tempo; que suas
propriedades só podem ser compreendidas em termos de sua interação com o meio,
com o restante do universo; e essa interação volta-se para o universo como um
todo, para as estrelas e galáxias distantes. A unidade básica do universo
manifesta-se, pois, não só no mundo do muito pequeno, mas também no mundo do
muito grande. Hoyle: ‘Nossa experiência cotidiana, até mesmo nos detalhes mais
insignificantes, mostra-se tão intimamente integrada às características em
grande escala do universo que é impossível encará-las como coisas separadas’. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">138. O campo é compreendido
como entidade física fundamental, um meio contínuo que está presente em todos
os pontos do espaço. As partículas são condensações do próprio campo, concentrações
de energia que surgem e se desfazem, perdendo seu caráter individual e
desaparecendo no campo subjacente. Einstein: ‘... a matéria é constituída por
regiões do espaço nas quais o campo é extremamente intenso. Nesse novo tipo de
Física não há lugar para campo e matéria; <i>campo
é a única realidade</i>’. Também os místicos orientais consideram essa entidade
subjacente como a <i>realidade última </i>e,
portanto, <i>todas as manifestações
fenomênicas são vistas como transitórias e ilusórias.</i> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">139. Logo, o espaço vazio, o
<i>Vazio</i>, não deve ser visto como um
simples nada. Ao contrário, é a <i>essência
de todas as formas e a fonte de toda a vida.</i> Upanishads: ‘Brahman é vida, é alegria, é o
vazio. Alegria, na verdade, é o mesmo que Vazio. Vazio, na verdade, é o mesmo
que alegria’. O Vazio que possui o potencial de gerar uma infinidade de coisas
(o campo das infinitas possibilidades, de Maharesh) e pode ser comparado ao <i>campo quântico</i> da Física moderna. À
semelhança do mundo subatômico do físico, o mundo fenomênico do místico
oriental é o mundo de samsara, de nascimento e morte <i>contínuos</i>. Por serem manifestações transitórias do Vácuo, as coisas
neste mundo não possuem qualquer identidade fundamental, ponto enfatizado
particularmente no budismo, que nega a existência de qualquer substância
material e sustenta que a <i>idéia de um
Si-mesmo (ego, eu) constante, e que passa por experiências sucessivas, é ilusão</i>.
Os budistas comparam essa ilusão de substância material e de um Si-mesmo
individual ao fenômeno de uma onda de água, na qual os movimentos de subida e
descida das partículas de água nos fazem acreditar que uma ‘parte’ da água se
move sobre a superfície. É interessante observar que os físicos utilizaram a
mesma analogia no contexto da teoria de campo para indicar a ilusão de uma
substância material criada por uma partícula <st1:personname productid="em movimento. Weyl" w:st="on">em movimento. Weyl</st1:personname>:
‘Conforme a teoria de campo, uma partícula material - por exemplo, um elétron -
é apenas um pequeno domínio do campo elétrico no qual a intensidade do campo
assume valores extremamente elevados, indicando que uma energia de campo
comparativamente elevada acha-se concentrada num espaço bastante pequeno. Um
tal nó de energia, que de forma alguma está claramente delineado contra o campo
restante, propaga-se através do espaço vazio como uma onda de água através da
superfície de um lago. Não existe algo que seja uma substância única da qual o
elétron se compõe sempre’ (os objetos não são constituídos sempre das mesmas
partículas). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">140. Os confucionistas
desenvolveram a noção do ‘ch’i’ que apresenta a mais notável semelhança com o
conceito de campo na Física moderna. Ch’i é concebido como uma <i>forma tênue e não perceptível de ‘matéria’
presente em todo o espaço e que pode condensar-se em objetos materiais</i>.
Chuang Tsai: ‘Quando o ch’i se condensa, sua visibilidade torna-se evidente de
modo que existem, então, as formas (os objetos e coisas materiais). Quando se
dispersa, sua visibilidade não é mais evidente e não mais há formas. No momento
de sua condensação, podemos afirmar outra coisa a não ser que se trata de algo
temporário? E, no momento de sua dispersão, podemos afirmar que se torne,
então, inexistente?’<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">141. Assim, <i>ch’i se condensa e se dissolve ritmicamente,
gerando todas as formas que, de maneira imprevista, se dissolvem no Vácuo</i>.
Chuang Tsai: ‘O Grande Vácuo não pode consistir senão em ch’i; ch’i não pode
condensar-se senão para formar todas as coisas; e as coisas não podem
dissolver-se senão para formar uma vez mais o Grande Vácuo’ (ch’i).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">142. À semelhança do que se
verifica na teoria quântica do campo, o campo ou o ch’i não é apenas a essência
subjacente a todos os objetos materiais como, igualmente, transporta suas
interações mútuas sob a forma de ondas. Física: ‘A física moderna colocou nossa
visão acerca da matéria num contexto diferente. Desviou nosso olhar do que é
visível - partículas, objetos - para a entidade subjacente (invisível), o
campo. A matéria é simplesmente uma perturbação do estado perfeito do campo
nesse lugar, algo acidental, pode-se dizer, um mero ‘<i>defeito’</i> na perfeição do campo’. Misticismo: ‘O universo constitui
um todo <i>perfeitamente contínuo</i>. O
ch’i condensado em matéria palpável não está particularizado em qualquer
sentido importante, mas os <i>objetos
individuais agem e reagem com todos os demais objetos individuais de maneira
vibratória ou semelhante a ondas</i>, dependentes, em última instância, da
alternância rítmica, em todos os níveis, das duas forças fundamentais, yin e
yang. Dessa forma, os objetos individuais possuem ritmos intrínsecos e estes
estão <i>integrados</i> no padrão geral da <i>harmonia do universo’.</i> (interdependência
total).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<st1:metricconverter productid="144. A" w:st="on"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">144. A</span></st1:metricconverter><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">
forma manifesta-se através da troca de energia entre partículas em interação, e
todas as interações ocorrem através da troca de partículas. Uma característica
fundamental do mundo subatômico é a criação e destruição incessante de
partículas. Força (energia) e matéria, dois conceitos tão nitidamente separados
na física clássica, têm origem comum nos padrões dinâmicos a que denominamos
partículas. Essa concepção acerca das forças é também característica do
misticismo oriental, que considera o movimento e a mudança propriedades <i>essenciais e intrínsecas</i> <i>de todas as coisas</i>. Chuang Tsai: ‘Todas
as coisas possuem uma força espontânea e dessa forma seu movimento não lhes é
imposto a partir do exterior’. I Ching: ‘As leis naturais não são forças
externas às coisas, mas representam a harmonia do movimento a elas imanente’.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">145. Igualmente, na física
quântica do campo, as forças entre as partículas refletem padrões dinâmicos
inerentes a essas partículas. Essa teoria mostra que as partículas não podem
ser separadas do espaço que as circunda, que elas determinam a estrutura desse
espaço, sendo vistas como condensações do campo contínuo que está presente em
cada ponto do espaço. O campo é visto como a base de todas as partículas e de
suas interações mútuas: ‘O campo existe sempre e por toda parte; jamais pode
ser removido. É o portador de todos os fenômenos naturais. É o Vácuo a partir
do qual todas as partículas (toda a matéria) <i>surgem</i> (são criadas) e no qual todas as partículas <i>desaparecem</i> (são destruídas). A criação
e a destruição das partículas não passam de <i>movimentos</i> do campo’. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">146. Quando se tornou
evidente que as partículas podem passar a existir espontaneamente a partir do
vácuo e desaparecer novamente no vácuo, sem que esteja presente qualquer força
de qualquer outra partícula, a diferença entre espaço vazio e matéria teve de
ser abandonada. Partículas são formadas a partir do <i>nada</i> e desaparecem em seguida no <i>nada</i>. Eventos desse tipo ocorrem a todo instante. O vácuo, o
chamado Vazio, está longe de ser vazio; ao contrário, contém um número sem
limites de partículas que passam a existir e que deixam de existir
ininterruptamente. O vácuo, da teoria de campo, como o vazio, do misticismo,
não é um estado de um simples nada, mas contém a potencialidade para <i>todas</i>
as formas do mundo das partículas. Essas formas não são entidades físicas
independentes mas, apenas, manifestações <i>transitórias</i> do campo
subjacente. Chuang Tsai: ‘Quando se sabe que o Grande Vácuo está pleno de ch’i,
compreende-se que não existe coisa alguma que seja o nada’. (Mahareshi: ‘O
campo das infinitas possibilidades’. Física: ‘a singularidade, o ponto
infinitamente pequeno, onde estavam reunidas todas as forças que deram origem
ao ‘bigbang’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<st1:metricconverter productid="147. A" w:st="on"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">147. A</span></st1:metricconverter><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">
Dança Cósmica. A matéria tem natureza intrinsecamente dinâmica. Os componentes
dos átomos, as partículas subatômicas, são padrões dinâmicos que não existem
como partes isoladas, mas partes integrantes de uma rede inseparável de
interações. Essas interações envolvem um fluxo incessante de energia que se
manifesta como troca de partículas, uma interação na qual as partículas são
criadas e destruídas interminavelmente numa variação contínua de padrões de
energia, dando origem às estruturas ‘estáveis’ (objetos e coisas) do mundo
material, as quais não permanecem estáticas mas oscilam em movimentos rítmicos.
<i>Todo</i> o universo está em movimento e atividade incessantes, numa
permanente dança cósmica de energia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">148. O estudo das partículas
revela alto grau de ordem. Todos os átomos e, conseqüentemente, todas as formas
de matéria em nosso meio ambiente, são compostos apenas de três partículas
maciças: o próton, o nêutron e o elétron; a quarta partícula, o fóton, não
possui massa e representa a unidade de radiação magnética. Todas podem
desintegrar-se num processo de colisão. Para cada partícula existe uma
anti-partícula de massa igual e carga oposta. A força que mantém os prótons e
nêutrons unidos no núcleo atômico é a mais poderosa da natureza. Essa força é
de dez milhões de unidades (elétrons-volts) enquanto a força que liga os
elétrons ao núcleo é de dez unidades apenas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">149. ‘Todas as coisas são agregados
de átomos que dançam e, por meio de seus movimentos, produzem ‘sons’. Quando o
ritmo da dança se modifica, o som que produz também se modifica. Cada átomo
canta incessantemente sua canção e o som, a cada instante, cria novas formas
densas e sutis... ’ ‘Dançando, Brahman envia ondas vibratórias do som que desperta,
cria e sustenta todas as coisas, formas e fenômenos e, na plenitude do tempo,
dançando ainda, Ele destrói todas as coisas e lhes concede novo repouso. Isto é
poesia e, contudo, é também ciência. ’<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">150. Shiva faz-nos lembrar
que as <i>múltiplas formas do mundo são
maya, ilusórias e em permanente mudança,</i> <i>que esse deus cria e destrói no fluxo incessante de sua dança, a
contínua criação-destruição do universo que é envolvido por seu ritmo</i>. Para
os físicos modernos, a dança de Shiva é a dança da matéria subatômica, de
criação e destruição, que envolve a totalidade do cosmos e constitui a base de
toda existência e de todos os fenômenos naturais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">151. Heisenberg: ‘Na física
moderna, dividimos o mundo não em grupos de diferentes objetos, mas de
diferentes conexões... O mundo aparece, assim, como complicado tecido de
eventos, no qual conexões de diferentes tipos se alternam ou se sobrepõem ou se
combinam e, com isso, determinam a textura do todo’.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">152. Ashvagosha: ‘Quando a
unidade da totalidade das coisas não é compreendida, a ignorância e a
particularização têm início e todas as fases da mente corrompida são, então,
desenvolvidas... <i>Todos</i> os fenômenos
do universo nada mais são do que manifestações <i>ilusórias</i> da mente, <i>não
possuindo realidade própria</i>’.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">153. Sutra budista: ‘Da
mente nascem coisas inumeráveis, condicionadas pela discriminação, que são
aceitas pelas pessoas como o mundo externo (o mundo fora de nós, o mundo dos
objetos e coisas). Mas, o que se afigura como <i>mundo externo não existe na realidade</i>; é, de fato, a mente que é
vista como multiplicidade; os corpos, as propriedades... <i>tudo isso, nada mais é que a mente’</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">154. Radhaskrishnan: ‘Como
podemos pensar em coisas em vez de em processos nesse fluxo absoluto, sem fim?
É uma atitude artificial da mente que secciona a corrente de mudança e a essas
secções denomina coisas. Quando percebermos essa verdade, perceberemos o <i>absurdo de adorar produtos isolados da série
sem fim de transformações como se eles fossem eternos e reais</i>. A <i>vida não é plena de ‘coisas’ mas de
processos</i>; é uma mudança sem fim’. Do I Ching: ‘... aqui só a mudança
atua’.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">155. Bootstrap (levantar-se
puxando pelas próprias botas; auto-suficiência), uma visão científica moderna,
tem explicação nas palavras de Ch’en Shun, <st1:metricconverter productid="1200 a" w:st="on">1200 a</st1:metricconverter>.C.: ‘Há uma lei
natural e inescapável que governa as questões (humanas) e as <i>coisas</i> (<i>naturais</i>); seu significado é que <i>todas as questões e coisas são feitas de modo a se encaixarem
exatamente no seu lugar, sem que haja o mais ligeiro excesso ou deficiência’</i>.
(Assim, <i>tudo</i> no universo está
exatamente onde deve estar; todos os processos, procedimentos, condutas,
pensamentos e ações são exatamente como devem ser, seja no âmbito particular ou
geral, nos fenômenos materiais ou mentais).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">156. Budismo: ‘No céu de
Indra, diz-se existir uma rede de pérolas dispostas de tal forma que, se
contemplamos uma, vemos todas as demais nela refletidas. Da mesma forma, <i>cada objeto do mundo não é simplesmente ele
mesmo, mas envolve todos os demais objetos e, de fato, é tudo o mais.</i> Por isso, diz-se: ‘Em cada partícula de
poeira estão presentes incontáveis Budas’, ou, William Blake: ‘... ver o mundo
num grão de areia, segurar o infinito na palma da mão, e a eternidade numa
hora’. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">157. Leibniz: ‘Cada porção
de matéria pode ser concebida como um jardim cheio de plantas e um açude cheio
de peixes. Mas cada ramo de planta, cada escama de peixe, cada gota de seus
humores, é também um novo jardim cheio de plantas ou um novo açude cheio de peixes’.
(Sem fim).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">158. Levada a seu extremo, a
visão <i>bootstrap</i> implica que a existência da consciência, juntamente com
todos os demais aspectos da natureza, é necessária para a auto-consistência (e
auto-consciência) do todo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">159. EPÍLOGO - As filosofias
das tradições orientais se interessam pelo <i>conhecimento
místico, eterno, que se situa além do raciocínio, além do ego, e não pode ser
adequadamente expresso <st1:personname productid="em palavras. A" w:st="on">em
palavras<span style="font-style: normal;">. A</span></st1:personname><span style="font-style: normal;"> relação desse conhecimento com a Física moderna é
apenas um de seus múltiplos aspectos e, como todos os outros, não pode ser
demonstrada de forma conclusiva, tendo de ser experimentada de forma intuitiva
direta (pela meditação; ‘venha e veja por si mesmo’). <u>As teorias e modelos
principais da Física moderna levam-nos a uma </u></span><u>visão de mundo que é
internamente consistente e está em perfeita harmonia com as concepções do
misticismo oriental</u></i><u>.</u> Para aqueles que já experimentaram essa
harmonia, o paralelismo entre as duas visões está <i>fora de qualquer dúvida</i>. Os diferentes caminhos que homens e
mulheres têm seguido na tentativa de compreender o mistério da Vida, entre eles
o caminho do cientista e o do místico, deram origem a diferentes descrições do
mundo que enfatizam diferentes aspectos. Todas elas, contudo, não passam de
descrições ou representações da mesma realidade procurada e são, portanto,
limitadas. Nenhuma fornece uma representação completa do mundo; apenas uma
representação aproximada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<st1:metricconverter productid="160. A" w:st="on"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">160. A</span></st1:metricconverter><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">
visão de mundo da Física clássica é útil para a descrição dos fenômenos de
nossa vida diária; logo, é apropriada para lidar com o nosso meio ambiente de
todos os dias e, muito bem sucedida como base para a tecnologia, cujo objetivo
é nos proporcionar melhor qualidade de vida. É, contudo, inadequada para
descrição dos fenômenos do mundo subatômico. Em oposição a essa visão
mecanicista, está a visão dos místicos, ‘orgânica’ (sistêmica), uma vez que
eles encaram <i>todos os fenômenos do
universo como partes integrantes de um todo (sistema) harmonioso e inseparável</i>.
Essa visão surge a partir de estados de <i>meditação</i>.
Em sua descrição do mundo, os místicos utilizam conceitos derivados dessas
experiências não usuais que são, em geral, inadequados para uma descrição
científica macroscópica. Na vida diária, as duas visões são úteis e válidas:
uma, para a ciência e a tecnologia; outra, para uma <i>vida espiritual equilibrada e plena</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">161. As duas visões surgem
quando se questiona sobre a natureza essencial das coisas: na Física, para
dentro dos reinos mais profundos da matéria; no Misticismo, para dentro dos
reinos mais profundos da consciência. Nas duas visões se descobre uma realidade
diferente por trás da aparente mecanicista superficial da vida cotidiana. Mas,
embora usem métodos de investigação totalmente diferentes, a semelhança entre
as duas visões é impressionante. Os físicos obtêm seu conhecimento dos
experimentos; os místicos, da meditação. O místico olha para dentro e explora
sua consciência em seus vários níveis, o que inclui o corpo como a manifestação
física da mente, isto é, o místico experimenta o universo como uma extensão de
seu corpo. Govinda: ‘Para o homem iluminado, cuja consciência abarca o
universo, este se torna seu ‘corpo’, ao passo que seu corpo físico torna-se uma
manifestação da Mente Universal; sua visão interior, uma expressão da realidade
mais elevada, e sua palavra, uma expressão da verdade eterna e do poder
mântrico’.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">162. O físico, penetrando
nas profundezas da matéria, torna-se consciente da <i>unidade essencial de todas as coisas e eventos</i>. Mais ainda:
compreende que <i>ele mesmo e sua
consciência são partes integrantes, inseparáveis, e dependentes desse todo que
é a unidade universal, cujas ‘partes’ estão inter-relacionadas com todas outras
partes e eventos do cósmico</i>. Portanto, físico e místico chegam à mesma
conclusão: o primeiro, a partir do mundo exterior; o outro, a partir do mundo
interior. A harmonia entre suas visões confirma a antiga sabedoria indiana
segundo a qual Brahman (ou Deus), a realidade última, que <i>está em tudo e é tudo</i>, é idêntica a Atman (a alma), a realidade
última interna.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">163. Uma outra semelhança é
que suas observações têm lugar em reinos inacessíveis aos sentidos comuns. Na
Física moderna, o mundo atômico e o subatômico, inacessíveis aos sentidos
humanos; no misticismo, os estados não usuais de consciência, os quais, para
atingi-los, temos que transcender os sentidos. Assim, <i>os caminhos do místico e do físico moderno, que pareciam totalmente sem
qualquer relação, têm, de fato, muito <st1:personname productid="em comum. Contudo" w:st="on">em comum<span style="font-style: normal;">.
Contudo</span></st1:personname><span style="font-style: normal;">, embora as
teorias científicas levem os cientistas a uma visão de mundo semelhante à dos
místicos, é impressionante notar quão pouco isso afetou as atitudes da maioria
dos cientistas frente à vida, enquanto no misticismo, ao contrário, o
conhecimento (leva à ação) não é separado de um determinado modo de encarar a
vida do dia-a-dia, que é manifestação viva desse conhecimento. Assim, adquirir
conhecimento místico equivale a passar por </span>tremenda transformação</i>;
ou melhor, esse conhecimento <i>é</i> a transformação. No entanto, o
conhecimento científico tem freqüentemente permanecido apenas na teoria. A
maioria dos físicos não compreendeu ainda as importantes implicações
filosóficas, culturais e espirituais de suas teorias, e apóia ativamente uma
sociedade que ainda se baseia numa visão de mundo fragmentada e, logo,
equivocada. Não perceberam que a <i>ciência
aponta para além dessa visão, em direção à unidade e à totalidade do universo,
que inclui não somente o ambiente natural do qual vivemos e dependemos, mas,
também, todos os seres, humanos ou não</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Nagarjuna: ‘Todas as coisas
recebem seu ser e sua natureza por mútua dependência. ’<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">.......................................................................................<o:p></o:p></span></div>
conforti1928@hotmail.comhttp://www.blogger.com/profile/03611925017204025239noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-55977584974426048.post-63660407380756699662014-03-25T09:37:00.003-07:002014-03-25T09:37:52.891-07:00<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;">(13) O ENSINAMENTO ZEN (Jan 2008)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;">
Baseado em ‘A Doutrina Suprema”, de Hubert Benoit. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;">
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;">Estudo sobre o Zen, com instruções para se chegar à
iluminação que, nas palavras do Buda, é a ‘cessação de todo sofrimento’. Ensina
“morrer a cada instante”, o
exercício interior de, a cada instante, abandonar o filme emotivo-imaginativo,
das emoções e imaginações que, o tempo todo, roda em nosso pensamento e
penetrar em nosso interior para sentir ‘como estamos, psicossomaticamente’
(Krishnamurti, Benoit e outros). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;">..................................... <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> “O ser
humano normal é aquele que está livre do sofrimento”. (Somos ainda sub-humanos,
afirmou Mahresh Mahrish Yogi; ensina Krishnamurti: ‘a vida só tem sentido
quando o homem se ilumina’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> Toda a
questão para a libertação do ser humano se resume em transpor o abismo que
separa a ‘verdade aceita por todos’ da verdade real, não conhecida pela grande
maioria dos seres humanos. Muitos, se a conhecem, não a aceitam devido aos
condicionamentos impostos pelas tradições, costumes, cultura, sociedade , preconceitos, opiniões,
interpretações equivocadas. Para o ocidental, isso é muito difícil de
compreender, em face de sua cultura dualista, e ele tem de superar muitas
dificuldades e caminhar bem devagar para entender. Para as tradições orientais,
a visão desse problema é totalmente diferente.
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> O Zen
diz: ‘O homem nada tem de complicado a fazer; é suficiente que ele veja,
diretamente, em sua própria natureza’. E o Zen não dá qualquer importância à
teoria que estuda a Realidade; só lhe é importante a prática da meditação que o
pode levar à percepção dessa Realidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> Há só uma Realidade; ela produz toda
manifestação, todas as coisas físicas ou não, e é ilimitada, eterna e
inexprimível. Mas há uma variedade indefinida de verdades, aspectos
corretamente interpretados pelos nossos sentidos, que são efeitos da Realidade, e exprimíveis
no plano intelectual humano. No atemporal, nível do absoluto, tudo é Um só; no espaço-tempo, nível
do relativo, há toda a diversidade de seres e eventos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> É
absurdo alguém reivindicar a paternidade de qualquer idéia. O homem não cria
coisa alguma (Paulo: ‘é o senhor que opera em nós o pensar, o querer e o fazer).
Tudo se molda, ou se revela através
de seu intelecto. Se conseguirmos que nossa mente fique limpa das idéias
preconcebidas, condicionadas, ela será capaz de criar. Mediante impulsos intuitivos, ela estabelecerá relações
cada vez mais ricas de sentido entre os conceitos que já adquiriram ressonância
em nossa mente e o plano do absoluto (também R.M.Bucke).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> As
escolas que ensinam que sofremos porque não dominamos nossos impulsos, ou não
nos desapegamos dos desejos, estão equivocadas pois, para o Zen, isso leva a um
ou outro apego, dando a ilusão que estamos no caminho correto. Como não vamos
bem num caminho, adotamos um outro e presumimos que tudo irá bem agora. Mas, nada vai mal em nós; sofremos porque
não compreendemos que tudo é como deve
ser, e por acreditar que é preciso fazer algo para corrigir aquilo que,
achamos, não está bem. Daí a crença na necessidade de nos modificar, que
devemos ser virtuosos para nos
salvarmos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> O problema está em que, ainda, não temos
compreensão, ou ‘percepção’, da Realidade. Ela está adormecida dentro de nós;
só não está adormecida a crença
naquilo que nossos sentidos percebem no mundo das formas. Tudo parece ir mal
porque a visão de que tudo já é perfeito, eterno e totalmente positivo, está ‘oculta’
no centro de nosso ser (pelo véu do ego). Daí vem toda a sucessão de eventos,
imagens, pensamentos, crenças, totalmente distorcidos pela nossa interpretação,
que causa nossos erros e ilusões, e que nenhuma terapêutica pode ser capaz de
resolver se não conseguirmos destruir essas ilusões.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoSalutation" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> Para o
Zen, você nada tem que fazer para se libertar; você nunca sofreu qualquer
sujeição e nada existe que esteja aprisionando você. Tudo se organizará de modo
espontâneo e harmonioso, para
sua percepção, exatamente quando você deixar de tentar fazer
qualquer coisa para se libertar, e trabalhar somente para despertar sua
compreensão adormecida de que sempre esteve liberto. Essa é toda a pureza do
‘não agir’. Não existe qualquer
caminho para a libertação; isso
é evidente, já que nunca estivemos submetidos a nada e continuamos a não estar.
O que temos de fazer é somente compreender
a enganosa ilusão de todos os ‘caminhos’. Quando se obtém a clara compreensão
de que tudo que se fizer para a libertação é inútil e desnecessário, quando se
superar a idéia de todos os caminhos imagináveis, virá o ‘satori’, visão real
de que não há caminho, de que não é preciso ir a lugar algum pois, desde toda a
eternidade, estamos no centro único e fundamental de tudo. Assim, aquilo a que
se dá o nome de ‘libertação’ é a cessação da ilusão da sujeição, e virá após certo trabalho interior, não causada por ele, mas pela Causa Primária,
o absoluto. O segredo é este: não há caminhos, não há lugar aonde ir, pois já
estamos lá.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> Para o
Zen, a construção não é superior à destruição (a criação implica tanto
destruição quanto construção), a afirmação não é superior à negação, nem o
prazer à dor, o amor ao ódio, a vida à morte, o belo ao feio, o bem ao mal. São
fenômenos opostos, mas perfeitamente iguais e complementares. Há, é evidente,
preferência dos seres vivos por aquilo que dá prazer. Isso resulta logicamente
do desejo de existir, que está no homem e nos demais seres. Na visão do místico, o homem ‘realizado’, isto é, liberto do
determinismo irracional, e que vive identificado com o Princípio da ordem
cósmica, livre da necessidade ilusória de existir e da decorrente preferência
pela vida em detrimento da morte, esse homem produz ações boas e construtivas e
não más e destrutivas. Mas, não significa que ele seja bom e construtivo, pois
já superou esses sentimentos
dualistas próprios do homem comum.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> O
homem percebe, fora de si, fenômenos construtivos e destrutivos, positivos e negativos.
Pelo desejo de existir, ele prefere necessariamente construção e não
destruição. A preferência afetiva torna-se parcialidade intelectual,
e ele passa a acreditar que o aspecto positivo do mundo é o bem, o único legítimo, e que deve
eliminar, na medida do possível, o aspecto negativo, que é o mal. Daí decorre a ‘saudade’ de um
‘paraíso’ perdido, considerado livre de todo aspecto negativo. Nesse estágio de
raciocínio imperfeito, o homem imagina a existência de dois princípios inferiores (opostos), mas não a do Princípio Superior, cósmico,
universal e absoluto, que os concilia. Para ele, os impulsos construtivos, que
vê dentro de si mesmo, são positivos, qualidades, virtudes, o bem; e os destrutivos, são negativos,
defeitos, o mal. Do mesmo modo
que imaginou um paraíso, imagina que o positivo precisa dominar o negativo; que a evolução consiste em eliminar
todos os ‘defeitos’ e possuir apenas ‘virtudes’. Pensa que foi isso que o
chamado ‘santo’ fez, o homem no qual existem apenas impulsos construtivos, e
procura, a todo custo, imitá-lo. No entanto, uma evolução desse tipo não é
compatível com a realização intemporal que exige a síntese (união) conciliadora
dos opostos, na qual haverá equilíbrio perfeito entre impulsos negativos e
positivos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> Ignorando
a existência do Princípio Cósmico Único, o homem confere aos princípios inferiores uma natureza absoluta e
passa a idolatrá-los. O
positivo, o bem torna-se Deus e, o negativo,
o mal ou as forças que o produzem, criação inexplicável para cientistas e filósofos
que não conseguem conciliar Deus, o misericordioso criador de todas as coisas,
com a figura do mal, que é tido, pelas religiões populares, como o inimigo invencível do Criador e dos homens.
Se o mal existe, é criação de
Deus e implica <st1:personname productid="em que Deus" w:st="on">em que Deus</st1:personname>
necessita dele, senão não o teria criado ou, então, que não é misericordioso ou
não tem forças para destruí-lo, coisas incompreensíveis. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> Sem
conhecimento de um Princípio Superior Conciliador dos opostos, essa visão
dualista Deus-‘Diabo’, ‘bem-mal’, é uma conclusão lógica natural para a mente
que não teve uma iniciação mística. Mas essa é uma conclusão incompleta e,
assim, ilusória.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> Segundo
o Zen, os dois princípios inferiores, iguais ‘numenicamente’ (no atemporal),
são desiguais ‘fenomenicamente’ (no espaço-tempo), sendo o positivo superior ao
negativo, do nosso ponto de vista. Contudo, se a força que move a mão da irmã
de caridade é rigorosamente igual à força que move a mão do
assassino, a ajuda aos necessitados, ajuda que serve à vida, tem inegável
superioridade sobre o ato de matar, que é contra a vida; mas esses dois atos,
encarados do ponto de vista cósmico, são iguais, pois não passam de
representantes simbólicos das forças positiva e negativa, que são iguais e
complementares.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> Assim,
todo fenômeno construtivo manifesta o jogo da força ativa (ação), e todo
fenômeno destrutivo manifesta a força passiva (reação). Eis porque o homem
realizado é tão construtivo: ele se libertou das respostas condicionadas apenas
reativas, e não mais ‘reage’ simplesmente’, mas, por ser ativo, ele ‘age’. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> O
comportamento destrutivo do homem ‘mau’ parece resultar de uma força destrutiva
‘ativa’. Mas, o que ocorre é que ele, de início, age para afirmar-se
(construção) mas, em virtude de ignorância e de associações equivocadas, essa
ação resulta em destruição (reação).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> O
homem realizado faz o ‘bem’
como mera conseqüência de ser realizado; ele já
aboliu toda crença na primazia ilusória do principio inferior positivo, o
‘bem’. Sua conduta não é a do homem que se ‘domesticou’ para ser um ‘santo’; o
comportamento deste, forçado, fixado, imitativo, sistematizado, pode acabar
causando mais destruição do que construção. A conduta do homem realizado, ao contrário, gera mais
construção do que destruição, sem que isso seja, em absoluto, uma meta para
ele, pois decorre de sua realização e sua atividade se ajusta, de maneira
totalmente adequada e espontânea (ação correta) às circunstâncias.
Em resumo, a ética verdadeira é
resultado da percepção da Realidade intemporal. Antes disso, toda ética é
prematura (forçada, imitação, falsa) e obstáculo (por exigir esforço, força de
vontade), pelas restrições que estabelece (o eu está ativo, envolvido num
esforço de vir a ter virtudes, ética), à obtenção do satori (iluminação) e de
sua ética perfeita. A ética prematura é obstáculo ao satori porque provoca
destruição da energia psíquica necessária à sua obtenção, já que exige, daquele
que não é virtuoso, esforço
para agir como se o fosse.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> Isso
não significa que o homem que se dedica à sua libertação deva anular sua preferência afetiva pelo ‘bem’
(deve abandonar toda e qualquer preferência) Ele deve aceitar essa preferência
com a mesma compreensão e neutralidade com que deve aceitar toda sua vida
interior; ele não deve transformar, essa preferência afetiva, numa parcialidade
intelectual que seria obstáculo ao estabelecimento de sua paz interior. Não
estamos condenando as doutrinas ‘espiritualistas’ que exaltam a virtude, porém
o homem deve pensar e agir como considera que deve fazê-lo. Dizemos, apenas,
que essas doutrinas, por si mesmas, não levam à obtenção do satori (iludem-nos
com a necessidade de cumprimento de mandamentos e regras). Se deseja o satori,
o homem deve buscar transcender, pela compreensão, toda doutrina que ensina
qualquer parcialidade entre positivo
e negativo (entre certo e errado).
(Não esqueçamos que antes do satori, toda virtude é prematura e, por isso,
forçada, não passando de imitação ou de obediência imposta pela sociedade e
pelas religiões). (só não é prematura quando advém da experiência máxima).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> O Zen
afirma: ‘O caminho perfeito não oferece nenhuma dificuldade, exceto a de recusar toda preferência... (mesmo a
preferência ao bem ou ao mal). A mínima preferência pode fazer céu e terra se
separarem’ (nos traz de volta ao plano da dualidade ilusória). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> As
religiões afirmam que o homem deve lutar pela sua salvação, verdadeira contradição pois, então, o homem estaria sujeito (preso) ao dever de ser livre. E todos acreditam nisso que as
religiões ensinam tanto que, em geral, o homem treme ante a possibilidade de
morrer sem haver atingido a perfeição moral. Vê-se que o homem não pensou que
um dever é sempre imposto por uma autoridade. Os religiosos dirão que essa
autoridade é ‘Deus’. Mas, quem é esse Deus que, ao me impor algo, é distinto de
mim e necessita de minha ação? Não foi ele que me criou como eu sou, sujeito a
errar inúmeras vezes, mais inclinado ao mal que ao bem (como diz Teresa de
Ávila)?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> Assim,
a angústia e a atenção do homem se concentram na questão da salvação, erro que
lhe traz inquietude, sentimento de indignidade, cuidado egoísta sobre si mesmo,
coisas que são obstáculos à sua paz mental, à harmonização interior, ao
desapego ao próprio ego, enfim, que impedem o estabelecimento do clima interior
de tranqüilidade que condiciona a obtenção do satori. Essas religiões negam
qualquer valor ao temporal e se concentram em obter a felicidade após a morte,
engano que, fatalmente, implica na necessidade de ensinar os outros, pois, se
acredito que tenho de promover minha salvação, não posso deixar de crer que tenho de levar os outros a promoverem
a sua. Na pior das hipóteses, isso gera algo como a Inquisição; na melhor, gera
o nascimento de inúmeras ‘religiões’ e igrejas que, como mostra a história, se
dedicaram a influenciar e a confundir a mente de homens que não
as questionavam e não lhes pediam nada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> Ao
contrário, o Zen afirma que o homem já
é livre, que não existe nenhum grilhão a que esteja submetido; somente ilusões de grilhões. E que ele gozará
de total liberdade a partir do momento em que deixar de crer que precisa
libertar-se, tirando das costas o terrível dever da salvação.XXXXXXXXXXX<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> Por
isso, o Zen diz: ‘Não ponha nenhuma cabeça acima da sua. Não busque a verdade;
pare, apenas, de apegar-se a opiniões
suas ou de outrem’ (como, também, ensina Krishnamurti).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> Perguntarão
alguns: Se é assim, porque se esforçar para obter o satori? A resposta é:
porque o satori representa o fim
de todos os sofrimentos do homem. A vida, depois,
será muitíssimo melhor. Não é inteligente lutar por uma vida sem sofrimentos e
conflitos, de compreensão total? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> O
homem, que compreendeu que sua realização não é um dever, se limita a responder
quando interrogado e, se toma a iniciativa de falar, ele o faz apenas para
propor com discrição essas idéias, sem mostrar nenhuma necessidade de ser bem
compreendido. É semelhante àquele que, sobrando alimentos em sua casa, deixa a
porta aberta para que aqueles que têm fome se sirvam; se alguém entra e se
serve, tudo bem; se não entra e não se serve, tudo bem também.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> O
homem dá muita importância ao viver
e despreza o existir; imagina o
existir como nada, e o viver como tudo. Na realidade, existir é que é tudo. Vejamos: minhas
ações que têm por objetivo servir minha vida natural, animal, vegetativa
(comer, repousar, ter relações sexuais por puro desejo animal etc.) elas me
afirmam (ou seja, mantêm a minha criação) enquanto organismo em tudo semelhante
ao organismo de todos os demais animais, enquanto vivo do ponto de vista
cósmico, enquanto engrenagem
universal. Mas, todos os dias, ao lado dessas ações, realizo outras que não
servem à minha vida vegetativa e nada têm a ver com ela; amiúde até a contrariam.
O objetivo destas é me tornarem diferente
(sempre para melhor) de qualquer outro homem, isto é, é me afirmarem como
indivíduo diferente dos demais, egoisticamente. No entanto, considero vazias de
sentido minha vida vegetativa e todas as ações pelas quais sirvo a essa vida (a
isto que constitui, aos meus olhos, o existir
desprezível), e considero cheias de sentido as ações que me diferenciam dos demais (pois
constituem para mim o viver
desejável e valioso). Não vejo importância em mim enquanto um eu universal, mas
a vejo enquanto sou um eu
particular. Por isso, fundar o sentido de minha vida nos meus fenômenos
vegetativos e nas ações a eles relacionadas, é considerado absurdo; enquanto que, fundá-lo nas
ações que me tornam homem distinto dos demais (melhor, mais forte, belo,
poderoso, inteligente, rico, respeitado, sedutor etc.) é considerado sensato. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> É
evidente, para quem reflete de modo imparcial, que essa visão está errada. Ela
supõe que meu organismo particular seja o centro do universo; mas, apenas a
Causa Primária é esse centro, e meu organismo nada mais é que simples elo na
imensa cadeia de causas e efeitos cósmicos (na qual todos os seres e eventos
estão interligados e são interdependentes). Na verdade, só poderei ver o
sentido real de meu organismo ao considerá-lo do ponto de vista do universo,
enquanto homem universal e não particular; enquanto semelhante a qualquer outro
e não enquanto distinto dos demais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> O
homem realiza o existir mas,
segundo ele, apenas porque o existir é condição necessária ao viver; assim, ele come, repousa, se
abriga, somente porque, sem isso, não poderia afirmar-se, egoisticamente, como
homem distinto. Ele só faz essas ações banais,
comuns a todos, para ter forças e condições de executar as ações necessárias,
segundo pensa, para o viver; ele
age como quem acredita que só existe para viver. E,
fundando o existir no viver, contraria a ordem real das
coisas, pois funda o real no ilusório. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> Parábola
Zen: ‘Um homem estava sobre a colina. Três viajantes, de longe, viram-no e
imaginavam o que ele estaria fazendo ali. Um disse: ‘Ele deve ter perdido seu cavalo.
’ O outro: ‘Não, ele deve estar procurando seu amigo.’ E o terceiro: ‘Ele está
lá em cima para gozar do ar fresco.’ Como não chegassem a um acordo, foram até
o alto da colina. Um perguntou: ‘Porque estás aqui nesta colina? Perdeste teu
animal?’ ‘Não, não o perdi. ’ O outro: ‘Perdeste teu amigo?’ ‘Não, não o perdi.
’ E o terceiro: ‘Então estás aqui para gozar do ar fresco?’ ‘Não, não estou. ’
‘Porque então estás aqui se respondes ‘não’ a todas nossas perguntas?’ O homem
que estava sobre a colina respondeu: ‘Estou aqui, simplesmente’. (Esse ‘estou
aqui, simplesmente’ envolve toda a filosofia zen; para o zen, não há objetivos,
mas possibilidades de objetivos: se acontecer, tudo bem; se não acontecer, tudo
bem, também; mas, o profano julga absurdo estar fazendo alguma coisa sem
objetivo, ‘estar aqui, simplesmente’). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> Para o
ser humano comum, em particular o ocidental, ‘simplesmente estar ali’ não tem
qualquer sentido, já que ele não faz nada lá, isto é, já que não busca ali
nenhuma afirmação egotista, que é o motivo pelo qual, em geral, todos nós
agimos. O homem procura sempre ‘agir’ egoisticamente, para se firmar como
homem-distinto, desprezando o existir
e buscando, a todo custo, o viver.
Contudo, para encontrar paz interior, o homem deve reconsiderar tudo isso,
perceber o vazio de todas as suas opiniões (crenças, suposições), de seus
juízos de valor e, assim, libertar-se do fascínio da afirmação egoísta (do
ego), do vazio do viver e dar-se
conta da realidade do existir universal. Ele é a ‘fonte
fundamental’ quando, através do seu organismo total, mente-soma, aceita ser
apenas o que é: um fenômeno, emanação passageira dessa fonte, destituída de
qualquer interesse especial e cujo destino,
como indivíduo, não tem a menor importância (como Krishnamurti:
a morte do homem não tem qualquer significado). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> Todas
as funções do organismo trabalham para a manutenção da existência do organismo. Todo o viver converge para a ação; a máquina humana foi feita para
agir. Isto é, o organismo procura, através da ação, manter sua existência. Suas
ações, voluntárias e involuntárias, servem para manter o organismo funcionando,
servem para o existir; o homem
age para obter alimento, moradia, abrigo, vestuário etc. Percebida a ilusória
utilização das ações do homem para sua afirmação egotista como-ser-distinto, vê-se
que suas ações, para as quais se dirigem toda energia e arquitetura de seu
organismo, só servem para evitar a
cessação de sua existência,
evitar a morte. Há outras ações que têm a mesma utilidade, mas de forma menos
evidente. São aquelas que diferenciam o homem dos outros animais: descobertas
científicas, criações artísticas, busca intelectual da verdade, do bem, do
belo. Ao tenderem para a melhoria de suas condições, o bom, o belo, o
verdadeiro, servem também ao existir,
já que o homem deles obtém o abrandamento de suas inquietações, a quietude
harmoniosa de seu organismo. Em resumo, o organismo, tende, através da ação, a
continuar sua existência. Todas as ações do organismo só objetivam essa
continuidade. O viver, ao lado
do qual o existir parecia nada,
não tende senão ao serviço desse mesmo existir. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> A ação
emana da existência e serve a ela. Mas, isso quer dizer que a existência não
tem nenhum objetivo, a não ser ela mesma? (Aqui é feita abstração da utilidade
cósmica da existência, utilidade de que o homem comum não tem qualquer
consciência; mas, os iluminados têm).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> Concebida,
assim, como causa primeira de meu organismo, a minha existência transcende a
totalidade dos meus fenômenos, isto é, independe completamente da continuação
ou da morte do meu organismo (minha existência não é afetada pela morte do meu
organismo). Assim, a morte não tem nenhum significado (essa é a afirmação dos
místicos). Isso permite compreender que o medo da morte, que reside no homem e
forma o centro de toda sua psicologia, se relaciona com o absurdo desprezo que
esse homem tem ao seu existir.
Teme perder a existência porque, com relação ao agir, ao viver,
considera nulo o existir, mas é
no existir, é na existência que está o Princípio
Absoluto. É incapaz de suportar a subtração que é a morte, que lhe parece um
infinito negativo. Se, ao contrário, perceber o valor infinito do existir,
participará de maneira plena da natureza do Princípio, será conscientemente infinito e, portanto,
terá como nula a subtração que é a morte (aqueles que chegaram lá sabem que a morte nada significa;
Paulo: a vitória sobre a morte). Agarrado à ilusória realidade do viver e temendo a morte, o homem criou angustiantes perguntas e
crenças sobre um ‘pós-vida’ (como ressurreição, reencarnação, céu, inferno,
carma, satanás, anjos etc.).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyTextIndent" style="line-height: 150%; margin-left: 0cm;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> Monge: ‘Há um caminho particular para se
trabalhar no Tao?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> Mestre:
‘Sim, há um caminho: Quando se tem fome, come-se: quando se está cansado,
descansa-se. ’<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> Monge:
‘Mas, isso é o que fazem todas as pessoas; então elas seguem o mesmo caminho
que tu?’<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> Mestre:
‘Não é o mesmo caminho, porque quando comem, elas não se limitam a comer,
elaborando toda espécie de imaginação. Quando descansam, não se restringem a
fazê-lo, dando livre curso a mil pensamentos ociosos. Eis porque o caminho
delas não é o meu caminho. ’<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> O
homem comum só tem consciência de imagens; assim, o fato de ser inconsciente do
existir não surpreende. Ele não
tem consciência daquilo que nele é real e só a tem daquilo que nele é irreal. A
obtenção do satori é apenas a tomada de consciência de existir, hoje
inconsciente nele, tomada de consciência da Realidade única e fundamental da
vida vegetativa universal que é a manifestação do Princípio Absoluto (‘Isso’
que Eu sou é infinitamente mais do que meu ‘eu’). É a isso que o Zen chama ‘ver
em sua própria natureza’.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> O
homem comum tem de obter a percepção imediata
do valor infinito da vida vegetativa pela desvalorização total da
sua vida egotista. O trabalho interior necessário para isso consiste
apenas em desfazer todas as ilusórias crenças egotistas que lhe mantêm fechado o
‘terceiro olho’. Isso porque para o homem o que é importante é o viver; para ele viver são imagens, pensamentos,
ilusões, memória, competições, emoções, adrenalina, ideais, expectativas, ao
passo que o existir é morte (o
fato, as sensações sem emoções, sem associações nem imaginações).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> O homem pode conhecer, indiretamente, a realidade do existir (vida vegetativa) ao
perceber, de modo direto, as
flutuações ou variações que ameaçam os fenômenos que constituem essa vida. Por
exemplo, quando tem fome percebe diretamente a ameaça que a falta de alimento
faz pairar sobre sua existência vegetativa. Se não sentisse fome, não teria
consciência de que sua manifestação fenomênica está ameaçada. Através da fome,
tem consciência indireta de sua existência vegetativa. A alegria e a tristeza de suas afirmações e negações egotistas significam reduções e ampliações da ameaça que o mundo exterior faz constantemente
pairar sobre a totalidade de sua vida vegetativa; alegrias e tristezas
são, portanto, tomadas indiretas,
percepções da consciência de sua existência vegetativa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> Em
suma, todas as flutuações positivas ou negativas de como me sinto (disposição,
humor, saúde etc.) resultam das variações
da pura e perfeita alegria
vegetativa fundamental. Isso só é sentido, de forma indireta, nas flutuações do
sentimento de segurança ou insegurança relativas à minha vida vegetativa. A
percepção direta dessa perfeita
alegria vegetativa anula todo medo da morte, medo que vem da evocação mental
imaginativa da morte; mas a percepção
direta da realidade da existência anula todos os fantasmas imaginados e inventados pelo homem, referentes a um
passado ou futuro sem realidade presente. Com o satori, o homem sente a pura e perfeita
alegria somente pelo fato de existir enquanto existe.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> Não
temos diretamente consciência de nossa existência, mas apenas de suas variações
fenomênicas. É a crença na realidade
absoluta dessas variações que nos separa da consciência daquilo que está
sob essas variações (e que nunca sofre variações: a existência
numênica, princípio da existência fenomênica). Devemos compreender a perfeita
igualdade dos fenômenos opostos (alegria-tristeza, segurança-insegurança,
vida-morte, construção-destruição etc.) diante do que é sob essas
variações. O Zen diz que a escravidão do homem reside no desejo de viver. E é possível observar em
muitos seres humanos o terror de
desperdiçar a vida, quando, na verdade, nela nada há a desperdiçar ou a aproveitar, pois ela é o que é.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> Quando
se observa com imparcialidade, o homem percebe que não é o autor consciente e
voluntário de seus sentimentos e pensamentos, que são tão somente fenômenos que
vêm a ele. Numa observação
criteriosa, o homem perceberá que seus pensamentos chegam a ele. Assim, não
somos responsáveis nem mesmo por nossos pensamentos e, em conseqüência, nem por
nossas ações, pois não somos seus autores voluntários; portanto, nada fazemos livremente, nada fazemos por nossa decisão ou escolha, isto é, a escolha
não é nossa (como diz, hoje, a nova física e Krishnamurti que afirma: ‘aquele
que escolhe ou que pensa que escolhe é imaturo’, e a bíblia: ‘É o Senhor que
opera em nós o pensar, o querer e o fazer’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> Contudo,
o homem julga que pode fazer alguma coisa para diminuir os sofrimentos que o
acometem, sobretudo porque sente, ligada a eles, em particular aos sofrimentos morais, uma angústia fundamental, da
qual as alegrias são apenas tréguas passageiras. Em sua busca de como se livrar
desses sofrimentos, verifica que a maioria dos ensinamentos, que admitem ser
possível tal libertação ou salvação, se baseia na teoria errada de que é
preciso fazer, aos poucos, evoluir
sua consciência através de um trabalho especial (aquisição de virtudes etc.);
que deverá transcender a si mesmo, no decorrer da vida, até obter o
aperfeiçoamento moral necessário.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> Segundo o Zen, o homem nada necessita fazer (para
sua salvação) pois, desde sempre, ele possui ‘a natureza de Buda’ (Jesus: ‘o
reino de Deus está dentro de vós’, e Paulo: ‘não é por vossas obras que sois
salvos, mas pela graça de Deus’). Há nele tudo o que é necessário para ter o
percebimento de que sempre foi e sempre é livre. Mas, a condição do homem ao
nascer comporta certa modalidade de desenvolvimento que traz um hiato, uma
não-união entre soma e psique. Com isso, ele não goza da consciência absoluta
que é, no entanto, plenamente sua. Não que lhe falte alguma coisa; a máquina
está completa, perfeita. É necessário, apenas, estabelecer a reunião das duas
partes, e isso é feito por um trabalho
interior, progressivo e que pode ser longo, mas o despertar é instantâneo e fulgurante.
É um voltar a si, um abrir os
olhos à realidade que sempre esteve aqui. Embora possa durar bastante tempo, o
homem obtém, já durante o trabalho, uma redução do sofrimento que resultava da
crença de que não é livre.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> O
homem é um organismo psicossomático (soma e psique, corpo e mente). Quando a mente
ainda não está concluída, a criança não tem consciência da distinção entre o eu e o não-eu. Mais tarde, adquire consciência dessa distinção, o que
constitui verdadeiro traumatismo. Antes, não havia nenhuma existência autônoma frente
a ele; portanto, sua existência nada tinha a temer; mas, de súbito, percebe, ao
tomar contato com o obstáculo do mundo,
que há coisas que existem independentemente dele e que, por isso, lhe parecem
ameaçadoras. Nesse instante surge o medo da morte, do perigo que o não-eu representa para o eu, o que provoca no eu um estado afetivo de guerra contra
o não-eu. O indivíduo deseja
existir e deseja a destruição daquilo que não lhe é favorável e que existe fora
dele. A criança se afirma ao dizer ‘eu; não você!’. O eu é tudo que é favorável à existência do indivíduo; o não-eu, tudo o que é desfavorável. Há
dois campos opostos e o que está em jogo, em última análise, é a sua
continuidade ou cessação, a vida ou a morte. Nessa fase, o indivíduo passa a
ser inteiramente parcial, nunca se colocando no lugar do outro. Daí vem o comportamento das crianças, totalmente
afetivo, egoísta e irracional.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> Na
chamada idade da razão, a mente
torna-se capaz de percepções abstratas,
gerais, imparciais; pode
colocar-se no lugar do outro e
imaginar um bem diferente da
afirmação do eu sobre o não-eu. Pode sentir impulsos para
idéias de Bem, do Belo, do Verdadeiro. Mas, nesse momento, todos os poderosos
mecanismos afetivos de auto-afirmação já estão alicerçados sob uma perspectiva
inteiramente egotista e parcial. A parte puramente animal do começo já está
solidamente estruturada e é radicalmente contrária à parte abstrata quando esta surge. Não
existindo a união das partes, o indivíduo não pode usufruir uma consciência
una, íntegra. A parte abstrata,
isolada da parte animal, não imagina senão formas sem substância, imagens, entre elas uma imagem ideal, divina, bela, boa e verdadeira (o eu,
alma, espírito) que, não havendo um justo amor de sua parte abstrata por
sua parte animal, o homem passa a adorar
e imitar. Surge o amor-próprio,
amor de sua parte abstrata por uma imagem, ideal e sem realidade, de si mesmo,
o ego (espírito, alma).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> Graças
à imaginação, cria um mundo subjetivo (interior, imaginado) que lhe é mais
favorável, que reduz a
competição com o não-eu, e o
homem se torna civilizado, adaptado,
aceitando a vida em sociedade com todas suas incoerências e absurdos, com isso suavizando a luta contra o não-eu. Mas, a situação se torna
grave quando os mecanismos adaptativos
(entre eles acordos entre o eu
e o não-eu, leis e regras e
costumes sociais civilizados) esgotam sua eficácia, e o homem, pelo medo do fracasso, não consegue mais
negar suas pretensões de vencer o não-eu.
A vida frustrou, pouco a pouco, suas esperanças de ser recompensado por ter
sido gentil, bom, sábio; sofreu infelicidades que considera injustas, e deixa
de crer naquelas fantasias.
Retoma o combate, mas sente que, por isso, a parte abstrata (alma, espírito)
como se estivesse do lado do inimigo, o repreende muitas vezes. O homem fica,
então, mais dividido ainda. Há aqueles que procuram esquecer a parte abstrata e
passam a viver em confortável egoísmo, os materialistas; e aqueles cuja parte
abstrata é mais forte e passam a viver em confortável renúncia altruística, os
espiritualistas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> A
parte abstrata, a mente, foge da realidade, crendo numa salvação futura, frente
à resistência do mundo exterior inabalável e negador. Foge para o mundo da
imaginação, imitando o que outros fizeram e disseram antes. Assim, o fracasso
total é ‘evitado’ pela mente, mas sua imagem persiste indefinidamente diante
dela. Portanto, a imaginação tem, frente à angústia, papel protetor da parte
abstrata (espírito, alma) que se desvia da luta prática pela existência, a
parte animal padecendo mais ainda o medo da morte, já que a deserção da parte
abstrata a deixa só diante da agressividade do não-eu. Portanto, a imaginação protege o ego, que não existe,
pois é ilusão, e oprime a máquina, que existe, que é real.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> Toda e
qualquer angústia ou sofrimento moral que atormenta o homem é ilusório. É
causado pelo ‘filme’ emotivo-imaginativo, isto é, pela própria imaginação do
homem, que não cessa de ‘fluir’, criação artificial da mente. O homem só
procura ‘divinizar-se’ no plano temporal porque ignora sua essência divina
real. Nasce desconhecendo sua
origem e se convence de que não é mais que esse corpo limitado percebido pelos
sentidos e, muitas vezes, sofre na vida por se julgar esquecido por Deus
quando, na realidade, ele é o
próprio Deus. Angustia-se no plano temporal buscando afirmações divinizantes
que, nesse plano, não podem ser encontradas, sem, contudo, perceber que não
buscaria a Realidade se não participasse de sua natureza, pois não se pode
sentir falta de alguma coisa se não se tiver consciência dessa coisa, mesmo
inconscientemente. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> Portanto,
sendo ilusórias as causas da angústia, esta também é ilusória. Podemos
experimentar, de modo direto, esse caráter ilusório da angústia. Experimente: se no momento em que sofro
‘moralmente’, descanso num lugar tranqüilo e desvio a atenção do meu ‘pensar’
para o meu ‘sentir’, deixando de lado todas as imagens mentais, e me esforço
para perceber, em mim, o famoso sofrimento ‘moral’, nada encontro. Tudo que
percebo é alguma fadiga geral, fruto da ansiedade em que me encontrava e do
desperdício de energia produzido no ‘medo da morte’. Quanto mais atenção ponho
no ‘sentir’ a angústia, retirando a atenção do meu filme emotivo-imaginativo, menos
a sinto. Verifico, então, que a angústia é totalmente irreal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> O
contrário ocorre no sofrimento físico. Se tenho uma ferida dolorosa, quanto
mais tiro a atenção do ‘sentir’ e a ponho no ‘pensar’, desviando assim a
atenção da dor, tanto menos sinto a dor. E, quanto menos imagino, desviando a
atenção do pensar, do imaginar, para o sentir, tanto mais intensa sinto a dor.
Isto porque a dor física é real, e não ilusão como a angústia. Não é que não
haja percepção da dor moral; há, mas é ilusória. Quando, no deserto, se vê a
miragem de um lago, não se pode dizer que a miragem não está sendo vista, mas é
uma ilusão. Quando tenho um sofrimento ‘moral’, eu o percebo, mas o que percebo
é ilusão, é fruto da minha imaginação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> Assim,
na dor física, quanto mais imagino outras coisas, desviando a atenção da dor, menos sofro; na dor moral, quanto
mais imagino ou penso sobre a questão que me abate, mais sofro; se procuro senti-la, ela some. Angústia, sofrimento
moral, irritação, violência, procure senti-los e eles somem, porque são
irreais, são ilusões.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> Há, no
imaginar, o medo da morte, que desgasta a energia vital e, assim, diminui a
reserva de energia do organismo; ocorre, então, um dano a este. Não é o mesmo
dano causado pela dor física; esta afeta uma parte do corpo enquanto um agregado
de partes. O sofrimento moral, que dissipa a energia, afeta o organismo como um
todo, o que não se revela, na sensibilidade orgânica, por nenhuma dor
específica, mas por fadiga, queda da vitalidade, mal-estar depressivo geral. A
par disso, surgem, na mente, imagens desagradáveis, ameaçadoras. O sofrimento
‘moral’ resulta disso: associação dessas imagens com o estado depressivo. O
desperdício da energia orgânica caminha, evidentemente, para a ausência total
de energia vital, que é a morte. As próprias imagens desagradáveis têm um sabor
de morte. Aí é que reside a ilusão de que sou vítima. Percebo a negatividade
que se aproxima e me ataca, e estou convencido de que sua existência é real;
entretanto, ela não existe senão em minha mente, como não existe o lago na miragem
do deserto.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> Na
angústia, é a imaginação que toma a iniciativa do processo. Uma depressão de
causa fisiológica pode favorecer o surgimento da angústia (o humor pode ficar
ruim durante todo o dia se não dormimos bem à noite); mas, sempre, a angústia
depende da mente, pois se ponho minha atenção para ‘senti-la’, só me sinto
cansado, e não angustiado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> Na
angústia, o homem tem a atenção voltada para o filme imaginativo, com o qual
tenta escapar do perigoso ‘não-eu’. O gesto interior, pelo qual desloco minha
atenção do ‘pensar’ para o ‘sentir’, é uma virada radical, de 180 graus; viro
as costas à imaginação, e passo a olhar para a direção da qual vinha a
angústia; digo ‘vinha’ porque, no instante em que dou essa virada, isto é, em
que coloco a atenção no ‘sentir’, o filme imaginativo mental iniciador do
processo pára, a angústia cessa e só persiste certa fadiga geral. Só existe o
fantasma da angústia enquanto não o encaro de frente; quando ouso fitá-lo, vejo
que ali nada existe. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> Esta
compreensão é de utilidade para a realização intemporal, a única solução para
acabar com os sofrimentos ilusórios do homem, pois o satori exige o
estabelecimento de uma calma perfeita na mente daquele que vive
sob as influências do ego em toda
plenitude. O homem deve compreender, também, que todos os esforços para a obtenção do satori
são inúteis. O satori só acontece quando a mente está livre (e por isso, tranqüila), de preocupações, imaginações e
emoções, que produzem funcionamento mental descontínuo, pois só a mente que
funciona com continuidade está apta para o despertar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> Emoção,
imaginação, pensamento, lembrança, nascem da desatenção, causadora de perda de energia vital do organismo;
são como curtos-circuitos, que causam perda de corrente. Quando me esforço para
perceber a sensação de que existo, sensação que é quantitativamente variável,
minha atenção está ativa e não há emoções nem imaginações; não há desatenção e
não há perda de energia. Cessada a atenção, as emoções imediatamente voltam, e
a perda de energia recomeça.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> Embora
minha sensação informal de existir varie quantitativamente - indo da exaltação
à aniquilação - devo fazer um esforço especial de atenção para perceber as
formas mentais que manifestam esses estados extremos e suas variações. Quando a
mente está passiva, isto é, ‘desatenta’, ela fica presa aos estados mentais, o
que a deixa agitada, descontínua, sujeita a curtos-circuitos e às conseqüentes
perdas de energia. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> Para
habilitar-se ao satori, o homem precisa despertar, sem cessar, a possibilidade
que tem, e que sempre tende a adormecer, de perceber, sob as formas de seus
estados (psíquico: moral, humor; e físico: saúde, disposição, energia etc.),
essa sensação informal, mais ou menos positiva ou negativa, de existir. Essa
atenção isola a mente dos curtos-circuitos e a protege da agitação de sempre,
fato que traz a calma necessária para o satori. Para isso, o homem deve tentar,
sem cessar, um esforço especial para sentir que existe, que ‘é’, no centro de
tudo, no ambiente em que estiver. A sensação informal imediata da existência
(vegetativa) é a percepção mais simples que pode haver. Não é necessário parar
o que está fazendo no momento; apenas ‘sentir que existe’ no próprio centro do
ambiente em que se está. Quando a calma se estabelece de maneira profunda, as
condições interiores tornam-se favoráveis à eclosão do satori, no qual todos os
dualismos se conciliam e todos os sofrimentos cessam. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> É
impossível descrever essa sensação interior, a percepção imediata e informal do
grau de existência do momento, justamente por seu caráter informal (sem forma).
Se pergunto: ‘Como se sente, física e moralmente, neste instante?’, você se
cala por dois segundos e depois fala algo como ‘Mais ou menos’. Dos dois
segundos em que você ficou calado, o segundo não nos interessa, pois foi o
tempo que você usou para por em uma forma
exprimível a percepção que você
teve do que nos interessa, daquilo que não
tinha forma ainda, daquela sensação interior
informal do primeiro segundo. No primeiro segundo é que você ficou atento e, por isso, percebeu aquilo
que de fato importa: a percepção imediata e informal do seu grau de existência
do momento. Como não temos consciência dessa percepção (ainda sem forma e, portanto,
inconsciente), e só a temos das formas dela derivadas, só mediante um esforço especial de atenção podemos
percebê-la. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> O
homem deve ativar sua mente formal numa tentativa perseverante de perceber,
para além de seus limites, o informal,
tentativa que, apesar de absurda em si mesma, leva um dia ao desencadeamento do
satori, não como resultado do sucesso dos esforços feitos, mas, ao contrário,
como resultado do fracasso definitivo desses esforços. Isso se assemelha à
situação do homem que está separado da luz por uma parede e que só pode ver a
luz tornando a parede cada vez mais alta; chega um dia em que todos esses
absurdos esforços levam a parede a tal altura que ela desmorona bruscamente,
queda triunfante que mergulha o homem na luz.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> Esse
esforço absurdo é que devemos fazer quando nos empenhamos em perceber nossa
sensação informal de existir-mais-ou-menos em todos os momentos do nosso dia.
Com esse esforço, aprendemos, não a fazer algo novo, mas a deixar de produzir
as costumeiras e inúteis agitações interiores, o que trará a calma
indispensável para a eclosão do satori, que é a mais alta realização
do ser humano (ver, também, Jung).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> O
determinismo total cósmico age no plano dos fenômenos e no nível universal; só
o imaginamos como ordem total; a totalidade dos fenômenos positivos
equilibra-se com a totalidade dos fenômenos negativos. Cada fenômeno se integra
numa totalidade na qual é equilibrado por um fenômeno exatamente oposto e
complementar. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> Já a
‘ordem’ do determinismo desordenado relativo aos fenômenos que percebemos no
espaço-tempo não é ‘real’, pois é parcial. Porém, o homem, ignorante, toma o
que vê pelo ‘real’ e, assim, acredita na realidade única do parcial tanto que o
denomina ‘determinismo’. Por outro lado, esse homem tem certa intuição inata da
Realidade, o Princípio Supremo, que imagina dotado de liberdade. Como, para ele, o determinismo só existe no nível
parcial, pois nem mesmo imagina o determinismo universal, opõe o único
determinismo que conhece à liberdade do Princípio Supremo. Assim, chega ao
dualismo da oposição determinismo-liberdade, que é totalmente ilusório. Mesmo
julgando-se separado, o homem deseja ser livre, sem compreender que é,
justamente, sua libertação do determinismo parcial que o levará ao determinismo
total e à percepção da inseparabilidade. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> Aquém
do ato livre adequado existe
toda uma hierarquia de atos que são mais ou menos adequados de acordo com a
maior ou menor amplitude do determinismo que a eles preside. No ponto mais
baixo dessa hierarquia está o ato puramente instintivo, automático, sem nenhuma
reflexão, no qual opera uma
espontaneidade que está aquém da reflexão. Após, com a intervenção freqüente da
reflexão, a espontaneidade inferior desaparece pouco a pouco, e o ato torna-se
mais e mais adequado às circunstâncias, até que, com o satori, o ato conquista
uma espontaneidade inteiramente nova e se torna perfeitamente adequado à
totalidade espaço-temporal do universo fenomênico, superando-se qualquer
reflexão (não há mais escolha; o ato praticado é o único que poderia sê-lo).
Quanto mais aumenta o rigor do determinismo, mais e mais o ato é sentido como
interiormente livre, até que não há mais restrições e o ato é rigorosamente
livre. Portanto, meu ato é interiormente tanto mais livre quanto mais
rigorosamente definida a razão pela qual tenho de agir.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> (Não é
verdadeira a renúncia enquanto se atribui um valor àquilo a que se renuncia.).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> Atenção
total. Tentativa de ver tudo sem imagens, isto é, com atenção total. É esse
esforço absurdo, mas necessário, que devemos fazer quando nos empenhamos em
perceber nossa sensação informal de existir-mais-ou-menos no decorrer de todos
os instantes de nossa vida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> Quando
o homem se ‘realizar’, seu organismo psicossomático deixará de ser regido
apenas pelas leis do determinismo parcial e passará a sê-lo, também, pela lei
do equilíbrio cósmico universal, lei sobremodo ordenada, princípio de todas as
leis aparentemente desordenadas do determinismo parcial. No momento em que me
‘realizo’, deixo de sofrer restrições, não porque o que me restringia foi
destruído, mas porque se ampliou infinitamente e veio coincidir com a
totalidade na qual o ‘eu’ e o ‘não-eu’ são apenas ‘um’, e a palavra restrição
perdeu todo sentido. O homem, após o satori, só pratica, em qualquer
circunstância, a ação perfeitamente adequada e correta de acordo com os
princípios cósmicos. Nisso está a perfeita liberdade (não há mais reflexão nem
escolha). Na medida em que diminui minha liberdade ‘exterior’ de resposta,
aumenta minha liberdade ‘interior’. Minha vontade é tanto mais livre quanto
mais rigorosamente definido é o que tenho a fazer (ver, também, bramanismo, Meditação Transcendental e
Krishnamurti).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> Para o
Zen, deve-se recusar qualquer disciplina ‘particular’ (moral, crenças,
religiões, virtudes etc.); deve-se aceitar a disciplina ‘total’, que consiste
exatamente em recusar toda disciplina particular. Por isso, ensina o Zen:
‘Deixe de cultivar opiniões’, ‘O caminho perfeito rejeita toda preferência’,
‘Desperte a mente sem fixá-la em nada’.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> No
estado egotista fundamental, ‘viver’ é afirmar o ‘eu’, é tentar vencer o ‘não-eu’,
vitória material pela aquisição de bens materiais, fama e respeito (domínio do
‘eu’ sobre o ‘não-eu’; obtenção da glória que ‘imortaliza’ o ‘eu’ separado, o
homem particular). O estado afetivo fundamental original do homem comum é
simples: ele ama o seu ‘eu’, em oposição ao ‘não-eu’, e odeia o ‘não-eu’ que,
julga, se opõe ao seu ‘eu’. Quanto mais o homem progride no auto-conhecimento,
mais esses amores perdem valor e eficácia, o que faz com que o ‘eu’ e o
‘não-eu’ se aproximem, até que, no limite da compreensão, o ego explode no
satori, se dissolve no todo, aniquilando-se e realizando-se ao mesmo tempo, quando
percebe que o ‘eu’ e o ‘não-eu’ são uma coisa só (nós somos o universo).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> As
percepções particulares, advindas das sensações do mundo exterior,
interpretadas pela imaginação, dependem de meu estado psicossomático (condições
mentais e fisiológicas, isto é, dos efeitos produzidos pela boa ou má saúde,
insônia, má digestão, álcool, drogas, preocupação, irritação, nervosismo, tranqüilidade
etc.) Minha atenção se divide entre duas preocupações: minha afirmação frente à
ameaça do mundo exterior, e a ‘avaliação’ interior do resultado favorável ou
desfavorável dessa ameaça relativa à continuidade ou à cessação de minha
existência vegetativa. No caso do neurótico, tão grande parcela de sua atenção
se ocupa com a continuidade ou cessação de seu processo de ‘ser’, e lhe resta
tão pouca atenção para o contato com o mundo exterior, que ele tem a impressão
que esse mundo é irreal e se sente impossibilitado de se concentrar numa vida
normal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> Toda
angústia resulta do encontro com o ‘não-eu’ e traduz o medo de ser vencido nesse
encontro. O homem não realizado só tem consciência dos fenômenos e, portanto,
não está consciente daquilo que os transcende. Ainda que esteja feliz por estar
se afirmando, momentaneamente que seja, no antagonismo eu/não-eu, sempre
persiste a dúvida se conseguirá manter-se nessa condição. Mas, essa angústia é
irreal, não existe, embora pareça existir, e todos os seus fenômenos afetivos
se passam como se ela existisse.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> Mas, à
medida que avanço no auto-conhecimento, numa compreensão correta da vida
interior, passo a vincular meu sofrimento, não mais com o que me acontece de
forma pessoal, mas com minha condição de homem universal. As angústias se
hierarquizam numa escala qualitativa segundo o grau de profundidade de minha
compreensão. E, quando essa compreensão atua efetivamente em mim, cessa o
processo do meu ser ou do meu nada pessoais, isto é, na medida em que as causas
da minha angústia se universalizam em minha compreensão, nessa medida deixo de
sofrer. Assim, a compreensão, aos poucos, nos liberta da angústia; quanto mais
compreendo que minha angústia depende de uma condição que não se refere de
forma específica a mim, tanto mais se desfaz em mim o absurdo e angustiante
processo ‘ser ou não ser’ (o medo) do qual provinham todas as minhas angústias.
A compreensão dissipa todos os fantasmas desse ilusório processo e atenua,
progressivamente, todas as emoções que daí vinham. Assim, caminhamos para o satori. Segundo o
Zen, o que anuncia sua chegada são estados interiores de serenidade, de
neutralidade afetiva (indiferença), até que a dolorosa angústia se transforma
na perfeita alegria de existir.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> A
essência do trabalho interior é tentar perceber, a todo instante, além de toda
a forma, interiormente, a sensação de existir-mais-ou-menos-que-instantes-atrás.
‘Veja em sua própria natureza. ’ O ‘terceiro olho’ está fechado e é preciso,
com atenção, olhar para o interior, de modo a eliminar a sua contração para que
eu possa ver, definitivamente, em minha própria natureza. Esse ‘olhar’ é o
esforço para ‘ver’ a sensação informal de existir-mais-ou-menos, que um dia vai
desencadear o satori. Essa sensação não tem continuidade pois, mal me chega na
sua pureza informal, me escapa, derivando para percepções formais. Assim, só
percebo meu estado de existência do instante. Falta-lhe continuidade, a
dimensão temporal, que devo conquistar pelo treinamento, para que a percepção
de existir seja uma percepção contínua, uma consciência real.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> Assim,
a percepção de existir ao meu alcance, hoje, é limitada ao instante presente.
Varia incessantemente de acordo com as incessantemente variáveis relações com o
mundo exterior. E minha consciência só colherá o fruto do satori quando chegar
a perceber a continuidade dessa percepção que é o espetáculo de minha criação. Diz
o Vedanta, ‘quando eu me tornar o espectador de meu espetáculo’. Em suma, torne
cada vez mais freqüentes essas percepções instantâneas de
existir-mais-ou-menos-que-instantes-atrás para que haja uma percepção contínua
que será, então, pura percepção de
existir. O olhar interior é ver
se, em conjunto, psique e corpo, me sinto melhor ou pior que instantes atrás.
Não importa se estou melhor ou pior; o que importa é obter uma percepção
contínua dessa oscilação do melhor para o pior e vice-versa, do sentir-me feliz
para o sentir-me infeliz, do recear para o estar confiante etc. E só me é
possível perceber esses estados variados de existência quando as variações não
dependem de minha atividade e sim da atividade do ‘não-eu’, do mundo exterior,
coisa que só acontece quando me relaciono com atenção ativa com esse mundo.
Portanto, sinta-se no próprio centro de sua ação, onde quer que esteja e em
qualquer tempo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> Agora,
podemos compreender porque o Zen diz: ‘Tao (o caminho) é nossa vida do
dia-a-dia’. Uma historieta: ‘Certo dia, um monge pediu ao mestre que o
instruísse no Zen. O mestre perguntou: ‘Você já almoçou?’ ‘Almocei. ’, respondeu
o monge. ‘Pois, então, vá lavar sua louça. ’ Nada de extraordinário a fazer;
apenas as coisas do dia-a-dia, porém com total atenção no que se faz. E por
isso, ensina o Zen: ‘Quando estamos com fome, comemos; quando estamos com sono,
dormimos; em tudo isto, onde intervém o finito ou o infinito? É só quando,
cheio de inquietações, o ego entra em cena e se desmanda, que nós paramos de
viver e imaginamos que nos falta alguma coisa.’ Assim, o caminho é a própria
vida do dia-a-dia, nada mais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> A
batalha que temos de travar é contra a desatenção, essa nossa inércia mental,
geradora das inquietações interiores formais; é a luta para ir contra essa
corrente, avançando aos poucos até chegar a reintegrar nossa consciência na
fonte informal de nosso ser. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> Vivemos,
sempre, em dois planos: o das sensações, percebidas pelos sentidos físicos, que
é real; e o das imagens (interpretação que fazemos do que percebemos com os
sentidos físicos), que é mental, ilusório. No primeiro, o homem se assemelha a
todos os outros homens; no segundo, iludido, ele pretende ser diferente, único,
egotista. Em geral, sua atenção se desloca de um para outro e se aplica apenas
a um em cada instante, e os filmes, reativo, do plano da sensação, e ativo, do
plano da imagem, se desenrolam continuamente. Tudo o que acontece no plano da
sensação, e que me dá segurança ou insegurança, influencia meu processo (ou meu
medo) de ser ou de não-ser, que se trava em mim sem tréguas. Enquanto isso, o
plano da imagem - que é o mundo exterior interpretado e relembrado - nasce das
interpretações que dou ao que percebo no plano das sensações, associado ao que
já tenho na memória. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> Somente
quando se adapta ao mundo exterior presente é que o homem vive simultaneamente
nos dois planos (graças às rápidas alternâncias de sua atenção). Quando me
esforço (com atenção) para perceber meu estado do instante de existência, verifico
que essa atenção dissolve meu filme imaginativo ativo, porque minha atenção se
desloca para o filme reativo. Logo, a atenção dissolve minha vida no plano da
imagem, que é ilusório, purificando, assim, minha vida no plano da sensação, da
percepção, que é real. O trabalho interior elimina minha vida imaginativa e
valoriza minha vida orgânica, que é real. Essa dissolução progressiva da vida
no plano da imagem nos leva ao despertar para a Realidade. Essa perda é
terrível para nós, pois julgamos o ‘viver’, que está no plano da imagem,
superior ao ‘existir’, que está no plano da sensação. Isso é como a morte (o
morrer a cada instante, de Krishnamurti), uma renúncia ao ‘céu’ ilusório, a
tudo que nos parecia ‘sagrado’ anteriormente. O deslocamento da atenção para o
plano das sensações reais dissolve as ‘miragens’ do plano da imagem (o filme
emotivo-imaginativo) que faziam com que eu atribuísse valor àquilo que não tem
valor algum, pois é pura ilusão. Embora o Zen afirme que nada temos a fazer,
esse trabalho interior exige atividade incessante da atenção como se
estivéssemos ‘com a cabeça quente, em chamas’, o tempo todo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> Não
posso conhecer a força vital que permeia sem cessar o organismo, por ser
informal, mas posso percebê-la. Quando me sucede algo agradável, se consigo
expulsar de minha mente todas as idéias a isso relativas, sinto em mim,
diretamente, uma espécie de efervescência de vida em excesso; quando sucede
algo desagradável, se consigo afastar todas as idéias a ele relativas, sinto em
mim, diretamente, uma espécie de vazio, como uma torrente que me arrasta para o
nada. Logo, posso levar a atenção ao ponto exato em que tem início a
manifestação do nascimento, em meu ser, da energia primordial. Quando levo a
atenção para perceber o que está por trás da sensação agradável ou
desagradável, verifico que a agitação imaginativa (vinda da satisfação ou
insatisfação) cessa. A atenção no plano formal desintegra a energia vital; a
atenção no plano informal (de como me sinto, por exemplo), a mantém íntegra, a acumula,
acumulação necessária ao surgimento, de súbito, do satori. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> A
atenção ao koan (não é este que tem importância) faz com que a mente se afaste
do mundo das formas, que é o propósito dessa prática. Contudo, é necessária a
atenção ao mundo real presente das formas, que produz excitação, agitação,
fazendo com que a energia informal jorre de sua fonte central; levando-se,
então, a atenção para o informal, que impede a desintegração da energia
jorrada, esta é acumulada para o satori.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> Segundo
os místicos, o homem já participa da natureza de Buda; é perfeito, nada lhe
falta. Mas, não se dá conta disso por estar preso no emaranhado de suas
atividades imaginativas. Tais atividades são necessárias no início da vida do
homem, enquanto a máquina humana não está ainda concluída. Mas, uma vez
plenamente desenvolvida, a imaginação impede a acumulação de energia necessária
para se chegar ao conhecimento não-dualista. Infelizmente, o homem toma o
alívio momentâneo de sua angústia, proporcionado pela imaginação, como uma
melhora real de suas condições, no sentido do anulamento da angústia. Na
realidade, esse alívio momentâneo tem um preço: o agravamento progressivo da
condição para a qual ele busca alívio. Ele crê na utilidade de suas ‘ruminações
mentais’, identificado com a mente imaginativa, porque não vê nada em si mesmo
além desse ‘eu’ pessoal, do qual tem uma percepção dualista. Ignora a
existência em si de algo diferente do ‘eu’, invisível e que trabalha nas
sombras, em seu benefício.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> No
entanto, quando observa a vida de seu corpo, verifica que trabalhos
maravilhosos de todo tipo aí, ‘espontaneamente’ se realizam, sem que para isso
tenha concorrido aquilo que denomina ‘eu’. Seu organismo é mantido por
processos cuja complexidade desafia qualquer imaginação. Quem faz tudo isso? Se
o conhecimento mediato dualista espontaneamente se desenvolveu, será que o
conhecimento não-dualista não poderá também se desenvolver espontaneamente? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> Para o
Zen, a evolução normal do homem é espontânea e inconsciente e culmina no satori
(como também afirma Krishnamurti). O Princípio age continuadamente; mas o filme
emotivo-imaginativo trabalha contra esse desenvolvimento, por desperdiçar a
energia. Porém, quando começamos a compreender que essa força que nos faz
evoluir age espontânea e continuadamente em nós, mesmo que disso não estejamos
conscientes, veremos que o mundo dos fenômenos nos oferece um interesse menos
constrangedor. O Zen diz: “Desapegue-se; deixe que as coisas sejam como são.
Obedeça à natureza das coisas para estar em harmonia com o Caminho.” E o homem
passa a ver o mundo com ‘indiferença’ (como ensina Krishnamurti e tantos místicos
ocidentais e orientais). Por nós mesmos, somos incapazes de estabelecer em nós
qualquer harmonia. É o Princípio que o faz. Deixemos, portanto, de oferecer
resistência com nossas atividades imaginativas e com desatenção, que o
Princípio fará sua parte. E, à medida que deixo de dar atenção a opiniões, as
crenças diminuem e a ‘Fé’ cresce. Por isso diz o Zen: ‘O satori cai sobre vós
de súbito, depois que esgotardes todos os vossos recursos’. .............<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> Emoção
e Estado Emotivo<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> As
emoções e o estado emotivo podem ser causados por imagens, isto é, por
excitações psíquicas, sutis; do mesmo modo, a emotividade pode ser desencadeada
por excitações somáticas, grosseiras. Um mal estar somático pode ser a causa de
minha ‘fossa’ e, seja a causa psíquica ou somática, a ‘contratura’ que ela
desencadeia afeta ao mesmo tempo nossa psique e nosso corpo, o que significa
que uma certa contratura muscular (dos músculos estriados ou lisos) sempre
acompanha a contratura psíquica causada por imagem subconsciente, e vice-versa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> A
emotividade se relaciona sempre com alguma dúvida quanto a ‘eu ser’; essa
dúvida, ‘ser ou não ser’, paira constantemente sobre meu processo que se
desenrola na expectativa de uma ‘absolvição’ (salvação) definitiva. Na jamais
adormecida subconsciência, o homem vive esperando um veredicto ilusório, do
qual sente que depende sua absolvição ou condenação definitiva.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> A
emotividade é necessariamente negativa, é uma contratura ansiosa; a atividade
da subconsciência onde ela atua relaciona-se com a necessidade do Absoluto,
isto é, com a necessidade da realização atemporal. Após o satori, embora o homem
ainda experimente emoções, percebe que por trás delas não está mais a presença
constante da angústia; essa modificação no pano de fundo constitui uma
transformação tão intensa e fundamental de toda nossa vida afetiva que não nos
é possível nem mesmo imaginar os sentimentos do homem depois do satori. O
trabalho interior tem em mira esse instante perfeitamente não-emotivo e de
perfeita felicidade. Por isso, o homem acredita com freqüência que deve
controlar as emoções, o que é um erro e inutiliza todo o seu trabalho. Devemos,
sim, refrear o estado emotivo pela aquisição de indiferença, e só a compreensão
intelectual pura (meditação) é eficaz para isso. O estado emotivo é eliminado
quando, atento, procuro percebê-lo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> Na
prática, isso deve comportar gestos interiores reiterados, breves e sutis. Não
é insistir trabalhosamente como se fosse preciso ‘apreender’ algo; nada há para
ser ‘apreendido’. Trata-se de ‘ver’, pela vontade, num relancear de olhos
instantâneo e perfeitamente simples, como
me sinto globalmente nesse instante, e repetir
esse gesto, de maneira suave e discreta, o mais freqüentemente possível. Ou consigo ou não consigo sentir;
se não consigo, recomeçarei segundos após, mas o gesto deve ser executado de
uma só vez. Esse exercício faz cessar a consciência que tenho habitualmente de
minha vida dualista, numa ruptura decisiva e instantânea.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> A consciência
normal e superficial que temos comumente nada mais é que ‘alguma coisa
deformada’ que conseguimos perceber da consciência total. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> Nada é bom, nada é mal; mas nós classificamos
tudo assim e, depois, sofremos com isso. Do Zen: ‘Logo que tendes o bem e o mal (logo que divides,
que classificas); segue-se tremenda confusão e a tranqüilidade está perdida’.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> O
homem julga, sempre, que lhe falta alguma coisa, e espera essa coisa que,
acredita, seja capaz de preencher sua carência. Essa aspiração se manifesta na
sua expectativa de uma ‘vida verdadeira’ no futuro, diferente de sua vida
atual, e que viria a afirmá-lo total e perfeitamente, e não mais de uma maneira
parcial e imperfeita. Quer percebamos ou não, todo ser humano vive à espera que
finalmente tenha início a ‘verdadeira vida’, da qual tenha desaparecido toda
negatividade. Essa falsa crença cria a ilusão de tempo e de que esse tempo lhe
escapa continuamente e que parece alongar-se entre o momento presente
imperfeito e o momento futuro perfeito a que aspira (o vir-a-ser). Cria, assim,
a ilusão de um futuro para o qual projeta a satisfação de seu desejo. O satori
não deve ser imaginado como um estado ao qual tenhamos de conseguir acesso, no
futuro, mas como nosso estado eterno, independente do nosso nascimento e da
nossa morte (já estamos nele; apenas não o percebemos). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> O
caminho perfeito não oferece nenhuma dificuldade a não ser a de negar qualquer
preferência (tudo é o que é; aceitemos isso).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> Se
desejas trilhar o Caminho Perfeito, não cries pensamentos nem a favor das
coisas nem contra as coisas que no mundo ocorrem (Marco Aurélio: não reclames
de teu destino, pois ele vem de onde tu vieste).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> Opor
aquilo que amais àquilo que não amais, eis a doença do espírito (enquanto
houver em nós qualquer diferença entre bem e mal, não estamos no caminho).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> Não
procureis a verdade. Deixai, apenas, de vos apegar a opiniões, para que não vos
retardeis no dualismo (nas ilusões, maia).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> Deixa
que as coisas sejam como elas são (de nada adianta reclamar; nós não as escolhemos).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> Se
desejas o Caminho, não alimentes nenhum preconceito contra os objetos dos
sentidos (interpretações equivocadas, cores, formas, sons, aromas, sabores,
tato) nem contra lembranças, emoções, expectativas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyTextIndent" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> O iluminado não tem apegos, nem inimizades
(para ele tudo é o que deve ser).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> Não
sendo dois, tudo é o mesmo, um só, e tudo o que existe aí está incluído.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> Toda
percepção do mundo exterior, em qualquer instante de nossa vida, contém uma
possibilidade de satori, porque estabelece uma ponte entre o eu e o não-eu,
fato que contém uma possibilidade de identificação entre o eu e o não-eu, esses
dois falsos-opostos e que pode nos permitir a percepção do self-quântico, o Eu
Real, Deus. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyTextIndent" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;"> Etc., etc.... <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Lucida Bright","serif"; mso-bidi-font-family: Arial;">............................................<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
conforti1928@hotmail.comhttp://www.blogger.com/profile/03611925017204025239noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-55977584974426048.post-48934631854224549692014-03-25T09:31:00.000-07:002014-03-25T09:31:48.898-07:00<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT" style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">DA FÍSICA QUÂNTICA À ESPIRITUALIDADE<br />
“O imponderável, antes repelido e negado, voltará ao mundo, atendendo ao apelo
do homem”.<br />(Pietro Ubaldi, em “A Nova Civilização do Terceiro Milênio”).<br />
<br />
A física quântica entreabre uma nova janela de observação para o homem, através
da qual ele começa a divisar o domínio espiritual (e não mais o material) que
sustenta a realidade do mundo. Entenda o porquê, sem precisar recorrer à
complexa linguagem matemática e científica dessa nova ciência. Este texto é um
dos capítulos do livro Saúde e Espiritualidade, escrito por Gilson Freire,
médico e espírita.<br />
.................................................<br />
Questões propostas: <br />
Como as revelaçãoes trazidas pela física quântica afeta a nossa compreensão? <br />
Essa nova visão é importante para entender a vida, seus objetivos, o sofrimento
e males do mundo? <br />
Ela altera o nosso entendimento do universo? <br />
Existe relação entre os fenômenos quânticos e o espiritualismo? <br />
Será a nova física a ponte entre a ciência e a espiritualidade?<br />
......................................<br />
A mecânica quântica trouxe uma nova e extraordinária visão, antes desconhecida,
da realidade dos fenômenos do microcosmo, onde ela encontrou aquilo que, na
verdade, permeia toda a realidade do universo: o imponderável. E mostra uma
diferente visão do cosmos. Os alicerces da física anterior (clássica) e os
fundamentos da dimensão macrocósmica em que vivemos foram profundamente
abalados. O profissional da área de saúde, porém, muitas vezes alheio a essas
estonteantes revelações, de modo geral ainda não absorveu o profundo impacto
dessa nova visão de mundo. E suas importantes conclusões até então não se
estenderam ao campo biológico, onde possivelmente resultarão em significativas
mudanças, com conseqüências até mesmo na prática médica vigente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT" style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;"><br />
Para analisar as questões acima faz-se necessário lucubrar em campo ainda
incipiente para a mente humana. Para muitos, elas extrapolam a imparcial
pesquisa científica, adentrando especulações puramente prospectivas e
filosóficas. Os físicos modernos que, na atualidade, se insurgem em tais
conjecturas têm sido considerados místicos e não verdadeiros cientistas.
Entretanto, para avançar é preciso aventurar-se nessas ignotas regiões do
conhecimento, ainda que com o risco de errar ou resvalar-se em improfícuas
fantasias. Essa é, seguramente, a única forma de explorar o desconhecido e
alcançar verdades ainda mais abrangentes que venham auxiliar o homem na
compreensão de si mesmo e da fantástica realidade que o alberga.<br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT" style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Embasado, sobretudo, pelos autores tidos como místicos da
física quântica, dentre os quais citamos Fritjoff Capra, Amit Goswami e Deepak
Chopra, este trabalho consiste em um simples resumo das disquisições por eles
suscitadas em torno das revelações dessa ciência. Disquisições aqui regadas
pelas conjecturas filosóficas de Pietro Ubaldi e Ervin Lazlo, pelas brilhantes
dissertações científicas de Brian Greene sobre a mecânica quântica e de Timothy
Ferris e Marcelo Gleiser nos pontos em que esta toca a cosmologia. Temperadas,
naturalmente pelo crivo pessoal do autor, consideremo-las, portanto, silogismos
dialéticos que aguardam a evolução dos tempos para serem devidamente validadas.
<br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT" style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">A Morte da Matéria e do Materialismo<br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT" style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">O primeiro grande feito da física quântica, com
importante respaldo na moderna visão de mundo, foi a destituição da matéria
como substrato último da complexidade universal. As conclusões, evidenciadas
nas fórmulas de Erwin Schrödinger, demonstraram que a matéria não pode ser
decomposta em partículas fixas e fundamentais. Sua base final é um processo
dinâmico, destituído de forma ou qualquer vestidura material. <br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT" style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Sua segunda proeza foi concluir que partícula e onda são
fenômenos de mesma natureza, distinguindo-se não pela essência, mas por
momentânea forma de se manifestarem. Um substrato incompreensível e
imponderável revela-se capaz de se apresentar como massa ou energia, em
obediência às exigências do meio em que se mostram, ou mesmo, à simples
resposta aos nossos instrumentos de aferição. <br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT" style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Como conseqüência dessas primeiras evidências, a
realidade concreta desvaneceu-se aos olhos da magia quântica. O universo físico
não pôde mais ser explicado pela matéria e suas propriedades, pois esta não tem
existência real e independente. Tudo que existe tornou-se expressão de eventos
imateriais, destituídos de qualquer concretude.<br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT" style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">A matéria, agora feita de ilusões, desaparece como o
último estofo do universo físico. E com a morte desta, sucumbe também o
materialismo que conduziu o pensamento humano nos três últimos séculos. Um intrigante
campo de eventos, que entretece tanto a energia quanto a matéria, é agora o
último sustentáculo da realidade.<br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT" style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Um Reino Além da Matéria<br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT" style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Além de desfazer-se da matéria como último alicerce da
realidade, a ciência quântica deparou-se, nos entremeios do infinitamente
pequeno, com uma diferenciada região de eventos, na qual não se delineiam o
tempo e o espaço. Chamado de não-localidade, demonstrava-se à inteligência
humana a existência de um domínio por onde trafegam informações que não
consomem tempo para caminhar e que não percorrem distância alguma entre seus
intervalos. São verdadeiros saltos, chamados quânticos, por sobre o espaço e à
revelia do tempo.<br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT" style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Estava aberto para a inteligência humana o reino do
absurdo: processos que ludibriam os parâmetros euclidianos, brincando com as
imposições das dimensões macroscópicas. Nesse estranho domínio, realizam-se
proezas inimagináveis, como trocas de informações instantâneas, interligações
que ignoram as distâncias, partículas que ocupam dois lugares ao mesmo tempo e
que podem surgir momentaneamente desse “não-lugar” para nele tornarem a
desaparecer misteriosamente. Ou seja, a não-localidade, embora feita do mais
absoluto vazio físico, está plena de potencialidades que não se sabe de onde
procedem. Exatamente por isso, Niels Bohr, um dos fundadores dessa estranha
ciência, afirmou que se ela parecer lógica para alguém, este não a compreendeu
de fato.<br />
A mesma ciência que tão veementemente negara a existência de qualquer
imaterialidade subjacente à realidade visível, agora se via obrigada, através
da magia quântica, a readmiti-la como verdade científica. Entreabriam-se para o
atônito homem moderno as portas do imponderável. <br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT" style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Novos Parâmetros da Realidade<br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT" style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Ademais da descoberta da não-localidade, onde se esconde um
universo inexprimível e idealista, a ciência quântica estabelecia ainda outros
intrigantes fundamentos que contribuíram decisivamente para derruir a forma
clássica de se ver e analisar a complexidade fenomênica que nos envolve. Os
principais deles são descritos sucintamente a seguir.<br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT" style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">O princípio de incerteza, fundamentado por Heisenberg,
demonstrou que todas as medidas realizadas no mundo objetivo são ilusões dos
sentidos humanos e não podem ser aferidas com absoluta precisão no universo do
infinitamente pequeno. Nos campos quânticos, impera o indeterminismo e a
imprecisão domina todos os seus movimentos. Da objetividade, própria da ciência
clássica, passou-se ao subjetivismo como sustento científico da nova visão da
realidade.<br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT" style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">A ciência humana, como pretendeu no passado, enterrava
definitivamente o sonho de medir com precisão absoluta os fenômenos ao seu
derredor e dominá-los ao seu bel prazer. E da aparente estabilidade e quietude
do funcionamento universal, estabeleceu-se a instabilidade como fundamento de
equilíbrio na intimidade da fenomenologia física. <br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT" style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">A interatividade descoberta nas instâncias do microcosmo
fundiu os elementos aparentemente apartados do universo material em um todo
integrado. No reino do microcosmo, os objetos físicos estão intimamente
interligados e, segundo a nova física, a separação denotada na realidade
macroscópica tornou-se mera ilusão dos sentidos humanos. A realidade fez-se um
amálgama fenomênico de expressões cósmicas, onde tudo está em íntimo contato
com tudo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT" style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">E assim, da fragmentação conceitual veiculada pela antiga
visão de mundo, evoluímos para a moderna interconexão do universo. <br />
A linearidade causal apregoada pela física clássica perdera, ante as peripécias
quânticas, a sua expressividade norteadora da fenomenologia universal. A
não-linearidade, veiculada pela realidade não-local, ludibriando o tempo e o
espaço, agora é passível de manifestar-se como exótica expressão do mundo
quântico. Causa e efeito já não se encadeiam na irreversibilidade do ritmo
cronológico, mas coexistem fora da linha do tempo, em um presente constante. <br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT" style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">A ontologia fenomênica igualmente se desfez ante a
inquestionável realidade do holismo quântico. A unicidade mostrou-se a única
expressão da complexidade universal. A existência isolada e independente de
qualquer fenômeno tornou-se um devaneio das nossas sensações, denominada por
muitos de fantasia da separatividade. O todo agora abraça a si mesmo, em
expressões inimagináveis. O uno está inexoravelmente urdido no diverso, desde
os confins do infinito à intimidade do átomo. <br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT" style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">O vácuo absoluto, como concebido pela ciência clássica,
morria para se compreender que o vazio puro está plenificado de prodigiosas
potências criativas. <br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT" style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">A concretude do mundo tornou-se aparente e ilusória ante
a inefável manifestação dos processos quânticos que o sustentam nos redutos
infinitesimais. Os objetos físicos transformaram-se em processos energéticos a
se desdobrarem no tempo e no espaço, feitos de ondas de probabilidades,
indeterminísticas, completamente abstratas e interligadas. E desse modo o
cosmo, modulado por princípios que a física clássica já não podia mais
explicar, fez-se um todo dinâmico, substancialmente interligado por uma imensa
teia de eventos. <br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT" style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Além disso, nas fronteiras do incomensurável, a cosmologia
se unia à física quântica para anunciar que o universo eterno e estático das
antigas concepções mecanicistas sucumbira ante evidências que agora apontavam
para um cosmo dinâmico, que nascera de um vazio pleno e se encontra em
vertiginosa expansão no tempo e no espaço. Das cinzas do materialismo
científico, ressurgia o criacionismo quântico.<br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT" style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Com a física relativista de Einstein, o espaço e o tempo
absolutos da mecânica newtoniana davam lugar ao continuum espaço-tempo. O
espaço, antes planificado, dobrou-se sobre si mesmo em um enrodilhado
relativista, encerrado em seus próprios limites. E a eternidade, antes fluindo
sem fim, morre, ante a descoberta de que existiu um dia em que o tempo nasceu,
no momento em que a semente cósmica do Big Bang explodia para tudo criar. Eram
novos conceitos que se somavam ao neocriacionismo quântico para redesenhar a
imagem do cosmo em moldes até então inalcançados pela ciência clássica.<br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT" style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Recuperando antigos preceitos criacionistas, a razão
humana, estonteada, questiona agora de onde vieram as portentosas forças que se
condensaram no ponto de singularidade, para então explodir no incontido ímpeto
criacionista. E a cosmologia convocou a ciência quântica para lhe explicar as
intrigantes “questões do começo”, ao admitir que essas fenomenais potências
irromperam-se de um quiescente oceano quântico, pleno de vagas criativas, a se
precipitarem na realidade. <br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT" style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Nessa nova tessitura conceitual, o cosmo, agora fecundado
pela criatividade do vazio quântico, deixou de ser um imenso maquinário para se
tornar um ilimitado campo de processos essencialmente dinâmicos e abstratos –
“um grande pensamento”, no dizer do físico Fritjof Capra. A mente humana
certamente agora questiona a origem e a finalidade desse “grande pensamento”,
sem encontrar respostas convincentes no terreno científico. Sua vida certamente
não será mais a mesma quando ela se convencer de que existe uma “Consciência de
proporções cósmicas” a comandar esse imenso cortejo de ordenações fenomênicas,
cujos atributos somente uma avançada teologia poderá designar. <br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT" style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Eram conceitos muito novos e revolucionários para o homem
ainda materialista da era moderna, extrapolando todos os sentidos de sua
lógica, construída em séculos de racionalismo. Um novo panorama ideológico se
lhe entreabria, pleno de revolucionárias possibilidades, derruindo os
fundamentos do velho materialismo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT" style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Muitos, cerrando os olhos ante essa estonteante
realidade, ainda preferem ignorá-la, eximindo-se de alcançar suas ricas
paisagens conceituais. Enquanto outros cuidam simplesmente de negá-la,
imputando-a ao absurdo, ante a patente insuficiência em compreendê-la. <br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT" style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Nasce a Ciência Idealista<br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT" style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Com o fim do materialismo e a insurgência das pertinentes
e curiosas observações da mecânica quântica, compreendeu-se que a dimensão
macrocósmica corresponde a um campo fechado de manifestações fenomênicas, a
localidade, onde somente é possível analisar e conhecer o que os irrisórios
sentidos humanos são capazes de perceber e os instrumentos científicos podem
aferir. Contudo, essa instância corresponde somente a uma pequena parcela da
realidade global do universo, pois além dela se escondem outros campos
subjacentes, não-físicos. <br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT" style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Nessa limitada bolha de espaço-tempo em que o homem vive,
a localidade, a ciência clássica delineia e individualiza os fatos fenomênicos
com critérios de observações que se passou a denominar objetividade forte, pois
lhes são dados contornos e existências independentes como se fossem objetos
reais e concretos. E aí se estabelecem os limites do realismo fenomênico.
Objetividade forte e realismo fenomênico construíram a ciência clássica e sua
estreita visão materialista da realidade, embasada na ilusão dos sentidos e no
separatismo. O homem teve, em uma época, a fátua pretensão de poder englobar
nas restritas fronteiras da objetividade forte toda a complexidade universal,
chegando ao cúmulo de considerar inexistente tudo aquilo que a extrapolava e se
colocava fora de sua estreita análise reducionista. <br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT" style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Com a descoberta da não-localidade, o homem, até então
cerceado pelas barreiras da objetividade, começou a divisar para além da bolha
espaço-tempo onde se restringe sua razão. E deu-se início, através da física
quântica, à construção do idealismo, uma nova ciência de observação do
imponderável e da compreensão do universo. <br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT" style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Heisenberg, inaugurando esse idealismo científico, usou o
termo potentia para designar essa outra realidade fenomenológica – palavra
utilizada por Aristóteles para definir o espaço que permeava o empíreo, o reino
dos deuses, e fonte da matéria primordial. Dizia Heisenberg que se deve pensar
em fatos físicos não como objetos concretos, mas como eventos em potentia,
ocupando um domínio não-local da realidade, transcendendo o espaço-tempo
situacional em que vivemos. A dimensão objetiva torna-se uma ínfima e ilusória
parte de uma estonteante realidade que transcende os limites do perceptível
pela consciência humana. Em potentia, os objetos não estão subordinados à
velocidade da luz e ao ritmo cronológico, podendo trocar informações
instantâneas e existir como possibilidades de manifestações.<br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT" style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Esse aparentemente novo idealismo nos faz recordar
exatamente as inferências de Platão no seu ilustrativo mito da caverna. Segundo
esse grande pensador, vivemos como prisioneiros em uma escura cova, onde percebemos
uma ilusória realidade, parcamente iluminada pelos albores que nos chegam de
uma realidade maior, que brilha além da sua abertura. A luz desse outro e
fundamental domínio projeta-se sobre os contornos dos objetos físicos, imersos
na penumbra, emprestando-lhes aparente realismo, pois todos existem em
plenitude somente fora dos estreitos e escuros limites dessa caverna. Eis,
assim, delineada uma visão atual do nosso universo físico, um condensado
espaço-tempo preso nas fronteiras da não-localidade – esta sim, a verdadeira
fonte da realidade que a tudo ilumina. <br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT" style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">David Bohm, outro físico da era quântica, registrando
essa mesma verdade, formulou igualmente a hipótese da existência de duas ordens
no universo: a implícita e a explícita. Segundo esse pensador moderno, o Todo
está edificado segundo essas duas ordenações, sendo a primeira, existente fora
da esfera espaço-tempo, a verdadeira e a qual se pode conhecer somente pelas
vias das abstrações intelectuais. Esta é que dá origem e orienta a ordem explícita,
aquela que se revela no mundo manifesto observável, nada mais que quimérica
construção dos nossos sentidos. A ordem implícita, pertinente ao universo
ideal, far-se-ia então a única realidade e o objeto último de conhecimento da
ciência.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT" style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Prevê-se que, em breve tempo, esse nascente idealismo
científico será acatado como verdade, desde a física à biologia, das artes às
filosofias, da medicina às religiões, dominando por completo todas as
expressões do pensamento humano. <br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT" style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Salto para a Unidade<br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT" style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Ante essa nova visão, o dualismo que nascera com
Descartes e fora fortemente alimentado pela ciência em seus quase três séculos
de objetividade forte, perdeu o seu significado como retrato da realidade. A
unidade partícula-onda tornou-se prenunciadora de uma unicidade fenomênica
universal, a fundir no Todo suas aparentes diversidades.<br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT" style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">E assim, o resultado último do estupendo movimento
lançado pelo paradigma quântico foi o desabrochar de uma nova visão de mundo
que se caracteriza pela unificação de todos os eventos físicos, dotando o
universo de um extraordinário sentido de unidade. <br />
Ao conceituar que a matéria nada mais é que uma onda colapsada, a visão
quântica superou definitivamente a dicotomia energia-matéria que vigorara na
ciência, como herança do dualismo cartesiano. Em última análise, todo evento a
se precipitar na realidade objetiva é um objeto quântico que se comporta de
modo semelhante, segue as mesmas leis fenomênicas e possui idêntica natureza
íntima. Estabelecia-se assim o fundamento unitário do universo físico e
dinâmico. Matéria e energia não podem mais se distinguir como substâncias de
propriedades independentes. Estava feita a união, já prevista pelo pensamento
de Einstein e enunciada pelas doutrinas espiritualistas. A realidade perdera a
sua concretude e compreendeu-se que tudo se sustenta em um substrato comum cujo
maior atributo é a imaterialidade. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT" style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Em busca desse elemento único, a mecânica quântica
compreendeu que toda manifestação física, seja energia ou massa, é uma íntima
vibração de uma mesma potência, cuja natureza não pode ser conhecida, mas que é
sempre idêntica a si própria, em todas suas múltiplas expressões possíveis na
realidade concreta.<br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT" style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">O monismo, definido como a doutrina da unidade e
apregoado por grandes filósofos do passado, como Plotino, Giordano Bruno,
Baruch Spinoza, e mais recentemente Pietro Ubaldi, encontrava, enfim, a sua
viabilidade no palco das especulações humanas.<br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT" style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Quadro sinóptico da velha visão clássica versus a nova
visão quantica do mundo:<br />
....Visão Clássica.........................Visão Quântica<br />
Dualidade partícula e onda.........Unidade partícula-onda<br />
Base material.........................Evento quântico imaterial<br />
Vazio puro.............................Vazio pleno<br />
Determinismo.........................Indeterminismo<br />
Objetividade...........................Subjetividade<br />
Separatividade........................Interconexão<br />
Localidade..............................Não-localidade<br />
Estabilidade............................Instabilidade<br />
Ponderabilidade.......................Imponderabilidade<br />
Linearidade.............................Não-linearidade<br />
Partes isoladas.......................Teia de eventos<br />
Precisão................................Imprecisão<br />
Realismo................................Idealismo<br />
Ontologia...............................Holismo<br />
Materialismo...........................Imaterialismo<br />
Causalidade ascendente............Causalidade descendente<br />
Dualismo................................Monismo<br />
Universo: uma grande máquina...Um grandiloqüente pensamento<br />
<br />
<br />
Consciência Quântica<br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT" style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">A despeito de todas essas novas e espetaculares
considerações, o aspecto mais importante suscitado pela nova física foi
demonstrar que os objetos quânticos são hábeis em interagir com o observador,
alterando a forma como se apresentam de acordo com a intenção de quem os
analisa. Por exemplo, se o experimentador usa um aparelho de medição de
radiações, o objeto quântico se mostra como onda; mas se este utiliza um
aferidor de massa, ele se revela como partícula. Essa interatividade entre o
observador e o fenômeno observado motivou, no âmbito da própria ciência, a
noção de que um campo consciencial não somente pode interferir na expressão do
objeto quântico, mas que ambos são objetos de mesma natureza.<br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT" style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">E logo surgiu a idéia de que a consciência seria o elemento,
pertinente ao universo virtual, capaz de provocar o colapso da onda quântica,
permitindo-lhe manifestar-se em suas variadas formas na dimensão real e
concreta em que vivemos. Portanto, passou-se a admitir a existência desse novo
domínio quântico – a consciência – aparentemente independente da dimensão
exterior e ao mesmo tempo nela fundido, que não era matéria ou energia,
possuindo, contudo, a mesma natureza de ambas as manifestações, uma vez que com
estas é capaz de interagir.<br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT" style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">O mais surpreendente, contudo, foi a inferência de que,
como um evento igualmente quântico, a consciência revelava-se hábil não só em
interagir ativamente com a dimensão exterior, mas igualmente <st1:personname productid="em produzi-la. Assim" w:st="on">em produzi-la. Assim</st1:personname>
compreendida, a consciência se mostrava agora ser o “único objeto” realmente
existente no universo.<br />
A consciência deixava de ser uma instância pertinente às sensações do eu e,
extrapolando o âmbito da psicologia, tornava-se agora um potencial
determinístico de ordem física. Em breve, um mais amplo sentido de unidade será
conferido à constituição do universo, pois esse novo e abstrato elemento, a
consciência, mostra-se ser, cada vez mais, o constructo capaz de unificar todos
os fenômenos quânticos e de sustentar a realidade, segundo seu inerente padrão
de observância. Assim compreendido, o primado da consciência será aceito como o
princípio organizador fundamental não só da dimensão física, mas, sobretudo, e
com muita mais propriedade, de todo e qualquer ser vivo. <br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT" style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">De todos os novos conceitos semeados pela física quântica,
esse tem sido, seguramente, o mais polêmico e de mais difícil aceitação pela
comunidade científica tradicional. Contudo, facilmente se conclui que a cada
dia esses pressupostos tornar-se-ão mais evidentes e crescerão no entendimento
do homem, pois este tem pressa em convencer-se de que é um domínio abstrato
muito além da matéria. <br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT" style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Espiritualismo Científico<br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT" style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Inegavelmente, as proezas quânticas evidenciavam aos
novos tempos um admirável mundo, desenhado com os traços imprecisos dos eventos
e as cores inefáveis da imponderabilidade, pinceladas pela consciência. A
cética análise científica, afeita à imagem newtoniana do universo e cativa do
dualismo cartesiano, permanece atribuindo às façanhas quânticas nada mais que
uma exótica realidade física subjacente ao cosmo infinitesimal. Ainda distante
do espetacular salto rumo à unidade, não lhe interessou interpretá-las à luz do
idealismo, e segue acreditando que física e consciência, assim como ciência e
religião, delineiam parâmetros que não se misturam.<br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT" style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Entrementes, os físicos intérpretes de uma ordem mística
na consideração desses conceitos acorreram a associar esse novo campo
fenomênico ao espírito. A identidade entre os atributos quânticos e as
propriedades da alma já anunciadas pelas escolas espiritualistas de todos os
tempos e culturas é evidente o bastante para que a razão humana a legitime.
Estavam abertas as janelas visionárias que farão evoluir os postulados da
mecânica quântica ao puro espiritualismo, em um novo e moderno renascimento
cultural. <br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT" style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Se a magia quântica realizara o extraordinário feito de
urdir perfeitamente a matéria à energia na equação diferencial de Schrödinger,
resta-lhe agora muito pouco para unificar, através de uma matemática elevada,
toda a complexidade universal em torno de seu único e último substrato: a
consciência. E então nada faltará para que o pensamento científico aceite que
essa consciência é o mesmo espírito, desvestindo-se do velho preconceito que o
impede de pronunciar tão antiga palavra, pejada de religiosidade, e rica de
elevados conceitos. XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX<br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT" style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">A existência desse campo consciencial criativo e
imaterial a extrapolar a dimensão física, deixando o estreito âmbito religioso
onde sempre existiu, torna-se a cada dia uma hipótese viável não só entre os
eruditos quânticos, mas igualmente a partir de outros modernos filósofos da
ciência. Encontramo-la, por exemplo, no pertinente princípio antrópico,
enunciado por esses pensadores hodiernos. Segundo esse interessante fundamento,
as leis físicas nasceram e sempre atuaram segundo o apriorístico propósito de
produzir um universo compatível com a futura manifestação da consciência em seu
bojo. Assim, de acordo com esse princípio, as forças básicas da natureza
atuaram, em toda a história do cosmo, como se conhecessem o futuro, adotando
exatos valores de modo a viabilizar a estabilização do átomo como entidade
fundamental e própria para a expressão da vida. Por exemplo, se a carga
elétrica do próton, a despeito de sua massa ser mil vezes maior, não fosse exatamente
a mesma do elétron, se as forças básicas – fraca, forte, eletromagnética e
gravitacional – diferenciassem frações mínimas de suas medidas originais, a
unidade atômica não seria viável e a consciência, em forma de vida, não teria
se manifestado no âmbito físico. <br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT" style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Com essas novas postulações, emergentes entre os místicos
da nova física, a linha de causalidade fenomênica inverteu o seu sentido. Se
antes a consciência nascia como um epifenômeno da matéria (causalidade
ascendente), esta agora é filha da consciência fenomênica, primeira e última
expressão real da existência (causalidade descendente). O domínio físico
torna-se manifestação última e concreta da consciência. A matéria
transforma-se, nessa nova dialética monista, em mero hálito do espírito. Assim,
imensos paradoxos da atual ciência dualista, finalmente, encontrarão soluções
plausíveis nesse monismo conceitual. (Para maiores detalhes da causalidade
quântica, veja o trabalho “Uma Nova Visão da Medicina”, neste site.) <br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT" style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">A seguir esse caminho de deduções, prevê-se que, mais
cedo do que se pensa, a física quântica efetivamente anunciará ao mundo que o
espírito, fonte da consciência, é não só um fato científico como também a única
realidade concreta da existência. Alicerçado em equações infinitesimais, ele
será compreendido como o agente unificador dos eventos quânticos, conferindo à
criação o seu mais estupendo sentido de unidade e imponderabilidade.<br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT" style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">A alma ganhará substância e manifestar-se-á com
irrefutável evidência ao concebível humano. E, uma vez admitida a sua completa
imaterialidade, a imortalidade será facilmente reconhecida, como quesito
fundamental, para grande alívio de todos aqueles que acreditam sermos herdeiros
da eternidade.<br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT" style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Uma nova Medicina para Um Novo Homem<br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT" style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Com a junção da física quântica ao espiritualismo, o
homem será entendido não mais como um casual amontoado de órgãos, porém um
domínio unitário de campos quânticos sutis produzidos e organizados pela
consciência, estabelecendo-se a perfeita fusão de sua trindade consubstancial –
matéria, energia e espírito. Assim, ele deixará de ser produto de suas
moléculas, o pensamento não mais será uma mera secreção cerebral e o genoma, o
determinante da construção orgânica. O homem, para grande proveito de si mesmo,
far-se-á, em última análise, uma edificação da própria consciência. Novos
modelos de saúde serão então suscitados para compreendê-lo e tratá-lo nessa
inovadora perspectiva.<br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT" style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">A nova física, seguramente, será convocada para a
edificação dessa revolucionária medicina. E certamente ela validará muitos
tratamentos até o momento inaceitáveis pela ciência médica contemporânea, como
a homeopatia, a acupuntura e as curas espirituais. No campo da não-localidade,
essas consentâneas, porém menosprezadas práticas terapêuticas. encontrarão os subsídios
científicos que lhes faltavam para validá-las como genuínos recursos de saúde
para o homem enfermo.<br />
Igualmente novos recursos terapêuticos serão desenvolvidos, utilizando-se os
mais avançados estudos e pesquisas no campo da ciência quântica. Recursos que
se sustentarão sobretudo na orientação da consciência como a mais genuína ação
curativa possível à unidade orgânica. E assim a medicina abandonará o exclusivo
de drogas químicas como solução última para os males humanos. <br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT" style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Em apoio à medicina, ciência e religião voltarão a se
unir, proporcionando ao homem o almejado bem-estar e o equilíbrio que ele
sempre aspirou. (Leia mais sobre essa nova visão médica no artigo “Uma Nova
Visão da Medicina”, neste site.)<br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT" style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Biologia Sagrada<br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT" style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Se no campo médico o paradigma quântico muito poderá
auxiliar na visão unitária do ser humano, as ciências biológicas igualmente
auferirão importantes benefícios com a nova compreensão da realidade. Uma vez
comprovado que todo objeto físico é uma emanação de forças sutis, com muito
mais propriedade assim também serão compreendidos os seres vivos. E do mesmo
modo que o homem, estes deixarão de ser quiméricos amontoados de órgãos para se
transformarem em processos vitais, dotados de uma consciência igualmente
imortal. Isso modificará substancialmente a biologia, orientando as suas
pesquisas na procura desse psiquismo ativo, pleno de intencionalidades, em ação
na unidade animal. <br />
Desse modo, facilmente se conceberá ser o espírito o campo abstrato que
interage e carreia as formas biológicas, efetuando preconcebidos e criativos
saltos evolutivos, segundo movimentos exatos, capazes de superar com eficiência
todas as dificuldades do meio ambiente em que se expressa a vida. E assim, o
reino do espírito implantar-se-á na biologia, sustentado pela imponderabilidade
quântica, joeirando definitivamente a aridez com que o materialismo científico
lhe conspurcou. <br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT" style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">A vida, em qualquer de suas expressões, será entendida
como um processo sublime, muito além da matéria. O homem, como nos tempos da
fé, curvar-se-á diante de suas maravilhosas expressões, admirando as formas
vivas como genuínas criações do espírito. E a biologia deixará de ser mero
estudo de corpos para se fazer a ciência sagrada da vida.<br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT" style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Da Ciência à Teologia<br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT" style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Como terminante conseqüência desse neo-espiritualismo
quântico, um Criador e Seu reino estão a um passo de serem redescobertos pela
razão humana e demonstrados como fatos científicos. <br />
Pelas janelas da mecânica quântica, os físicos místicos já prenunciam que a
não-localidade é não só o império da consciência fenomênica, mas igualmente a
dimensão onde se expressaria uma Consciência máxima, fonte de todas as outras,
cuja identidade coincide com a de um suposto Criador, segundo os mesmos
atributos determinados pelas antigas teologias. Por isso, Deepak Chopra, famoso
médico e escritor da atualidade, afirma: “Para além do espaço e do tempo,
encontra-se a fonte das possibilidades infinitas, um florescimento de vida,
verdade, inteligência e realidade que não poderá jamais ser reduzido. É a
promessa dos antigos visionários, e ela se confirma hoje”. <br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT" style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">E, de fato, torna-se lícito admitir que, se consciência
humana existe, interfere e produz a realidade física, ela necessariamente
advirá de alguma fonte abstrata comum e superior. Fonte facilmente identificada
como potentia, a realidade supradimensional concebida por Heisenberg, onde
impera, absoluta, a ordem implícita, preconizada por David Bohm. Seguramente,
esse é o caminho dedutivo que muitos físicos quânticos estão percorrendo para
se compreender as mais profundas razões filosóficas da vida e aceitar,
inclusive, a existência de Deus e a imortalidade da consciência. <br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT" style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">As grandes doutrinas religiosas da Terra sedimentaram
conhecimentos que aguardam da ciência explicações convincentes. Julgados inúteis
devaneios do fideísmo humano e abandonados como traste do pensamento pelo
materialismo científico, começam agora a ser admitidos como retratos genuínos
de uma realidade que transcende a matéria. O imponderável, constatado como
objeto real das modernas pesquisas no infinitamente pequeno, mostra-se a cada
dia mais próximo da dimensão abstrata do espírito, corroborando os enunciados
teológicos de todos os tempos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT" style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Acredita-se, desse modo, que não tardará o dia em que a
mecânica quântica irá acolher em suas avançadas teorias os corolários
religiosos, compreendendo-os como parte da mesma realidade subjacente que
sustenta o domínio físico.<br />
Desse modo, o idealismo científico far-se-á o perfeito elo entre o racionalismo
e a fé. E terminará por comprovar que potentia, o império superior da ordem
implícita, a não-localidade, fora do tempo e do espaço e o vazio quântico, além
do cone de relativismo que nos prende, são expressões que encontram perfeita
correspondência com o nirvana dos budistas, o mundo das idéias de Platão e o
céu com que sonharam os primitivos cristãos. <br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT" style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">Facilmente se elucidará que tudo que existe advém desse
reino fundamental, cuja origem e organização somente poderão ser imputadas a um
ingênito Criador. A dimensão em que respiramos será admitida como uma pálida e
ilusória cópia dessa realidade maior, habilmente construída pela consciência, a
fim de manifestar-se na realidade objetiva.<br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span lang="PT" style="color: #4d4d4d; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-ansi-language: PT;">E assim religião e ciência, urdindo seus preceitos
fundamentais, encontrar-se-ão no palco da imponderabilidade quântica, dando-se
as mãos, em perfeita concórdia, na condução do homem às fronteiras do Infinito.
<br />
.............................................................................................................<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
conforti1928@hotmail.comhttp://www.blogger.com/profile/03611925017204025239noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-55977584974426048.post-18999716745708283082014-03-25T09:19:00.001-07:002014-03-25T09:25:36.596-07:00INTERPRETANDO OS SÁBIOS<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 30.8pt;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">(10) COMO
ENTENDER O CHAMADO (Jan 2008)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 30.0pt;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">(jcl-ribpreto) <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 30.0pt;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> Uma
tentativa de compreender as palavras de Jesus, como estão nos evangelhos, e de
outros sábios, de conformidade com o
entendimento dos místicos e da filosofia da ciência moderna. Não esquecer que
Jesus falou do ponto de vista de um iluminado; por isso, muitas coisas parecem
exageros ou absurdos àqueles que, como nós, ainda estão na escuridão da
ignorância.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 30.0pt;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> Obs:
Embora, longo este texto pode ser lido aos poucos sem q se perca a
seqüência. Pode haver erros ou falhas,
pois este texto está há muito tempo em “meus documentos” e, não sei porq, isso
faz que, em meu computador, palavras ou trecho se percam. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 142.5pt;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">.......................................................
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 142.5pt;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Aquele que olhar para trás não pode seguir-me...
’ (desprender-se do passado, que é o próprio ‘eu’/ego/mente individual, dos
planos e desejos que deixou para o futuro (e, portanto, estão na memória, no
ego), e partir para o novo trabalho, o trabalho para a busca do reino (‘Buscai,
em primeiro lugar o reino de Deus...) sem ter saudades, sem ficar preso às
coisas antigas; deixar as lembranças e viver com atenção no presente, no Agora; só assim se segue Jesus. O
passado é memória, e esta é que forma o ego, com todos os seus conflitos, medos,
dúvidas, ilusões, crenças, suposições, sofrimentos; temos, pois, de fazer cessar
o passado, a memória, o ego. São finitos, e o finito nunca poderá perceber o
infinito.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Aquele que não abandonar pai e mãe para
seguir-me, não é digno de mim... ’ (a busca é tão enfatizada por Jesus que ele
diz que pai e mãe não são tão importantes quanto ela; ‘seguir-me’ não é imitá-lo
ou acompanhá-lo, mas seguir seus ensinamentos sendo o mais importante o ‘buscai
em primeiro lugar... ’; ‘não é digno de mim’ significa não poder chegar à
consciência crística, se não segui-lo). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Ou Deus ou Mamon. ’ (idem; felicidade ou
sofrimento? Escuridão ou luz? Seguir os ensinamentos de Jesus ou continuar com
os condicionamentos que nos dão interpretação enganosa, ilusória, das coisas do
mundo e o conseqüente sofrimento?).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘O caminho estreito e pedregoso... ’
(abandonar o velho caminho que já estamos acostumados a percorrer pelo
condicionamento em que o ego está mergulhado; nós o supomos mais seguro e suave
e de porta mais larga e nele depositamos toda nossa confiança, por ser nosso
velho conhecido; e partir para o desconhecido, que nos traz insegurança e medo,
mas aí é onde está o novo, a novidade.
Tudo aquilo que é conhecido (e o ‘eu’ é tão somente produto do conhecimento)
tem de cessar para que encontremos o novo, o desconhecido, o sagrado).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Renúncia...’ (ao pensar, ao modo de conhecer
dualista, ao passado e ao
futuro, que não passam de lembranças e expectativas, imaginações e crendices,
ilusões e opiniões, dissipadoras de nossas energias, que devem ser acumuladas para
o trabalho da eliminação do ego, que isso que faz despontar o ‘satori’, a
percepção do sagrado).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘O Reino de Deus deve ser tomado pela
espada’ (quem não se violentar e destruir o hábito e o condicionamento de
pensar, interpretar, conceituar, julgar tudo o que os sentidos apreendem ou que
a memória e as associações trazem, não poderá ‘entrar’ no reino; essa entrada
exige reserva de energia psíquica que é constantemente dissipada pelas
operações mentais: pensamento, imaginação, lembrança, preocupação, expectativas,
emoções, raciocínio etc., coisas que não permitem que o cérebro fique em
silêncio, coisas que constituem o ego e, como essas coisas devem cessar, temos
de fazer cessar o ego, fato que a meditação pode proporcionar).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Orai e vigiai... ’ (oração ou meditação, e
atenção; esteja sempre atento a tudo que faz, não para não errar, mas apenas
para estar atento; quando há atenção
completa não nascem pensamentos, fato que faz o ego se afastar, não
interferindo com suas associações, interpretações, emoções, expectativas e
memórias; e quando o ego se afasta, não há identificação com o conteúdo mental,
pois este também se afasta. O conteúdo mental é o próprio ego. Não havendo a
identificação com o conteúdo mental, cessam os sofrimentos e conflitos. E,
quando o ‘ego/eu inferior/mente condicionada, “ não é, Deus é”, reza o Velho
Testamento; e, ainda, como disse o profeta: ‘Aquieta-te e sabe: Eu sou Deus!).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘É mais fácil um camelo passar pelo buraco
da agulha, do que um rico entrar no reino dos céus...’ (não por ser rico, mas pelo
inevitável apego aos bens, o
que constitui medo, preocupação, distração, desatenção, obstáculos à meditação. Esta pode nos mostrar aquilo
que realmente somos).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Bem-aventurados os humildes de espírito,
os que choram, os mansos, os que têm sede de justiça, os misericordiosos, os
limpos de coração, os pacificadores, os que são perseguidos por causa da
justiça, os que são caluniados e perseguidos por causa do meu nome. Alegrai-vos
e exultai porque é grande vossa
recompensa nos céus... ’ (esses são os que chegaram ou estão chegando ‘lá’; são considerados pelos demais
como tolos, ultrapassados, ridículos, fracos, loucos; mas, na realidade, são
bem-aventurados; sua recompensa é grande: descobriram a jóia oculta e
estão cheios de felicidade; nada lhes abala o ânimo...; eles são a luz do mundo
e o sal da terra) (Mt 5). (Os humildes de espírito, pobres de espíritos:
aqueles que aniquilaram o ego, o eu, mente localizada...)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Vós sois o sal da terra, a luz do mundo...’
(Vós, isto é, os que chegaram lá, pois dão sentido às coisas. Os sábios
afirmam: a vida só tem significado quando se chega lá, isto é, quando se tem a
percepção daquilo que realmente somos. Enquanto não se chega lá, enquanto não
se tem o percebimento do que realmente somos, somos apenas subumanos e a vida
não tem sentido; é fútil e cheia de sofrimentos). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Brilhe vossa luz diante dos homens...’
(ao que teve que seja apenas um
vislumbre da ‘coisa’ não lhe é possível calar-se; vejam os exemplos de Jesus, Meister
Echkart, Giordano Bruno e outros, que enfrentaram a morte, mas não deixaram de
fazer sua luz brilhar, cheios de compaixão pelos que não conheciam, ainda, a verdade; para eles, o sofrimento e a
ignorância cessaram; para estes, continuam. E Jesus aconselhou a não se colocar
a luz sob o alqueire, mas sobre
o velador para que ilumine a todos...)
(Mt 5:15).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Eu sou a luz do mundo; aquele que me
segue de modo algum andará em trevas; pelo contrário, terá a luz da vida.’ (o
caminho, para se seguir Jesus, é para dentro de nós, em direção ao ‘eu’; como
disseram Jesus, Paulo e outros sábios, ‘o reino de Deus está dentro de nós’; para
aquele que chegou onde está Deus não haverá mais trevas; somente luz e
bem-aventurança; pela iluminação o mundo não mudará, mas nossa visão do mundo
será totalmente mudada para melhor, para a realidade, e teremos, não mais a
escuridão da ignorância, mas a ‘luz da vida’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Aquele que violar um destes mandamentos,
por menor que seja..., mas aquele que os guardar e ensinar...’ (este é feliz, pois,
se souber ensinar, é porque já chegou ‘lá’, como Jesus, Buda e outros; aquele
que violar os mandamentos sofrerá, não pela violação, mas porque ainda não
chegou lá (sofrimento natural para todos que não chegaram, pois a compreensão,
fruto do percebimento do sagrado, ainda não se lhes despontou).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Todo aquele que se irar contra seu
irmão...’ (ainda não compreendeu; ira-se contra si mesmo, pois, conforme as
tradições místicas e, hoje, a própria ciência mais avançada, ‘uma só e a mesma a mesma consciência’; por
isso Jesus afirmou: ‘o que fizerdes a um destes pequeninos, a mim mesmo o
fizestes’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Reconcilia-te, primeiro, com teu
irmão;... só então vem diante do altar fazer tua oferta... ’ (nada de
ressentimentos; a escolha não é nossa, como ensinam os místicos e as escrituras
e, hoje, a física quântica: ‘é o senhor que opera em nós o pensar e o fazer’; em
conseqüência, nem o acerto, nem o erro são nossos; logo, nem o irmão, nem nós
somos culpados; e, se há ressentimentos, não há clima para a meditação).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Não jureis de modo algum... Dizei somente
‘Sim’, se é sim; ‘Não’, se é não. Tudo o que vai além disso vem do maligno...’
(sê sempre sincero, leal, franco, amigo, honesto de modo que todos creiam em
ti, sem necessidade de juramentos; agindo assim, as condições mentais (tranqüilidade)
para a meditação melhoram. Se não agimos assim é porque estamos ainda
mergulhados na ignorância; na escuridão que representa o maligno...).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Não resistas ao mau. Se alguém te ferir a
face direita, oferece-lhe, também, a esquerda. Se alguém te tirar a túnica,
dá-lhe, também, a capa. Se alguém obrigar-te a andar uma milha com ele... ’ (sê
pacífico, sereno, paciente, mesmo que te julguem tolo, fraco, covarde...;
lembra-te que ‘a sabedoria de Deus é loucura para os homens’, como disse ; e a serenidade é um dos requisitos para a
preparação da mente que tenta a meditação; e, ainda, segundo as escrituras e,
hoje, também a física quântica, nós não escolhemos, não decidimos nada, pois ‘é
o Senhor que opera em nós o pensar e o fazer’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Dai a quem vos pede e não fujais daquele
que vos quer pedir emprestado...’ (quando auxilias alguém, estás auxiliando a todos
em geral, e, logo, a ti mesmo; não esquecer que todos nós somos apenas um).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Amai os vossos inimigos, fazei o bem aos
que vos odeiam, orai pelos que vos perseguem e maltratam...’ (esse é o ponto de
vista do iluminado; ele compreendeu que a harmonia entre todos é importante
para a qualidade de vida e, logo, para a tentativa de meditação; e mais: a
escolha, a decisão para fazer alguma coisa não é nossa, pois ‘é o Senhor que
opera em nós o pensar e o fazer’). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Se amais somente os que vos amam, que
recompensa tereis?’ (que fazeis de mais? E, por cima, estais ainda na
ignorância, errando, pois todos somos um e ninguém escolheu ter esse ou aquele
comportamento. Ainda mais, o amor verdadeiro só se adquire quando se tem o
percebimento de que ‘eu e o Pai somos um’, que a perseverança na meditação pode
trazer).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Sede perfeitos, assim como vosso Pai
celeste é perfeito... ’ (busque a Deus, a verdade, cujo encontro traz tudo
aquilo que denominamos perfeição; isso se pode conseguir pela meditação; e
Jesus disse: ‘buscai, em primeiro lugar, o reino de Deus, que tudo o mais virá
por acréscimo’, isto é, com o auto-conhecimento, que é o percebimento daquilo
que realmente somos, não teremos necessidade de mais nada; estaremos
plenificados e livres: ‘conhecereis a verdade e a verdade vos libertará’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Que
tua mão esquerda não saiba o que faz a direita... ’ (dá teu auxílio, amor,
vibração, atenção, em segredo; ninguém precisa saber; se permites que outros
saibam, é provável que te enchas de orgulho e vaidade, coisas que constituem
distrações e perturbam a meditação. Conforme o cristianismo primitivo, o
cristianismo ensinado por Jesus, a distração ou desatenção era o mais grave pecado (o mais sério obstáculo à
meditação), e a maior virtude era a atenção).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Não jureis de modo algum... Dizei somente
‘Sim’, se é sim; ‘Não’, se é não. Tudo o que vai além disso vem do maligno...’
(sê sempre sincero, leal, franco, amigo, honesto de modo que todos creiam em
ti, sem necessidade de juramentos; agindo assim, as condições mentais
(tranqüilidade) para a meditação melhoram. Se não agimos assim é porque estamos
ainda mergulhados na ignorância; na escuridão que representa o maligno...).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Não resistas ao mau. Se alguém te ferir a
face direita, oferece-lhe, também, a esquerda. Se alguém te tirar a túnica,
dá-lhe, também, a capa. Se alguém obrigar-te a andar uma milha com ele... ’ (sê
pacífico, sereno, paciente, mesmo que te julguem tolo, fraco, covarde...;
lembra-te que ‘a sabedoria de Deus é loucura para os homens’, como disse Paulo;
e a serenidade é um dos requisitos para a preparação da mente que tenta a
meditação; e, ainda, segundo as escrituras e, hoje, também a física quântica,
nós não escolhemos, não decidimos nada, pois ‘é o Senhor que opera em nós o
pensar e o fazer’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Dai a quem vos pede e não fujais daquele
que vos quer pedir emprestado...’ (quando auxilias alguém, estás auxiliando a
todos em geral, e, logo, a ti mesmo; não esquecer que todos nós somos apenas
um).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Amai os vossos inimigos, fazei o bem aos
que vos odeiam, orai pelos que vos perseguem e maltratam...’ (esse é o ponto de
vista do iluminado; ele compreendeu que a harmonia entre todos é importante
para a qualidade de vida e, logo, para a tentativa de meditação; e mais: a
escolha, a decisão para fazer alguma coisa não é nossa, pois ‘é o Senhor que
opera em nós o pensar e o fazer’). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Se amais somente os que vos amam, que
recompensa tereis?’ (que fazeis de mais? E, por cima, estais ainda na
ignorância, errando, pois todos somos um e ninguém escolheu ter esse ou aquele
comportamento. Ainda mais, o amor verdadeiro só se adquire quando se tem o
percebimento de que ‘eu e o Pai somos um’, que a perseverança na meditação pode
trazer).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Sede perfeitos, assim como vosso Pai
celeste é perfeito... ’ (busque a Deus, a verdade, cujo encontro traz tudo
aquilo que denominamos perfeição; isso se pode conseguir pela meditação; e
Jesus disse: ‘buscai, em primeiro lugar, o reino de Deus, que tudo o mais virá
por acréscimo’, isto é, com o autoconhecimento, que é o percebimento daquilo
que realmente somos, não teremos necessidade de mais nada; estaremos
plenificados e livres: ‘conhecereis a verdade e a verdade vos libertará’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Que tua mão esquerda não saiba o que
faz a direita... ’ (dá teu auxílio, amor, vibração, atenção, em segredo;
ninguém precisa saber; se permites que outros saibam, é provável que te enchas
de orgulho e vaidade, coisas que constituem distrações e perturbam a meditação.
Conforme o cristianismo primitivo, o cristianismo ensinado por Jesus, a
distração ou desatenção era o
mais grave pecado (o mais sério obstáculo à meditação), e a maior virtude era a
atenção).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Quando orardes, entrai no vosso quarto
(dentro de vós mesmos) e, fechada a porta (cessada a ação dos sentidos e da
mente) orai a vosso Pai que vos ouve em oculto (no mais íntimo de vosso ser;
orai em silêncio, a ‘oração de recolhimento’, ensinada por Teresa de Ávila e
pelos místicos, oração sem palavras ou pensamentos, oração em que todos os sentidos,
memória e esperanças são ‘recolhidos’; sem qualquer movimento ou operação da
mente; essa oração, se bem feita, pode resultar na ‘oração de quietude’, na
qual há completo silêncio mental, o ego cessa (‘ou eu, ou Deus’) e, com ele
cessam todos os condicionamentos e ilusões, e a ‘coisa’ pode acontecer... (MT
6:5). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> A oração ‘o Pai Nosso’, contida nos
Evangelhos, é bem possível que fosse assim, pois Jesus já conhecia a verdade de
que era ‘um com o Pai’, sabia que todos somos um só; que a vontade de Deus
sempre prevaleceria:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘O Pai nosso está no céu e em todo o
universo; seja o seu nome, Eu Sou, que é o mesmo ‘eu sou’ de todos nós,
considerado sagrado por todos (considerado de suma importância pois representa
a própria divindade, a Consciência Universal). Venha a nós a percepção de que
somos de seu reino, de sua mesma natureza. Que saibamos que a vontade de Deus é
feita, inapelavelmente, tanto em nós (pois a escolha, as decisões não são
nossas), na terra, como nos céus, e em todo o universo (portanto temos de
aceitá-la, pois não há o que fazer contra ela). E que tenhamos, cada dia, a
energia para o impulso necessário para nos levar a essa percepção. Que
perdoemos sempre os nossos devedores (pois as ações que fazemos, como as que
eles fazem, não são nossas; nada escolhemos, pois “É o Senhor que opera em nós
o pensar e o fazer”). Que não caiamos na tentação de praticar atos errados, dos
quais mais tarde nos arrependamos (e, por isso, soframos remorsos); e saibamos,
pois, livrar-nos da prática do mal e, por experiência própria, que o reino
divino de poder e glória já é nosso desde todo o sempre. Assim seja’<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">A
oração não conteria pedidos a Deus, mas exortações, lições aos homens. Afirmam
os sábios e, hoje, a filosofia da física quântica, que nada fazemos por nós
mesmos, não escolhemos, nada decidimos; logo, não há o que perdoar ou pedir
para nós ou para outrem; já estamos ‘lá’, só nos falta a percepção desse fato,
percepção que é a coisa mais importante a ser tentada pelo homem, como
asseguram os iluminados e os grandes psicólogos da moderna psicologia
transpessoal e outros, como o renomado psicoterapeuta Carl G. Jung.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Se não perdoardes aos homens suas
ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará... ’ (quando tiveres amor e
compreensão suficientes para perdoar as ofensas dos outros, talvez seja sinal
de que estás próximo da percepção do Pai; aí, verás que nada há a ser perdoado
a ninguém; não escolhemos os erros nem os acertos; toda escolha vem de Deus;
talvez, ignorantes por não termos chegado ainda lá, julguemos que não somos
perdoados, pelo Pai, pelos erros que praticamos e que, por isso, ainda somos
castigados, pois, para nós, ainda haverá sofrimento, sinal de que estamos
distantes daquela percepção, distantes da compreensão).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Não
ajunteis para vós tesouros na terra...’ (trarão mais apego e tornarão mais
difícil a busca, pois isso traz preocupação, desatenção, medo que são obstáculos
à meditação). ‘Ajuntai tesouros nos céus... ’ (isto é, buscai a Deus cuja
percepção é o maior tesouro que se pode encontrar, inimaginável e incomparável,
tanto que quem o deseja até ‘abandona pai e mãe’, ou ‘vende tudo o que tem para
comprar aquele campo’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘O
olho é a luz do corpo; se teu olho é são, todo o teu corpo será iluminado; se
teu olho estiver em mau estado, todo teu corpo estará em trevas; se a luz que
está em ti são trevas, quão espessas deverão ser tuas trevas...’ (o olho, o
canal mais importante e perfeito de comunicação com o exterior, que nos
proporciona a percepção do mundo e sua interpretação pela mente; se esse canal
é são, isto é, se já proporciona a interpretação correta, será porque tivemos a percepção do divino; então
conhecerás que tu mesmo és muito mais do que aparentas ser porque já superastes
os condicionamentos; para isso, autoconhecimento, que só pode vir com a meditação...;
se teu olho é são, isto é, se já vês sem obstáculos (se já interpretas
corretamente) é que tens aquela percepção, estás iluminado; se teu olho está em
mau estado, isto é, se ainda interpretas erradamente, é sinal de que estás ainda
condicionado pelas crenças, religiões, cultura, ilusões, suposições, isto é,
estás ainda distante da percepção de Deus e, para ti, ainda haverá trevas,
sofrimentos e conflitos).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Ninguém
pode servir a dois senhores... Não podeis servir a Deus e às riquezas... ’
(dinheiro, poder, glória, fama, tudo que o dinheiro, o poder ou outra qualquer
coisa pode comprar, o que faz aumentar o orgulho ou a vaidade de ter mais, que,
como vimos, são obstáculos à meditação).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Não vos preocupeis por vossa vida, pelo que
comereis, nem por vosso corpo, como vos vestireis...’ (nada escolhemos e o Pai
é o supridor, o suprimento e o suprido; a preocupação não nos deixa viver no
presente eterno; faz-nos viver com as lembranças das coisas que não fizemos ou
que fizemos no passado e, com a imaginação naquilo que temos a fazer no futuro,
no vir a ser; assim, sempre lembrando ou esperando, nunca estamos no Agora (que
é o único tempo que existe), fato que mostra que não estamos atentos ao presente; a atenção impede
a dissipação de energia necessária para o despertar, energia que se perde com
as operações mentais).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus
e tudo o mais vos virá por acréscimo... ’ (este é o mais importante trabalho
que o ser humano tem de fazer, senão porque deveria, esse estado de
bemaventurança, o reino, ser buscado em ‘primeiro lugar’, ser a primeira coisa
a ser procurada? Com o percebimento do divino, estaremos completos; à luz dessa
percepção cessam todos os conflitos, ignorância, dores e necessidades; e,
conforme Jesus, é o que deve ser feito em primeiro lugar, antes de qualquer
outra coisa, pois essa condição, o reino, é maior que qualquer outra posse ou
bem. Encontrado o reino compreenderemos a afirmação de Jesus quando disse: ‘Conhecereis
a verdade e a verdade vos libertará’, porque isso é a nossa libertação de toda
a ignorância e de todo o sofrimento). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Não vos preocupeis, pois, com o dia de
amanhã... a cada dia basta seu cuidado... ’ (as experiências do dia-a-dia
trazem amadurecimento; por isso, sempre atenção ao presente, particularmente às
nossas reações internas, psicológicas, decorrentes da percepção dos eventos
externos, do mundo. Não nos preocupemos com os dias futuros, nem com os dias passados,
pois isso nos afasta da única coisa real, o Agora... Atenção, apenas, ao
presente sem fim, que é a própria eternidade; e, além disso, não nos esqueçamos
de que não escolhemos, não decidimos nada em nossa vida, embora nos pareça que
escolhemos e que decidimos).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Não julgueis..., não olheis o argueiro no
olho de vosso irmão...’ (nem sabemos o tamanho da trave que está em nossos
olhos; nada escolhemos; o argueiro no olho do irmão (o erro, o defeito, o vicio)
não foi culpa dele, portanto; quando não nos preocupamos com julgamentos etc, não
estamos dissipando energia que é necessária para o ‘satori’...).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Não lanceis aos cães as coisas santas...’
(para muitos, o momento de se interessar pela auto-realização ainda não chegou;
como no budismo Zen: ‘se você tem alimentos (conhecimentos) sobrando, deixe a
porta aberta e os alimentos à vista; aquele que desejar, entre e se sirva’; não
force ninguém. No entanto, Jesus ensinou que se deve colocar a luz, não sob o
alqueire, mas sobre o velador, para que ilumine a todos. Mas, disse também:
‘Não atireis perolas aos porcos que eles as destruirão com as patadas’, isto é,
nunca tente impor sua verdade).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Pedi, buscai, batei...’ (isto é, seja
perseverante na tentativa de ir além; tente e tente a meditação).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Quem dentre vós dará uma pedra ou uma
serpente se vosso filho vos pedir pão ou peixe? Se vós, que sois maus (que
ainda não percebestes), sabeis dar coisas boas a vossos filhos, quanto mais
vosso Pai celeste dará boas coisas aos que lhe pedirem...’ (novamente, pedi,
buscai, batei, isto é, perseverai... pois as coisas que o Pai tem para nos dar
são inimagináveis; como Paulo falou: ‘vi e ouvi coisas inefáveis’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Tudo que quereis que os homens vos façam,
fazei-o vós a eles. Esta é a Lei e os Profetas... ’ (isto é, isto resume os
ensinamentos do velho testamento para uma vida melhor no espaço-tempo; agora,
Jesus trouxe novas lições, não só para uma vida melhor, mas para a calma da
mente e a preparação para a percepção da verdade; remorsos ou culpas são
obstáculos à meditação, pois perturbam a atenção...). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Entrai pela porta estreita, pelo caminho apertado...
’ (a porta larga e fácil é a já conhecida, a vida comum; a estreita é a da
busca, a desconhecida, incompreendida por muitos, e pode levar a Deus; é
estreita só na aparência... e, aparências não são a verdade. Segundo os sábios,
‘o mundo aceita e segue o caminho tradicional’, a porta larga e fácil, imitando
e repetindo os mesmos erros, sempre e sempre e, por isso, sofre... ) <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Pelos frutos os conhecereis...; uma árvore
boa não pode dar maus frutos... ’ (pelos frutos conhecereis os que estão
próximos ou que já chegaram ‘lá’; a estes, o estarem ‘lá’ lhes despertou
discernimento e compaixão; só agirão corretamente, só darão bons frutos, pois
tiveram o percebimento). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Toda árvore que não der bons frutos será
cortada e lançada ao fogo... ’ (‘não dão bons frutos’ porque ainda errarão,
pois não conheceram a verdade; os que ainda não chegaram ‘muitos pesares ainda
terão’, como diz o poema Zen; mas não como castigo, e sim porque permanecem na
escuridão, sem compreender e, assim, continuarão no ‘fogo’ do sofrimento).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Nem
todo aquele que diz: ‘Senhor! Senhor!’ entrará no reino dos céus, mas aquele
que faz a vontade de meu Pai...’ (essa vontade é a vontade daquele que ensinou:
‘Buscai em primeiro lugar o reino de Deus... ’ Este versículo é
importantíssimo, pois mostra claramente o que deve ser procurado em primeiro
lugar na vida de qualquer um; não as riquezas, o amor, o poder, a paz, ou a
felicidade, mas o reino dos céus que, quando encontrado, supre todas as
necessidades; nada mais precisa ser buscado; ‘... tudo o mais virá como
acréscimo’. Analise e perceba!).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Aquele que ouve minhas palavras e não as
cumpre é semelhante a um homem insensato que construiu sua casa na areia. Caiu
a chuva, vieram as enchentes, sopraram os ventos e investiram contra aquela
casa, e ela caiu, e grande foi sua ruína.’ (se não chegaram lá, ‘muitos pesares
ainda terão’. As palavras mais importantes de Jesus devem ter sido estas: ‘Buscai
em primeiro lugar o reino... ’, coisa que os insensatos, isto é, os ignorantes
das coisas de Deus, não fazem; por isso, é como se houvessem construído sua
casa sobre a areia; por mais que queiram e alcancem aquilo que, no
espaço-tempo, ambicionam, nunca estarão completamente felizes porque logo
estarão desejando novas coisas que os satisfaçam, novas satisfações).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘A tua fé te curou...’ (não a fé na
palavra do pastor, do sacerdote, mas a fé-convencimento vinda de um ‘insight’
que, instantâneo, pode acontecer não ser percebido pela nossa mente
(inconsciente, portanto), ou vinda da percepção de Deus; para aquele que
‘percebeu’ não há obstáculos; ‘tudo o mais virá por acréscimo...’, como ensinou
Jesus).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Que te importa a ti? Segue-me tu.’ (não
se importe com o que o mundo faz, diz, ou pensa; ‘não ponha outra cabeça acima
da sua’, como ensinam os sábios; seja você mesmo, independente e sem apegos;
procure sua própria experiência, sem deixar que a opinião dos outros o perturbe
e o faça afastar-se do caminho).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Porque receais, gente de pouca fé?’ (se
não cremos, estaremos cheios de medos; tentemos, ao menos, experimentar. Alguém
só pode afirmar que algo é falso, ou absurdo, depois de experimentá-lo ele
mesmo).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘São os doentes que precisam de médico...’
(os sãos, os que chegaram ‘lá’, não mais precisam, nem de religiões, escrituras
ou crenças, nem de mais nada, pois ‘o demais lhes virá por acréscimo’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Não vim chamar os justos, mas os
pecadores.’ (idem).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘... ide, antes, às ovelhas perdidas’ (os
que chegaram ensinem aos que ainda não chegaram e, por isso, estão perdidos,
pois não conhecem a verdade)... <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Por onde andardes anunciai o reino de
Deus’ (ensinai como chegar lá, coisa que, parece, as igrejas não fazem), <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Curai os doentes, ressuscitai os mortos,
purificai os leprosos, expulsai os demônios... ’ (aquele que chegou ‘lá’ está
convencido, pois conheceu a verdade e tudo, então, lhe é possível fazer; o
‘campo das infinitas possibilidades’, citado por Maharish Maharesh Yogi). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Recebestes de graça, de graça dai.’ (‘não
é por vossas obras, mas pela graça de Deus que sois salvos’; assim, aquele que
conheceu a verdade ensine como se chegar a ela, como Jesus e outros sempre
ensinaram; infelizmente, as religiões organizadas não deram ênfase a esses
ensinamentos, que são os mais importantes, dos quais, assim, muitos foram
esquecidos). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 30.0pt;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘O
operário seja digno do seu salário... ’ (‘Conhecereis a verdade e a verdade vos
libertará’; se você busca com perseverança, seriamente e sem preconceitos, será
digno do percebimento que terá).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Eu vos envio como ovelhas no meio de
lobos; sede, pois, prudentes como as serpentes’ (usai vosso raciocínio e
inteligência), ‘mas simples como as pombas... ’ (isto é, nada receeis; sede
humildes e confiantes; afinal, toda escolha vem de Deus; embora não
compreendamos, tudo é obra de Deus, pois ‘é o Senhor que opera em nós o pensar e
o fazer’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Sereis, por minha causa, levados aos
tribunais e diante de reis e governadores. Dai testemunho a eles. Não vos
preocupeis com o que haveis de falar: ser-vos-á inspirado... ’ (‘o Senhor opera
em nós o pensar, o querer e o fazer’; não temos a paternidade nem de nossos
pensamentos; então, por que nos preocuparmos? Não adianta ‘espernear’; a
escolha não é nossa, conforme as palavras de Jesus e a filosofia da física
quântica).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Sereis odiados’ (hostilizados, incompreendidos,
considerados loucos, tolos) ‘por causa de meu nome..., mas aquele que
perseverar até o fim será salvo... ’ (‘batei, pedi, buscai... ’, isto é, teime,
persevere, mesmo que os demais não o compreendam. Como disse o sábio: ‘Não
seremos compreendidos nem pelos que mais nos amam, porque eles, abençoados
sejam, estão dormindo e julgam que quem está despertando está ficando louco’; e
Paulo: ‘a sabedoria de Deus é loucura para os homens’; e, ainda, Jesus: ‘Que te
importa a ti! Segue-me tu’). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Não temais aqueles que matam o corpo, mas
não podem matar a alma..., temei, antes, aquele que pode precipitar a alma e o
corpo na geena... ’ (de novo, como não escolhemos, tudo pode nos suceder. Tudo
é incerto e, portanto, imprevisível. Talvez, por isso, Krishnamurti tenha
recomendado indiferença e uma boa dose de humor, frente aos eventos da vida. Temamos,
sim, a ignorância, isto é, o não-percebimento, que pode nos ‘precipitar’ na ‘escuridão de um estábulo’, no dizer de
Boheme, na geena (sofrimento), pois ainda estaremos sem compreensão das coisas
do mundo. Mantenhamos a mente aberta, sem preconceitos e sem receios tolos. Busquemos
o auto-conhecimento, que a meditação pode nos dar. Não esqueçamos as palavras
de Paulo: ‘estudai de tudo e guardai o que for bom... ’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 341.25pt;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Nada
sucede sem a vontade do Pai... ’ (a escolha não é nossa, logo nem a decisão). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘(a
Pilatos:) Nenhum poder teríeis se do alto não vos fosse dado’ (idem). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> “Ninguém
vem a mim se o Pai, que me enviou, não o mandar a mim!”Até para seguir Jesus a
escolha não é nossa; essa decisão vem do alto,
de Deus...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; line-height: 150%;">
<em><span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 14pt; font-style: normal; line-height: 150%;"> “Ou não sabeis que o vosso
corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e
que não sois de vós mesmos?”, não somos de nós mesmos, não temos autonomia...</span></em><i><span style="font-family: 'Book Antiqua', serif; font-size: 14pt; line-height: 150%;"><o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Quem der testemunho de mim diante dos
homens, também dele eu darei testemunho diante do Pai... Aquele, porém, que me
negar diante dos homens, eu o negarei diante do Pai.’ (dar testemunho, isto é,
divulgar e seguir o que ele ensinou; aquele que não fizer isso será, com
certeza, porque não teve o percebimento, não compreendeu, e a ‘negação frente
ao Pai’ são os muitos pesares que, inevitavelmente, ainda o acometerão, porque
ainda não compreendeu).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Quem não toma sua cruz e me segue, não é
digno de mim... ’ (quem não compreende que não há escolha, e que, por isso,
tudo é imprevisível, não se livrará dos pesares, dos medos e conflitos. Somente
quem busca (isto é, quem toma sua cruz, o trabalho de buscar) é digno da
libertação que a busca pode trazer; ‘Conhecereis a verdade e a verdade vos
libertará’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Aquele que tentar salvar sua vida,
perdê-la-á... ’ (vida, isto é, prestígio, riquezas, poder, tudo aquilo pelo que
os homens, em geral, pensam que vale a pena viver; tudo isso são distrações,
perturbando a meditação e o conseqüente percebimento, sobretudo se houver apego;
tudo isso nos faz perder o percebimento, que constitui a verdadeira vida). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘O reino dos céus é arrebatado à força e
são os violentos que o conquistam... ’ (aqueles que destroem o estabelecido, o convencionalismo
e o condicionamento; os que não se amarram nem ao passado, nem ao futuro, isto
é, não se prendem às lembranças nem às expectativas; isso não deixa de ser
violência contra a cultura e os costumes, mas é atenção ao presente, ao aqui-agora).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Vinde a mim todos vós que estais aflitos
e eu vos aliviarei. ’(os que chegam lá são aliviados. Jesus deve ter dito: ‘ide
ao Eu’, isto é, penetrai no mais profundo de vós mesmos e encontrareis alívio,
pois é ali onde está Deus e ali, no dizer de Buda, está ‘a cessação de todo o
sofrimento’. Teresa de Ávila, às noviças: ‘não entrareis no reino dos céus se
não entrardes primeiramente em vós mesmas, pois é dentro de cada uma de nós que
Deus está’). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Em minha doutrina e procedendo como eu
procedo, eu que sou manso e humilde de coração, achareis repouso para vossas
almas... ’ (seguir seus preceitos, exemplificados por sua conduta (prática),
torna possível a percepção da divindade em nós, fato que elimina todo o sofrimento,
trazendo repouso para nossas almas).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘A boca fala do que lhe transborda o
coração...’ (sem dúvida, se estamos convencidos de que a felicidade está ‘ali’,
em nosso íntimo, não nos calaremos, como Jesus, João Batista, Buda,
Krishnamurti, Giordano Bruno e outros, que enfrentaram a morte por não se
calarem, na tentativa de abrir os olhos dos demais para essas verdades).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘A terra semeada, que produz cem por um, é
aquele que ouve minha palavra e a cumpre...’ (aquele que chegou ‘lá’ de nada
mais necessita e sua ação é sempre produtiva).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘O reino dos céus é semelhante a um grão
de mostarda que um homem semeia em seu campo...’ (uma minúscula semente; o trabalho,
aparentemente, inglório, tolo, sem gozos, se comparado às atrações do mundo, à
porta larga), ‘mas, quando cresce, torna-se um arbusto maior que todas as
hortaliças...’ (o reino quando alcançado é cheio de bem-aventurança, e não se
compara aos atrativos do mundo, que se apresentam, à visão humana, como coisas
mais vantajosas).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Vai, vende tudo o que tens e terás um
tesouro no céu. Depois segue-me...’ (isto é, desfaze-te de todas as coisas que
te distraem, que te prendem, das quais necessitas e, por isso, dependes delas; depois,
com atenção, aprofunda-te no ‘eu’; estarás livre para a meditação e poderás
encontrar aquilo que Jesus e os místicos encontraram: o tesouro da verdade que
liberta).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘As raposas têm suas tocas, e as aves têm
os seus ninhos, mas (quem me segue) não tem onde repousar a cabeça... ’ (pelo
desapego de todas as coisas, pela incompreensão dos demais, que ainda estão
adormecidos e julgam que quem está despertando é tolo, insano e, por isso, o
hostilizam, na tentativa de levá-lo de volta à vida comum; portanto, teime,
bata, peça...; ‘que te importa a ti, segue-me tu’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Segue-me e deixe que os mortos enterrem
seus mortos... ’ (dedica-te ao mais importante, isto é, à busca da verdade, do autoconhecimento;
já estás despertando, abrindo os olhos, começando a viver; por isso deixa que
os que ainda dormem, que estão mortos para a verdade, continuem seu sono e não
sejam obstáculo em teu caminho nessa busca).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Se alguém se envergonhar de mim e de
minhas palavras, também eu me envergonharei dele...’ (não faltará quem te
critique nessa busca; não deixes que, com isso, te embaracem. Continua teu trabalho.
Quem critica o que fazes na busca da verdade ainda está longe do percebimento
e, por isso, sofrerá).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Renuncia a ti mesmo, toma tua cruz e
segue-me...’ (renuncia ao ‘ego’, que não passa de fantasia; vai em frente,
mesmo que os mais queridos não te compreendam; a ‘tua cruz’ é a vida daquele
que ainda não chegou ‘lá’; quando o ‘eu não é, Deus é’...).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Que servirá ao homem ganhar o mundo
inteiro e perder sua alma?...’ (mesmo com toda riqueza e poder, a vida não terá
significado enquanto nossa ‘alma’ estiver perdida, sem achar o caminho para
chegar ‘lá’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Se tiverdes fé do tamanho de um grão de
mostarda, direis a esta montanha...’ (o conhecimento da verdade nos fará saber
o que realmente somos e, então, nossa fé, transformada em convicção absoluta,
permitirá atos criativos inimagináveis). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Se não vos transformardes e vos tornardes
como crianças não entrareis no reino... ’ (a transformação, nascida da compreensão
da verdade, dá ao homem uma mente sem máculas, inocente e pura como a de uma
criança; então, podereis entrar no reino).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Se alguém fizer cair em pecado um destes
pequeninos (os humildes, mais fracos, inocentes, menos espertos ou menos
instruídos), melhor fora que lhe atassem ao pescoço a mó de um moinho e o
lançassem ao mar... ’ (pois ainda não chegou ‘lá’ e, por isso, ‘muitos pesares
ainda terá’. Diz Krishnamurti que a vida só tem significado quando chegamos
‘lá’, e Maharresh Yogi, que ainda somos sub-humanos enquanto não temos o
percebimento; a vida será com erros, conflitos e dores por não termos, ainda,
chegado lá; não terá sentido).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Os escândalos são inevitáveis, mas, ai
daqueles que os causam’ (estes ainda estão longe da percepção da verdade (Deus);
agem ‘erradamente’, por que interpretam incorretamente e sofrem por isso, não
como castigo, mas apenas porque não tiveram a percepção; os que chegaram lá não
mais erram, pois compreenderam, não sofrem mais). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Para reconciliar-te com quem pecou contra
ti, faz e tenta de tudo; só depois, se nada der certo, deixa nas mãos de
Deus... ’ (não esquecer que todos somos um; primeiro façamos aquilo que Deus
escolhe que façamos; depois, não nos preocupemos, pois o Pai escolhe segundo
sua vontade, e sua vontade, por mais que não a compreendamos, sempre é feita,
nos felicitando ou nos frustrando).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘... perdoar setenta vezes sete vezes... ’ (se
não temos o poder de escolher, por que ressentimentos? Perdoe sempre, pois, na
verdade, nada há a perdoar, pois a escolha dos nossos atos não é nossa, mas do Senhor).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘... e há eunucos (castrados) que se
fizeram eunucos por amor ao reino dos céus. Quem puder compreender, compreenda...
’ (eliminaram o instinto sexual, uma das maiores paixões, um dos maiores
fatores da distração ou desatenção para a meditação). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...aos homens a salvação é impossível;
mas, a Deus, tudo é possível... ’ (nada escolhemos; toda escolha vem de Deus,
logo...).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Os últimos serão os primeiros... ’ (porque
estes já estão compreendendo a verdade; assim, tornam-se mais humildes e se
colocam no último lugar; no entanto, estão mais próximos da percepção do sagrado...).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘... aquele que quiser tornar-se grande
entre vós, se faça vosso servo... ’ (idem).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Minha casa é casa de oração; não façais
dela um covil de ladrões... ’ (a mente, onde encontramos Deus, deve estar limpa
e não cheia de escórias e lixo, isto é, pensamentos, lembranças, expectativas,
ilusões, opiniões emoções, imaginações, condicionamentos, crenças, coisas que roubam a atenção e são
obstáculos à meditação; quando livre de ruídos, de estática, podemos ter a
percepção daquilo que é sagrado. Krishnamurti ensinou: ‘mantenha o seu quarto (a
mente) limpo, arrumado (sem preconceitos), e as janelas (mente) abertas; assim,
a coisa poderá entrar, a
qualquer momento... ’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Ninguém será recebido nas bodas
(iluminação) sem vestes nupciais... ’ (as vestes são a necessária preparação
para a meditação; se alguém não está preparado, será difícil que a coisa lhe aconteça).
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘... filtrais um mosquito e engolis um camelo...
’ (as coisas do mundo são interpretadas equivocadamente por aquele que ainda
não esteve ‘lá’; isso lhe acarreta conflitos e sofrimentos).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Limpais por fora o copo e o prato e por
dentro estais cheios de roubo e intemperança... ’ (idem).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Sepulcros caiados, formosos por fora, mas
cheios de podridão por dentro... ’ (os que não chegaram ainda; como disse
Boheme, místico cristão, ‘enquanto o Cristo não nascer em você, você viverá na
escuridão de um estábulo, entre fezes e urina’; de nada adianta o que você
tenha por fora, isto é, poder, belezas, riquezas, etc.).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘... aquele que perseverar até o fim será
salvo...’ (persevere na prática, sem desistir, batendo, buscando; pode suceder
que, de repente, sem que você saiba a hora, nem o lugar, como na parábola,
aconteça...).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Vigiai, porque não sabeis a hora em que
virá o Senhor; estai, pois, sempre preparados porque Ele virá numa hora que
menos pensardes; não sabeis nem o dia, nem a hora...’ (idem; ‘vigiai’, isto é,
esteja atento; veja, também as parábolas das virgens insensatas, do servo fiel,
do ladrão).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Em verdade vos digo: todas as vezes que
fizestes isto a um destes irmãos foi a mim mesmo que o fizestes...’ (Jesus não
teria dito ‘foi ao Eu mesmo que o fizestes’? pois o que fazemos a outrem,
fazemos a nós mesmos; todos somos um).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘O espírito é pronto, mas a carne é
fraca...’ (enquanto não chegamos lá, isto é, enquanto não tivermos o
percebimento caímos em muitos erros e, assim, sofremos pois nossos sentidos nos
farão interpretar erradamente).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Ensinai-as (às nações) a observar tudo o
que eu vos prescrevi...’ (a luz não deve ser colocada sob o alqueire, mas sobre
o velador para que ilumine a todos).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Aquele que faz a vontade de meu Pai, esse
é meu irmão, minha irmã e minha mãe... ’ (aquele que segue os ensinamentos
percebe ser da família dele, isto é, da sua mesma natureza).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Não julgueis, pois, com a mesma medida
que medirdes, vos medirão a vós também, e com maior rigor ainda... ’ (quando
julgamos alguém, agimos erradamente; nada há a ser julgado, pois a escolha não
é nossa; se estamos, porém, ainda no nível de julgar, também estamos no nível
de supor que nos estão julgando e de que, por isso, sofremos).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Não é o que entra, mas o que sai do homem
que o pode manchar... ’ (enquanto não chegou lá; não que seja ‘pecado’ que
exija corretivo; apenas mostra que esse ainda não esteve lá e, por isso, sofre).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Quão difícil é entrarem no reino dos
céus os que põem sua confiança nas riquezas... ’ (pela distração, preocupação,
desatenção e medo, daí resultantes; afastam-se das coisas elevadas e, assim, dificilmente,
buscam o reino...). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-right: -1.45pt;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Todo
aquele que disser a este monte:... e não duvidar
em seu coração, que acontecerá o que disse, obterá esse milagre... ’ (só não
duvida aquele que teve o convencimento advindo da experiência de Deus e, assim,
sua criatividade será inimaginável; as superposições coerentes, da física
quântica).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Por isso vos digo: tudo que pedirdes na
oração, crede (convencei-vos) que o tendes recebido, e ser-vos-á dado...’ (o
‘convencimento’ de que algo acontecerá, faz com que esse algo se manifeste no
espaço-tempo. Jesus não disse ‘que o receberás’, que é tempo futuro, que não
existe, mas que já estás recebendo. Esse conselho, não esqueçamos, vem da boca
de um iluminado que percebeu que é assim).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Se não perdoardes, também vosso Pai não
perdoará vossos pecados... ’ (se não temos ainda condição de perdoar é porque
ainda não chegamos lá; então sofremos, pois não percebemos que não há pecado, e
acreditamos que estamos sendo punidos pelos ‘pecados’ que cometemos).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Abençoai os que vos maldizem, fazei o bem
aos que vos odeiam... ’ (dentro da visão de que todos somos um só, o mal que
fazemos a alguém, fazemos ao todo, a nós mesmos; por isso, nunca fazer o mal).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Ao
que tomar o que é teu, não lho reclames...’ (idem).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Fazei o bem sem daí esperar recompensa...’
(idem).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Não te preocupes com muitas coisas...’ (não
adianta preocupar-se, pois a escolha não é nossa; como a física moderna
comprova, tudo é incerto e impermanente. E não adianta se preocupar, pois
escolha não sendo nossa, o que acontece é o que tem de acontecer. Essa incerteza
e a impermanência de todas as coisas são a base da filosofia do Buda).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> Faça como aquele, da parábola, que, altas horas,
recebendo hóspedes inesperados, bateu à porta do vizinho para pedir-lhe três
pães; de tanto que bateu e teimou, importunando-o, o amigo o atendeu e deu-lhe
até mais do que três pães...; bata, procure, teime, isto é, persevere na
meditação; você pode ser abençoado com coisas que você nem espera, com muito
mais do que pediu, que nunca imaginou. Como Paulo disse: ‘vi e ouvi coisas
inefáveis’.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Bem-aventurados aqueles que ouvem a
palavra de Deus e a cumprem.’ (esses, provavelmente, chegarão).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Guardai-vos, escrupulosamente, de toda
avareza (apego) porque a vida de um homem (a sobrevivência, o nível, a
felicidade), ainda que ele esteja na abundância, não depende de suas posses,
riquezas... ’ (tudo depende da escolha, que não é nossa, mas de Deus; e a vida
só tem significado, sentido, quando temos o percebimento do sagrado).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Insensato, nesta noite ainda exigirei tua
alma. E tudo que ajuntaste, de quem será? Assim acontece com aquele que
entesoura para si mesmo e não para Deus... ’ (aqueles que não seguem os ensinos
dos mestres, por viverem egoisticamente, dificilmente chegarão, não por
castigo, mas porque não acordaram ainda). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...onde estiver teu tesouro, aí estará
teu coração...’ (tua atenção, teu nível de vida; o tesouro, positivo ou negativo,
é obstáculo à meditação).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Não te sentes no primeiro lugar... aquele
que se exalta será humilhado.’ (orgulho, arrogância, presunção, são sinais
daquele que ainda não chegou lá; a humildade verdadeira vem da percepção do divino).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Deus conhece vossos corações...’ (ele aí
habita).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘... depois de terdes feito tudo que vos
foi ordenado, dizei: somos servos como quaisquer outros; fizemos o que devíamos
fazer;...’ (quem está despertando para a luz, está fazendo exatamente o que
deve fazer aquele que procura a verdade que liberta).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Bendito o que vem em nome do Senhor...’
(aquele que age como foi prescrito pode chegar lá onde será abençoado com a
iluminação).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Eu ficarei convosco para todo o sempre...
’ (não o homem Jesus. É o Cristo, o percebimento, a iluminação; permanece,
conscientemente, e para sempre, naquele que chegou).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘A
minha paz vos dou... ’ (quem chega lá, tem a paz do Cristo, a serenidade do
iluminado). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Não busco a minha vontade, mas a daquele
que me enviou... ’ (sempre é feita somente a vontade de Deus, embora
suponhamos, muitas vezes, que a nossa vontade esteja sendo feita e ficamos
felizes, ou ficamos frustrados quando isso não acontece).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Eu sou o pão da vida; aquele que vem a
mim nunca terá fome e jamais terá sede... ’ (aquele que chegou lá está saciado,
pleno; de nada mais necessita; ‘o demais virá por acréscimo’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Quem estiver sem pecado, atire a primeira
pedra... ’ (todos ‘erramos’, mas não é por nossas obras que somos salvos, e sim
pela graça de Deus, como a própria escritura afirma. Jesus nos adverte de que
somos todos iguais, pois todos estamos sempre errando enquanto não chegarmos lá).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Vai e não peques mais... ’ (aquele que
foi e chegou lá, não mais erra, porque sua ação será sempre correta).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Aquele que me segue não andará nas
trevas, mas terá a luz da vida... ’ (aquele que segue seus ensinamentos chegará
lá, à luz da vida, à iluminação).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Enquanto for dia, cumpre-me terminar as
obras daquele que me enviou; virá a noite na qual ninguém pode trabalhar... ’ (não
desperdice seu tempo; quando vier a noite (os problemas) será difícil praticar
o que foi ensinado; só com essa prática a vida terá significado).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Eu vim para que tenhais vida, e vida em
abundância’. (é o que sucede a quem
segue os ensinamentos e, por isso, chega lá).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Senhor, se estivesses aqui meu irmão não
teria morrido.’ (onde está o Cristo, a divindade absoluta, não há morte; só há
vida).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Eu sou o caminho, a verdade, e a vida;
ninguém vem ao Pai senão por mim... ’ (o correto não terá sido ‘o Eu é o
caminho, a verdade, a vida’? e ‘ninguém vai ao Pai senão pelo Eu’? pois o
caminho é para dentro, para o interior, pelo ‘eu’, por onde se vai ao
percebimento do Pai, como ensinaram a doutora teologal dos católicos, Teresa de
Ávila, João da Cruz, S. Agostinho e muitos outros místicos orientais e
ocidentais).(Recentemente foi publicado artigo no qual, rabinos ilustres
esclareceram que a tradução correta é essa mesmo: “o Eu é o caminho...”, “...
senão pelo Eu”).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Aquele que crê em mim fará as obras que
eu faço e outras maiores ainda... ’ (àquele que chegou ao percebimento, ao
convencimento, suas soluções serão criativas e não mais condicionadas; penetra
o campo das infinitas possibilidades, como afirma Maharish, e tudo lhe é
possível).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Aquele que guardar meus mandamentos... será
amado por meu Pai... e eu manifestar-me-ei a ele e nele faremos, eu e meu Pai,
nossa morada... ’ (a manifestação da Consciência Cristica, que permanecerá em
quem percebeu que ‘eu e o meu Pai somos um’, possível àquele que guarda (segue)
os ensinamentos...).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Permanecei em mim que eu permanecerei em
vós...; o ramo não poderá dar frutos de si mesmo se não permanecer na videira;
eu sou a videira, vós os ramos... O Pai podará todo ramo que der frutos, para
que dê mais frutos ainda... ‘ (por nós mesmos, seres do espaço-tempo, nada fazemos;
já àquele que chegou ao percebimento, sua conduta é sempre correta, seus
frutos, idem, pois sua consciência, agora, é crística e, consequentemente, dará
mais frutos ainda).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Sois meus amigos se fazeis as coisas que
vos mando.’ (somos todos iguais, o que se tornará evidente se fizermos o que
ele ensinou).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Ora, a vida eterna consiste <st1:personname productid="em que Te" w:st="on">em que Te</st1:personname> conheçam a Ti, um só
verdadeiro Deus, e a mim, o Cristo, a quem enviaste... ’ (não apenas crer, mas
conhecer, melhor ainda, ‘ser’ (esse o objetivo da meditação); aí está o segredo
da vida eterna e abundante).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Pai, o mundo não te conheceu, mas eu te
conheci.’ (o percebimento, com que a maioria nem sequer sonha e, por isso, não
o busca) (Pascal).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que
fazem’. (na verdade, numa análise profunda, veremos que nada sabemos; por isso,
não há culpas). ‘É o senhor que opera em nós o pensar e o fazer’ (Paulo).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> Na parábola das dez virgens, Jesus
ensinou o valor da atenção simbolizada pelas cinco virgens que, cuidadosas,
atentas, se precaveram colocando azeite em suas lâmpadas, à espera do noivo (a
iluminação que pode chegar a qualquer momento, em qualquer lugar e
aparentemente sem razão), ao contrário das outras cinco que, desatentas,
imaturas, não se muniram de azeite e, com isso, não tinham luz suficiente
(percepção, consciência suficiente) e, assim, não perceberam a chegada do noivo
(a iluminação). O mesmo significado tem a parábola do servo fiel, que
permaneceu vigilante (atento) à espera do patrão, que chegaria a qualquer
momento. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> Existe um tipo de espera que requer
atenção total. A ‘coisa’ pode acontecer a qualquer momento e se não estivermos completamente
acordados (atentos, ‘vestidos com vestes nupciais’) e calmos, vamos perdê-la.
Nesse estado de total atenção (meditação) não há lugar para pensamentos,
lembranças, emoções, isto é, interferência do ego, mas apenas uma presença
alerta. Seja como o servo da parábola esperando a volta do senhor. Ele
desconhece a hora em que o patrão vai chegar; então fica acordado, vigilante,
aprumado, atento e sereno, para não perder a chegada do patrão (a iluminação).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...esta é a justiça de Deus... não há distinção;...
todos são ‘pecadores’ (cometem aquilo que denominamos pecado) e todos estão
privados da glória de Deus, mas são justificados gratuitamente por sua graça: tal é a obra de redenção realizada
em Cristo’ (isto é, no percebimento de Cristo, na iluminação; vamos então
perceber que não pecamos, pois nem os pensamentos que temos são nossos e que
todos somos iguais (não há distinção); todos já estamos, e gratuitamente,
salvos) (Ro 3: 21).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...para que, como Jesus ressurgiu dos
mortos’ (o nascer de novo, a ressurreição, o nascimento do novo homem) ‘pela
glória do Pai’ (pela percepção de que ‘eu e o Pai somos um’), ‘assim também nós
vivamos uma vida nova’ (a vida do novo homem; a vida só tem significado quando
chegamos ao percebimento). ‘Se somos o mesmo ser com ele’ (iguais a ele) ‘por
uma morte semelhante à sua, sê-lo-emos igualmente por uma comum ressurreição...
portanto, vós também considerai-vos mortos para o pecado, porém vivos para
Deus, <st1:personname productid="em Cristo Jesus" w:st="on">em Cristo Jesus</st1:personname>’
(Ro 6: 5, 11) (se chegastes lá, isto é, ao percebimento, ao Cristo, não ‘pecarás’
(não errarás) mais; serás um novo ser, um ser igual a Jesus; nasceste de novo).
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘... Os sofrimentos da presente vida não
têm proporção alguma com a glória futura, que nos deve ser manifestada’ (com o
percebimento). ‘Por isso, a criação aguarda ansiosamente’ (mesmo inconsciente;
por isso o sofrimento do homem que, não sabendo o que procura, cai em tantos
erros por se apegar, iludido, a satisfações substitutas) ‘a manifestação do
filho de Deus’ (a manifestação do Cristo em nós; a percepção de que somos um
com o Pai apaga todos os sofrimentos) (Ro 8: 18, 19).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘... não vos conformeis com este mundo,
mas transformai-vos pela renovação de vosso espírito, para que possais
discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, o que lhe agrada e o que é
perfeito’ (Ro 12: 2) (a transformação é fruto do percebimento, que produz total
renovação do ser, o homem novo; aí, pode-se discernir a vontade de Deus, que,
então, será a mesma vontade daquele que ‘chegou’, porque ‘eu e o Pai somos um’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Sede perseverantes na oração.’ (Ro 12:
12) (Pedi, buscai, batei... ; a perseverança, na meditação, torna possível a
ocorrência de hiatos cada vez mais longos entre os pensamentos, o que pode
resultar na percepção do que está além do ego, além do espaço-tempo).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Abençoai, não os praguejeis, aqueles que vos
perseguem...’ (Ro 12:14) (somos um só e, depois, Deus é que opera em nós o pensar,
o fazer e o querer).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘... Acaso não declarou Deus ser loucura
a sabedoria deste mundo...?’ (I Cor 1:20) (grandes psicólogos e sábios afirmam:
nossa sociedade é totalmente insana. A sanidade está apenas na percepção do
sagrado).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Coisas que os ouvidos não ouviram, nem
os olhos viram, nem o coração humano imaginou’ (‘coisas inefáveis’, como disse
Paulo), ‘tais são os bens que Deus tem preparado para aqueles que o amam’. (I
Cor 2:9) (para aqueles que o seguem, que o buscam).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...que cada um viva na condição na qual
o Senhor o chamou... não te preocupes disto. Pois o escravo, que foi chamado
pelo Senhor, conquistou a liberdade no Senhor’ (I Cor 7:22) (cada um é o que é,
não há como modificar isso; mas, qualquer que seja sua condição, aquele que
teve o percebimento está absolutamente livre de toda autoridade, medo, ilusões,
condicionamento, crenças, superstições e sofrimentos).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Há diversas operações, mas é o mesmo
Deus que opera tudo <st1:personname productid="em todos. A" w:st="on">em todos.
A</st1:personname> um é dada a sabedoria para proveito comum; a outro, a
ciência; a outro, a fé; a outro, a graça de curar doenças... Mas o mesmo
Espírito distribui esses dons a cada um conforme lhe (a Deus) apraz’(I Cor
12:4) (mais uma vez, a escolha não é nossa; tudo que fazemos ou somos na vida é
o ‘senhor’, aquilo que está além do espaço-tempo, que decide, que faz).XX<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘... embora muitos membros formem um só
corpo, assim também em Cristo’ (na consciência crística todos formamos um só
corpo, somos um só)...; ‘os membros do corpo que parecem os mais fracos, são os
mais necessários’ (todos somos necessários)... ‘Ora, vós sois o corpo de
Cristo, cada um é um membro’. (I Cor 12:12 a 27) (na visão da atual teoria
científica dos sistemas, não há nenhuma coisa que seja mais importante do que
qualquer outra; tudo que existe, existe por que tem, necessariamente de
existir; assim eu, assim você; assim o mal, assim o bem; o agradável e o
desagradável).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> “Quando eu era menino, falava como
menino, julgava como menino. Mas depois que cheguei a ser homem feito, dei de
mão das coisas que eram de menino. Nós agora vemos Deus como por um espelho em
enigmas, mas então veremos face a face. Agora conheço-o em parte, mas então hei
de conhecê-lo, como eu mesmo dele sou conhecido.” (Mostra o que seremos com o
conhecer a verdade que liberta).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Aspirai aos bens superiores. ... se eu
não tiver caridade (amor) nada sou... Quando chegar o que é perfeito, o
imperfeito desaparecerá... Hoje vemos como por um espelho, confusamente, mas,
então, veremos face a face’ (perfeitamente, sem erro; quando chegar o que é
perfeito, isto é a luz, compreenderemos que nada é imperfeito); ‘hoje, conheço
em parte’ (por isso, interpretamos imperfeitamente), ‘mas, então conhecerei
totalmente’ (I Cor 13:1 a 12) (‘Conhecereis a Verdade e a verdade vos libertará...
’; a iluminação traz-nos a verdade, é o conhecimento da verdade; a interpretação
será, então, perfeita e veremos que aquilo que nos parece imperfeito é também
perfeito; se não tenho amor é porque não cheguei ainda lá; de um cântico do
bramanismo: ‘do perfeito tirando o perfeito o que resta é perfeito’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Pois, se os mortos não ressuscitam, nem
o Cristo ressuscitou’ (I Cor 15:16) (deduz-se, daqui, que Paulo diz que somos
iguais a Jesus).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Semeado na corrupção, o corpo ressuscita
incorruptível; semeado na fraqueza, ressuscita vigoroso; semeado corpo animal,
ressuscita corpo espiritual’ (I Cor 15:35ss) (com o percebimento nasce o homem
novo, ressuscitado, totalmente livre de erro). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Eis que vos revelo um mistério’ (para
ele não é mais mistério): ‘nem todos morreremos, mas todos seremos
transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última
trombeta. Os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados’
(num repente, acontece a iluminação e seremos todos transformados).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘É
necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade e que
este corpo mortal se revista da imortalidade’ (pelo percebimento) (I Cor
15:51ss).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘A morte foi tragada pela vitória’ (I Cor
15:55) (aquele que chegou lá venceu a morte; vê que ela não passa de ilusão). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘... nós somos a vossa glória, exatamente
como vós sereis a nossa, no dia do Senhor Jesus’ (II Cor 1: 14) (a gloria que
tereis, no dia do percebimento, será igual à minha, à que já tenho: nesse dia tereis o extraordinário percebimento
de que ‘eu e o Pai somos um’). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...tal a convicção que temos em Deus,
por Cristo’ (por termos tido a percepção). ‘Não que sejamos capazes de ter
algum pensamento, como de nós mesmos. Nossa capacidade vem de Deus.’ (II Cor
3:4,5) (Deus é que opera em nós...; não temos a paternidade nem dos nossos pensamentos;
portanto, a responsabilidade por nossos erros ou acertos não é nossa).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Já estais separados de Cristo, vós que
procurais a justificação pela Lei; decaístes da graça... Estar circuncidado ou
incircuncidado, de nada vale <st1:personname productid="em Cristo Jesus" w:st="on">em
Cristo Jesus</st1:personname>, mas sim a fé que opera milagres’ (Gal 5:4,6).
(a fé-convencimento; esta, como Jesus a teve, opera milagres; a justificação
deve vir pela graça (de Deus), pela iluminação, não pela obediência a
mandamentos, regras e leis, que não passam de exterioridades, coisas que as
religiões convencionaram).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘O mistério da salvação dos gentios: eles
são co-herdeiros conosco, que somos judeus; são membros do mesmo corpo e
participantes da promessa de Jesus Cristo.’ (Efe 3:1,6) (todos já estamos salvos; não há um
povo eleito ou pessoas privilegiadas para esse fim; perante Deus, todos somos
iguais). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Deus não faz acepção de pessoas; faz
chover tanto sobre o justo quanto sobre o injusto...’’ (Paulo) (idem).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘... que o Pai conceda o crescimento de
vosso homem interior... para que possais conhecer a caridade de Cristo’ (o
percebimento), ‘que desafia todo o conhecimento’ (a sabedoria que o acompanha é
inimaginável), ‘e sejais cheios de toda a plenitude de Deus’ (Efé 3: 16ss) (o
percebimento nos plenifica; de nada mais necessitamos: ‘... o demais vos virá
como acréscimo’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Renunciai à vida passada, despojai-vos
do homem velho, corrompido... Renovai sem cessar o entendimento de vossa alma
(auto-conhecimento, advindo da perseverança na meditação e que explode na
percepção do absoluto), e revesti-vos do homem novo, criado à imagem de Deus’ (pois
perceberemos que o somos), em verdadeira justiça e santidade.’ (Efé 4: 17ss).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...Por que é Deus quem, segundo o seu
beneplácito, realiza em vós o querer e o fazer... Na verdade, julgo como perda
todas as coisas, em comparação com esse bem supremo: o conhecimento de Jesus
Cristo; tudo desprezei e tenho em conta de esterco, a fim de ganhar Cristo.’
(Fel 3:7ss) (tudo é nada, comparado à iluminação, e Deus é que nos leva a essa
experiência, pois ele é que realiza em nós o pensar e o fazer; Maharish: ‘enquanto
não chegamos ‘lá’, somos apenas subumanos’; Krishnamurti: ‘a vida só tem
significado quando chegamos lá; veremos, então, que tudo é fútil e inútil’;
Teresa de Ávila: ‘tudo o mais é lixo’; do Zen: ‘tudo o mais é coisa prosaica’).
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Ninguém vos critique por causa de comida
ou bebida, ou espécies de festas ou luas novas, ou sábados (exterioridades).
Tudo isso não é mais do que sombra do que há de vir. A realidade é Cristo...
não passam de normas e doutrinas humanas, mas não têm qualquer valor real, e só
servem para satisfazer a carne (o mundo, as aparências). ’ (Col 2:16ss) (só tem
valor o conhecimento do Cristo, a iluminação, trazida pela meditação; o tesouro,
a jóia encontrada pelo homem que se desfez de tudo para adquiri-la; rituais,
cultos, cânticos, promessas, sermões ou pensamentos que emocionam, ladaínhas,
rezas, incenso, velas acesas, sinais, gestos, objetos do culto tidos como
sagrados, vestimentas, músicas, orações a sós ou em conjunto, nada disso tem qualquer
valor; são apenas exterioridades. A verdade está em nossa interioridade).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘... pois vós sabeis muito bem que o dia
do Senhor (a iluminação) virá como um ladrão de noite (de surpresa)... então,
repentinamente, vos sobrevirá a destruição (das ilusões, do velho homem), como
as dores à mulher grávida (repentinamente, o nascimento do homem novo);... mas,
vós, irmãos (que seguis o que ensinamos) não estais em trevas para que o Dia
vos surpreenda como a um ladrão. Não durmamos, pois, como os demais (que não
despertaram ainda para a busca); vigiemos... ’ (I Tes 5:1 a 6) (estejamos
atentos, para perceber a chegada do ‘noivo’, e para não alimentar, com
distrações e desatenção, o ego; só assim é possível a meditação que pode
resultar no percebimento, que vem, como um ladrão, sem que tenhamos idéia de
quando).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...o ímpio se manifestará, mas o senhor (a
iluminação) o destruirá com o esplendor de sua vinda’. (II Tes 2:8) (o
percebimento destrói a escuridão de tudo que é ímpio, isto é, nossa escuridão; quando
chegamos ao percebimento do Cristo, à iluminação, só restará luz, esplendor).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘... (em suas funções eclesiásticas) o
bispo tem o dever de ser irrepreensível, casado uma só vez, regrado... ’ (I Tim
3:2) (porquê, então, o celibato, dos padres, que é contra a natureza?).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘... na expectativa da nossa esperança, a
aparição gloriosa de nosso grande Deus, Cristo...’ (Tit 2:13) (a esperança da
chegada da iluminação, que nos mostra a glória daquilo que nós já somos mas
que, ainda, não percebemos).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Mas, um dia apareceu o amor de Deus para
com os homens; não por causa de obras de justiça que tivéssemos praticado, mas
unicamente por sua graça. Ele nos salvou pelo batismo da
regeneração e renovação (iluminação), pelo Espírito Santo que nos foi concedido
em profusão, por meio do Cristo. Certa é esta doutrina... (mas) quanto às
questões tolas, contendas e disputas relativas à Lei, foge delas, pois são
inúteis e vãs. ’ (Tit 3:8) (O verdadeiro batismo, isto é, a iluminação, nos
regenera e renova fazendo surgir o novo homem; tudo o mais é ‘questão tola’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Alegria e singeleza de coração ’ (Atos
2:46), (Krishnamurti: uma boa dose de indiferença e de bom humor, em todas as
situações porque tudo é incerto e impermanente; tudo, de bom ou de mal, pode
nos acontecer; e nada escolhemos; a física moderna também nos afirma isso). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Deus de Abraão, Deus de Isaac, Deus de
Jacó. Alegria, alegria, alegria, lágrimas de alegria’ (a felicidade de Pascal, ao chegar lá). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘... seja feita a vossa vontade e não a
minha...’ (a escolha não é nossa; não há como não aceitar o que acontece).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Eu quero; sê limpo...’ (isso pode dizer
aquele que chegou lá).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Eu irei e lhe darei saúde...’ (idem).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...considerai-vos mortos para os pecados,
mas vivos para Deus...’ (Rom 6:11) (quem teve o percebimento não mais erra;
vive apenas para as coisas de Deus, não por ser esse seu desejo e se esforçar
para isso, mas por ser da natureza daquele que chegou porque, então, ressuscitou;
é um novo homem).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...porque a inclinação da carne é morte,
mas a inclinação do espírito é vida e paz...’ (Rom 8:6). ‘... mas vós não
estais na carne, mas no espírito, se é (que percebestes) que o Espírito de Deus
habita em vós... (isto é, se já chegastes lá). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...e se o espírito daquele (de Deus) que
ressuscitou Jesus habita em vós...’ (idem).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘... (aguardamos) a glória que em nós será
revelada...’ (ao chegarmos lá). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Em Cristo digo a verdade, não minto.’ (quando
Cristo, a verdade, é encontrado, é impossível o engano, a mentira, a ilusão; tudo
é o que é...).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...porque todo aquele que invocar o nome
do Senhor será salvo.’ (este o nome do senhor: Eu Sou, o mesmo ‘eu sou’ de
todos nós; aquele que busca, pode encontrá-lo; ‘Conhecereis a verdade e a verdade...
’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...não vos conformeis com este mundo, mas
transformai-vos pela renovação de vosso entendimento, para que experimenteis
qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus...’ (não transformar o
mundo, mas transformar-nos a nós mesmos, pelo percebimento; só então a vida terá
significado; nosso entendimento será renovado (sabedoria que vem com a
iluminação) e experimentamos a perfeita vontade de Deus que, então, será a
mesma vontade nossa... (‘eu e o Pai somos um’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...não vos vingueis... está escrito:
Minha é a vingança, diz o Senhor; se teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer;
se tiver sede, dá-lhe de beber...’ (nada fazemos por nós mesmos; não
escolhemos; logo a ‘vingança’ não é nossa; e mais: nossos ‘inimigos’ e nós
somos um só; isto é, não há inimigos).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Vence o mal com o bem.’ (Ro 12:19)
(idem).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...não há potestades que não venham de
Deus...’ (a escolha é de Deus; nada é vontade ou decisão nossa).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘... pois o cumprimento da lei é o amor.’
(àquele que chegou, pois cumpriu o ensinado, teve despertados amor
incondicional e compaixão por aqueles que estão sofrendo na escuridão, porque
não chegaram, porque não perceberam ainda).
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e
não tenhais cuidado da carne...’ (aquele que despertou iguala-se ao Cristo e
não mais teme o erro; sua vontade é a mesma de Deus; seu livre-arbítrio é,
então, total, mas ele não precisa mais disso, pois sua vontade e escolha são a
vontade e escolha de Deus; o agir correto é, agora, sua natureza).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...pois se nós nos julgássemos a nós
mesmos, não seríamos julgados.’ (Col
11:13) (se estamos sempre nos julgando, nos observando – o autoconhecimento, dos
antigos sábios gregos; a atenção, de Krishnamurti; a observação de si mesmo, de
Gurdjef - podemos chegar lá e, então, para nós, não há mais ‘julgamento’, pois
todo nosso agir será correto).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...não sou eu que faço as obras, mas o
Cristo que habita em mim...’ (‘o Senhor é que opera em nós o pensar, o querer e
o fazer’; logo, não há pecados nem remorsos; tudo está certo, nós é que não
percebemos isso ainda).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Não sabeis que vós sois o templo do
Altíssimo e que o Espírito de Deus habita em vós?’ (I Col 3:16) (se Deus está
em nós, como procurá-lo fora? Zen: ‘é cavalgar o boi para procurar o boi’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...ou não sabeis que o vosso corpo é o
templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não
sois de vós mesmos.’ (I Col 6:19) (nem somos de nós mesmos; logo, os
pensamentos, as escolhas não são nossos; então, nada de remorsos ou de culpas).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘E há diversidade de dons, mas é o mesmo
Deus que opera tudo em todos.’ (I Col 12:6) (idem).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...e vivo, não mais eu, mas o Cristo vive
em mim.’ (Gal 2:20) (idem; Paulo teve percepção da verdade).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...meus filhinhos, por quem de novo sinto as dores do parto, até que o Cristo seja formado em
vós.’ (Gal 4:19) (até que tenhamos percebimento de que o Cristo ‘nasceu’, ou
melhor, que já está formado em nós).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...porque Deus é que opera em vós tanto o
querer como o fazer, segundo sua vontade...’ (Fil 2:13) (nada fazemos por nós
mesmos; nem a decisão, nem a escolha, nem os erros são nossos, portanto; isto
está de conformidade com a filosofia da física quântica: não escolhemos e, ‘aquele
que pensa que escolhe é imaturo’ (Krishnamurti).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Porque, assim como todos morrem em Adão (como
corpo biológico que somos), assim também todos serão ressuscitados em Cristo’ (como
Deus que somos (I Cor 22) (mais uma vez Paulo diz que somos iguais a Jesus e,
mais ainda, todos morremos porque somos feitos do mesmo ‘barro’ que Adão, o
corpo biológico, material; e todos ressuscitaremos, novamente, porque somos
iguais a Jesus; mas Paulo não se refere a uma ressurreição do corpo, mas ao
nascer de novo, o novo homem que agora percebeu). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...que é Cristo em vós, esperança de
glória...’ (Col 1:27) (esperança da glória que teremos conscientemente, com o
percebimento; já o somos, inconscientemente).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...quando Cristo, que é nossa vida, se
manifestar, então também vós vos manifestareis com ele, em glória...’ (Col
13:4) (idem).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...agora somos filhos de Deus e ainda não
se manifestou o que haveremos de ser. Mas sabemos que, quando isso se
manifestar, seremos semelhantes a Ele.’ (mesmo que não tenhamos o percebimento,
já somos filhos de Deus, iguais a Jesus; apenas não percebemos isso ainda; mas,
com o percebimento, conheceremos essa verdade: que somos iguais ao Cristo, que todos
somos um).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘O Senhor é espírito e onde está o
espírito do Senhor, há liberdade. ’ (II Cor 3:17) (quando conhecermos a verdade
de que o espírito de Deus está em nós, estaremos livres; isso ‘é o fim de todo
o sofrimento’, como afirmou o Buda; e ‘a verdade vos libertará’, como disse
Jesus).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Aquele que nos formou para este destino é
Deus mesmo, que nos deu por penhor o Seu espírito.’ (IICor 5:5)
(penhor=garantia: em todos nós já está o Seu espírito, isto é, o próprio Deus;
e se ‘ele nos formou para este destino’, analise e conclua).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Não toqueis no que é impuro e vos
receberei, diz o Senhor...’ (estando a mente pura, isto é, livre de impurezas, que
são as emoções, os pensamentos, imaginações, condicionamentos, coisas que podem
cessar com a meditação, teremos a percepção do Absoluto; seremos recebidos por
ele). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">
‘Acaso não ‘reconheceis’ que o Cristo está em vós?’ (II Cor 13:5) (já
está em nós, mesmo que não o percebamos; só nos falta percebê-lo).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Asseguro-vos, irmãos, que o evangelho
pregado por mim não tem nada de humano. Não o recebi de homem algum, mas por
revelação de Jesus Cristo.’ (Gal 1:11) (ele chegou lá, iluminou-se; por isso
sua revelação veio da percepção de Deus, ou do Cristo, a Consciência Crística, que
está em nosso mais profundo íntimo; ‘nada de humano’, pois que está além do ego,
além do que é humano). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...mas quando aprouve àquele que me chamou pela sua graça para revelar seu
filho em mim...’(Gal 1:15) (a escolha não é por nossos méritos, mas pela graça
de Deus; é atemporal; a revelação, também; Paulo teve nele próprio a revelação
do Cristo e percebeu que somos um).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...a liberdade de que gozávamos <st1:personname productid="em Cristo Jesus.’" w:st="on">em Cristo Jesus.’</st1:personname> (Gal
2:4) (a liberdade total dada pelo percebimento, isto é, quando estamos
realmente conscientes do Cristo em nós não haverá mais dependência alguma; ‘...
e a verdade vos libertará’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...apenas isto quero saber: recebestes o
Espírito (tivestes consciência do Cristo em vós) pela prática da lei ou pela
aceitação da fé? (Gal 3:2) (a lei é exterior, a fé, interior; seria pela
aceitação que a fé traz, se não fosse pela graça de Deus, pois nada
escolhemos).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...pois todos sois um em Cristo.’ (Gal
3:28) (somos um sempre; mas no espaço-tempo não temos percepção disso; no
atemporal, sim).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...a prova de que sois filhos de Deus é
que Deus enviou aos vossos corações o espírito de seu filho. Portanto... és
filho, então, também herdeiro de Deus’ (Gal 4:6ss) (o Cristo está em nosso
íntimo; somos, portanto, todos iguais a Jesus e um só; por isso ‘co-herdeiros’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...e quanto a vós até os cabelos todos da
cabeça estão contados.’ (Mat 10:30) (tudo está nas mãos de Deus, que opera em
nós o pensar, o querer e o fazer).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...não sois vós que falais, mas o
Espírito de vosso Pai é quem fala em vós.’(Mat 10:20) (idem). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Vinde a mim (ao Eu Sou, à iluminação) os
que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei.’ (Mat 12:28) (ir ao
eu, ao Eu Sou, esse é o caminho; para dentro de nós mesmos, para a cessação de
todo sofrimento).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> Pedro, tendo medo, submergia e Jesus
disse: ‘Homem de pouca fé, por que duvidaste?’ (Mat 15:31) (se não há mais
dúvidas, isto é, havendo fé-convencimento, o que acontece quando cessa o
condicionamento e a mente está pura, estamos aptos a criar, a realizar coisas
inimagináveis, a andar sobre as águas).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Se tiverdes fé do tamanho de um grão de
mostarda, direis a este monte: passa daqui para acolá, e ele passará. Nada vos
será impossível.’ (Mt 17:20) (idem). (é a fé-convencimento vinda do percebimento
de que ‘eu e o Pai somos um’; aí, talvez, esteja a explicação dos ‘milagres’ que
Jesus produziu).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Nem todos são aptos para receber
(compreender) este conceito, mas apenas aquele a quem é dado (sê-lo)’. (Mt
20:11) (a escolha do que nos ocorre é de Deus; o senhor é que opera em nós o
pensar, o querer e o fazer; esta passagem é semelhante àquela <st1:personname productid="em que Jesus" w:st="on">em que Jesus</st1:personname> diz aos
discípulos que muitas coisas ele tinha a lhes dizer, mas que eles não as
suportariam ainda).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘E aquele que tiver deixado tudo por causa
do meu nome, receberá muitas vezes mais e herdará a vida eterna. ’ (Mt 20:29) (comparado
ao reino, tudo o mais é lixo, como diz Teresa; sabe-se, então, que não há morte
e que, com o percebimento, receberemos coisas inimagináveis; a parábola sobre o
fato de que, mesmo nós sendo maus, damos aos nossos filhos coisas boas; então,
Deus, que é bom, com o percebimento, nos dará coisas ainda melhores). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> Na parábola dos semeadores (Mt 20), o dono
da vinha pagou, aos que trabalharam oito horas, o que lhes havia prometido, e
deu o mesmo aos que trabalharam apenas uma hora; aqueles se revoltaram, mas o
dono disse: ‘Não vos fiz injustiça; cumpri o prometido... mas quero dar aos
outros tanto quanto dei a vós’ (a luz é dada a todos, seja ao primeiro, seja ao
último; ao piedoso e ao ímpio; todos chegarão ao novo modo de existir; todos
receberão o mesmo salário, não importa o que tenham feito porque é o Senhor que
opera em nós até o pensar...).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> Na parábola dos lavradores maus (Mt
22:33), que não pagavam o que deviam ao dono das terras, este lhes enviou
cobradores, que eles espancaram e até mataram; o dono lhes mandou, então, o
próprio filho, que também foi morto; parece que Jesus quis dizer que, antes
dele, já houve outros mestres ou profetas, os quais não foram ouvidos.
Portanto, Jesus, além de fazer ver que os homens não o compreenderam, faz ver
também que ele não foi o único a tentar despertar os demais. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Porque, assim como o relâmpago vai do
oriente ao ocidente, assim há de ser a vinda do Filho do homem’ (Mat 24:27) (o percebimento,
o ‘insight’, a chegada da consciência cósmica, da iluminação, é instantânea,
súbita; é o salto quântico da nova física).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘... a respeito daquele dia e hora ninguém
sabe, senão o Pai. Portanto, vigiai,
ficai atentos, por que, à hora que não cuidais, virá o Senhor.’ (Mat 24:36, 42,
44) (estejamos preparados e atentos para o percebimento, como nas parábolas do
servo fiel e das virgens que aguardavam a chegada do noivo).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...os apetites da carne e os do espírito
são contrários... as obras da carne são: fornicação, impureza, discórdia,
superstição, inimizade, ódio, ambição, inveja e coisas semelhantes;... vos
previno: os que as praticam não entrarão no reino.’ (Gl 5:16) (são distração,
desatenção, obstáculos à meditação; dificultam a meditação e o percebimento; assim, também os
‘pecados ditos capitais’ das religiões cristãs: preguiça, gula, ira, luxuria
etc.).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘O que o homem semeia, isso mesmo
colherá.’ (Gl 6:2ss) (mas não é verdadeiramente quem semeia.....???parece que,
mesmo a escolha não sendo nossa, temos uma certa autonomia de vontade que, embora
pequena, nos faz responsáveis moralmente; ou, então, Paulo está afirmando que
aquele que ainda não chegou ‘lá’ não compreendeu ainda e, portanto, não está
livre do sofrimento).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...porque é gratuitamente que fostes
salvos mediante a fé. Isto não provém de vossos méritos, mas é puro dom de Deus.
Não provém de vossas obras, para que ninguém se glorie. ’ (Ef 2:8) (não é pelos
nossos méritos, pelas nossas boas obras, que somos salvos; é pela graça, pelo dom
de Deus que já estamos salvos; pois ‘é o senhor que opera em nós o pensar e o
fazer’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘... que a tribulação produz perseverança;
a perseverança, experiência (mística); a experiência, esperança na glória...(Ro
5:3,4) (‘aquele que perseverar até o fim será salvo’; aquele que perseverar na
meditação, na compreensão da totalidade da vida, pode chegar à experiência que lhe
trará a gloria da iluminação).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...pelo Espírito Santo que nos foi
outorgado...’ (Ro 5:5) (já nos foi dado desde sempre: já temos em nós o divino;
já o somos; não há de que se salvar. Apenas nos falta chegar ao percebimento dessa
verdade).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘... os que recebem a abundância da graça
e o dom da justiça reinarão em vida por meio de um só, a saber, Jesus Cristo.’
(Ro 5:17) (abundância da graça e dom da justiça é o que recebe quem chega lá: isso
ocorre em vida mesmo, e não após a morte; e percebe-se que o Cristo, Deus, a
iluminação, está em todos, e que todos somos um só com ele).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Não viveis, segundo a carne, mas segundo
o espírito, se realmente o Espírito de Deus habita em vós.’ (Ro 8:9) (se
consegues perceber que o Espírito és tu mesmo é que já chegaste lá; vida
segundo o Espírito, isto é, vida perfeita e em bem-aventurança; é o novo modo
de existir, de Krishnamurti).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Se alguém não possui o espírito de
Cristo, este não é dele.’ (Ro 8:9) (esse ainda não chegou à iluminação, não
percebeu o Cristo; ainda está na escuridão).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘O espírito mesmo dá testemunho ao nosso
espírito de que somos filhos de Deus.’ (Ro 8:ss) (o percebimento mostra que
somos filhos de Deus, isto é, de sua natureza, feitos verdadeiramente à sua ‘semelhança’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...enquanto aguardais a manifestação de
Jesus Cristo, não vos falta dom algum.’ (I Col 1:7) (nada nos falta para que o
Cristo nasça em nós, nem perdão, nada; apenas temos que ter a percepção disso; é
o que os iluminados afirmam e é o que pode nos dar a meditação).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘... até que tenhamos chegado à unidade da
fé e do conhecimento do filho de Deus, até atingirmos o estado de homem feito,
a estatura do Cristo’ (Ef 4:13) (que se pode atingir pela meditação; então, se
percebe a unidade da fé (fé-convencimento), isto é, que a verdade é uma só: ‘eu
e o Pai somos um’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Renovai sem cessar o entendimento de
vossa alma, e revesti-vos do homem novo, criado à imagem e semelhança de
Deus...’ ((Ef 4:23, 24) (tentar sem cessar até que venha o percebimento que nos
transforma no homem novo e mostra que somos semelhantes a Deus; mais que isso:
que somos a própria divindade).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...o Cristo será glorificado no meu corpo’
(pelo percebimento).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...por isso Deus glorificou soberanamente a
Jesus’ (Fel 2:9) (pelo percebimento; do mesmo modo, por sermos iguais e todos
um, seremos glorificados quando tivermos o percebimento).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Na verdade julgo como perda todas as
coisas em comparação com esse bem supremo: o conhecimento de Jesus Cristo’ (a
iluminação). (Fel 3:8) (Teresa, João da Cruz, Krishnamurti e outros afirmam o
mesmo: que tudo o mais é lixo, fútil, inútil; apenas ilusão).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Além disto, irmãos, tudo que é puro,
verdadeiro, nobre, justo, amável, virtuoso e louvável, eis o que deve ocupar
vossos pensamentos’ (Fel 4:8) (quando temos o percebimento, quando chegamos lá,
todas nossas ações serão corretas, sem esforço ou imitação; nossa natureza será
essa).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...auxiliado por sua força (do Cristo)
que atua poderosamente em nós.’ (Col 1:29) (busquemos ou não, a escolha, a
vontade e a força são do Pai e não nossas, mas atuam em nós; sabemos que a
decisão não é nossa).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Quando Cristo, vossa vida, aparecer...’
(Col 3:4) (pelo percebimento).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...mas somente Cristo, que será tudo em
todos...(Col 3:5ss) (com o percebimento veremos que sempre foi assim).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘No princípio era o verbo... e o verbo era
Deus... e o verbo se fez carne e habitou entre nós (é nós mesmos); aos que
crêem no seu nome deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus (Jô 1:1 e
seguintes) (o nome do verbo: Eu Sou; eu, nós; crer nesse nome é ir pelo caminho
do eu, para dentro de nós, pela meditação). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">No
principio era o Verbo e o verbo estava em Deus e o Verbo era Deus. Ele estava
no principio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele e sem ele nada do
que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens. E a
luz resplandece nas trevas e as trevas não a compreenderam<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘... em verdade te digo: aquele que não
nascer de novo não poderá ver o reino de Deus.’ (Jô 3:3) (o novo nascimento, o
homem novo; o ‘satori’ traz a nova visão; a iluminação nos dará interpretação
correta; cessam todas as ilusões; vamos conhecer a verdade, veremos o ‘reino’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Ninguém pode vir a mim se o Pai que me
enviou não o trouxer.’ (Jo 6:44) (novamente, nem a escolha, nem o agir, são
nossos; e mais: não seria ‘vir ao Eu, aprofundar-se no Eu’, que Jesus falou, e
não ‘vir a mim’? Ou seria vir ao Cristo, à iluminação).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...a vontade daquele que me enviou é
esta: que todo aquele que vê o Filho tenha vida eterna.’ (Jo 6:40) (isto é, aquele
que tem o percebimento do Cristo, a iluminação, vê que não existe morte, que a
vida é eterna, que já estamos na eternidade).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘... e todo aquele que ouvir o Pai e for
por ele instruído vem a mim.’ (Jô 6:45) (aquele que segue os ensinamentos vai
ao Eu, chega ao percebimento, pela meditação; e é o Pai, que opera tudo, que o
faz ir). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...o pecado que consiste em não crer em
mim.’ (Jô 16:9) (se não praticamos aquilo que Jesus ensinou, é que não cremos
nele; assim, não veremos o reino, não por não crermos, mas por não o buscarmos
ainda).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘O que pedirdes ao Pai, em meu nome, ele
vo-lo dará.’ (Jô 16:23) (o que ‘quisermos’; ao chegarmos à estatura do Cristo, maravilhosa
criatividade despertará, e não haverá mais obstáculos). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Tudo que é meu é Teu e tudo que é Teu é
meu.’ (Jô 17:10) (pois somos um só).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Para que todos sejam um, como tu, Pai, és
em mim e eu em ti; que também eles sejam um em nós.’ (Jô 17:21) (idem).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Eu neles e Tu em mim.’ (Jô 17:23) (idem).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...quero que, onde eu estiver, eles
estejam comigo (na percepção do divino), para que vejam a glória (a iluminação,
a bem-aventurança) que tu, Pai, me deste...’ (pois Jesus chegou lá) (Jo 17:24).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Eu estarei convosco até o fim dos
tempos...’ (idem; não o homem Jesus, mas o Cristo; a luz está conosco sempre,
agora e no novo modo de existir).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Pedi e recebereis.’ (Jô 16:24) (pela
prática da oração de recolhimento e quietude, sem palavras, isto é, pela
meditação, estamos ‘pedindo’, nos abrindo àquilo que nos será dado um dia: o
percebimento, isto é, a verdade que de tudo liberta).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘A fé é o fundamento das coisas que se
esperam, a prova das coisas que não se vêem.’ (He 11:1) (esperamos o reino, e
não o vemos, mesmo ele estando em nós; mas, se o buscamos, é pela fé em sua
existência, pois que tantos iluminados falaram dele; mas não podemos ficar
apenas na fé sobre ‘as coisas que não vemos’, ou nas coisas ‘que esperamos’.
Temos de passar da fé à convicção e esta só vem com a meditação).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘As coisas visíveis não são feitas das
coisas aparentes. ’ (são produzidas pelo colapso das nuvens quânticas, que não
são aparentes, pela observação de seres sencientes, segundo a física moderna;
tudo, seres, coisas, eventos, fenômenos, vem do atemporal, do qual as coisas saltam
inesperadamente, como da água de um lago tranqüilo salta, inesperadamente, um
peixe; tudo vem do ‘campo das infinitas possibilidades’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Tudo é possível ao que crê. ’ (He 11:6) (ao
que chegou; ao que já percebeu; sua crença já não é simples crença, é
convencimento e tudo lhe é possível).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Tudo quanto pedirdes, orando, crede que
já o tendes recebido e tê-lo-eis.’ (Mc 11:24) (tudo é possível, não àquele que apenas
crê, mas àquele que teve a experiência e, por isso, está convencido).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Deleita-te no Senhor, e ele te concederá
o que deseja teu coração.’ (Sl 36:4) (na percepção do Senhor reina total
bem-aventurança e nada mais é desejado; tudo que o coração desejava, o homem,
agora, tem; não deseja mais nada; ‘o demais virá por acréscimo’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘O que fizerdes, por palavras ou atos,
fazei-o em nome do senhor Jesus Cristo...’ (aqueles que têm o percebimento agem
como o próprio Cristo; a vontade, o discernimento, são os mesmos).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> (Muitas vezes Jesus falou: ‘fazei
penitência, pois o reino dos céus está próximo’. A verdade é que o reino está
bem mais perto do que pensamos, dentro de nós mesmos, conforme Jesus, Paulo,
Tereza e outros afirmaram em várias passagens; ‘penitência’ é o ‘trabalho’ necessário
para abandonarmos o caminho largo e já conhecido, e para entrarmos no novo).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘... Tudo isso para que procurem a Deus e
se esforcem para encontrá-lo como que às apalpadelas, pois, na verdade, ele não
está longe de cada um de nós. Porque é nele que temos a vida, o movimento e o
ser, como até alguns de vossos poetas disseram: nós somos também de sua raça’
(At 17:27, 28) (ele está dentro de nós mesmos, mas o procuramos fora de nós, às
apalpadelas, pois não o percebemos, como disse S. Agostinho: ‘procurei-Te tanto
fora de mim, mas fui achar-Te dentro de mim mesmo’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘... (orando pelos discípulos): Pai, santifica-os
pela verdade.’ (Jo 17:17) (‘Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará’;
isto é, nos tornará sãos, santificados).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...se me conhecêsseis, também,
certamente, conheceríeis ao Pai.’ (Jo 14:10)... como, pois, dizeis: mostra-nos
o Pai? Não credes que eu estou no Pai e o Pai em mim? As palavras que vos digo
não as digo de mim mesmo, mas o Pai que permanece em mim as diz..’. (Jo 14:20)
(outra prova de que Jesus ensinou que Deus está em nós e que nada escolhemos;
como afirmam os místicos, somos a própria divindade; se conhecêssemos o Cristo,
a iluminação, saberíamos disso e que todos somos um).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...‘...se me conhecêsseis, também,
certamente, conheceríeis ao Pai.’ (Jô 14:20) (idem; saberemos, então, que todos
somos um).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Conheço minhas ovelhas e elas me
conhecem, como meu Pai a mim conhece e eu conheço o Pai (pelo percebimento)...
Tenho, ainda, outras ovelhas que não são deste aprisco (que não perceberam
ainda). Preciso conduzi-las também (ao percebimento), e ouvirão a minha voz, e
haverá um só rebanho e um só pastor.’ (Jô 10:14ss) (ouvir a voz do Cristo é ter
o percebimento; o que nos conduz a Deus é o próprio Deus, mas há aqueles que
não chegaram ainda; porém todos somos iguais; então, pelo percebimento, haverá um
só rebanho).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Queremos apedrejar-te por que, sendo
homem, te fazes Deus. Replicou-lhes Jesus: Não está escrito na vossa Lei: Vós
sois deuses? (Sl 81:6)...e a escritura não pode ser desprezada.’ (Jô 10:33ss)
(nós o somos).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Interrogado pelos fariseus sobre quando
havia de vir o reino de Deus, respondeu-lhes: O reino de Deus não vem com
aparência exterior. Nem se dirá: Ei-lo aqui, ou Ei-lo acolá; pois o reino de
Deus já está dentro de vós.’
(Lc 17:20) (sem comentário).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Não recolho meu conhecimento de cartas ou
livros; eu os possuo dentro de mim mesmo; porque o céu e a terra, com todos os
seus habitantes, e o próprio Deus, estão dentro do homem. ’ (J. Boheme) (este
percebeu).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...enquanto os irmãos não se
comprometerem com negócios...; não se habituarem a conversas fúteis; não
sentirem preguiça; não freqüentarem grupos ou com eles forem tolerantes; não
sentirem a influência de desejos pecaminosos; não se desviarem do caminho por
coisas de menor importância, devemos esperar que os irmãos prosperem e não
caiam...’ (Buda) (pois estão se aproximando do percebimento).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘... a preocupação de acumular dinheiro, a
ele escravizando os dias e as noites, eis a maior das fraudes da civilização moderna.
’ (Whitman) (isso é distração, obstáculo à meditação, à percepção daquilo que
já somos).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘... sem (auto) conhecimento não há
meditação; sem meditação não há (auto) conhecimento’. (Buda) (são simultâneos: é
o conhecimento daquilo que somos na realidade, mas ainda não percebemos).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Buscai primeiramente o reino de Deus e
sua justiça, e tudo o mais vos virá por acréscimo.’ (Mt 6:33) (com o percebimento,
vemos que de nada mais necessitamos; nada mais é necessário; é por esse motivo
que se deve buscar, em primeiro lugar, o reino). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘O reino de Deus é semelhante a um tesouro
oculto no campo, que, certo homem, tendo-o achado, escondeu. E, transbordante
de alegria, vai, vende tudo o que tem e compra aquele campo.’ (Mt 13:44) (como
todos afirmaram, tudo o mais é nada em comparação com o percebimento; desfez-se
de tudo, porque tudo o mais não é tão importante: está transbordante de alegria porque, agora,
é bem aventurado).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...um homem que procura boas pérolas; e,
tendo achado uma pérola de grande valor, vende tudo o que tem e a compra.’ (Mt
13:45) (idem).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Eis que vos digo um mistério: na verdade,
nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e
fechar de olhos, ao soar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos
ressuscitarão incorruptíveis, e seremos transformados..’ (I Cor 15:51) (o
percebimento é instantâneo; transforma a todos, e os que estão mortos para a
verdade, isto é, que ainda não despertaram, ao perceberem a verdade
despertarão, agora incorruptíveis).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Purifique sua alma de todo medo e
esperança tola sobre as coisas da terra; mortifique o seu corpo, domine o
amor-próprio e os apetites, e o olho do mais íntimo (Deus) começará a exercitar
a sua visão clara e solene. Tudo aquilo que contribui para purificar a mente
ajudá-lo-á a atingi-la (a visão, a consciência cósmica) e facilitará a
aproximação e repetição desses felizes intervalos (Plotinus) (como todos os
iluminados aconselham que façamos algo, isso talvez seja sinal de que devemos
ter certa autonomia de vontade; usemo-la para nos aproximarmos do feliz
momento; como afirmam eles, toda esperança sobre as coisas da terra é tola,
pois tudo é incerto e não há segurança em nenhum lugar ou situação; estaremos
plenos de felicidade quando o ‘olho do mais íntimo’ (onde o ego cessa) exercitar
sua visão; a purificação da mente pode ser obtida pela meditação, que afasta o
‘eu’ e, com este, todo o lixo mental, todo o condicionamento).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Na verdade não convém que me glorie!
Passarei, entretanto, às visões e revelações do Senhor. Conheço um homem em
Cristo (isto é, que chegou lá), que, há catorze anos foi arrebatado até o
terceiro céu... e lá ouviu palavras inefáveis, que não é permitido a um homem
repetir (indizíveis, não há como comunicar a grandeza do que viu). Demais, para
que a grandeza das revelações não me
levasse ao orgulho, foi-me dado um espinho na carne... para me livrar do perigo
da vaidade.’ (II Cor 12:1ss). (sem comentário).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘O infinito (Deus) só pode ser apreendido
por uma faculdade superior à razão (isto é, além do ego), que nos faz entrar
num estado no qual você já não é mais o seu eu finito.’ (Plotinus) (você é,
portanto, seu ‘Eu’ infinito, isto é, Deus; só quando somos Deus é que o
apreendemos (como diz Eckhart). Lembrar-se de Paulo: Já não sou eu que vivo,
mas o Cristo é que vive em mim).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...em primeiro lugar a alma deve retornar
a si mesma (como se estivesse perdida e tivesse que encontrar seu caminho, o
caminho de casa); isso se alcança pela prática das virtudes, cujo objetivo é despoluir
(limpar) a mente (para que se torne semelhante) à semelhança com Deus e que
conduz ao próprio Deus, pelas quais a alma se liberta da sensualidade (da ação
dos sentidos, fato que elimina o ego)... Por meio de práticas ascéticas
(meditação) o homem uma vez mais se converte num ser espiritual, livre de todos
os pecados. Entretanto, ainda há um escalão mais alto: não basta ser sem
pecado (isso apenas nos limpa a mente); é preciso converter-se em Deus
(Eckart: ‘nos confundirmos com Deus’). Isto se alcança pela contemplação (meditação)
do Ser Único ou, em outras palavras, por uma aproximação extasiada (em êxtase)
desse Único. O pensamento (a imaginação, o intelecto, o ego) não pode chegar a
isso... pois é apenas um estágio preliminar dessa aproximação (portanto, pensamento, intelecto, ego devem ser eliminados).
E é apenas em estado de perfeita passividade e repouso (sem operações do ego;
meditação) que a alma pode reconhecer e tocar (sentir) o Ser Divino. Para
atingir esse fim mais alto, a alma necessita passar por um currículo
espiritual. Iniciando na contemplação das coisas corpóreas, em sua
multiplicidade e harmonia (isto é, conhecendo a vida, o mundo em sua
diversidade; ‘compreendendo a totalidade da vida’, como diz Krishnamurti),
retira-se para dentro de si mesma, nas profundezas de seu próprio ser (para
dentro do eu)... Mas, o mais alto não está ainda aí... O último estágio é
alcançado quando, na mais alta tensão e concentração, no silêncio e esquecimento
de todas as coisas (sejam boas ou más: meditação), a alma acha-se apta a
perder-se em si mesma (o eu não mais opera). Então, ela pode ver Deus, a fonte
da vida, do ser, a origem de todo o bem, a raiz (origem) da alma. Nesse
momento, a alma desfruta da bênção mais indescritível; é como se fosse banhada
pela divindade (Plotinus). (‘virtudes que levam à semelhança de Deus’, isto é,
que tornam a consciência pura, livre dos condicionamentos. ‘Não basta ser sem
pecado’: isto, no dizer dos sábios, não retira o homem da multidão; só
tranqüiliza a mente preparando-a para a meditação. ‘O pensamento, a imaginação,
a razão, o intelecto, não podem chegar a isso’; são finitos e só uma faculdade
infinita, isto é, algo além do ego, pode apreender o infinito. ‘Em perfeita
passividade e repouso’: relaxamento externo e interno, isto é, na meditação;
dentro de si mesmo, ‘no silêncio e esquecimento de todas as coisas’ (meditação);
‘na mais alta tensão e concentração’ - dizem os sábios que, somente quando a
paixão é tão grande que o homem derrama lágrimas, é que a luz chega – ou, como
afirma o bramanismo, ‘para se subir à presença do mestre, os pés devem ser
lavados no sangue do (próprio) coração’. ‘Perder-se’: perder o ego, o ego
cessa. ‘Poderá ver Deus’: ter o percebimento, a iluminação, ver que tudo, que cada
ser é Deus).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...pois, quanto maior a importância que a
alma atribuir ao que sente, compreende e imagina (às coisas do mundo, ao
conhecido), e quanto maior o apego que a isso tiver, seja coisa espiritual ou não (coisas agradáveis ou desagradáveis, profanas ou
sagradas, boas ou más) mais se afasta do bem supremo, mais demora em
alcançá-lo.’ (João da Cruz).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...quanto mais a alma se preocupa em
ligar-se às coisas criadas, nelas depositando sua força e confiança, por hábito
ou inclinação (apenas sentimos confiança e segurança naquilo que já conhecemos,
pelo nosso condicionamento cultural; mas segurança, seja física ou psicológica,
não existe em nenhum lugar ou tempo), menos se dispõe a essa união, à união com
o divino.’ (João da Cruz).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Não sou eu, o eu que sou, quem sabe estas
coisas; mas Deus sabe das coisas em
mim.’ (Jacob Boehme) (pois ‘eu e o Pai somos um’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...pois Cristo, o filho de Deus, tem que se
fazer homem (fazer-se você) e nascer dentro de você (pelo percebimento); de
outro modo você estará num estábulo escuro (entre fezes e urina; na escuridão
da ignorância) e aí continuará, procurando sempre por Jesus Cristo. Você olha
para as estrelas, procurando Deus distante, nos céus’. (Boheme) (procura vã,
pois ele está dentro de você (S. Agostinho) e, se você não percebê-lo aí,
estará realmente na escuridão, ou ‘morrerá como um cão danado’, como assegurou
Gurdjeff. ‘A vida só tem significado quando temos o percebimento’, como afirmou
Krishnamurti). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Discípulo: Isso está ao nosso alcance, ou
muito longe?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> Mestre: Está em você (dentro de você mesmo e
você o perceberá) se, por um instante, puder deixar de pensar e de desejar
(meditação); então, ouvirá de Deus palavras indizíveis. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> Discípulo: Como posso ouvir se não deixo
de pensar e desejar? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> M: Quando você afastar pensamentos e
vontades de seu eu (pela meditação), surgirá o eterno no ouvido, na fala, na
visão. E Deus ouvirá, falará e verá através
de você (nossos olhos e ouvidos são os olhos e ouvidos de Deus). Você esquecerá
sua própria audição, visão e fala, para só ver e ouvir a Deus. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> D: Como, se ele está acima da natureza e
das criaturas? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> M: Quando você estiver no silêncio e na
paz (meditação), você conseguirá. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> D: O que me entrava que não consigo
chegar a isso? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> M: A sua vontade, a sua visão, audição,
desejo e pensamento (que pela meditação podem cessar) sobre as coisas terrenas,
trazem sua visão, audição etc. ao nível terreno de tal forma que você não
consegue atingir... Há que caminhar pelo caminho mais difícil (a porta estreita
e o caminho pedregoso), tomar o que o mundo rejeita, e não fazer o que o mundo
faz... então, terá encontrado o caminho mais próximo para isso... pois (como
disse Paulo) o caminho para o amor de Deus parece tolo para este mundo, mas é
sabedoria para os filhos de Deus.’ (a sabedoria dada pelo percebimento). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘... Docemente cresceu e se espalhou em
torno de mim a paz e o conhecimento além de todo o argumento da terra
(sabedoria além de todo conhecimento terreno), e eu sei que a mão de Deus é a
promessa da minha (é o que a minha será pelo percebimento), e sei que o
espírito de Deus é irmão do meu e que todos os homens já nascidos são meus
irmãos (todos somos um)... e que a criação sobrevive graças ao amor... De
repente, me senti cheio de paz, alegria e conhecimento, transcendendo (indo
além de) toda a arte e sabedoria da terra.’ (Whitman) (somos todos da mesma
natureza de Deus).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Na verdade eu diria que apenas na
perfeita incontaminação e solidão da individualidade (a mente não contaminada, só,
livre dos sentidos, dos desejos, lembranças e pensamentos), pode surgir,
positivamente, a espiritualidade da religião (que, antes, era mais por costume
ou desejo de respostas). Somente aqui, e nessas condições, a meditação, o
êxtase devoto, o vôo elevado (consciência una). Somente aqui, a comunicação com
os mistérios (encontro de todas as respostas), os problemas eternos: de onde?
para onde? Sozinho, o pensamento silencioso (apagado, cessado) e a aspiração (o
desejo de chegar) e, então, a consciência interior (o Eu Sou), com sua
inscrição prévia invisível (o Cristo, que desde sempre está ali, mas não
percebido, ‘invisível’ para nós), em tinta mágica (não o víamos e agora
passamos a ver), irradia suas linhas maravilhosas para os sentidos (mostra-se e
o percebemos)... e todas as afirmações, igrejas e sermões, desaparecem como
vapores (tudo que antes conhecíamos não tem mais valor ante a grandeza do
percebimento). As bíblias podem afirmá-lo e os clérigos expô-lo, mas é
exclusivamente mediante o trabalho do eu isolado (ninguém chega à verdade pelos
trabalhos da religião, através de suas práticas, mas pelo exercício da
meditação, sozinho) que se entra no puro éter da veneração, que se alcança os
níveis divinos, que se comunga com o supremo (a percepção da verdade do que
somos)... Tu, Tu, enfim, conheço!’ (Whitman).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...
visto (à luz do Cristo interior, isto é, sob o ponto de vista de um
iluminado), tudo é perfeito, inclusive aquilo que visto fora dessa luz parece
imperfeito...’ (Dante) (‘... do perfeito tirando o perfeito, o que resta é perfeito...
’, de um cântico do bramanismo; isto é, tudo é perfeito, embora não o
compreendamos; só os iluminados compreendem).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Quando os seus pensamentos se tornarem
fixos (cessarem de fluir) você perceberá, dentro de si mesmo, a consciência
absoluta (consciência total, a divindade, a iluminação, Deus). Existe,
realmente, um fato concreto e reconhecível, ou seja, um estado de consciência
que já foi experimentado inúmeras vezes e que, para os que por ele passaram,
ainda que em leve grau, pareceu superior a toda uma vida de devoção... Nesse
instante, tornei-me consciente do surgimento, dentro de mim, de uma região que,
em certo aspecto, transcendia os limites comuns da personalidade (além do ego),
e à luz da qual minhas próprias idiossincrasias de caráter, defeitos,
qualidades, limitações, já não tinham importância (tudo é sem importância,
comparado a isso): uma absoluta liberdade em relação à mortalidade (não há
morte), seguida de indescritível sentimento de felicidade e calma (bem aventurança).
Imediatamente vi, ou senti, que essa região do eu, existente dentro de mim,
existe igualmente em todos os demais (somos iguais; temos as mesmas
possibilidades). Diante dela, as simples diferenças de comportamento, que
geralmente diferenciam e dividem os homens (ocasionando toda espécie de
conflitos, até as guerras), tornaram-se indiferentes (sem importância) e
abriu-se um campo no qual todos podiam encontrar-se, no qual todos eram
verdadeiramente iguais... Se eu pudesse transmitir (aos demais) a metade do
esplendor que o havia inspirado (ao livro que publicou a seguir), seria bom e
não teria de lutar para escrever nada mais (pois ele conteria tudo o que se
precisa saber para se chegar ‘lá’)... ’ (Edward Carpenter) (a consciência da
presença de Deus em nós traz bem-aventurança e livra-nos do medo da morte, pois
ficamos cientes de que ela não existe; todos
somos iguais, o Cristo é um em todos e todos somos um só, e em todos está a
mesma possibilidade de chegar à iluminação).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...acabadas todas as penas, abrindo-se
dentro de mim um profundo oceano de felicidade... todas as coisas são
transfiguradas, cantando felicidade sem fim (pelo percebimento). Naquele dia, no
dia da tua libertação (‘conhecereis a verdade e a verdade vos libertará’), ela
(a verdade, a libertação, o Cristo) virá a ti em lugar que desconheces, sem que
saibas em que tempo (Jesus disse: ‘estai preparados, pois não sabeis nem a
hora, nem o lugar’)... tu estarás livre para sempre... deixa que a felicidade
te invada... a morte já não te separará daqueles a quem amas (perceberás que
todos somos um; não há separação)... o mundo da igualdade... da felicidade total...
’ (Carpenter). (o percebimento da verdade nos liberta de todas as dores; como
afirmou Buda, ‘a iluminação é o fim de todo o sofrimento’, e Jesus,
‘conhecereis a verdade e a verdade vos libertará’; o ‘mundo da igualdade’, pois
então perceberemos que todos somos iguais; mais ainda: um só).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘(O Amuleto místico de Pascal): Ano da
graça de 1654, segunda-feira, 23 de novembro, dia de São Clemente, Papa e
mártir... desde cerca das dez horas e meia da noite até cerca de meia-noite e
meia... FOGO... FOGO (transfiguração, iluminação, como Jesus, Moisés, Buda,
Francisco de Assis). Deus de Abraão, Deus de Isaac, Deus de Jacob, não dos
filósofos e sábios. Certeza, alegria, certeza, sentimento... alegria, paz
(sentimentos indizíveis porque não existe meio de comunicá-lo a ninguém; a
verdade é incomunicável, é aquilo que realmente somos, mas que temos de
perceber por nós mesmos). Deus de Jesus Cristo, meu Deus e teu Deus...
Esquecido do mundo e de tudo (para a meditação tem-se que esquecer de tudo, o
que se obtém fazendo cessar o pensamento, fato que afasta o eu pensante) exceto
de Deus. Ele só é encontrado nos caminhos dos Evangelhos. GRANDEZA DA ALMA
HUMANA (por reconhecê-la o próprio Deus). Pai justo, o mundo não te conhece,
mas eu te conheci (tive o percebimento). Alegria, alegria, alegria, lágrimas de
alegria. Eu não me separarei jamais de Ti... Meu Deus, não me abandones, não me
deixes separado de ti eternamente. Esta é a vida eterna que se ganha depois de
te conhecer, o único Deus verdadeiro e aquele que tu enviaste – Jesus, o Cristo
(o percebimento traz uma vida repleta de felicidade e alegria; e cessa qualquer
receio da morte, pois fica-se sabendo que a vida é eterna; e conhecendo-se
Deus, conhecemos que nós o somos). Eu me havia separado dele; eu o havia
abandonado, crucificado (não tinha o percebimento); que eu não seja jamais
separado (sem o percebimento, estamos separados; com ele, tudo é um); ninguém
se salva a não ser pelo caminho dos evangelhos... RENUNCIAÇÃO TOTAL E DOCE...
(renuncia-se àquilo que chamamos vida pois o que se tem, agora, é muitíssimo
mais belo e mais prazeroso). Submissão total a Jesus Cristo e a meu Diretor
(agora a ação é totalmente correta; não há o que escolher; temos plena
percepção de que a consciência una, Deus, é que opera em nós; por isso,
submissão total). Eternamente em alegria por um dia de exercício sobre a terra
(esse instante jamais é esquecido, pois nos transforma radicalmente; é a
ressurreição, o nascer de novo)... jamais esquecerei o que me ensinaste (como
todos afirmam, o que se aprende naquele instante é mais do que se aprenderia em
muitos anos com os melhores mestres). Amém. ’ (Pascal) (a percepção, por mais rápida
que seja, traz alegria para sempre; cessam todos os problemas).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> Pascal, após certa noite, esquivou-se do
mundo; passou a viver recluso. Quando morreu, um criado encontrou, costurado
com cuidado dentro da bainha de seu gibão, um pergaminho com os dizeres acima;
esse pergaminho recebeu o nome de ‘amuleto místico de Pascal’ e está, hoje, na Biblioteca
Nacional, <st1:personname productid="em Paris. A" w:st="on">em Paris. A</st1:personname>
reclusão entende-se quando nos lembramos de outros místicos, como Jesus, que se
retirou para o deserto, Paulo, que foi viver entre tecelões, e outros mais que
buscaram um tempo, a solidão, para assimilar a ‘luz’ que lhes viera.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> Charles G. Finney: Que nenhum homem pense
que aqueles sermões, considerados tão poderosos, foram produzidos por minha
cabeça... Eles não são meus, mas do Espírito Santo que habita em mim.’
(sem comentário).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Aquele que, pensando em nada, fazendo a
mente parar de trabalhar (cessando pensamentos, lembranças, expectativas),
aderindo à meditação ininterrupta, repetindo apenas a silaba OM (o ‘nome’ de
Deus), atinge a meta suprema.’ (do ‘Bagavad Gita’, a Sublime Canção da
Imortalidade, do bramanismo).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘A vida real não é acreditar que existe
uma divindade...; é conhecer
essa divindade. Não se conhecem os nomes da verdadeira divindade e de seu
Cordeiro até que sejam revelados, individualmente
a cada um (cada um deve chegar lá por si mesmo)... Portanto, o filho do
Espírito Santo só se revela (age) naquele em que é gerado (que teve o
percebimento; como disse Paulo, em palavras semelhantes, ‘aguardo as dores do
parto do Cristo que nascerá em vós’)... pois, a não ser que o homem nasça de
novo, não poderá vê-lo... (o novo nascimento, resultado da experiência
mística). Nesse dia sabereis que ‘eu estou no Pai, vós em mim e eu em vós.’
(que todos somos um) (Richard M. Bucke, ‘Consciência Cósmica’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Deus é o pai de cada um de nós; mas
ninguém, sem a iluminação (sem a percepção da verdade), pode compreender o profundo
significado destas palavras.’ (Bucke).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘... uma espécie de certeza imortal de que
o Cristo havia nascido em mim e, em mim, permaneceria eternamente.’ (a vida não
tem fim) (Bucke).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘A
partir daquela experiência, minha confiança tornou-se ilimitada... Aquilo que
procuramos, com paixão, aqui e ali, dentro e fora, encontramos, enfim, dentro de nós mesmos. O reino
interior! Deus! Essas são palavras cujo significado não devemos fantasiar (C.M.C.,
‘Consciência. Cósmica’) (também S. Agostinho conta que, depois de procurar Deus,
por muito tempo, fora dele, encontrou-o dentro dele mesmo, no mais íntimo de
sua alma. Jesus disse: ‘... o reino de Deus está dentro de vós’, e Paulo: ‘vós
sois o templo do Altíssimo’, ‘o Altíssimo habita em vós’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Deixar (o ego) ir e deixar Deus vir... A
cessação (das operações do ego) dos pensamentos, objetivos e projetos são as
coisas mais importantes que devemos fazer, insistem os hindus e iogues, para se
atingir essa meta tão elevada...; não devemos permitir-nos preocupação por
dinheiro, comida, roupas, abrigo e outras necessidades (são distração,
desatenção, que perturbam a meditação)... ’ (CMC, ‘Consc. Cósmica’) (‘quando o
eu não é, Deus é’, isto é, quando o eu cessa, Deus está presente; Jesus: ‘não
vos preocupeis com o dia de amanhã; a cada dia basta o seu cuidado’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Quando estás a sós em tua cela, fecha a
tua porta e senta-te a um canto; afasta tua mente de todas as coisas vãs e
transitórias (das coisas do espaço-tempo, que são coisas finitas e o que é
finito não pode perceber o infinito); volta teus olhos e pensamentos (para
dentro de ti) e busca o lugar do coração, da tua alma (de onde nascem os
pensamentos; isso é meditação). No princípio, tudo estará escuro e sem
conforto, mas se perseverares dia e noite, sentirás uma alegria inefável e, tão
logo a alma descubra o lugar do coração (onde Deus habita), te sentirás
envolvido por uma luz mística e etérea.’ (Abade Mestre, séc.11, monastério do
Monte Athos) (Jesus: ‘Aquele que perseverar até o fim será salvo’ e ‘O reino de
Deus já está dentro de vós’; Paulo: ‘Vós sois o templo do Altíssimo’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘O
fenômeno místico, a experiência direta de Deus,... deve ser, necessariamente,
considerado o vértice das aspirações da inteligência e do coração... é uma
vertigem de luz.’ (Pietro Ubaldi).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...o fator moral ocupa o primeiro plano e
constitui, não só condição predominante, mas absoluta e irrevogável, tanto que
ela representa o vértice da perfeição moral e religiosa...’ (Pietro Ubaldi)
(para aquele que chegou).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘... nada de miraculoso, excepcional, de
gratuita e arbitrariamente concedido pelo céu (Pietro Ubaldi) (comparar com
Carpenter e Teresa). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘... assim, às diferentes fases da
evolução moral correspondem diversos graus de conhecimento e diferentes
aproximações da revelação da verdade. Quanto mais se aperfeiçoa o indivíduo,
tanto mais sensível e potente se torna o instrumento consciência...’ (PU) (a
iluminação é a expansão máxima da consciência).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘... é necessário subir... por humildade
de coração, pureza de intenção, sublimação de paixão...’ (PU).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...cada ser se torna escravo daquilo que
ama... a comunhão de vibrações nos torna semelhantes àquilo que amamos... (seja
relativo ao bem ou ao mal)... O evangelho é o método de harmonização
universal... (pois ensina como chegar à percepção)... Deus não se demonstra; sente-se... A evolução espiritual
(indicativa do caminho) é o aprofundamento de nossa consciência em nosso
próprio interior... porque Deus está no fundo do coração do homem... A
Ascensão, pois, é para dentro
de nós mesmos... A intuição, que está na profundeza, é um contato mais próximo
da verdade, do que a razão, que está na superfície... A consciência se estende
em profundidade, nas zonas interiores, avança para Deus e tende à unificação
com o Todo, a que se chega, pois, por introspecção
(pela penetração no âmago do ser, pela meditação)... (PU).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘O eu é uma estrada que se prolonga ao
infinito... na direção de Deus... Aquele que se lança por esses caminhos, deve
perder o apoio da compreensão humana (os demais dificilmente o compreenderão,
quando não o hostilizam ou menosprezam...) O universo é harmonia que guia ao
supremo amor, que é Deus; eu, simplesmente, me harmonizo (meditação). A
sensação do sublime, o percebimento do sagrado, ‘paga’, largamente, cada
esforço e, aos práticos se poderia dizer: o ‘negócio’ convém (práticos, os que
acham que o buscador é apenas um sonhador, fora da realidade, quando é o mais
prático dos práticos pois investe para a felicidade total)... O grau de
ascensão do ser nos níveis espirituais (de consciência) mais elevados mede-se
pelo grau de harmonização que sua consciência consegue atingir. E o índice
exterior dessa harmonização é o amor’ (PU).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Humilho-me! Anulo-me!’ (PU) (humilhe-se!
anule-se! entregue-se, na meditação; o ego deve cessar suas operações).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Nada receies, Eu Sou!...’ (não há o que
recear; buscamos Deus, isto é, a nós mesmos; quando perguntaram a um mestre Zen
o que é buscar Deus, ele respondeu: ‘é cavalgar o boi para procurar o boi’,
isto é, nós já o somos; o que nos falta é perceber isso, o que se pode
conseguir pela meditação).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘A oração é apenas a harmonização inicial.
Harmoniza-te em toda parte, na majestade do canto gregoriano, no simbolismo
litúrgico, nas correntes que emanam das catedrais; ainda mais diante do
espetáculo divino do criado... dum ato de bondade e de amor fraternal... este é
o caminho que conduz a Deus... A chegada (a percepção) de Cristo se dá em nosso
interior... (PU).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Aquele que põe a mão no arado e olha para
trás não é apto para o reino de Deus.’ (Lc 9:62) (aquele que, decisivamente,
inicia a busca, não deve ter saudades dos projetos e desejos que ficaram para
trás, nos planos para o futuro; planos
que, agora, devem ser abandonados; só assim poderá, eventualmente, chegar lá).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...Minha mente, profundamente
influenciada pelas idéias, imagens e sentimentos despertados pela leitura e
conversas da noite, achava-se num estado de tranqüilidade e paz; desfrutava de
um estado de quietude (mente tranqüila, silenciosa)... Súbito, sem qualquer
aviso, vi-me envolvido por uma nuvem avermelhada. No primeiro momento, pensei
em um incêndio subitamente deflagrado na grande cidade. Em seguida, porém, percebi
que a luz estava dentro de mim mesmo. Imediatamente se apoderou de mim um
sentimento de exaltação, de imensa alegria, logo seguido por uma iluminação
intelectual (sabedoria) impossível de ser descrita. Em meu cérebro explodiu uma
fagulha do esplendor divino... Em meu coração... um sabor de paraíso (bem-aventurança).
Entre outras coisas, nas quais eu não acreditava, vi e soube que o cosmo não é
matéria morta, mas uma presença viva; que o ser humano é imortal; que o
universo é tão bem construído e ordenado que, sem nenhuma casualidade, todas as
coisas funcionam juntas para o bem de cada uma delas e do todo (Krishnamurti:
‘todos chegarão lá’); que o fundamento do mundo é o que chamamos amor e que a
felicidade de cada um é, a longo prazo, absolutamente certa. E, inegavelmente,
afirmo que aprendi mais durante os poucos minutos dessa experiência do que nos
muitos anos de estudo anteriores, e mais do que poderia ter aprendido com
qualquer mestre ou escola... Soube que o cosmo é totalmente imaterial (pura
consciência, conforme, hoje, a física quântica também afirma), espiritual e
vivo; que a morte é um absurdo; que todos têm uma vida eterna, que o universo é
Deus e que Deus é o universo, e que o mal não pode aí penetrar... No mesmo
instante, senti-me invadido por uma emoção de alegria, segurança, triunfo,
salvação. Esta última palavra não deve ser tomada no sentido comum; é uma
salvação não necessária, pois o esquema da construção do próprio universo basta
para isso (como asseguram sábios e escrituras, já estamos salvos)...
Acompanhando instantânea ou simultaneamente as sensações referidas, e as
experiências emocionais, surgiu em mim uma iluminação intelectual (sabedoria) impossível
de ser descrita. Com um clarão, apresentou-se à minha mente uma clara e nítida
compreensão do sentido do universo, e uma consciência de imortalidade... (Richard
M. Bucke, ‘Consciência Cósmica’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 311.25pt;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Um
estado mental tão feliz, tão glorioso, que tudo o mais na vida é nada se
comparado com ele...’ (Budismo) (o nirvana, o satori, a iluminação, céu,
samadi; comparar com o que disseram Jesus, Paulo, Teresa, João da Cruz,
Krishnamurti e outros).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Com Cristo (com a percepção) tem início a
verdadeira vida (Krishnamurti: o novo modo de existir; a iluminação), que se
difundirá até se tornar universal. Aí será o fim da velha ordem. Depois disso,
desaparecerão as ‘regras’, ‘autoridade’, ‘poder’; todos serão livres e iguais.’
(budismo) (sem o percebimento, a vida não tem sentido; com ele, o homem não
mais precisará de regras e autoridades; todas suas ações, então, serão corretas).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Mas, aquele que alcançou a regeneração (o
novo nascimento), vê sua vida terrestre como a pior das prisões (se comparada
com ele). Nesse reconhecimento ele compartilha a cruz de Cristo...’; ‘O
homem..., escondido na figura humana externa, está tanto no paraíso quanto
Deus, e Deus está nele e ele está em Deus...’ (Boheme) (o homem é um com Deus; ‘eu
e o Pai somos um’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...essa sabedoria soberana (obtida pela
iluminação) é de tão grande excelência que nenhuma faculdade ou ciência humana
pode comparar-se a ela.’ (João da Cruz).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Ó, como a alma se sente feliz quando
consegue escapar da casa de sua sensualidade! (no despertar, ao deixar de lado os
sentidos, memórias, pensamentos, emoções). Ninguém consegue compreender isso,
penso eu, a não ser aquele que já tenha passado por tal experiência... Tal é a
doçura e prazer profundo que esses toques de Deus provocam, que apenas um deles
é recompensa mais que suficiente para todos
os sofrimentos da vida, por maiores que tenham sido.’ (João da Cruz).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...e, num quarto de hora, vi e aprendi
mais do que veria e aprenderia em muitos anos de universidade. Por essa razão
estou muito admirado e dirijo a Deus minha oração, agradecendo-lhe, porque vi e
compreendi o ser de todos os seres, o abismo dos abismos e a geração eterna da santíssima trindade, o
descendente e a origem do mundo e de todas as criaturas (o próprio Deus)...;
(antes) havia iniciado árdua batalha contra minha natureza corrompida
(concepção inculcada no homem pelas religiões populares)..., e, ajudado por
Deus, uma luz maravilhosa surgiu dentro de minha alma... e nela reconheci a
verdadeira natureza de Deus e do homem, e a relação existente entre eles (o
auto-conhecimento que nos faz perceber que todos somos um só)... que entra na
alma como um clarão súbito... (‘como o relâmpago que corre do leste para o
oeste’)... de repente o meu espírito rompeu as barreiras (do ego, foi além do
ego, do ‘eu’)..., mas a grandeza do triunfo que surgiu no espírito não posso
exprimir por palavras escritas ou faladas (indizível, como diz Paulo). Tampouco
posso compará-la com qualquer outra coisa... a não ser com a ressurreição da
morte (o nascer de novo)..., pois o Cristo, o filho de Deus, tem que nascer em
você (você tem de se iluminar), se você deseja conhecer a Deus. ’ (Boheme).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘... E aquele pobre rapaz pensa que é um
anjo exilado do céu. Quem, dentre nós, tem o direito de desapontá-lo (negá-lo)?
Serei eu, eu, que tantas vezes me vejo suspenso deste mundo por um poder
mágico? Eu, que pertenço a Deus? Eu, que constituo um mistério para mim mesmo?
Terá ele escalado um degrau mais arrojado na fé? Ele crê; sua crença, sem
dúvida, o levará a um caminho luminoso, semelhante àquele pelo qual eu
caminho..., o caminho que conduz ao infinito (Deus)’ (Balzac).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Sinto e sei que a morte não é o fim de
nada, como pensávamos, mas, na verdade, é o autêntico princípio e que, com ela,
nada se perdeu, nem pode perder-se ou morrer... O comando interior (o
percebimento), potente, sentido, mais forte do que as palavras... tenho certeza
de que ele, realmente, se origina de Ti...’; ‘Tu, ó Deus, iluminaste minha vida
com raios de luz serenos, inefáveis, concedidos por Ti, luz rara, indizível,
iluminando a luz verdadeira (iluminando a outra luz, a do sol), além de todos
os sinais, descrições e línguas (além de toda compreensão)... Que clarão e
infinito que tudo arrastam! Comparado com isso, que mísero frangalho parece
tudo o mais.’ (Whitman) (àquele que chegou, ‘como parecem prosaicas todas as
coisas!’, como diz o poema Zen).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘... para os que não viveram os mesmos
pensamentos (os que não passaram pela experiência), as palavras dos que falam
sobre essa vida (iluminada) devem soar falsas... Ela alcança os simples e os
humildes, os que se desfizeram do orgulho e da presunção (o que se consegue
pela meditação); chega como uma súbita percepção (num relâmpago), com
serenidade e grandeza. ’ (Ralph Waldo Emerson, ‘Consc. Cósmica’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘... só então saberá como todas as coisas
da nova aliança (a iluminação) são percebidas espiritualmente, pois só então
conhecerá a única divindade verdadeira e seu Cristo. Assim, a razão saberá, com
absoluta certeza, por sua própria experiência, que tudo aquilo que o
primogênito (Jesus), Paulo e outros sabiam sobre a verdade, e eles a conheciam
plenamente, chegou até eles por meio de revelação interna, e não por sinais ou milagres externos... ’ (C.P.) (a
percepção vem do interior, pelo caminho que leva ao eu; interioridade e não
exterioridade).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Enquanto as rajadas do desejo perturbarem
a expansão celestial do coração (forem obstáculo ao percebimento), haverá pouca
possibilidade de vermos o Deus resplandecente.’ (Ramacrishna) (são obstáculos à
meditação; perturbam a expansão da consciência).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘... e eu o ressuscitarei no último dia. ’
(Jo 6:40) (o percebimento é como a ressurreição para uma vida nova, um novo
nascimento, o nascer da consciência cristica em nosso interior; um novo homem
entra em cena).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> Nesse dia sabereis que ‘eu estou no Pai,
vós em mim e eu em vós.’ (que todos somos um) (Richard M. Bucke, ‘Consciência
Cósmica’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘... aquele que crê em mim tem a vida
eterna.’ (Jo 6:47) (o percebimento revela que não existe morte).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘... o espírito é que vivifica, a carne
para nada aproveita.’ (Jo 6:63) (durante a fase biológica do viver, a carne tem
sua serventia; mas, para a iluminação, a propiciadora é a consciência livre do
ego).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘... as palavras que vos digo são espírito
e vida. ’ (Jo 5:63) (pois se praticarmos o que ele nos ensinou chegaremos ao espírito,
a Deus, à vida real).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘... se alguém tem sede (de luz), venha a
mim (vá ao eu, pois o caminho é para o interior) e beba (isto é, receba a luz,
perceba a luz que já está em nós). ’ (Jo 7:37).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...Porque a vós é dado conhecer os
mistérios do reino dos céus, mas a eles não lhes é dado; porque àquele que tem,
mais se lhe dará, mas àquele que não tem, até aquilo que tem lhe será tirado...
porque eles vendo não vêem e, ouvindo, não ouvem nem compreendem...
bem-aventurados sois vós porque vedes e ouvis...’ (Mat. 13:11 ss) (vós = os que
chegaram à iluminação; vêem, ouvem e compreendem, por isso são bem-aventurados;
àquele que têm o percebimento, mais se dará de glória, felicidade, sabedoria e
amor; ao que não o tem, até o que possui de felicidade lhe será tirado, pois
sem o percebimento, ‘muitos pesares por certo ainda terá’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...Todas as coisas foram feitas por ele
(o Verbo) e, sem ele, nada do que foi feito se fez... (Jo 1:3) (o verbo, a
palavra, o pensamento, o fator do primeiro dualismo que produziu a divisão ‘eu
e não-eu’, ‘eu e o mundo’; não houvesse o pensamento, ação do ego, nada
existiria, nada seria feito, pois haveria apenas o Um, a unidade absoluta,
nenhuma divisão, nem tempo, nem espaço, nem objetos, nem seres; por isso todas
as coisas do espaço-tempo foram feitas pelo verbo e, sem ele, nada <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">se
fez).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> “ninguém vem a mim se o Pai q me enviou
não o mandar a mim,,,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">........................................................................................<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> EXTRATOS do “Curso Avançado de Filosofia
Yogui”:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> Considere cada ato, pensamento, gesto,
movimento, insinuação, sorriso, olhar, palavra, passo, exemplo, idéia, serviços
divinos (pois Deus é que está operando em nós o pensar, o querer e o fazer;
somos apenas máscaras de Deus, estamos envolvidos no grande drama da criação,
cujo ator é apenas um em todos os personagens: Deus).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> Veja Deus em tudo, em todo ato,
circunstância e evento, em todas as pessoas, seres e coisas. Todo lugar, toda
coisa e todo ser é Templo de Deus, é Deus mesmo (‘vós sois o templo do
Altíssimo’). Estamos, em todo lugar e tempo, sempre em sua presença, perante
Sua vista e Seu saber (sufismo) (Da Bíblia Cristã: ‘nele vivemos, nele
respiramos; Deus está acima e abaixo, à direita e à esquerda, atrás e a frente,
dentro e fora de nós’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> O amor de Deus se estende,
incondicionalmente, a todos os seres, não importando se estes o amem ou não,
creiam ou não, ou o neguem. Deus não exige serviço, nem adoração, nem oração,
nem reverência. Deus está além de tudo
isso. Há, sim, benefícios àqueles que se abrem ao amor divino, mas este
amor se dirige, incondicionalmente, a todos. O sábio reconhece que a oração
mais sentida ou comovente não traz o favor de Deus; que Ele não se deleita
pelas orações dos homens, por suas súplicas ou louvores. Contudo, a oração é um
benefício para o homem pois, por meio dela, o homem se abre e se entrega a Deus
e pode entrar em harmonia com o infinito, e, então, terá esse amor, poder e
sabedoria.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">................................................................<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> CITAÇÕES de Teresa de Ávila e outros:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Deus está em toda parte. Onde está Deus,
está o paraíso. Compreender esta verdade é ver que, para falar com o Pai, não
se tem necessidade de ir ao céu, nem de clamar em altas vozes. Ele está tão
perto que sempre nos ouvirá. Basta pôr-se em solidão (oração de quietude,
meditação) e olhá-lo dentro de si mesma.’ (Teresa).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Depois de muito procurá-lo fora de mim, fui
encontrá-lo dentro de mim mesmo. ’ (S. Agostinho).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘... chama-se oração de recolhimento,
porque nela tudo se recolhe, a alma, todas as faculdades, vontades, desejos,
memórias, emoções, expectativas, (tudo deve ser recolhido, escondido, esquecido)
e entra dentro de si mesma com Deus (onde já está Deus). Aí, o divino mestre
vem ensiná-la, dando-lhe oração de quietude.’ (Teresa) (oração de recolhimento:
recolhem-se os sentidos, a memória, o pensamento, o ego; com o recolhimento,
vem o silêncio mental, a oração de quietude (‘aquieta-te e sabe: Eu sou Deus’,
do Velho Testamento), a meditação, que pode proporcionar a percepção daquilo que
buscamos).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...acostume-se a não olhar coisa alguma
que a distraia... Não permaneça em lugar onde possam se distrair os sentidos
exteriores...(pois a distração exterior causa distração interior); assim
chegará a beber água na própria fonte. Caminha muito em pouco tempo. É viajar
pelo meio mais rápido... chega-se mais depressa. ’ (Teresa) (às noviças: atenção,
atenção, atenção!).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘... durante a oração... recolhendo os
sentidos para dentro de si mesmas. Quando o recolhimento é verdadeiro,
sincero... produz tal efeito (a oração de quietude) que não sei como descrever.
Entende a alma que tudo que há no mundo não é mais que um jogo, um divertimento
(‘tudo é fútil e infantil’). Eleva-se, ergue-se, de repente...’ (Teresa).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...é deixar de lado todas as coisas
exteriores, delas retirando os sentidos...(para isso só a cessação do eu, que a
meditação torna possível); cerram-se os olhos para não mais as ver, e para mais
se aguçar a vista da alma. Nelas (nas que fazem essa oração) se acende mais
prontamente a labareda do amor divino. Estando mais perto do fogo, com alguns
sopros do intelecto, ao saltar uma fagulhinha, logo é total o incêndio... pois
não há embaraços no exterior, e estão a sós com Deus (no interior).’ (Teresa)
(a sós com Deus, porque o ego cessou de operar; ‘ou eu, ou Deus’; ‘Aquieta-te e
sabe:Eu sou Deus).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...o palácio de Deus é nossa alma...’
(Teresa) (‘vós sois o templo do Altíssimo’, Paulo).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Há, dentro de nós, um mundo mais precioso
que de modo nenhum se compara com esse mundo exterior que conhecemos...’
(Teresa).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...se sempre vivêssemos com cuidado,
lembrando-nos freqüentemente de que temos em nós tal hóspede (Deus)... veríamos
que as coisas do mundo são mesquinhas comparadas às que temos dentro de nós.’
(Teresa).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...Não imitemos os animais (nas coisas do
mundo) que, ao verem isca ou presa fácil, logo se precipitam para saciar a
fome... Durante muito tempo não o compreendi tão claramente. Bem entendia que
tinha alma, mas quanto ela merecia e quem estava dentro dela, eis o que me
escapava... As vaidades da vida nos tapam os olhos, e não enxergamos o que devíamos...
’, ‘...mas o Senhor não se dá de todo enquanto não nos damos de todo a ele.
Isto que vos digo é coisa certa e de tal importância que o repito tantas
vezes.’ (Teresa) (dar-se a Deus é a entrega de si mesmo, proporcionada pela
meditação, pois afasta nosso próprio ego pensante, dando lugar a Deus. ‘Quando
o eu não é, Deus é’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...olhai para a intimidade de vossas
almas; aí, achareis nosso Mestre, que jamais nos faltará...’, ‘...todos os
favores humanos são mentira se desviam a alma da oração de recolhimento...’
(Teresa).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...isso, o encontro (com Deus), sucede
quando a alma quer, entendei bem; não se trata de coisa sobrenatural...’
(Teresa) (quando a alma quer e, por isso, busca).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...cumpre-nos desapegar-nos de tudo para
nos aproximarmos de Deus interiormente... Desejemos, sempre, retirar-nos ao
mais íntimo de nós mesmas, ainda no meio das ocupações do dia-a-dia (é o que
ensina o Zen). Embora dure um só instante, é de grande proveito a recordação do
Senhor que nos faz companhia dentro de nós mesmas...’ (Teresa).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...a alma sente-se penetrada de tal
reverência... Interiormente e exteriormente as faculdades ficam numa espécie de
desfalecimento (o eu cessa)... o corpo experimenta suavíssimo deleite e a alma
grande satisfação (alegria, felicidade). Tão contente está de se ver junto à
fonte que se sente farta antes mesmo de beber... nada a penaliza, nada a aflige
(não há mais sofrimentos, medos, culpas, remorsos)... enquanto dura esse estado
de satisfação e deleite, fica de tal modo inebriada e absorta que nem pensa em
desejar outra coisa...’ (Teresa) (‘... tudo o mais virá por acréscimo’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Jesus disse: ‘Eu estou em vocês’.
Valha-me Deus! Como essas palavras são verdadeiras! Como as compreende bem a
alma que, estando nessa oração, sente-as (percebe-as) realizadas em si mesma.’
(Teresa).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘... nossa alma é um castelo onde habita o
Senhor; vejamos o que se há de fazer para penetrar no seu interior (para
percebê-lo)...’ (Teresa).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Esta é a grande descoberta que Teresa
divulga com seus escritos: Deus habita no íntimo da alma... (o mesmo afirmaram
Jesus e Paulo) Contra ela, por isso, se colocaram vários de seus padres
confessores, os quais admitiam a presença divina apenas através da graça, nunca
<st1:personname productid="em ess↑ncia. Teresa" w:st="on">em essência. Teresa</st1:personname>,
porém, é clara: Deus se encontra na alma, como se encontra no céu. Por isso
mesmo, a própria alma é o céu, um castelo no qual se pode entrar... O corpo é a
muralha do castelo, cuja entrada é a oração (meditação). ...uma alma é tão
repleta quanto um mundo vivo e cheio de gente e de grandes segredos. A gente
são as faculdades que, às vezes ajudam, às vezes atrapalham. Costumam se
desorientar sobretudo quando o Hóspede se faz notar, quando sai de seu aposento
para se comunicar com o espírito.’ (Prof. Jacyntho J.L. Brandão, UFMG).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...bem maior, que a dos animais
irracionais, é nossa insensatez, pois desconhecemos o seu valor (da alma, que é
criada à semelhança e imagem de Deus) e concentramos toda nossa atenção no
corpo...; as riquezas que há na alma, quem nela habita, eis o que, raras vezes,
consideramos. Todos os cuidados e atenção se consomem no grosseiro engaste, nas
muralhas do castelo, que são nosso corpo, em vez de se consumirem naquele que
ali habita.’ (Teresa).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘... assim também não nos prejudica
sabermos que é possível, ainda neste
desterro (ainda em vida; a mansão da morte, de Krishnamurti), tão grande Deus
comunicar-se a vermezinhos asquerosos como nós... Pode-se objetar que isso é
impossível... mas é menor mal não o crerem alguns, do que tirar do proveito
espiritual os demais... Quem se recusa a crer dificilmente terá a experiência
da presença divina em si.’ (Teresa) (ela afirma que, mesmo nesta vida, podemos perceber a
divindade; mostra, também, a concepção que a igreja tem do homem – ‘verme
asqueroso’; como ensinam os sábios, isso se destina a manter o homem preso à
igreja, pois lhe incute a idéia de que, sozinho, não pode salvar-se, de que
necessita de intermediários, sacerdotes e ministros, templos, penitências e
orações, confissão e comunhão, do perdão de Deus).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...pelo que eu entendo, a porta de
entrada desse castelo é a oração, (a oração de recolhimento e de quietude, isto
é, a meditação.) (Teresa).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...torno a afirmar: é sumamente
importante entrar primeiro no aposento do conhecimento próprio
(auto-conhecimento, para sabermos quem realmente somos). Aprofundar o
conhecimento sobre nós mesmas, é este o caminho... todos os danos (sofrimentos
e conflitos) vêm de não nos conhecermos devidamente.’ (de não sabermos quem
somos) (Teresa) (quando chegamos ao autoconhecimento, percebemos que somos a
própria divindade).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...nossos defeitos (ignorância,
distrações, suposições, crenças, ilusões) são como ciscos nos olhos que não nos
deixam ver o Senhor, que está ali, bem à nossa frente...; embora a alma não
esteja em mau estado e deseje sinceramente apreciar sua própria formosura (que
é o próprio Deus), é quase impossível desvencilhar-se de tantos impedimentos
(distrações).’ (Teresa) (só pela meditação se pode fazê-lo).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘... mesmo mergulhados em nossos
pensamentos, negócios, prazeres e seduções do mundo, ora caindo em pecado, ora
levantando-nos, apesar de tudo o Senhor não deixa de chamar-nos para que nos
aproximemos dele...’ (Teresa) (Krishnamurti: ‘não ouvimos essa imensidade chamando’,
e lamentava-se Jesus: ‘Os homens não me compreenderam... ’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘... Não vos desanimeis, portanto. Quando
vos acontecer cair em pecado, não deixeis de querer ir adiante (na oração, na
meditação)... peço aos que ainda não começaram, a recolher-se em si mesmos (a
praticá-la). Aos que já começaram, que enfrentem todas as dificuldades para não
voltar atrás... aí ela, a alma, as subjugará todas (às distrações, desatenções)
e zombará de seus assaltos. Aí experimentará, mesmo nesta vida, tal abundância de bens, como jamais poderia supor
(indizíveis)... ’ (Teresa) (Jesus: ‘Buscai primeiramente o reino de Deus, e tudo
o mais vos virá por acréscimo’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘... quando não achamos quem nos ensine, o
Senhor fará tudo redundar em nosso proveito, contanto que não deixemos a oração
(meditação)’ (Teresa).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘... é insensatez pensar que poderemos
entrar nos céus sem primeiro entrarmos em nós mesmas...’ (Teresa) (o caminho é
para o nosso interior, na direção do ‘eu’). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘O Senhor disse: ‘ninguém irá ao Pai senão
por mim’ e ‘quem vê a mim, vê o meu Pai’... Ora, se nunca pusermos os olhos
nele que está dentro de nós (se não entrarmos na alma), não sei como o
poderemos ver. (Teresa). (não teria Jesus dito: ‘ninguém irá ao Pai senão pelo
eu’ e ‘quem vê o eu, vê o Pai’? pois o caminho é para ‘dentro, na direção onde
pensamos que está nosso eu’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘... a alma se sente segura se não recua
no caminho começado... ’ (Teresa).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘... Entrai, entrai em vós mesmas, filhas
minhas!...’ (são palavras sempre dirigidas às noviças, por Teresa; o caminho é
para dentro). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...
mas, sempre e sempre, humildade; considere-se sempre servo inútil.’ (da
parábola de Lu 17:10; não se impaciente, nem perca o ânimo; com humildade,
persevere nas tentativas de meditação) (Teresa).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...para que de tudo (de sucessos ou
insucessos) tireis humildade, e não inquietação (impaciência, descrença etc)...
pois somos mais amigos de prazeres que de cruzes... ’ (Teresa) (não deixe que
os obstáculos o desanimem. Como falou Jesus: ‘Que te importa a ti; segue-me tu’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...não nos perturbem o pensamento e a
imaginação, nem façamos caso deles (quando, na tentativa de meditação, não cessam
de fluir...). O remédio é ter paciência (perseverar)... humildade e desapego de
verdade... ’ (Teresa) (é o que ensinam os místicos).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘... é certo que melhor encontramos Deus
buscando-o no íntimo da alma, a exemplo de S. Agostinho...’ (Teresa).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘... Excelente é este modo de pensar
(imaginando Deus em nosso interior), por que se baseia numa grande verdade:
Deus está dentro de nós mesmas. Cada um o pode provar’ (pela meditação). (T).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...prepare-se, também, a alma para saber
escutar a Deus... não discorrer, tanto quanto possível, com o intelecto (cessar
com as orações discursivas), mas conservar-se atenta à divina ação... Por mim,
nossa atitude deve ser... pedir, usando a imaginação e o intelecto, e esperar,
não mais usando nada (silêncio mental), procurando não exercitar o intelecto
tanto quanto possível (afastar o ego; oração sem palavras, meditação)...
Deixar-se (entegar-se), então, nas mãos de Deus. Ele faça como quiser e fique a
alma num total descuido (esquecer tudo) de si própria, tanto quanto puder...’
(T) (do Zen: ‘Esvazia-te!’, e nada de expectativas sobre o que poderá vir). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...a simples preocupação de não pensar em
nada, será motivo de pensar muito...; como poderá estar despreocupado de si
quem fica tão preocupado em não pensar, em não se distrair, que nem ousa
mexer-se? ... Deixemo-las (as faculdades, imaginação, memória, intelecto, etc.)
fazer seu ofício (isto é, não as forcemos; deixe que os pensamentos continuem
vindo mas não nos agarremos a nenhum deles), até que o Senhor as promova a
outro ofício maior... ’ (nada o preocupe; se acontecer, tudo bem; se não acontecer,
tudo bem, também, como ensina o Zen). ‘...
sem força e sem ruído, procure atalhar o intelecto com seus discursos, sem
suspendê-lo, nem à imaginação...’ (T) (Krishnamurti: sem esforço, porque isso
reforça o ego em vez de afastá-lo).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...na perseverança está encerrado todo o
nosso bem...’ (T) (Jesus: ‘aquele perseverar até o fim será salvo’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...fomos chamados à oração (de
recolhimento) e à contemplação (meditação, oração de quietude)... Descendemos
dos santos padres do Monte Carmelo que... buscavam esse tesouro, essa pérola
preciosa (da parábola)...’ (T) (igual ao primitivo cristianismo).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...já que podemos gozar do céu estando
ainda na terra... pedi ao senhor que nos dê seu favor, a fim de não o
desmerecermos por culpa nossa; que nos mostre o caminho e nos conceda forças
para cavarmos até encontrar esse tesouro escondido, na verdade, dentro de nós
mesmas. É o que gostaria de fazer-vos entender’ (T) (Krishnamurti: ‘a mansão da
morte; Jesus: ‘a pérola’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...eis, irmãs, o que faz aqui nosso Deus,
para que a alma se reconheça como sua: dá-lhe o que tem de mais precioso, isto
é, as condições que comunicou a seu filho neste mundo...’ (T) (o mesmo que deu
a Jesus, isto é, igualdade com o Pai: ‘eu e o Pai somos um’; nós somos um com
ele). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...ninguém poderá alcançar a verdade sem
ter chegado à submissão à vontade de Deus...; quanto mais adiantadas estiverdes
no amor ao próximo, tanto mais adiantadas estareis no amor de Deus... esse é o
sinal...’ (T).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘... e Deus concede-lhe um encontro...
dura brevíssimo tempo... Com os sentidos e faculdades (intelecto, raciocínio,
memória, imaginação) não poderia a alma, absolutamente, entender, em mil anos,
o que aqui entende num relance... ’ (T)
(temos que ir além do ego, deixar as faculdades para trás).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...Descuidando-se, porém, e pondo a
afeição em algum objeto, perderá tudo... Entendo que não há segurança neste mundo.
Onde me parece haver mais segurança é em andar com particular atenção e cuidado
(observação de si mesma; orai e vigiai). A alma que aspira tão alto, não pode
deitar-se a dormir (conforme o cristianismo primitivo, o maior pecado é a
desatenção; a maior virtude, a atenção; e não existe segurança física ou
psicológica em nenhum tempo ou lugar) (T).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...A alma já ferida (que teve vislumbres)
pelo amor de Deus, procura mais ocasiões de estar só. Conforme lhe permite seu
estado, aparta-se o mais possível de tudo que lhe estorva a solidão (de tudo que
a faz desatenta)...’ (T).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘... se ainda nesta vida esperamos exultar
neste bem, que devemos fazer nós? Que empecilho é tão grande que nos faça
deixar de buscar, por um instante que seja, o Senhor?... Ninharia é tudo o que
existe no mundo se não nos conduz e ajuda nesta empresa, ainda que durassem
para sempre os deleites, riquezas e alegrias deste mundo, por maiores que se
possam imaginar. Tudo é lixo e esterco em comparação a esse tesouro... Ó
cegueira humana! Até quando permaneceremos com os olhos cheios de terra (sem perceber
a verdade)?’ (T).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘... o que é a honra? Eu prezava a honra;
em quantas pequeninas coisas sentia-me ofendida! Agora disso me envergonho... E
não olhava nem fazia caso da verdadeira honra que é zelar pelos interesses da
própria alma. Esta é a única honra proveitosa. Como estamos sem direção! E
temos a ousadia de pensar que fazemos muito, quando perdoamos um nadinha
qualquer...’ (T).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Tudo que aprendi reduz-se a mostrar ao homem
como despertar, em si mesmo, o divino mundo da luz. Esse mundo está aqui e
agora, e meu maior desejo é abrir os olhos dos homens para esta verdade: somos
aquilo que formos capazes de fazer de nós mesmos’. (pela meditação; os que
chegaram lá não conseguem se calar; desperta-se neles a compaixão pelo
sofrimento dos que ainda não chegaram) (Boheme).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Admira-me muito que Deus tenha-se
revelado assim, plenamente, a mim, um homem tão simples, sem cultura, tão
pequeno neste mundo...’ ‘Quando o mal foi vencido, a porta celestial se abriu
para o meu espírito que, então, contemplou o divino e celestial Ser, não fora
de meu corpo, mas exatamente na fonte do coração (dentro), onde surgiu um
resplendor de luz... ’(B). (Deus habita em nós).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...reúna todas suas forças, seu coração,
sua afeição, pensamentos e vontade, para, ininterruptamente, pressionar a
misericórdia e o amor de Deus (pedi, batei, buscai...) Ainda que passemos por
loucos, aos olhos do mundo, não devemos nos perturbar... ’ (teime na meditação;
‘a sabedoria de Deus é loucura para os homens’ e ‘que te importa a ti? Segue-me
tu’) (B).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘O verdadeiro céu está exatamente onde
você está... Quando o seu espírito alcança a mais profunda e interior criação
de Deus (o Cristo em seu interior), e nela penetra (tem percebimento), então
seu espírito está no céu (atinge o reino)... ’. ‘Se queremos saber o que é o
novo nascimento, devemos conhecer o que é o homem, como ele é a imagem de Deus,
como Deus mora nele... ’ (Boheme) (o que se consegue pelo autoconhecimento,
meditação; o homem é o próprio Deus).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Deus está a um só tempo fora e dentro de
cada coisa... Assim, nada existe separado de Deus... ’(somos um). ‘O espírito
santo fica em seu céu... Se perguntas onde está esse céu, eu responderei que
está em teu coração... A luz que brilha em tua alma é o céu, o próprio filho de
Deus. ’ (Boheme).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘... olhem para dentro de si mesmos;... e
quando vocês dizem que não há senão um único ser em Deus, que Deus não tem um
filho, observem em seu interior e verão claramente... que em seu coração, veias
e cérebro, reside Seu espírito. ’ ‘...este espírito santo, que provém de Deus,
reina também em você; Deus reina no interior do homem. ’(Boheme) (‘vós sois o
templo do Altíssimo’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">
‘... não podemos mencionar coisa alguma da natureza que não seja divina,
pois Deus é a única causa e Deus é o único efeito...’. ‘...é preciso que o
homem se examine bem para não agir cegamente, e não procure sua pátria eterna
(Deus) longe de si; ela está nele... O homem exterior, visível, não é a
verdadeira imagem de Deus; é uma imagem do separador (isto é, o corpo é que
limita, separa uns dos outros e de todos os objetos), um envoltório do homem
espiritual; este sim é a verdadeira imagem de Deus,... é preciso que o espírito
se entregue a Deus (que o ego cesse), a fim de que o interno (Cristo, Deus) se
manifeste...’. ‘Se a minha vontade é um nada, isto é, se não mais ajo conforme
minha vontade, mas conforme a vontade de Deus, Ele está em mim... então, não
mais me conheço, mas a Ele...’ (Boheme) (como Paulo: ‘já não sou eu que vivo, mas
o Cristo é que vive em mim’). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Jesus
disse: ‘Busca e encontrarás’. A jóia valiosa, o reino, deve ser buscada, mas o
indolente não a encontrará. Embora o homem leve consigo essa jóia, não o sabe.
Porém, aquele a quem ela se revela, enche-se de felicidade, porque sua virtude
é inesgotável...’ (B).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Ó homem, busca-te a ti mesmo e te
encontrarás, pois tua alma é o próprio Cristo a quem buscas. Abre os olhos de
teu interior (meditação), e aprende a ver corretamente (pois aquele que só vê o
exterior, vê apenas aparências e ilusões; a verdade está dentro de nós)’. (B).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘... quando a encontra (a jóia, a pérola,
o tesouro, a iluminação)... nenhuma pena (escrito, palavras) pode expressar...
(B) (Paulo: ‘vi coisas inefáveis’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘O critério humano considera-a
insignificante (em geral, os homens, por não crerem, não dão atenção à busca
dessa jóia que é o próprio Deus)... Ninguém repara nela... e, no entanto, não
há ninguém neste mundo que não a deseje... essa pérola deve ser procurada, pois
é muito mais preciosa do que tudo neste mundo... (comparado com o reino, tudo o
mais é lixo e esterco, conforme Paulo, Teresa, João da Cruz)... quando a
encontrares terás encontrado o paraíso, o reino dos céus... ’ (B) (Buda: ‘é o
fim de todo sofrimento’; é a bem-aventurança; Jesus: ‘é a libertação’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...
para chegares a isso terás que submeter tua vontade à vontade de Deus, devendo
mergulhar até o fundo em sua misericórdia (meditação); deverás renunciar a tua
própria vontade (entrega total) e abster-se de fazer aquilo a que ela te
conduz; deverás colocar tua alma sob a cruz com o fim de resistir às tentações
da natureza humana. Se fores capaz de fazer isso, ouvirás o que o Senhor fala
em ti...’ (‘fala’, está sempre falando, pois o Senhor está sempre presente, mas
não temos, ainda, condições para percebê-lo). ‘Perceberás, então, que toda
sabedoria humana é um despropósito...’ (B) (Paulo: ‘a sabedoria dos homens é
estultícia perante Deus’, e ‘a sabedoria de Deus é loucura para os homens).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘... silencia (limpe-a de tudo, seja bom
ou mau), portanto, tua mente, e ela, através da prece (meditação), se dispõe a
encontrar essa jóia que, para o mundo parece coisa insignificante, mas que é
tudo para os filhos da sabedoria (para os que sabem, porque já chegaram, como
também disse Jung)... O caminho para o amor de Deus (para a iluminação) é uma
loucura para o mundo, porém é sabedoria para os filhos de Deus;... mais
brilhante que o sol, mais doce do que a coisa mais doce, mais forte do que toda
a força... mais embriagador e agradável do que tudo que possamos imaginar de
delicioso neste mundo...’ (é essa jóia, a verdade que liberta e traz
bem-aventurança...) (B).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Deus prefere, de ti, o menor grau de pureza de consciência
(mente não poluída por pensamentos, associações, emoções, imaginações, que são
obstáculos ao percebimento), do que
quantas boas obras fizeres (‘não é pelas obras que sereis salvos’)... Deus
quer, de ti, o menor grau de obediência e sujeição (aos ensinamentos), do que
todos esses serviços que ‘pensas’ prestar-lhe.’ (João da Cruz) (analise com cuidado!).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Ó, amor de Deus, tão pouco conhecido!
Quem te encontrou a fonte, repousou. ’ (J. Cruz) (de nada mais tem necessidade;
‘... tudo o mais virá por acréscimo’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...na solidão de todas as coisas
(meditação), (a alma) comunica-se interiormente
com Deus, num sossego saboroso, pois o seu conhecimento (de Deus) é em silêncio
divino...’ (conhece-se a verdade, as coisas de Deus, através do silêncio do cérebro,
da mente, isto é, na meditação) (J. Cruz).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Eu não te conhecia, Senhor meu, porque
ainda queria saber das coisas (do mundo; como S. Agostinho) e saboreá-las...’.
‘Meu Deus, não és um estranho para quem não for esquivo contigo; como dizem,
então, que te ausentas? ...’ (isto é, Deus está sempre presente e, de modo
consciente para quem encontrou a verdade; não se pode dizer que Deus não existe
ou que está distante, alheio a nós; só não lhe sentimos a presença porque não
chegamos lá). (J. Cruz).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...
para encontrares a verdade... só muita humildade, negação das coisas do mundo,
purificação da alma de estranhos desejos, posses e apetites... pondo de lado
teu gosto e inclinação...’ (J. da Cruz) (isso se consegue pela meditação; ver
Pesquisas Científicas sobre a Meditação Transcendental; ver, também, a
‘Doutrina Suprema’ de Benoit. Se você usa a humildade antes de ter chegado lá, essa
virtude ou é forçada, ou falsa ou incompleta).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...aplica-te à solidão acompanhada de
oração e santa e divina leitura, e aí persevera, esquecendo-te de todas as coisas.’
(oração de recolhimento e de quietude, meditação; persevera, ‘pedi, buscai,
batei’). ‘...quem deseja a luz, entre dentro de si mesmo e trabalhe na presença
daquele que sempre está ali presente...’(J. Cruz) (idem, Teresa de Ávila).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...traga interior desapego de todas as
coisas e não ponha o gosto (afeto, confiança, desejo) em qualquer temporalidade
(coisa do mundo); assim, sua alma colherá bens que não conhece (indizíveis).
(J.Cruz).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...no silêncio (da mente), a voz de Deus
é ouvida pela alma.’ (a iluminação). ‘...o costume de falar muito, um pequeno
apego a qualquer pessoa ou coisa, roupa, livro, cela, comida, conversas,...
gostinhos em saborear, em saber, em ouvir coisas... não somente impedem a
união, como impedem que se chegue à perfeição.’ (a distração, como ensinam o
Zen e o cristianismo primitivo, impede a meditação) (J. Cruz).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Detive-me e esqueci-me... ’ (a meditação
faz deter tudo, esquecer tudo, a ação dos sentidos, pensamento, memória,
emoção, imaginação, quem é, onde está, o que faz etc.) (J. Cruz) (Para a mente silenciar:
atenção total ao próximo pensamento que vai surgir em seu cérebro. Experimente!).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘O templo mais decente e propício para orar
é o interior de nós mesmos,... Deus é o tesouro escondido aí, no campo da
alma... O centro da alma é Deus... Em realidade, verifica-se na alma o que diz
Paulo: ‘vivo, já não eu, mas Cristo é quem vive em mim...’ (J. Cruz).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...a alma é o lugar onde, certamente,
encontra-se Deus, é onde Deus se esconde... o que primeiro a alma tem que fazer
para conhecer Deus é o exercício do próprio conhecimento (auto-conhecimento).
(Veja-se Teresa, e outros, que dizem a mesma coisa)... Se Deus está em ti, porque não o percebes?
Porque ele está escondido e tu não te escondes, não penetras (pela meditação) no
esconderijo dele (que é teu interior)...’ (J. Cruz).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Buscai Deus lendo e o encontrareis
meditando (leituras que inspiram induzem à meditação, o caminho para se
encontrar Deus)... O melhor é aprender a conservar em silêncio as potências
(faculdades da mente, imaginação, raciocínio, pensamento, remorsos, emoção,
sentidos, memória), fazendo-as se calarem para que se possa ouvir a voz de
Deus...’ (J. Cruz).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...o
filho de Deus, o Pai e o espírito santo, estão escondidos no interior da
alma... O que mais desejas, ó alma, se tu mesma és o local onde ele habita?
Toda felicidade e alegria se acham tão perto de ti, a ponto de estarem dentro
de ti... Que mais queres? Porque o buscas fora de ti, nos templos, nas igrejas,
nas montanhas, campos, na imensidão dos céus, se aquele que buscas está bem aí,
dentro de ti?’ (J.Cruz) (Paulo: ‘vós sois o templo do Altíssimo’; Jesus: ‘o
reino dos céus está dentro de vós’; idem, S.Agostinho).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...Assim, se o homem quer despertar, se
quer compreender a si mesmo (auto-conhecimento), deve enfrentar o fato de que o
verdadeiro caminho para Deus é para dentro; deve dirigir-se diretamente para
seu interior; não há outro caminho...’
(Paul Brunton, Ph.D., yoga).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Aqueles que se esforçam, providos de yoga
(meditação), percebem Deus morando no ‘eu’. ’ (hinduísmo).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘A viagem redentora é na direção para
dentro de nós. Ali se encontra o Senhor, Brahman, o Ser Absoluto.’... ‘Vamos
praticar e praticar até que possamos dizer: Eu e meu Pai somos um.’
(Hermógenes) (‘pedi, buscai, batei’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...não
obstante nossa aparente miséria, nossas aparentes imperfeições e fraquezas,
nossa aparente pequenez, reduzida visão e compreensão,... aqui, dentro de nós,
se encontra o Senhor.’ (Hermógenes).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘... quando mais aprendo é quando,
sentado, sentidos desligados (inoperantes, cérebro em silêncio), corpo
relaxado, mente silente
(meditação), mergulho dentro do eterno aprendiz que sou, tento compreender-me
(auto-conhecimento), buscando entender a linguagem silenciosa, mas
infinitamente expressiva, do universo interno e profundo que eu sou (Deus).’
(Hermógenes) (veja C.G. Jung, nas diversas obras publicadas; do Zen: ‘o mais
importante é sentar-se’). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘As potencialidades infinitas do Ser
Supremo, que nós somos, não chegam a se manifestar, pois nos encontramos
condicionados por vícios, hábitos, posses, afazeres, doutrinas, ideologias,
partidos, preconceitos, culturas, crenças, dogmas, ilusões e estúpidas vaidades
que, embora nos empobreçam, limitem (a vida, a mente, a liberdade) e façam
sofrer, são por nós defendidos como fatores de nossa total segurança, nos quais
depositamos ilimitada confiança (em face de nosso condicionamento).’
(Hermógenes) (ver Krishnamurti e outros, para saber que não existe segurança,
nem física, nem psicológica, em nenhum lugar, tempo ou condição e que temos
medo de abandonar o conhecido para buscar o desconhecido).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘No dia que eu conseguir deixar de ser
Antonio, Pedro,... e passar a ser a realidade que todos somos (ver H. Benoit,
Doutrina Suprema), a Alma Universal, que cada um é e eu também sou, só então
terei chegado (à verdade) e nada mais me perturbará. ’ (não haverá mais
problemas, conflitos, nem sofrimento, nem ignorância) (Hermógenes) (Buda: ‘é o
fim de todo sofrimento’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Senta-te, emudece o cérebro, aquieta-te,
e em solidão medita... Junta-te a ti mesmo. Une-te àquele que és Tu mesmo (‘eu
e o Pai somos um’)... Persiste, continua batendo; bate sempre; a todo instante;
persiste batendo mesmo que duvides que exista uma porta.’ (Hermógenes) (Jesus:
‘pedi, batei, buscai’...; do Velho Testamento: ‘Aquieta-te e sabe: Eu sou Deus’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘O Ser espiritual que habita em ti é
Bagavan, Deus, e isso (a percepção disso) tu tens que realizar. ’ (ninguém e
nenhuma religião realizarão isso por ti). (Hermógenes).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Devemos experimentar, tentar
experimentar, a realização (o encontro de Cristo em nós) aqui e agora.’ (por
que deixar para depois, se depois os argumentos serão os mesmos? e, com a
realização, a vida será totalmente plena, só então a vida terá sentido) (Mouni
Sadhu).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...Se você quiser experimentar esse novo
nascimento deve afastar-se de todos os agrupamentos e voltar ao ponto de
partida, ao centro de sua alma (ao interior). Os agrupamentos são a memória, as
associações, a vontade, as crenças, as ilusões, as emoções em todas suas
diversificações e movimentos (o ego). Deve deixar tudo isso: a percepção dos
sentidos, a imaginação, e tudo que descobrir em si e tudo que você é... ’
(Eckhart) (afastar o ego, para que sejas um novo homem).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘... pregamos a sabedoria de Deus,
misteriosa e secreta, que Deus determinou antes de existir o tempo, para nossa
glória (isto é, para que alcancemos a percepção de que somos a própria divindade),
sabedoria que nenhuma autoridade deste mundo conheceu. É como está escrito:
‘Coisas que os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem o coração humano
imaginou (Is 64:4), tais são os bens que Deus tem preparado para aqueles que o
amam.’ (que seguem os ensinamentos) (I Cor 2:7ss).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Eu gostaria de deixar bem claro que, com
o termo ‘religião’, não me refiro a uma dada profissão de fé religiosa. A
verdade, porém, é que toda confissão religiosa, por um lado se funda
originalmente na experiência do numinoso (sobrenatural, transcendental) que, na
experiência religiosa pode ser o influxo de uma presença invisível que produz transformação
especial na consciência; tal, pelo menos, é a regra universal; e, por outro
lado, na fé e na confiança relativa a uma experiência de caráter numinoso e na
mudança de consciência (o nascer de novo) que daí resulta. Um dos exemplos mais
frisantes, nesse sentido, é a conversão de Paulo. Poderíamos, portanto, afirmar
que o termo ‘religião’ designa a atitude particular da consciência transformada (expandida) pela
experiência do numinoso... ’ (Carl Gustav Jung).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Os sonhos que escolhi para ilustrar
aquilo que chamo de ‘experiência imediata’ certamente pouco significarão para
um olhar inexperiente... Mas, apesar disso, a experiência individual... é
sangue quente e rubro, que pulsa nas veias do homem (que a teve). Para quem
busca a verdade, ela é mais persuasiva do que a melhor das religiões, do que a
melhor das tradições... Se quisermos saber algo a respeito do significado da experiência
religiosa para aqueles que a tiveram, esse algo é: ‘tudo’...’ (C.G.Jung).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘... Por último, chega-se ao conhecimento
de seu caráter divino, principalmente por uma iluminação e uma comoção interior
mediante a qual Deus aclara a mente do homem (dá-lhe sabedoria) e toca sua
vontade de tal modo, que o convence da veracidade e autenticidade de seu
próprio sonho; reconhece Deus como seu autor, com uma certeza e evidência tão
grandes, que é obrigado a acreditar, sem a mínima sombra de dúvida... ’ <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">(Benedictus
Pererius, S.J., 1598).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Essa experiência é exatamente como se o
espírito e a carne, eternos inimigos na visão do cristianismo, tivessem feito
as pazes... o espiritual e o mundano se acham conjugados numa inesperada
situação de paz. A austera seriedade do espírito parece tocada por uma alegria
semelhante àquela que a antiguidade pagã conhecia, perfumada de vinho e rosas.
Seja como for, faz com que se esqueçam
todas as dores e penas da alma’. (C.G.Jung) (Pascal: ‘alegria, alegria,
lágrimas de alegria’; Buda: ‘é o fim de todo sofrimento’; Jesus: ‘é a
libertação’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...Naturalmente é difícil compreender
como essa figura abstrata (a experiência de Deus, que nada é mais que uma
experiência subjetiva, pois na psique do homem) desperta o sentimento da ‘mais
sublime harmonia’... Mas esse tipo de experiência não é, para mim, nem obscuro,
nem longínquo. Muito ao contrário: trata-se de um fato que observo quase todos
os dias em minha vida profissional (de psicoterapeuta)... Conheço um número
consideravelmente grande de pessoas que, se quiserem viver, terão de levar a
sério sua experiência íntima...’ (a vida, daqueles que tiveram a experiência de
Deus, será transformada obrigatoriamente por força do novo conhecimento, a
iluminação que lhes veio dela) (C.G.Jung).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Toda alma é, potencialmente, divina. O
objetivo é manifestar essa divindade, ‘controlando-se’ a natureza interna e
externa. Façamo-lo pelo trabalho, pelo psíquico... por um só ou por todos os
meios, e nos tornemos livres. Eis toda a religião. As doutrinas, dogmas, orações, rituais, templos e as formas, são
detalhes secundários. ’ (Vivekananda) (como Withman). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘Esse estado, produzido na meditação, é o
mais alto estado da existência humana... Somente para a alma que atingiu esse
estado o mundo se torna realmente belo e vale a pena viver.’ (Vivekananda). (Krishnamurti
e outros: a vida só adquire significado quando se chega ‘lá’; a interpretação
do mundo será correta e, a vida, bem-aventurada).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘...a aspiração do místico é conseguir a
união consciente da alma pessoal com sua fonte, Deus. O místico entende que não
basta pertencer a Deus (ou perceber, sentir); que é necessário penetrar na
pletora (esfera) da divindade (confundir-se com ela), numa plena consciência de
sua união com a fonte da alma... Consegue-se isso pela meditação, que traz
mudança e ampliação da consciência de modo a podermos buscar a essência divina
existente no ‘eu’ (no íntimo de nós mesmos).
O místico, para vivenciar o êxtase da união, não depende de nenhum intermediário (padre, pastor, santo, guru,
templo). Deve inverter, de certo modo, sua consciência.’ (para dentro, e não
para fora como sempre a temos) (Ralph M Lewis, Imperator da Ordem RC).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">..............................................<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; mso-outline-level: 1;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">
Chuva nevoenta sobre o Monte Lu<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> E ondas encapeladas no Rio
Che.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> Se você ainda não esteve lá,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> Muitos pesares por certo terá.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> Mas, uma vez lá, e no caminho de casa,<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> Quão prosaicas parecem todas as coisas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> Chuva nevoenta sobre o Monte
Lu<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> E ondas encapeladas no Rio
Che. (do Zen).<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Book Antiqua","serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">Se
você não esteve ainda lá, isto é, se não teve o percebimento, muitos pesares
ainda terá, isto é, viverá ainda em conflitos e conseqüentes sofrimentos. Mas,
se esteve, não por efeito de drogas ou traumatismos, mas no caminho de casa,
isto é, no caminho para a vida real e plena, na busca de Deus, como todas as
coisas no espaço-tempo lhe parecerão sem importância (infantis e fúteis,
segundo Krishnamurti; lixo, no dizer de Teresa de Ávila). A transformação é
interior e não exterior, tanto que, antes dela e após ela, o mundo (ondas,
chuva etc.) continua o mesmo; a transformação iluminadora e libertadora, acontece
em nosso íntimo e não fora de nós.
................................................................... <o:p></o:p></span></div>
conforti1928@hotmail.comhttp://www.blogger.com/profile/03611925017204025239noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-55977584974426048.post-56287436657722510972014-03-25T08:43:00.001-07:002014-03-25T08:43:39.902-07:00<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">(9) A ESPIRITUALIDADE E A
VISÃO DA NOVA FÍSICA’ (Jan 2008) <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Baseado em livro de Fritjof Capra, físico
quântico e pesquisador do misticismo oriental (com os monges beneditinos David
e Thomas, estudiosos profundos do cristianismo e das tradições místicas; Thomas
foi proibido, pela igreja, de estudar ioga e religiões orientais). Cultrix,
1988. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Enormes mudanças, vindas das descobertas
da física quântica, trouxeram implicações tremendas e vieram comprovar que a
visão de mundo do misticismo milenar é idêntica à visão de mundo trazida pela
nova física; tais mudanças se refletem em todas as áreas de atuação do homem,
como na das ciências, psicologias, psiquiatria e nas religiões profundas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">............................................
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> INTRODUÇÃO<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Visão prévia dos novos paradigmas na
ciência e na teologia:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Na ciência, o paradigma cartesiano é
substituído por um paradigma novo, holístico, ecológico e sistêmico. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Na teologia, o paradigma racionalista da
teologia, baseada em textos das Escrituras (como se as revelações contidas nas
Escrituras Cristãs fossem a verdade definitiva, isto é, que após elas, nenhuma
outra possa ser tomada como revelação genuína) usados como prova dos argumentos
escolásticos (escolástica, filosofia baseada em Tomás de Aquino e Aristóteles,
seguida pela Igreja) é substituído pelo paradigma holístico, ecumênico (geral,
universal) ou tomístico transcendental (relativo a Tomás de Aquino). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Na ciência, muda-se da parte para o
todo. A relação entre as partes e o todo se inverte; antes, acreditava-se que,
em qualquer sistema complexo, o todo poderia ser entendido a partir do estudo
de suas partes. Hoje, as propriedades das partes só podem ser entendidas a
partir da dinâmica do todo; não há, pois, absolutamente, partes. O que chamamos
de parte é meramente um modelo numa teia interdependente de relações. Hoje,
sabe-se que é o todo que determina o comportamento das partes, ao contrário do
que se acreditava anteriormente. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Na teologia, antes, acreditava-se que,
para a compreensão da verdade inerente às revelações, deveria lhe ser
acrescentada a soma total dos dogmas. Hoje, a relação entre as partes e o todo
está invertida; muda-se de Deus como revelador da verdade, para a realidade
como auto-revelação da divindade (Deus se revela o tempo todo). E a Revelação é
um processo ininterrupto, não constituído de um bloco único, como se presumia,
e o dogma (nem todos) focaliza (por aproximação) as experiências pessoais
(inexprimíveis) da manifestação de Deus entre os homens.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Na ciência, toda teia de relações é
intrinsecamente dinâmica e sabe-se que a compreensão do processo de conhecimento
(isto é, a participação da mente do homem) deve ser incluída explicitamente para
a percepção e descrição dos fenômenos naturais. Antes, os alicerces do conhecimento
estavam se desagregando; leis, partes, princípios e blocos de construção fundamentais,
como se acreditou e se usou na ciência e filosofia por séculos, mostraram-se
ser apenas representações metafóricas. Hoje, vigora a visão da <b>rede interconexa de relações entre todos os
fenômenos e coisas, rede na qual não há hierarquias; nenhuma coisa é mais
importante que a outra. </b>Também, contrariamente ao pensamento anterior de
que a <b>ciência poderia vir a explicar a
certeza absoluta e final, reconhece-se que ela nunca poderá dar uma compreensão
completa e definitiva da realidade e que todos os conceitos, teorias e
descobertas são sempre limitados e só aproximações (os princípios da incerteza
e da incompletude, dos físicos quânticos).</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Na teologia, o novo paradigma mostra que
o processo de ‘salvação’ é a grande verdade da manifestação de Deus, e que a
revelação, como tal, é intrinsecamente dinâmica. Acreditava-se que os relatos
(dos iluminados) eram objetivos, isto é, independentes da pessoa que os
experienciava e do processo de conhecimento. Hoje, percebe-se que a reflexão
sobre os modos não-conceituais de conhecimento - intuitivos, afetivos, místicos
- deve ser incluída explicitamente no discurso teológico, havendo uma
concordância crescente de que o modo de conhecimento não-conceitual (sem
conceitos ou palavras; com o afastamento do ego; meditação) constitui parte
integrante e essencial da teologia. As bases do conhecimento teológico estavam
se desagregando; a crença em leis, princípios, blocos de construção
fundamentais, usados por séculos pela teologia, ruiu. Está surgindo a visão da
rede de inter-relações, os enunciados da teologia formando uma rede interconexa
de diferentes perspectivas sobre a realidade transcendental. Não há mais um
bloco único de enunciados de verdades teológicas, mas uma rede na qual cada
aspecto pode produzir introspecções (reflexões íntimas) válidas sobre a
verdade, o que implica no abandono da idéia de um sistema único de teologia
constituindo a verdade única para todos os que crêem e para a doutrina
Reconhece-se o caráter limitado e aproximado de todo enunciado teológico e
sabe-se que a teologia nunca poderá fornecer uma compreensão definitiva e
completa dos mistérios divinos (da verdade última). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> EXPLICAÇÕES<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> O autor, pesquisador das tradições
orientais, percebeu semelhanças surpreendentes entre as teorias da ciência
moderna, particularmente as da física quântica, que é sua área, e as idéias
básicas do hinduísmo, budismo e taoísmo. Essa descoberta lhe trouxe intensa
transformação pessoal, que o fez voltar-se para a espiritualidade oriental. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> O monge David, católico e budista, tal
como são, hoje, muitas pessoas que redescobriram seu cristianismo num nível
muito mais profundo graças à prática do Zen, afirma que, numerosas pessoas, que
sob todos os aspectos podem ser chamadas de adultos, pela formação religiosa
não passam de crianças (estão, ainda, no jardim da infância e, dificilmente,
chegarão à Graduação Universitária). Isso ocorre com cientistas e mesmo com
religiosos praticantes, estudiosos e devotos (particularmente no Ocidente).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> CIÊNCIA E TEOLOGIA<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> O objetivo da ciência é o conhecimento
sistemático do universo físico. Esse objetivo, de <b>conhecer para dominar ou controlar a natureza, </b>está muito ligado à
teologia. Nesta, o objetivo é o conhecimento direto do Espírito Absoluto no
aqui/agora, um conhecimento que transforma a maneira como o homem vive sua vida
no mundo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Quando uma experiência espiritual
original é transformada em religião, surge a institucionalização da
espiritualidade. A religião institucionalizada procura entender e expressar a
experiência original em palavras e conceitos e, a seguir, produz sua dimensão
social ao transformar aquela experiência num princípio de vida para a
comunidade. Religião, com R
maiúsculo, é o sentido pleno de religiosidade do qual fluem todas as religiões
(com r minúsculo). Na vida dos
homens, religiosidade transforma-se em religião; quando institucionalizada,
torna-se religião organizada, popular. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Numa experiência de pico (em geral fruto da meditação)
encontramos significado para tudo e
tudo faz sentido, vida, morte, dor, tudo. Vagamente, e até inconscientemente,
ansiamos por esse sentido. Daí pode surgir a Espiritualidade (ou
religiosidade), um modo de ser e viver que flui a partir da experiência
religiosa. (Como diz K, ‘compreender é agir’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> A vida é um questionamento. E, por
vezes, sem razão aparente, num estalo, sabemos a resposta, resposta
que não é soletrada, mas compreendida pelo íntimo e dizemos ‘É isso aí!’ Essa
experiência produz tranqüilidade em nosso estado comum de inquietação com o
qual, permanentemente, vivemos. Nesses momentos de pico, sentimos que fazemos
parte de algo maior do que nós, e que ‘encontramos o nosso lugar’, ‘pertencemos
a isto’, ‘agora estamos em casa’, que pertencemos a todos os seres, homens,
animais, plantas; isto é, nós todos nos pertencemos nesta unidade cósmica (uns
aos outros e ao todo onde tudo é Um). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Mas, como nascem, dessa percepção, as
religiões que vemos ao nosso redor? Quando ocorre uma experiência que nos
comove profundamente, e que percebemos ter relação com a existência,
forçosamente refletimos sobre ela; daí surge a teologia, que é o esforço para
compreender o significado da experiência e sua implicação em face da Religião; essa
compreensão é que nos trás a experiência religiosa de pertencer àquilo de que pensávamos que éramos apenas parte. A
raiz de religião é ligação (religação); a de teologia é theos, Deus (estudo sobre as coisas de Deus). Isso nos trás a
referência de nosso pertencer, a única realidade à qual pertencemos e que
pertence também intimamente a nós. Essa experiência de vir a acreditar q se pertence
forçosamente leva a uma certa maneira de viver, uma conduta moral que está
relacionada com a realidade cósmica. Quando o intelecto trabalha com a
experiência religiosa, surge a teologia. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> A percepção
de pertencer trás alegria sem limites (bem-aventurança), e faz com que se
deseje sempre mais e mais. E nossa vontade é motivada a se mover em direção
àquilo que, por fim, se torna a ética ou a moral (para os relacionamentos, os
pensamentos e o comportamento). A moral é nossa boa vontade em nos conduzirmos
em relação àqueles com os quais estamos unidos, como percebemos nessa
experiência, por um forte vínculo de pertencer. Já o ritual destina-se a
celebrar e relembrar repetidas vezes essa experiência do mais profundo
sentimento de pertencer (evidentemente, para quem teve a experiência). A
‘gratidão’ é expressa pelo ritual; a gratidão por estar vivo, por pertencermos
a este universo, pela aquisição da percepção. O ritual é uma grata celebração
da vida, que percebemos, pela experiência mística, ser infinita e eterna.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> A ciência e a teologia são ambas
reflexões sobre essa experiência, nas quais tentamos sempre atingir níveis cada
vez mais profundos da realidade. A teologia reflete sobre as experiências mais
relevantes para o ser humano, as experiências internas; a ciência reflete sobre
as experiências externas (hoje, a filosofia da ciência já está refletindo sobre
experiências internas, particularmente a partir da quântica, da aproximação das
tradições orientais e dos trabalhos de místicos e de psicólogos sérios e
profundos, ocidentais).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Como tais reflexões se referiam a
aspectos diferentes, tradicionalmente ciência e religião estavam em choque
(fato que tende a cessar pois, hoje, ambas se inspiram mutuamente). Ambas são
caminhos que levam a um maior entendimento da realidade; apresentam grandes
diferenças e grandes semelhanças. Baseiam-se na experiência e num certo tipo de
observação sistemática e, mesmo havendo grandes diferenças nas maneiras como
cientistas e teólogos observam, são reflexões teóricas sobre a experiência. São
abordagens da experiência humana, a ciência perguntando o ‘como’ e a teologia o
‘por que’. O ‘por que’ está ligado ao significado; o ‘como’ quer saber de que
modo um fenômeno está ligado a todos os outros fenômenos. Se percebermos mais e
mais conexões, acabamos revelando o contexto inteiro que, na verdade, é o ‘por
que’ buscado (e, hoje, ciência e religião se complementam).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> A religiosidade de uma pessoa influencia
inevitavelmente sua posição na vida de relações, e é expressão de sua teologia (religião)
particular, pessoal, de sua reflexão individual sobre a experiência que teve de
Deus. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> (Há, hoje, muitas pessoas, inclusive
cientistas, praticando a meditação zen budista, que está em perfeito acordo com
as teorias científicas). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Toda e qualquer coisa que se afirme em
ciência será sempre descrição aproximada e limitada da realidade. Do mesmo modo
na teologia, que é a fé em busca de convencimento, não se pode abranger o
significado total do mistério; seu entendimento é sempre aproximado e limitado.
Mas, quando o homem está muito envolvido com a vida tanto quanto com a
teologia, tende a julgar essas aproximações como sendo a verdade inteira,
interpretando-as erradamente, fato que ocorre com freqüência, e que tem trazido
implicações nocivas à humanidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> A fé religiosa é um conhecimento gerado
por certo tipo de experiência individual. O cristianismo e o budismo enfatizam
que a fé verdadeira vinda do conhecimento de Deus é uma dádiva de Deus.
Contudo, a fé sem base, a fé transmitida pelas religiões populares, usada como
sinônimo de crença, é deficiente e muitas vezes perigosa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> A fé é uma confiança naquele supremo
sentimento de pertencer que se vivencia nos momentos de pico, na experiência
religiosa. É a postura pela qual você se entrega aos cuidados desse pertencer.
Mesmo cientistas, em particular os mais intuitivos, possuem esse tipo de fé. A
teologia é algo que vem depois da fé; está a serviço da fé e serve para tentar
expandi-la. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> O sentimento de estar salvo vem da
percepção de nossa ligação com o todo, da experiência de estar, com certeza
inabalável, em casa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Hoje, entende-se a revelação como um
processo histórico sempre em andamento, no qual a natureza e o propósito de
Deus são revelados para ‘aqueles que o buscam’. Quando tenho uma experiência
religiosa, estou explorando, conhecendo Deus; contudo a ação não é minha; é
ação de Deus que se revela à minha compreensão. Quando buscamos Deus, de súbito
chegamos a um ponto no qual descobrimos que Deus está se entregando a nós. Na
meditação não somos nós que chegamos a ela, mas ela é que chega a nós. A
revelação é sempre individual (nunca coletiva) e subjetiva (nunca exterior). É
uma introvisão, uma percepção interna de nossa parte. Uma vez que Deus é o
nosso ‘eu’ mais profundo, a verdade, a auto-revelação divina é sempre percebida
pelo âmago de nosso ser (na nossa psique). Não é uma informação vinda de fora;
é uma descoberta que vem de dentro, da nossa ligação com a fonte de todas as
coisas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Fé é esse tipo de auto-entrega a Deus
que se revela e me revela meu verdadeiro eu (que é Ele). Esta é a seqüência:
experiência - revelação, resposta - fé, e, após, vem a reflexão sobre o
experimentado, que resulta em entendimento-teologia, necessário para relembrar
aquela experiência com a verdade, e para poder comunicá-la aos demais. Mas, tal
comunicação é impossível, por muitas razões, e somente em parte, ou por metáforas,
pode ser transmitida. A revelação é, assim, a base da fé. A crença nada
representa, nada é. A teologia é o resultado da exploração intelectual daquilo
que se entendeu acerca da experiência-revelação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> O ascetismo é uma prática sistemática
cujo objetivo é nos prepararmos para a experiência religiosa. Deus está se
revelando a nós incessantemente na realidade do dia-a-dia, mas só o percebemos
se nos tornarmos receptivos a isso. Esse é o objetivo do ascetismo (que procura
o desenvolvimento da sensibilidade, o aguçamento dos sentidos, confiança,
entrega, gratidão, persistência, atenção; não se apegar às coisas; fazer as
coisas tão bem quanto se puder, mas sem se preocupar com os resultados; estar
atento a tudo no momento presente. Tais objetivos somente são alcançados na
experiência mística, pela meditação). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Uma das razões, pelas quais temos de dar
atenção a tudo, é que estamos por demais mergulhados nas coisas do dia-a-dia,
às quais não podemos prestar a devida atenção. Por exemplo, o jejum: estamos
tão empanturrados de alimentos que, de fato, não conseguimos comer um pedaço de
pão com sentimento de gratidão. Nós temos coisas demais. Desse modo, para nos
tornarmos atentos, temos de jejuar e depois comer um pedaço de pão e nele
focalizar, de maneira efetiva, nossa atenção.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> O ascetismo é o lado de nossa vida moral
voltado para a experiência mística; o outro lado está voltado para a interação
social (hoje em dia, a igreja esqueceu as práticas do ascetismo e só se dedica
à interação social).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Do mesmo modo que a ciência teve, em
certos momentos, necessidade de ‘presumir’ certos conceitos que depois viu que
eram errados (o éter universal teve papel importante para explicar certos
fenômenos, até fins do séc. XIX), certos conceitos teológicos foram
‘presumidos’ porque pareciam urgentemente necessários para a compreensão da fé,
e agora deixaram de sê-lo (não são mais necessários, como o conceito
geocêntrico, o inferno, o diabo, limbo, o pecado original e outros nos quais os
fiéis acreditaram por muitos séculos). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Não temos meios para imaginar como a luz
do Sol alcança a Terra. Experimentos do séc. XX acerca do magnetismo culminaram
na descoberta de que a luz consiste de campos elétricos e magnéticos que se alternam
rapidamente e viajam pelo espaço na forma de ondas. Isso ultrapassou a física
newtoniana e levou a ciência para a física moderna, a física quântica. Embora
cada onda necessite de um meio para se propagar, uma onda de água necessita da
água, que é perturbada e a seguir se move para cima e para baixo, à medida que
a onda passa através dela; uma onda sonora necessita de partículas de ar, que
vibram à medida que a onda passa por elas, as ondas de luz viajam através do
espaço ‘vazio’, onde não há nenhum meio para transmitir as vibrações. Então, o
que está vibrando numa onda de luz? Isso levou os cientistas a presumir o éter.
Foi necessário Einstein para afirmar que não havia éter algum, que a luz não
precisa de meio para se propagar porque ela se manifesta também sob a forma de
partículas, que podem viajar num espaço vazio. Ele as chamou de quanta de luz, o que deu nome à
física quântica, dos fenômenos atômicos. A luta que se travou com a questão:
‘Em que sentido, exatamente, um quantum de luz é uma partícula ou é uma onda?’ É
a história da física quântica. Os físicos compreenderam, então, que as ondas de
luz são ‘ondas de probabilidades’, isto é, dão a probabilidade de encontrar uma
partícula de luz (fóton) num determinado lugar quando você procura por ela
(observa), e o éter tornou-se desnecessário.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Na teologia, exemplo de teoria
desnecessária é o universo geocêntrico. A Bíblia afirma ‘O Sol parou’ e era
necessário, para não deixar dúvida sobre a verdade da Escritura, dizer que o
Sol é que se movia ao redor da Terra (afirmação contrariada por Galileu
Galilei, que teve de se retratar, no tribunal da santa inquisição, senão
morreria na fogueira). Depois, deixou de ser necessário esse conceito de uma Terra
imóvel, centro do universo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Como a ciência, a Bíblia (a teologia)
usa de modelos e metáforas para tentar se explicar. As metáforas apontam para a
verdade, mas não são a verdade. Por exemplo, tudo que é dito a respeito de Deus
é analogia; há uma diferença
infinita entre Deus e tudo que dizemos a respeito dele.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Outro conceito que se tornou
desnecessário é o do limbo. Crianças que morressem sem batismo não iriam para o
céu devido ao pecado original; também não poderiam ir para o inferno. Então,
inventou-se o limbo, um estado intermediário, o que provocou tremenda tristeza
àqueles pais cujos filhos morriam antes do batismo. O limbo foi a conclusão
teológica de Santo Agostinho, que considerava o pecado original um pecado transmitido
a cada um durante a concepção. Por isso, toda a humanidade era uma massa amaldiçoada. Para Agostinho, até o ato de conceber uma criança,
o ato sexual, era pecaminoso (embora Deus dissesse: ‘Crescei e
multiplicai-vos’). Essa visão prevaleceu devido à importância de Agostinho na
teologia católica. A noção absurda de limbo insinuou-se na mentalidade católica
e textos teológicos, e veio a ser considerada doutrina, quando na verdade não passava
de uma idéia sem fundamento.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> O cristianismo ortodoxo oriental tinha
outra visão do pecado original, não incluindo a idéia de culpa transmitida e
não vendo a humanidade como massa amaldiçoada; as crianças, se morrem antes do
batismo, são levadas à presença de Cristo e não ao limbo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> O problema, porém, não está resolvido; a
doutrina católica não é clara, mas reconhece que a natureza humana está
profundamente ferida (doente), e que temos, por isso, necessidade de salvação.
É pecado original porque, desde nosso nascimento, ‘alguma coisa está fora de
ordem, errada com a existência’, tanto que as tradições religiosas partem desse
reconhecimento de que há alguma coisa errada conosco, que estamos perdidos e
que temos de encontrar o ‘caminho para casa’. Daí o estarmos ‘desterrados neste
vale de lágrimas’, dos católicos; o planeta de expiação e provas’ dos
espíritas; o ‘assédio constante de satanás sobre os homens’, dos evangélicos. E
todos cremos nessa condição, pois os homens não questionam e, assim, nossa
sociedade é confusa e insana. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> O desafio da heresia e o contato com
outras tradições têm tido efeito benéfico na teologia; os chamados hereges,
muitas vezes, contribuíram enormemente para o meticuloso exame daquilo que se considerava
errado na doutrina, daí resultando conclusões que, realmente, passaram a ser a
fé da comunidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Nos primeiros séculos do cristianismo,
considerava-se que a teologia tinha de ser fruto de profunda convicção
intelectual e, acima de tudo, de intensa experiência pessoal. Quase todos os
Pais da Igreja eram místicos. A crise da experiência religiosa e do misticismo,
no Ocidente, coincidiu com o aparecimento do modelo escolástico, de Tomas de
Aquino. A teologia sofreu tremenda fragmentação; a Igreja se separou da
teologia, e surgiram, seguindo caminhos diferentes, a teologia dogmática, a
teologia moral, a teologia ascética; a própria teologia dogmática dividiu-se em
tratados. O resultado disso foi tremenda tensão entre o teólogo, especializado
no exame do pensamento cristão, e a pessoa já espiritualizada que está tentando
viver profundamente o ensinamento na prática do dia-a-dia (a fragmentação da
teologia resultou em se relegar para um segundo plano a experiência mística,
que deveria ser a meta principal de qualquer religião). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> No velho cristianismo, tanto os padres
ortodoxos como os ‘hereges’ tinham basicamente a mesma concepção do objetivo da
teologia: levar o crente a um conhecimento de Deus, pela experiência pessoal.
Não um conhecimento puramente intelectual, mas um conhecimento que transforma
totalmente, e que, como diziam os primeiros escritores cristãos, ‘diviniza’ o
homem (mostra que o homem é divino, que somos a divindade).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> A igreja proibia o teólogo de se tornar
muito místico. Ele tinha de permanecer no nível intelectual. Mas isso só
ocorreu no Ocidente; a Igreja Oriental continuou na linha da teologia mística
e, por isso, as duas igrejas se estranhavam mutuamente. Mesmo assim, a Igreja
Ocidental teve seus místicos autênticos: Meister Eckhart, Jacob Boheme, João da
Cruz, Thereza de Ávila, Maister Echkart, entre outros Muitos deles foram
condenados ao silêncio por que a experiência mística tornou-se suspeita após a
cisão protestante. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Acreditava-se que a profunda comunhão
com Deus era privilégio só dos ‘místicos’ e ‘santos’. Hoje, o sentido de
comunhão está amplamente difundido; cada um pode ser um místico em variados graus.
Mas, devido à distinção entre a teologia e as experiências espirituais, Tomas
de Aquino, de profunda experiência espiritual, viveu sua vida mística num plano
imensamente distante da teologia que pregava. Contudo, antes de morrer, quando
a tensão entre sua experiência e sua teologia tornara-se intolerável, ele
afirmou, a respeito de sua pregação teológica: ‘É tudo palha!’ (sem valor).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Do mesmo modo que na ciência existem
obstáculos impostos pelo poder que não financia projetos que não forem de seu
interesse, na Igreja existe o poder de proibir os teólogos de falar, de excluí-los
dos postos onde seriam ouvidos, e nem mais os denominam de teólogo católico
(Giordano Bruno, Leonardo Boff, Teilhard de Chardin são exemplos).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Clima favorável para mudança na Igreja (em
grande parte devido aos mosteiros beneditinos, verdadeiros laboratórios de
experiências religiosas) ocorreu após a experiência mal sucedida de silenciar
alguns dos melhores teólogos, como o jesuíta Teilhard de Chardin, que foi
proibido de publicar qualquer um de seus escritos teológicos ou filosóficos até
o fim de sua vida. Mas, com o Concilio Vaticano II, tornou-se evidente a
necessidade de nova orientação teológica da Igreja, talvez até mesmo para
assegurar a sobrevivência do cristianismo (ver ‘Cristianismo Perdido’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Lambert, monge beneditino, foi
aprisionado e silenciado pela Igreja por ser favorável ao ecumenismo e ao
diálogo com a Igreja Ortodoxa oriental, anglicanos e protestantes. Antes de
morrer pode ver um Concílio acatar suas idéias de atender às necessidades da
Igreja. Os Cristãos não mais encontravam, na Igreja, o que os satisfizesse,
isto é, uma teologia e uma prática ecumênica mais espiritualizadas, centradas
na celebração do mistério do Cristo (nos ensinamentos e não na vida de Jesus).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Não se pode dizer que uma experiência
religiosa não seja cristã apenas porque ocorreu em outra religião. Específico
para o cristianismo é ‘Jesus’, sua vida, morte e ressurreição; e a conseqüência
nas comunidades que acreditam nele. Mas, ‘Cristo’ não pode ser monopolizado
pelo cristianismo, porque é universal. Não conseguimos compreender Jesus a não
ser como um místico. Misticismo é a experiência da união com a Realidade
Suprema. Por isso, entendemos que o Cristo é universal (como o Buda e outros).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Jesus nos trouxe as implicações da
percepção mística em termos do Reino de Deus, isto é, o poder salvador de Deus
na história. Mas, seus seguidores nos ensinam a história de Jesus, quando, na
verdade, deveriam nos transmitir os ensinamentos de Jesus. O poder salvador de Deus é experimentado na
experiência religiosa, a experiência de pertencer sem limites, que vivenciamos
em nossos momentos de pico (momentos do Reino) e nos liberta da insanidade em
que vivemos. Mas, a mensagem de Jesus vai além do Reino. Ele nos diz que já estamos salvos, que já fomos aceitos. Paulo disse: ‘Não é pelas vossas obras, mas pela graça (grátis,
gratuitamente) de Deus que sois salvos’; logo, a salvação é uma ação de Deus sobre
o homem. Nada precisamos fazer.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> JESUS E GAUTAMA.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> As mensagens de Jesus e Gautama são
semelhantes: para o budismo, o caminho para a experiência mística é uma vida
moral e correta. Para o cristianismo, as condições são amar, perdoar,
respeitar. Não há diferença. Como Gautama, Jesus não veio ‘para destruir, mas
para cumprir’ e para proclamar que o caminho para a iluminação estava aberto
para todos. Buda ensinou que a iluminação é a percepção daquilo que eternamente
já é. No cristianismo, Paulo
disse: ‘Torne-se o que você é’ (Conhece-te a ti mesmo). Lamentavelmente, após
sua morte, passamos a ter um cristianismo sobre Jesus em vez do cristianismo de Jesus. Enquanto Jesus pregou o Reino de Deus, a Igreja prega
Jesus. Enquanto Jesus afirmou ‘Eu sou Deus’, ou ‘Eu e o Pai somos um’, ele está
totalmente dentro do pensamento místico do ‘Tu és Isto’; mas esse não é o
ensinamento da Igreja, que dá a Jesus posição especial, superior a todos os
demais, como na Santíssima Trindade (que foi imposta aos fiéis cristãos por
decreto do imperador Constantino, apesar do desacordo de 80, dos 320 bispos
presentes, que foram, por isso, expulsos do conclave).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Historicamente, Jesus atribuiu à mulher
posição diferente daquela que a ela a sociedade dava (fato que, parece, nem os
Evangelhos revelam). Isso lhe valeu inimigos, que persistem até hoje.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> O que separa Jesus de nós não é o dogma
cristão da Trindade, mas uma compreensão equivocada desse dogma. A compreensão
correta da Trindade inclui você e eu, pois é impossível julgar Jesus separado
de nós (Paulo: ‘somos co-herdeiros’). Se Jesus não pertence à Trindade, nem nós
pertencemos e, assim, não somos participantes da natureza divina.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> A afirmação de que o fato de haver ‘ressuscitado’
é a prova de que Jesus é Deus é teologia ultrapassada, do velho paradigma;
hoje, nenhum teólogo responsável fará uma afirmação dessas. O pensamento do
novo paradigma apresenta o problema de maneira diferente: vendo que Jesus
ressuscitara, os discípulos compreenderam que, também eles, ressuscitariam, que
todos o faremos um dia. Por isso Paulo disse: ‘Se nós não ressuscitarmos, nem Jesus
ressuscitou’. Isto é como afirmar que todos somos Deus, pois mesmo após a morte
estaremos vivos de uma maneira diferente (Krishnamurti; um novo estado de
existir), mas não menos real. O importante é que as expressões mais antigas do
cristianismo estavam centralizadas na ressurreição, que é a chave para se
compreender o poder salvador de Deus.
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> ECOLOGIA E RELIGIÃO<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> A percepção ecológica e a consciência
ecológica vão muito além da ciência e, num nível mais profundo, elas se unem à
percepção religiosa e à experiência mística, pois são percepção da interligação
e interdependência de todos fenômenos e coisas do universo. Nessa percepção
mais profunda, ecologia e religião se encontram. A visão de mundo que nasce,
hoje, da ciência moderna é ecológica, e percepção ecológica em seu sentido mais
profundo é percepção espiritual. É por isso que o novo paradigma, no âmbito da
ciência, e mais fora dela, é acompanhado de um aumento de espiritualidade, de
uma nova espécie de religiosidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Onde a ciência diz ‘ecológico’, a
religião diz ‘ecumênico’, o que dá a idéia de um lar ou morada que deve ser
preservada a todo custo, pois é do homem, talvez para sempre. Não apenas morada
do ser humano, mas de todos os seres; Deus, conforme o Velho Testamento,
‘soprou seu alento para todas
as criaturas viventes’ (hoje, a filosofia da quântica tem a mesma visão).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> MISSÃO<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> ‘Dar testemunho da fé’ é tornar a fé
conhecida pregando-a e, acima de tudo, vivendo-a; e só pode dar esse testemunho
aquele que passou pela experiência religiosa (antes disso, qualquer testemunho,
virtude ou ética serão prematuros ou imitação). A missão da Igreja não deve ser
converter (trazer os desgarrados para suas fileiras), mas libertar os homens,
levando-os a perceber o que realmente somos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> MUDANÇA DAS PARTES PARA O TODO<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Como vimos, não há partes (isoladas) <st1:personname productid="em absoluto. O" w:st="on">em absoluto. O</st1:personname> que
chamamos de parte é um padrão numa teia inseparável de relações. A única
maneira de entender a parte é entender sua relação com o todo, descoberta que
ocorreu tanto na física, e é fundamental na ecologia, como ocorreu na teologia.
Na teologia do novo paradigma, não se pode falar a respeito de qualquer proposição
de fé sem implicar todas as outras. O entendimento de uma parte, de uma
doutrina ou ensinamento, nunca ocorre isolado do todo, que é onde está o
significado. O significado não está numa afirmação ou num dogma ou no que quer
que seja. Isso lembra a teoria bootstrap,
da física quântica, que afirma que cada partícula, num certo sentido, contém
todas as outras (a alegoria, na qual Buda surge, após a iluminação, com um
colar de gemas cujos brilhos se interpenetram mutuamente). Era esse princípio
de máxima importância na teologia da Idade Média (hoje, está esquecido).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Nessa visão, não se pode, em absoluto,
afirmar que uma coisa, espécie, lei ou princípio é ‘superior’ ou ‘inferior’ a
qualquer outra. Cada espécie animal tem características especiais. Se falassem,
as abelhas, cães etc., diriam que eles são o ponto mais alto da criação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> No novo paradigma, todas as coisas são
criadas pelo alento de Deus, concordando com a Bíblia: ‘Dais o vosso alento a
todas as criaturas e elas vêm à vida. ’, e ‘Se retirais o vosso espírito, elas
morrem’. Desse modo, plantas, animais e todas as coisas, estão cheias do sopro
divino. A confusão nasceu porque isso foi proclamado explicitamente (e
erradamente) apenas para o caso dos seres humanos, pois a mensagem bíblica foi
dirigida somente aos homens. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> A concepção de que a alma é uma
característica somente dos seres humanos não é bíblica, nem o conceito de alma
imortal no sentido popular aceito. Apenas um livro da Bíblia fala da
imortalidade da alma, o livro da Sabedoria, de Salomão que, por sinal, não é
reconhecido pelos eruditos judeus nem pelos protestantes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Até mesmo a ressurreição de Jesus tem
pouco a ver com a imortalidade da alma, noção que penetrou na tradição cristã
através da filosofia grega. A idéia de que somente os seres humanos irão para o
céu não é teologia. É apenas tolice que se disseminou e fez mal às crianças
porque seus animais de estimação não iriam para o céu. A ressurreição da carne,
o Credo, e a vida eterna, são privilégio dos humanos somente na opinião
popular. O significado correto é Renovação Cósmica (o novo estado de existir,
de que falou Krishnamurti).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Muitas coisas afirmadas sobre a
imortalidade da alma não são bíblicas. Foram introduzidas posteriormente,
recebidas de outras tradições e nos confundiram. Quando você morre, o tempo
acabou para você; não há nada após a morte. Morte é, por definição, aquilo após
o que nada mais existe. Não há um ‘depois’. Mas quando o tempo acabou, tudo que
está além do tempo permanece. Não está sujeito à mudança. Fora do tempo,
possuímos a vida num ‘agora que não acabará nunca’. O tempo não mais nos
separará (pois tempo é ilusão, e todos somos um só) e todos os seres terão vida
plena, numa plenitude que já é nossa (mas que, agora, não percebemos, como
afirmam as tradições místicas ocidentais e orientais).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> A Bíblia diz que ‘toda a criação geme
esperando pela revelação dos filhos de Deus, desde as angústias do nascimento’.
Estamos todos presos nessa condição comum que é considerada dolorosa. Mas,
Isaias afirma que, no fim dos tempos ‘o lobo se deitará junto ao cordeiro; a
criancinha porá sua mão no covil das cobras’. Este é o projeto para a
humanidade, uma situação onde haverá total harmonia e total ingenuidade
(simplicidade, ausência de malícia), total paz (o novo estado de existir). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Quanto à posição humana no universo,
quando é que sentimos que somos feitos à imagem e semelhança de Deus? Nos
nossos melhores momentos, pois toda noção de Deus vem desses momentos especiais
de pico, quando percebemos que nosso verdadeiro eu é o próprio Deus.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Infelizmente o Livro do Gênesis tem sido
mal interpretado. Fomos colocados no Jardim (Éden)‘para o cultivar e guardar’.
É aí que entra nossa responsabilidade: somos responsáveis por esse Jardim;
portanto, devemos administrá-lo e não dominá-lo e explorá-lo de modo destrutivo
como temos feito. O jardineiro, os homens, parece que, para cultivá-lo, estão
do lado de fora do jardim, mas essa visão de separação equivale à Queda que
afasta o jardineiro do jardim. Antes da Queda, o jardineiro não sabia que
estava nu. Essa idéia de nudez nada tem que ver com sexualidade; é a
experiência da separação (dualismo), a condição em que todos nós nos
encontramos, alienados (sem percepção) do cosmos. Mas, no Paraíso, somos parte
integral do todo (somos o todo; ver Schrödinger); ali, estamos em casa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Responsabilidade é a capacidade de dar
uma resposta apropriada, é sensibilidade. A maioria das espécies tem a resposta
adequada. Não há nada de não-apropriado na maneira como animais e plantas
respondem ao seu meio-ambiente. Mas a resposta humana pode não estar
apropriada, pois temos a capacidade para destruir a natureza e, portanto, a nós
mesmos. Parece que somente os seres humanos têm o terrível poder de agir assim,
de destruir sua própria casa, seu planeta.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Daí vem a questão da liberdade. A
liberdade e a responsabilidade caminham juntas. Isso é parte da nossa
experiência: enquanto jardineiros nossa responsabilidade é a de nos religarmos
ao jardim e não destruí-lo, nos separando dele e nos colocando,
irresponsavelmente, acima da natureza, como seus donos, como se pudéssemos
fazer dela o que quisermos. Esse é um aspecto da Queda, que nos toldou a visão
pelas ilusões geradas (a Queda nos deu o primeiro dualismo ilusório: a divisão
eu/não-eu, eu e o universo, a ilusão de que o universo é ameaçador, inimigo;
por isso, sofremos).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> A noção política de liberdade, do velho
paradigma clássico, contrasta surpreendentemente com a noção de liberdade dos
Evangelhos. A política permite que se passe por cima dos outros, enquanto o
evangelho diz, em Filip 2: ‘A si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de um
servo’, e João Batista: ‘Ele deve crescer, enquanto que eu devo diminuir’.
Jesus: ‘Aquele que quiser ser o maior, que se faça o menor’. Num universo
totalmente inter-relacionado, o crescimento de qualquer um implica no
crescimento dos demais (e não, no contrário, que o homem sempre faz).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Nós temos capacidade e liberdade de
formar conceitos (mas não de escolher) e, conforme o modo como utilizamos essa
capacidade somos levados a transtornos (conflitos), pois nossos conceitos não
vêm da fonte divina. Esta só é alcançada na experiência mística.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> A principal discussão do pensamento
ecológico atual centraliza-se na diferença entre ecologia profunda e
superficial. A superficial vê os seres humanos como situados acima da natureza,
como os mais importantes e os dominadores; a ecologia profunda vê os seres
humanos como apenas mais um fio dentre os muitos fios da teia da vida, todos de
mesma importância.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Deus não está lá em cima e o universo
aqui em baixo. Por isso Santo Agostinho disse que a transcendência de Deus é
uma transcendência para dentro: ‘Deus está mais perto de mim do que eu mesmo’. Assim,
toda resposta às dúvidas que temos sobre Deus tem que ser encontradas na nossa
própria experiência, dentro de nós, e não nas palavras de outrem. A experiência
de Deus está além do conhecimento (da imaginação, do raciocínio, do intelecto,
do ego). A experiência de Deus transcende todos os nossos conceitos, até mesmo
o conceito de transcendência, de tudo a respeito do que se possa falar, e o silêncio
é a postura adequada. Um axioma básico da tradição teológica afirma que tudo
que a teologia diz a respeito de Deus, não importa quão correto seja, é mais
falso do que verdadeiro (isto é, refere-se, apenas, aos ‘efeitos’ de Deus).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Gregory Bateson dizia que a mente não é
uma coisa, mas um processo de auto-organização, o próprio processo da vida.
Logo, em todos os níveis, o processo da vida é um processo mental. Assim, (como
o processo mental de cada ser é que o organiza), o processo mental da
consciência coletiva do nosso planeta é o processo de auto-organização do
planeta, enquanto a consciência cósmica é o processo de auto-organização de
todo o cosmos (ver ‘Universo Autoconsciente’). Isso é o que entendemos por
‘Deus’: o processo cósmico de auto-organização (bootstrap).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Pela teologia, mesmo no velho paradigma,
a criação é um processo em andamento aqui e agora. Não fosse assim, tudo
entraria em colapso. (A criação é um processo de sempre, sem fim, e inclui a
mente senciente que completa o processo criativo, determinando, com o colapso
das ondas de probabilidades, a manifestação de tudo no universo).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Embora a tradição cristã creia que Deus
é um em três pessoas, Deus não é uma ‘pessoa’ no sentido comum; significa que
seu relacionamento com o homem é ‘pessoal’, e se dá por meio da compaixão e da
auto-revelação (advindas da meditação). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> O uso correto do termo Deus é para indicar
a direção do pertencer, à última e mais elevada realidade. Isso é misticismo, e
qualquer um pode vivenciá-lo diariamente, porque Deus está relacionado conosco
de maneira pessoal, e é o nosso verdadeiro eu. Os grandes teólogos sempre
afirmaram que fazemos parte da (os místicos, que somos a) própria vida de Deus.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Dizemos ‘Deus é amor’ exatamente porque
‘amor’ é precisamente o pertencer, o que se sente ao pertencer. Quando o homem
rastreia até a sua fonte - o vazio - a compaixão que recebe de volta, fica
sabendo o porquê da afirmativa ‘Deus nos amou em primeiro lugar’. Na meditação,
podemos ter essa experiência.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Dizer que Deus criou os seres humanos à
sua imagem, ‘macho e fêmea Deus
os fez’, implica o fato de que a imagem de Deus é o par, e não o indivíduo. No
entanto, toda a hierarquia católica consiste de homens e Deus é sempre macho;
devia ser ele e ela. É injustiça, na Igreja e na
tradição cristã, manter a mulher numa posição de inferioridade. Jesus fez
inimigos ao tratar as mulheres como iguais aos homens, o que não era aceito na
sociedade de então e, mesmo hoje, em muitas sociedades e culturas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Em que sentido somos criados à imagem de
Deus? Não sabemos com que Deus se parece, senão em nossos melhores momentos;
nas experiências místicas sabemos que ‘tocamos’ a divindade, que nosso
verdadeiro eu é o próprio Deus. É isso que é ser criado à imagem e à semelhança
de Deus. Isso nos é dado com nossa própria existência e é uma realidade que
podemos descobrir se nos dirigirmos às profundezas de nosso ser, pela
meditação. Nossa vida tem como origem e fim a ‘vida’ de Deus. É ali que nossa
vida como seres humanos começa e é ali que ela termina.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Se desejamos amar a Deus, devemos
voltar-nos para o humano e para toda a criação, pois tudo tem o sopro de Deus
(mas o verdadeiro amor, como as verdadeiras virtudes, só nos vem com a
experiência religiosa).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Espírito e matéria são duas faces da
mesma moeda, dois aspectos entrelaçados da realidade (não são coisas
separadas).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> O invisível é o modelo do visível (Jung,
os arquétipos).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> A teoria da auto-organização, como as
tradições místicas, afirma que não há objetivo na criação. O que acontece é
criatividade, como resposta mental contínua às influencias (causadas pelas
mudanças) ambientais, a cada passo. Mas, não há plano, nem projeto ou direção.
Deus simplesmente é; Deus não
tem propósito.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Antes, acreditava-se que as descrições
cientificas eram objetivas, isto é, independentes do observador humano e do
processo de conhecimento. No novo paradigma, o processo de conhecimento
obrigatoriamente tem de ser incluído na descrição dos fenômenos naturais. Na
teologia, acreditava-se que os enunciados fossem objetivos, isto é, independentes
do indivíduo que observa e do processo de conhecimento. O novo paradigma afirma
que a reflexão sobre os modos de conhecimento não-conceituais - intuitivos,
afetivos, místicos - tem de ser obrigatoriamente incluída no discurso
teológico; há um consenso emergente de que os modos de conhecimento
não-conceituais (sem conceitos nem palavras, em total silêncio mental) constituem
parte integrante e essencial da teologia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> O mundo não existe objetivamente; ele é
criado, gerado, no processo de
conhecimento (também conforme a física quântica). Há uma realidade, mas não há
coisas, árvores, pássaros. Esses padrões são criados por nós, no processo de
conhecimento. À medida que observamos, ‘criamos’ um padrão e o destacamos do
restante, e ele se torna um objeto. Nesse sentido, estamos continuamente
criando o mundo (isto é, o ser cerebrado e senciente completa o processo
criativo de Deus. Ver ‘O Universo Auto-consciente’).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Todo conhecimento é a partir de dentro
do sujeito observador. Todo conhecimento é uma espécie de participação num
diálogo em andamento com a realidade. Assim, aquilo que realmente conhecemos a
respeito de Deus é sempre e tão-somente a nossa experiência de Deus (Jung,
Eckhart). O que não for experiência nossa será apenas projeção, recebida de
outrem, coisa emprestada. Só a respeito de nossas experiências pessoais de Deus
é que podemos falar com convicção. Isso implica em que, assim como Deus nos
criou, nós também criamos Deus à nossa imagem e semelhança. Por isso, disse
Eckhart: ‘O olho com que vejo Deus é o mesmo olho com que Deus me vê’ (ou, o
meu olho é o olho de Deus, pois somos um só).
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> A definição grega de ser humano é zõon logikon, animal possuidor de logos, a palavra, que cria um cosmos a partir do nada (como,
hoje, a física quântica afirma). E isso se aplica a todos os seres vivos. A
diferença é que nós, e talvez os animais superiores, temos consciência
reflexiva.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> A união do pequeno eu (a consciência
localizada) com o grande Eu (a consciência universal) é o que denominamos
re-ligação, Religião com ‘r’ maiúsculo. O demais é apenas crença, suposições,
opiniões, fé sem base, raciocínio ou interpretações equivocadas, ilusões e,
assim, sem valor.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> A noção de um Deus separado da criação,
que fica lá fora, em algum céu, é do velho paradigma teológico. No novo
paradigma, onde o universo é todo interligado, interdependente, interconexo,
não mais é possível expressar isso <st1:personname productid="em palavras. Deus" w:st="on">em palavras. Deus</st1:personname> não é mais o único que criou este
mundo desta ou daquela maneira (cerebrados são necessários). Há, por exemplo,
um enunciado do sufismo: ‘Eu era um tesouro escondido e, assim, para que fosse
encontrado, criei o mundo. ’ É o ‘jogo divino’, dos hinduístas. Há, desse modo,
um jogo em andamento, e somos convidados a entrar nele. (Krishnamurti: a mente
era vazia e, por isso, o cérebro existe no espaço e no tempo. Ken Wilber: a
conversa entre Deus e Abraão. Os grandes psicólogos e filósofos: a parte do
universo que vê e a parte que é vista; o universo se vê a si próprio, através
de nossos sentidos objetivos).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Dogma é um enunciado sobre a realidade
indizível, isto é, impossível de ser comunicada. Ele jamais retrata a realidade
total, sendo sempre uma sua aproximação. A experiência individual,
inexprimível, toma a forma de dogma para inspiração dos fiéis (não estamos
falando dos dogmas impostos pela conveniência da igreja, mas dos oriundos de
experiências verdadeiras). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Na ciência não há verdade permanente; a
questão está sempre sujeita à revisão. Mas, na religião, o dogma é tido como
verdade permanente e seu significado popular é prejudicial, pois você não tem
de entendê-lo; apenas tem de aceitá-lo. E a Igreja ainda hoje é rigorosa quanto
a isso. No passado, os castigos foram terríveis: fogueira etc. Tiveram início
com Constantino, ao ‘legalizar’ o cristianismo. A idéia da Igreja é fazer com
que você chegue à profunda experiência do mistério que o dogma só expressa de
maneira aproximada. Origina-se dogma do grego dokein que significa ‘opinião’, ‘ensinamento oficial’ de uma
filosofia ou igreja. Tem a mesma origem de dogma a palavra doxa, glória, a manifestação das
qualidades de uma pessoa. Eu formo a minha opinião com base na doxa, na glória
dessa pessoa. Assim, ortodoxia significa ‘a maneira correta de glorificar a
Deus’, ou a percepção correta da glória que emana de Deus. Dogma é, pois, nossa
glorificação de Deus e da glória, a doxa, que emana de Deus.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Popularmente, glória sugere o esplendor
de Deus no seu trono lá no alto. Mas, essa concepção é totalmente errada.
Quando o grego era a língua oficial da Igreja, a resposta para a pergunta ‘O
que é a glória de Deus?’ Era um dos mais antigos enunciados teológicos da
tradição cristã: ‘A glória de Deus é o ser humano plenamente vivo’ (com vida
abundante).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Do mesmo modo que Buda apresentou o
Caminho Óctuplo, para a ‘cura’ dos males do homem, Jesus trouxe lições
semelhantes, que servem à experiência humana universal. No entanto, ao
contrário dos ensinamentos de Buda, os de Jesus são, com freqüência,
confundidos com alguma espécie de verdade imutável e independente da
experiência pessoal quando, na realidade, a compreensão plena dos ensinamentos
depende da experiência individual de cada um. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> A razão por que não há dogmas no budismo
está provavelmente além do budismo e do cristianismo, na fonte de onde emergem
as duas tradições. O budismo insiste que você não pode dizer coisa alguma a
respeito da realidade que você percebe na sua experiência; ela é indizível. Já
no cristianismo, você tem de dizê-lo (embora Paulo dissesse; ‘vi e ouvi coisas
inefáveis’). Ambos têm base em nossa experiência; quando temos experiências
religiosas, sabemos que jamais poderemos traduzi-las em palavras, mas sempre
tentamos fazê-lo. O dogma surge desse esforço. Por isso, seu significado é
sempre aproximado. No budismo, o ensinamento último termina no silêncio. Mas,
no cristianismo, o dogma surge da recusa em questionar, na aceitação pura e
simples da interpretação aproximada da verdade percebida (submissão à fé sem
questionamento).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">Etc., <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">.............................................................................................................<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">
Extratos de ‘Sabedoria Incomum’, de Fritjof Capra, Cultrix, 1988:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Um dos primeiros contatos que tive com a
espiritualidade oriental foi meu encontro com Krishnamurti, no final de 1968,
quando ele proferiu uma série de palestras na Universidade da Califórnia.
Estava com setenta e três anos e sua aparência era absolutamente estonteante...
A dignidade do semblante, o inglês medido e perfeito e, acima de tudo, a
intensidade da concentração e da sua presença deixaram-me encantado e perplexo.
O impacto de seu carisma e aparência física foi intensificado e aprofundado
pelas coisas que disse... A tarefa a que se propôs - usar a linguagem e o
raciocínio para levar seus ouvintes além da linguagem e do raciocínio - era
extremamente difícil, mas o modo como ele se desincumbia dela era
impressionante... A platéia ficava arrebatada, dominada por suas palavras e
totalmente atenta. Dizia: ‘Examinemos juntos a questão, sem julgarmos, sem
condenarmos, sem justificarmos. ’ No final, ficava uma sensação nítida e forte
de que o único meio para se resolver qualquer de nossos problemas existenciais
é ir além do pensamento, além do ego, além da linguagem e do tempo; ‘libertar-se
do conhecido’, do passado... (isso é meditação).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Fiquei fascinado, mas também
profundamente perturbado, com suas palestras. Após cada uma delas, Jacqueline e
eu permanecíamos acordados durante várias horas, sentados junto à lareira,
discutindo o que ele dissera. Era um mestre espiritual radical e me colocou
frente a um grave problema: eu mal iniciara uma promissora carreira científica,
com a qual estava bastante envolvido emocionalmente, e então vinha
Krishnamurti, com todo seu carisma e persuasão, dizendo para eu parar de
pensar, para me libertar de todo conhecimento, para deixar o raciocínio lógico
para trás. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> O que isso significava no meu caso?
Deveria desistir da carreira nesse estágio inicial, ou continuá-la, abandonando
toda esperança de alcançar a auto-realização espiritual?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> ... Senti-me um tanto intimidado quando
finalmente vi o mestre cara a cara, mas não quis perder tempo. Eu sabia por que
estava ali. ‘Como posso ser um cientista’, perguntei-lhe, ‘e ainda assim seguir
seu conselho para libertar-me do pensamento e do raciocínio?’ Krishnamurti não
hesitou sequer um instante. Respondeu minha pergunta em dez segundos, e de um
modo que resolveu completamente o meu problema: ‘Primeiro, você é um ser humano’, disse ele, ‘e depois, um cientista. Antes, você tem
de se tornar livre, e essa liberdade não pode ser atingida por meio do
pensamento ou raciocínio. Ela é atingida pela meditação - a compreensão da
totalidade da vida, em que cessam todas as formas de fragmentação. Uma vez que
você alcance a compreensão da vida como um todo’, explicou ele, ‘pode se
especializar e trabalhar como cientista sem problema algum’. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Depois disso perdi contato com
Krishnamurti, mas nunca deixei de reconhecer sua influência decisiva sobre
mim... <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Em 1983, sul da Índia. Às oito horas
Krishnamurti apareceu, vestido com trajes indianos, e caminhou lentamente, mas
com enorme segurança, até uma plataforma que fora erguida ali. Foi maravilhoso
vê-lo, aos oitenta e oito anos de idade, fazendo sua entrada como fizera por
mais de meio século, subindo as escadas da plataforma sem ajuda de ninguém...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> Ele falou por setenta e cinco minutos
sem nenhuma hesitação, quase com a mesma intensidade que eu presenciara quinze
anos antes. Sua clareza e habilidade eram as mesmas. Sua análise do tema foi
bela e cristalina: o único meio de libertar-nos do desejo (medo, violência,
inveja, ambição, condicionamentos, influências da genética, cultura, sociedade,
crenças, ilusões, etc.) é libertar-nos do processo que produz os pensamentos
(pela meditação).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;"> O problema que Krishnamurti resolvera
para mim, à maneira zen, de um só golpe, é o mesmo problema com que a maioria
dos físicos se depara quando confrontados com as idéias das tradições místicas
- como é possível transcender o pensamento sem abandonar o compromisso com a
ciência? É esse o motivo pelo qual, penso eu, tantos dos meus colegas
sentiram-se ameaçados por minhas comparações entre física e misticismo. Eu
também sentira a mesma ameaça. Mas tive uma enorme felicidade: a pessoa que me
fez perceber a ameaça foi a mesma que me ajudou a transcendê-la. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%;">.....................................................................<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
conforti1928@hotmail.comhttp://www.blogger.com/profile/03611925017204025239noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-55977584974426048.post-34300153122099520092014-03-25T08:41:00.001-07:002014-03-25T08:41:18.835-07:00UMA NOVA VISÃO DE O QUE É O HOMEM<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">O
EXPERIMENTO DAS DUAS FENDAS e, mais
abaixo, <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">O
EXPERIMENTO DA ESCOLHA RETARDADA<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">Este
é um dos experimentos paradoxais que deram origem à nova ciência, a física
quântica. Vale a pena conhecê-lo, pois ele faz que repensemos a posição e o
papel do homem dentro da criação e do universo (papel do homem e de todos os
seres sencientes; senciente é aquele q tem sensações, através dos sentidos de
relação com o mundo, os sentidos objetivos, e que tem consciência de tê-las).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">O
assunto merece nossa maior atenção e, para ser apreciado, o abandono de
todos os preconceitos; só assim poderá ser compreendido em suas profundas
implicações.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="line-height: 150%;">Entre
as descobertas impressionantes da física </span><span style="line-height: 24px;">quântica</span><span style="line-height: 150%;">, que mudaram o mundo desde um século para cá, e até mesmo, de início, consideradas, absurdas, está a afirmação de que, não existindo um ser senciente “observando”,
não existe este mundo que vemos em torno de nós, isto é, nada existe no mundo
da manifestação, no mundo do espaço-tempo.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">Veja:
na Internet, na Wikipedia, na explicação (as explicações constam, tb, de livros
de sérios pesquisadores e cientistas) relativa ao “experimento”, no final
da página do “Dr. Rabbit” (o porta-voz dos físicos), está a pergunta:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">-
“E o que um observador (um ser humano) tem a ver com isso?”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">E,
em seguida, como está também em várias obras de renomados cientistas:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">-
“O observador provoca o colapso da função de onda (de probabilidades de coisas)
simplesmente... <em><u><span style="font-style: normal;">por OBSERVAR (por olhar)”</span></u></em>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">O
que significa isso? Significa que, não havendo um observador senciente, as
ondas de probabilidades de coisas, objetos, seres, não entram em colapso e, conseqüentemente,
não se transformam em partículas de matéria; não havendo partículas, não há
matéria, isto é, o mundo da manifestação ao nosso redor, o mundo do
espaço-tempo não existirá. Ou melhor, só existirão ondas de probabilidades de “possíveis”
partículas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">Por
aí podemos verificar que nós (e todos os seres sencientes), somos necessários
para que exista o mundo dos fenômenos ao nosso redor e em nós mesmos. Não
havendo observação não há mundo. Aquilo a que denominamos Deus produz tudo o que
existe, mas essa existência não prescinde de nossa observação: portanto, nós
“completamos a criação”, ou melhor, nós fazemos q o mundo se manifeste; Deus
cria e nós damos o retoque final.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">Essas
implicações nos colocam numa situação muitíssimo diferente daquela a que as diferentes
religiões populares do mundo nos colocam. Vale a pena analisar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">A
física quântica desvendou novos horizontes (novos para nós, mas antigos para as
escolas de tradição de meditação, antigos para os místicos) para nossa
compreensão das coisas do mundo, de quem e do que somos, de tudo isso que aí
está e que não compreendemos (e por isso sofremos). Nossa interpretação do
mundo é incorreta e isso é a raiz, a causa de todos os problemas e
sofrimentos do homem. Esses novos horizontes mostram qual é, na verdade, a
posição do homem neste universo infinito e eterno. Este texto, portanto, merece
nossa cuidadosa análise.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">O
Experimento das duas Fendas em poucas palavras:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">A
partir dos estranhos resultados das experiências científicas pelas quais os
cientistas entraram no mundo das sub-partículas do átomo, verificaram-se
descobertas perturbadoras. Devido a essas descobertas, Einstein chegou a
afirmar que “não existe mais um só palmo de chão firme sobre o qual se possa construir
alguma coisa”; afirmou, também, q “todas as descobertas anteriores do homem
teriam de ser re-interpretadas, porque agora se percebia que a ciência anterior
(a ciência clássica, da qual o mundo extraiu todo seu conhecimento, para todas
suas áreas, por mais de 300 anos, com base nas interpretações de Newton e
Descartes), não lidava com o mundo, mas com uma falsa interpretação ou falsa imagem
do mundo”. Foi qdo ele tb disse, em face da comprovação de que tudo é incerto (Principio
da Incerteza, de Heisenberg) coisa em q ele não acreditava: “mas Deus não joga
dados!”; posteriormente, convencido, teria dito: “mas se não é Deus, quem é q
joga?!” </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">Outros cientistas, todos de renome, atônitos com o q estavam
conhecendo, diziam q: “como a natureza pode ser tão absurda!” e q, devido a
isso, “talvez nem mais encontrassem o caminho de volta para a própria casa”; e
mais, impressionados e perturbados: “a realidade está se mostrando mais absurda
do que a ficção!” Einstein, até quase sua morte, tentou encontrar erros nas
novas descobertas (pois, “Deus não joga dados!”) mas não conseguiu e, em
experiências q realizou para derrubar a veracidade das novas descobertas, mais
as fortaleceu.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">O
EXPERIMENTO: um anteparo com duas fendas (orifícios) verticais; além dele, um
filme que seria impressionado por partículas, que seriam atiradas através das
fendas. Utilizando-se um dispositivo
especial apontado para uma das fendas, a partícula era atirada, passava pela
fenda e deixava seu sinal, ou risco, ou ponto, impresso no filme. Mas, e aqui
começam as coisas perturbadoras, muitas vezes a impressão gravada no filme
mostrava que a partícula, uma só partícula, passava pelas duas fendas ao mesmo
tempo, pois interferia, no filme, com ela mesma, o que significava que a
partícula deixava de ser partícula de matéria e se comportava como onda de
energia. Isto é, o objeto se comporta como partícula (passando por uma das
fendas), ou como onda de energia (passando pelas duas fendas). Estranhíssimo e perturbador!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">Exaustivamente
repetido o experimento, chegou-se à conclusão inescapável de que a partícula
atirada só se comportava como partícula de matéria quando havia um observador
senciente, um ser humano (ou outro animal senciente) observando o experimento;
quando não havia um observador, não existia matéria, apenas energia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">CONCLUSÃO:
a formação da matéria, ou sua criação, exige a observação de um ser senciente
para q se concretize. Aquilo q não conhecemos, mas a q as religiões populares
dão o nome de Deus, cria tudo mas, não havendo observador, a criação não se completa,
não se manifesta no espaço-tempo. Como disse acima, Deus cria e nós damos o “retoque
final” em sua criação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">..............................<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">Somos
o “prolongamento” de Deus. Mas, dirão: então somos verdadeiras marionetes nas
mãos de Deus? Não, da mesma maneira que nossas mãos, pés, olhos não são nossas
marionetes: são nossos “prolongamentos”; assim, também, somos prolongamentos ou
complementação do próprio Deus.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">PALAVRAS
DE CIENTISTAS SOBRE O EXPERIMENTO:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 25.1pt; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: list 25.1pt; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; mso-bidi-font-family: Verdana; mso-fareast-font-family: Verdana;">1.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">A percepção humana destrói a
alternativa onda - partícula (isto é, tudo no universo está sob a forma de
ondas, ou energia, e só a observação humana provoca o colapso das ondas que,
instantaneamente, se transformam em partículas, isto é, em matéria, e, assim, é
pela observação que se concretiza o universo).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 25.1pt; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: list 25.1pt; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; mso-bidi-font-family: Verdana; mso-fareast-font-family: Verdana;">2.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">Na propagação de sinais visuais, os
nervos óticos do sistema neurológico humano liberam energias muito superiores
às dos grávitons (unidade de força gravitacional). Por isso a observação humana
destrói a superposição de alternativas (não haverá alternativa onda-partículas;
só partículas).
(Obs: amigo Amós, qto a este nº 2, leia o q acrescentei no final desde
texto).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 25.1pt; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: list 25.1pt; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; mso-bidi-font-family: Verdana; mso-fareast-font-family: Verdana;">3.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">A percepção humana percebe apenas
eventos do nível clássico (os eventos do nível quântico nunca são percebidos
pelo ser humano, pois acontecem no nível do atemporal, fora do espaço-tempo).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 25.1pt; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: list 25.1pt; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; mso-bidi-font-family: Verdana; mso-fareast-font-family: Verdana;">4.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">Não há interferência quando não há
observação (a observação interfere e transforma as ondas em partículas, que são
os objetos do mundo, inclusive nós, e o próprio mundo).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 25.1pt; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: list 25.1pt; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; mso-bidi-font-family: Verdana; mso-fareast-font-family: Verdana;">5.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">A observação feita pelo ser humano é
a resposta decisiva sobre a origem de tudo (o ser humano, pela sua observação,
completa, dá o retoque final à obra da criação).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 25.1pt; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: list 25.1pt; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; mso-bidi-font-family: Verdana; mso-fareast-font-family: Verdana;">6.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">Não temos sequer uma imagem da
natureza; as imagens que temos são de nossas relações com a natureza (porque,
apenas por observar, mudamos a natureza e, só observando, podemos percebê-la).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 25.1pt; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: list 25.1pt; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; mso-bidi-font-family: Verdana; mso-fareast-font-family: Verdana;">7.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">O universo exige o ato de
observação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 25.1pt; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: list 25.1pt; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; mso-bidi-font-family: Verdana; mso-fareast-font-family: Verdana;">8.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">Quando examinamos os recessos mais
profundos da matéria ou a fronteira mais remota do universo, vemos ali o nosso
próprio rosto (já que o homem é imprescindível para a existência da matéria e, conseqüentemente,
do universo).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 25.1pt; mso-list: l0 level1 lfo1; tab-stops: list 25.1pt; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; mso-bidi-font-family: Verdana; mso-fareast-font-family: Verdana;">9.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">O universo todo é a imagem do rosto
do homem (não fosse a presença do homem realizando a observação, não existiria
o universo material).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 38.25pt; mso-list: l1 level1 lfo2; tab-stops: list 38.25pt; text-indent: -20.25pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; mso-bidi-font-family: Verdana; mso-fareast-font-family: Verdana;">10.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">O papel do observador é fundamental,
pois é ele quem define os objetos e o universo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 38.25pt; mso-list: l1 level1 lfo2; tab-stops: list 38.25pt; text-indent: -20.25pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; mso-bidi-font-family: Verdana; mso-fareast-font-family: Verdana;">11.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">O universo não teria explicação sem
a consciência humana (pois esta completa o “quebra-cabeças”, finalmente
explicando o universo).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 38.25pt; mso-list: l1 level1 lfo2; tab-stops: list 38.25pt; text-indent: -20.25pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; mso-bidi-font-family: Verdana; mso-fareast-font-family: Verdana;">12.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">Foi necessária a consciência para
completar a física quântica (sem a interposição da consciência a física
quântica não teria explicação e, do mesmo modo, não teria explicação o
universo).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 38.25pt; mso-list: l1 level1 lfo2; tab-stops: list 38.25pt; text-indent: -20.25pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; mso-bidi-font-family: Verdana; mso-fareast-font-family: Verdana;">13.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">Tudo está aí mas, se o cérebro não
está, nada será percebido. (tudo está aí, mas apenas em “potência”).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 38.25pt; mso-list: l1 level1 lfo2; tab-stops: list 38.25pt; text-indent: -20.25pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; mso-bidi-font-family: Verdana; mso-fareast-font-family: Verdana;">14.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">A dinâmica cerebral na verdade
organiza e faz aflorar aquilo que já é uma propriedade intrínseca da natureza
(isto é, tudo já está aí em “potência”, fazendo parte ou sendo a própria
natureza, mas sem o cérebro e seu mecanismo clássico e quântico, nada existirá).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 38.25pt; mso-list: l1 level1 lfo2; tab-stops: list 38.25pt; text-indent: -20.25pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; mso-bidi-font-family: Verdana; mso-fareast-font-family: Verdana;">15.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">Os “gatilhos” quânticos do cérebro
permitem que este perceba o mundo (sem a ação dos eventos quânticos não haveria
percepção do mundo, como não haveria os objetos perceptíveis do mundo).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 38.25pt; mso-list: l1 level1 lfo2; tab-stops: list 38.25pt; text-indent: -20.25pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; mso-bidi-font-family: Verdana; mso-fareast-font-family: Verdana;">16.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">No cérebro acontece a coerência
quântica e o colapso das ondas de probabilidades de coisas, objetos e eventos,
de todos os fenômenos. Não fosse o cérebro do observador o universo não
existiria.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 38.25pt; mso-list: l1 level1 lfo2; tab-stops: list 38.25pt; text-indent: -20.25pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; mso-bidi-font-family: Verdana; mso-fareast-font-family: Verdana;">17.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">O mecanismo quântico do cérebro,
afetado pelas ondas, faz funcionar o seu mecanismo clássico (isto é, tudo
acontece no domínio das operações quânticas; este é que faz operar o mecanismo
do cérebro e, em conseqüência, vem-nos a percepção do mundo).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 38.25pt; mso-list: l1 level1 lfo2; tab-stops: list 38.25pt; text-indent: -20.25pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; mso-bidi-font-family: Verdana; mso-fareast-font-family: Verdana;">18.<span style="font-family: 'Times New Roman'; font-size: 7pt; line-height: normal;"> </span></span><!--[endif]--><span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">Nenhum fenômeno é um fenômeno até
que ele seja um fenômeno observado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 18.0pt;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">................................<o:p></o:p></span></div>
<table border="0" cellpadding="0" class="MsoNormalTable" style="mso-cellspacing: 1.5pt; width: 100%px;">
<tbody>
<tr style="height: 1638.35pt; mso-yfti-firstrow: yes; mso-yfti-irow: 0; mso-yfti-lastrow: yes;">
<td style="height: 1638.35pt; padding: .75pt .75pt .75pt .75pt; width: 70.0%;" valign="top" width="70%">
<div style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">Ao
concluir o comentário que faz sobre John Wheeler, "um dos intérpretes
mais influentes e inventivos da Mecânica Quântica, bem como da Física
Moderna", aluno de Niels Bohr, autor das expressões “buraco negro” e “it
do bit”, com que chamou definitivamente atenção para as relações entre a
Física e a Teoria da Informação, nome-chave para a idéia de que o universo,
sendo um fenômeno participativo, requer o ato de observação e, logo, a
consciência, além de ter se envolvido na construção da primeira bomba atômica
e da primeira bomba de hidrogênio, John Horgan, autor do livro “O Fim da Ciência”, escreve:<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">"[...]
ele nos dá corajosamente um paradoxo adorável e, ao mesmo tempo, desalentador:
no coração de toda realidade existe uma pergunta, e não uma resposta. Quando
examinamos os recessos mais profundos da matéria ou a fronteira mais remota
do universo, vemos, finalmente, o nosso próprio rosto perplexo nos devolvendo
o olhar”.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">Aqui,
se não há encontro com a Resposta, há confronto harmônico com a poesia, como
esta, da prosa realisticamente perturbadora de Jorge Luiz Borges:<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">"Um
homem propõe-se a tarefa de desenhar o mundo. Ao longo dos anos povoa um
espaço com imagens de províncias, de reinos, de montanhas, de baías, de
naves, de ilhas, de peixes, de habitação, de instrumentos, de astros, de cavalos
e de pessoas. Pouco antes de morrer, descobre que esse paciente labirinto de
linhas traça a imagem de seu próprio rosto”.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">............................<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">Para
seu assombro veja também o “experimento de escolha demorada ou retardada”
(vai mais abaixo).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">.....................................................<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">Como
essas conclusões obrigatoriamente exigem que se repense a posição e o papel
do homem no universo, estranha-se que, até hoje, as religiões não se
manifestaram a respeito. E essas descobertas já completaram um século de existência.
Talvez o receio de terem de modificar suas premissas básicas, ou do impacto
que isso causaria entre os seus adeptos, as tenha feito se calarem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">Os
místicos, há muito, já afirmavam, em palavras de difícil interpretação para o
leigo, essa visão que a física atual nos trouxe, pois diziam: “Como a Mente (Consciência
Universal, Deus) é vazia, o cérebro existe no espaço e no tempo”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">......................................<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">O
EXPERIMENTO DE ESCOLHA RETARDADA.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">O
experimento das duas fendas (acima), no qual o objeto se comporta ou como
partícula (passando por apenas uma das fendas), quando observado, ou como
onda (passando por ambas as fendas), quando não observado, deu lugar à
questão: “Pode a escolha ser feita depois que o objeto quântico já passou
pelas fendas?”, isto é, “a escolha presente poderia alterar a realidade
passada?”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">A
resposta é: “A opção de se deduzir que o quantum único de energia deve ter
vindo por ambas as fendas ou por apenas uma está sujeita à livre escolha do
observador após a energia já ter atravessado o anteparo de duas fendas”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">Não
há dúvida de que aí, parece, está, à primeira vista, uma estranha inversão da
ordem normal do tempo. Mas é só à primeira vista, isto é, só parece que isso
ocorreu realmente. O que sucede é que: “Nenhum fenômeno é um fenômeno até que
ele seja um fenômeno observado”. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">Em outras palavras, não estamos escolhendo o
que deve ter acontecido “após ele já ter acontecido”. Ele não aconteceu
realmente, porque ele não é ainda um fenômeno (é apenas energia; está em
estado potencial), até que ele seja um fenômeno observado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">Assim,
após o quantum de energia já ter passado pelo anteparo das duas fendas, vimos
que uma escolha livre, de última hora, da nossa parte (da parte do
observador) fornece, conforme nossa vontade (a vontade do observador), um
registro de interferência de energia passando pelas duas fendas ou uma
contagem de um feixe de partículas passando por uma só fenda.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">Este
resultado significaria que a escolha presente influencia a dinâmica no passado,
contrariando frontalmente o “princípio de causa e efeito”? Não; a lição que
se apresenta é a seguinte: “o passado não tem existência a não ser quando ele
for registrado no presente”; do mesmo modo, o futuro. Não tem sentido falar
sobre o que o quantum de energia eletromagnética estava fazendo, se passou
pelas duas ou por uma só fenda, salvo quando ele for observado ou for
calculável a partir do que é observado. Isto é, nenhum fenômeno é na
realidade um fenômeno antes de ele ser observado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">E
chegamos, novamente, à impressionante conclusão, “O UNIVERSO NÃO EXISTE “LÁ
FORA” ANTES DO ATO DE OBSERVAÇÃO”. Pelo contrário, o universo é, em algum
estranho sentido, um universo participatório, isto é, o observador e o
universo são participantes do mesmo fenômeno; a observação “cria” o universo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">Mas, observem, não é que o universo não existe lá fora apenas para aquele que não
está observando! Se não há observação, não há matéria, não existe universo
material, nem seres, nem objetos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">......................<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">O
que acham de tudo isso?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">....................<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">Qto
ao nº 2, de o “experimento da dupla fenda”, q parece absurdo por afirmar q a
energia dos olhos (do olhar do observador) tem força capaz de transformar a
energia (de objetos em potência) em matéria, há uns dias, a internet trouxe a
notícia de q já existe um telefone celular q não usa a passagem de dedos
sobre a telinha; usa apenas o olhar; a energia do olhar substitui o “clique”
das pontas dos dedos. Era apenas uma notícia de que esse celular logo estaria
sendo produzido.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">.........................<o:p></o:p></span></div>
</td>
<td style="height: 1638.35pt; padding: .75pt .75pt .75pt .75pt; width: 1.0%;" width="1%">
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
</td>
<td style="height: 1638.35pt; padding: .75pt .75pt .75pt .75pt; width: 6.0%;" width="6%">
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
</td>
</tr>
</tbody></table>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
conforti1928@hotmail.comhttp://www.blogger.com/profile/03611925017204025239noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-55977584974426048.post-85480876819971993992014-03-25T08:21:00.003-07:002014-03-25T08:21:28.517-07:00<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">.........................<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> Amigos, <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> "Conhecer-se a si mesmo" não é
saber o que vc é agora, quais são suas qualidades e quais seus defeitos, o que
faz no bem e no mal, se ontem agiu com correção e se hoje está agindo como deve
agir, ou saber se está fazendo força suficiente para acertar, e coisas
semelhantes. Isso é fácil de conhecer e de saber. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> O difícil e o que deve ser feito é
conhecer quem vc é realmente, por trás da alegria e das lágrimas, cantando ou
chorando, dançando ou estirado num leito de hospital, auxiliando, sendo auxiliado
ou quando lhe negam o auxílio. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> É conhecer o que vc é neste mesmo
instante, em todos os instantes, por trás das máscaras que, independente de sua
vontade e inconscientemente, cobrem sua verdadeira identidade cósmica, sua
verdadeira face espiritual, que existe desde o princípio dos tempos (para
outros, desde o início de sua criação). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> É conhecer o que e quem vc é realmente,
além da carne, das batidas do coração, além da matéria, e do mundo material,
além das aparências, além do amor que lhe dedicam ou que vc dedica ou que
ninguém lhe dedica, além de todas as epidemias, guerras, misérias, desgraças,
tragédias; além desses momentos esparsos de alegria fugidia, de felicidades
efêmeras. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> É conhecer o que vc é além disso tudo que
está aqui e aí, além de tudo que existe; é conhecer que vc é tudo e que pensa
que não é nada. É conhecer que tem uma sabedoria e um poder imensos e que pensa
que é ignorante e fraco. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> Vc não conhece sua verdadeira face de ser
espiritual, sua verdadeira natureza, perturbado e estorvado que está em sua caminhada devido a estar
mergulhado num corpo de carne.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">......................<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
conforti1928@hotmail.comhttp://www.blogger.com/profile/03611925017204025239noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-55977584974426048.post-77691090048694371952014-03-25T08:17:00.001-07:002014-03-25T08:17:15.534-07:00<span style="font-size: large;">........................</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">Amigos,</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">Para os amigos que estão chegando agora, vou colocar, entre as novas postagens, algumas já colocadas desde lá do início.</span><br />
<span style="font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-size: large;">....................</span>conforti1928@hotmail.comhttp://www.blogger.com/profile/03611925017204025239noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-55977584974426048.post-19885127513661931182014-03-16T10:56:00.000-07:002014-03-16T10:56:03.333-07:00TEMOS MESMO LIBERDADE DE ESCOLHER?<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">Amigos, </span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;"><span style="line-height: 150%;"> Trago-lhes a conversa abaixo, do Fórum Espírita (site: Fórum Espírita - estudar espiritismo). Desse fórum, (o que existe na Internet mais aberto, já que as demais doutrinas religiosas, em geral, impedem questionamentos) para nosso raciocínio e reflexão, trago, sempre, trechos de debates, para que, raciocinando sobre conceitos das doutrinas, da espírita e de outras, aprendamos a conhecer a verdade daquilo que é tido por verdade nos conceitos e ensinamentos e crenças de tudo que está aí pelo mundo. </span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;"><span style="line-height: 150%;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;"><span style="line-height: 150%;"> Coloco abaixo até mesmo os nomes de participantes do fórum, números e datas das </span></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="line-height: 24px;">mensagens</span></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;"><span style="line-height: 150%;">/respostas para que, quem desejar se aprofundar mais nos debates daquele fórum, possa fazê-lo.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 150%;">......</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> Ref: msg #229, do Brenno, de 08 de Março
de 2014, 22:58.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> Vitor Santos, em 27 de Fevereiro
de 2014, disse: “A DE não define o que são Espíritos maus. Isso não existe em
absoluto”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> Brenno, citando O Livro dos Espíritos, obra básica da doutrina espirita, tenta mostrar que a
DE os define: "São os espíritos inclinados ao mal, de que fazem o objeto de suas
preocupações... dão conselhos pérfidos, sopram a discórdia e a desconfiança e
se mascaram de todas as maneiras para melhor enganar...”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> Conf: certo, essa é a definição da
DE. No entanto, quem é que define a causa de uns serem assim e outros, não?
Porq esses, diferentemente de outros, se mostram “propensos a todos os vícios
geradores das paixões vis e degradantes: a sensualidade, a crueldade, a
felonia, a hipocrisia, a cupidez, a avareza sórdida”? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> Quem é que define qual é a causa de esses
“fazerem o mal por prazer”, de serem verdadeiros “flagelos para a humanidade”?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"> Que ninguém diga que essa causa é o
livre-arbítrio, a liberdade de escolher (que as religiões asseguram que temos e, com isso, tentam justificar os sofrimentos dos homens), pois não é o livre-arbítrio que dá a definição (a explicação)
do porq uns, devido a terem liberdade de
escolher, escolhem fazer o bem, eqto outros, escolhem fazer o mal!<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;"><span style="line-height: 150%;"> E, sem dúvida, o livre-arbítrio nada mais é do que um artificio com que as religiões tentam (tentativa, sem dúvida, nobre) explicar aos homens o para elas </span></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="line-height: 24px;">inexplicável</span></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;"><span style="line-height: 150%;"> sofrimento dos homens. </span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;"><span style="line-height: 150%;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;"><span style="line-height: 150%;"> Para a </span></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="line-height: 24px;">reflexão</span></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;"><span style="line-height: 150%;"> e </span><span style="line-height: 24px;">raciocínio</span><span style="line-height: 150%;"> dos amigos deixo estas questões: </span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;"><span style="line-height: 150%;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;"><span style="line-height: 150%;"> - Existe mesmo a liberdade de escolher? </span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;"><span style="line-height: 150%;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;"><span style="line-height: 150%;"> - Podemos escolher, praticar o bem ou praticar o mal?</span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;"><span style="line-height: 150%;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;"><span style="line-height: 150%;"> - Se podemos escolher, porq é que escolhemos, tantas vezes, cometer o mal e não o bem? </span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;"><span style="line-height: 150%;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;"><span style="line-height: 150%;"> _ se podemos escolher praticar o bem e, em </span><span style="line-height: 24px;">consequência</span><span style="line-height: 150%;">, ser mais felizer, porq é que escolhemos praticar o mal que, segundo as doutrinas, nos trará, como </span><span style="line-height: 24px;">consequência</span><span style="line-height: 150%;">, extremas infelicidades?</span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;"><span style="line-height: 150%;"> - Cabe-nos a responsabilidade por fazermos escolhas erradas? </span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;"><span style="line-height: 150%;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;"><span style="line-height: 150%;"> - O homem faz, propositadamente, escolhas erradas?</span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;"><span style="line-height: 150%;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;"><span style="line-height: 150%;"> - Será que o homem sofre porq escolhe sofrer?</span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;"><span style="line-height: 150%;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;"><span style="line-height: 150%;"> - Se não propositadamente que os homens fazem escolhas que levarão dores aos demais, porq têm de sofrer por isso?</span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;"><span style="line-height: 150%;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;"><span style="line-height: 150%;"> Observem a vida; lembrem-se de todas as escolhas que já fizeram, e procurem perceber se alguma delas foi, efetivamente, livre! </span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;"><span style="line-height: 150%;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;"><span style="line-height: 150%;"> Estamos escolhendo o tempo todo, desde que abrimos os olhos, ao acordar, até que os fechamos, ao dormir! Procurem constatar se alguma escolha foi realmente livre. Talvez cheguem a perceber que todas as escolhas que fazemos, sobre o que quer que seja, das mais simples e sem </span><span style="line-height: 24px;">consequências</span><span style="line-height: 150%;"> a temer, como escolher um lápis, ou uma guloseima, às mais complexas e de </span><span style="line-height: 24px;">possíveis</span><span style="line-height: 150%;"> </span><span style="line-height: 24px;">consequências</span><span style="line-height: 150%;"> nocivas, perigosas, como matar um desafeto ou declarar uma guerra, estão inteiramente, totalmente presas ao passado, ao que já aprendemos na escola da vida, nesta escola que nos ensina a sermos bons ou a sermos maus, conforme as lições que nos proporciona.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;"><span style="line-height: 150%;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;"><span style="line-height: 150%;"> Se perceberem que não há escolhas livres, fato que significa que o livre-arbítrio é uma ilusão, e considerando que todas as religiões </span><span style="line-height: 24px;">deístas</span><span style="line-height: 150%;"> e </span><span style="line-height: 24px;">teístas</span><span style="line-height: 150%;"> asseguram existir uma perfeita justiça divina, </span></span><span style="font-family: Verdana, sans-serif; line-height: 150%;">tentem uma explicação para qual é a causa dos sofrimentos dos homens, do porq os homens sofrem!</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; line-height: 150%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; line-height: 150%;">....................</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;"><span style="line-height: 150%;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif; font-size: small;"><span style="line-height: 150%;"><br /></span></span></div>
conforti1928@hotmail.comhttp://www.blogger.com/profile/03611925017204025239noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-55977584974426048.post-23316982788548217482014-02-03T09:50:00.001-08:002014-02-03T09:50:46.128-08:00<div class="MsoNormal" style="background: #F0F4F7; line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"> REFORMA INTERIOR <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #F0F4F7; line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #F0F4F7; line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"> Conversando com “G”<b><o:p></o:p></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #F0F4F7; line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #F0F4F7; line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"> Amigo G:<br />
“Você afirma que não é
necessário fazer nenhuma reformar interior e ao mesmo tempo fala que é
necessário a afastar o ego. Isso é ilógico”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #F0F4F7; line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #F0F4F7; line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"> Cel:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #F0F4F7; line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"> “Meu amigo, o que é a “reforma
interior” a que todos, em geral, se referem? É se tornar honesto, bom, prestar
serviços de amor ao próximo, ser caridoso, humilde, solidário etc, não é isso?
E como é que todos, em geral, e como as doutrinas aconselham, fazem? No
interesse de reformar-se intimamente, de serem recompensados num futuro
incerto, de receberem méritos pelo bem que fazem, forçam a própria natureza,
que não está ainda preparada para amar, para perdoar, ajudar etc. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #F0F4F7; line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">
Não é isso o que acontece? E, pelo que se
ensina, o ato de “bondade” é tanto mais digno de méritos quanto mais se tiver
de forçar a própria natureza pessoal, a própria vontade, para realizá-lo. Mas,
isso é “reforma interior” ou é apenas uma “reforma exterior”, uma reforma de
atitudes exteriores? Isso não é amor! É apenas imitação de amor, pseudo-amor, amor
falso, pois realizado por interesse de recompensas, ou porque as doutrinas, os
mestres, os mandamentos, a ética religiosa recomendam que assim se faça,
concorda? Esse é um amor que se realiza “sob condições”: de que haja
reconhecimento das religiões ou de Deus; ou do próximo beneficiado, ou da
sociedade; que, sobretudo mereçamos reciprocidade do beneficiado, ou recompensas
no futuro, nesta ou noutra vida ou situação, não é? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #F0F4F7; line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"> Isso não é amor; é amor-forçado, arremedo
de amor, “treinamento” de amor. E, será possível que pelo esforço, pelo
treinar, alguém possa substituir o desamor que ainda tem no coração, por amor? O
amor pode brotar pelo “hábito” ou costume de praticar atos de amor? É um
costume pessoal a ser adquirido? Ou é um sentimento espontâneo que brota do
coração, sem que nem saibamos como? Isto é o que, em geral, e erradamente,
todos chamam de “reforma íntima”: acostumar-se a praticar atos de pseudo-amor. O
amor não nasce do esforço, mas da compreensão profunda (eventualmente) e se o
indivíduo já estiver a ele receptivo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #F0F4F7; line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"> Muito diferente é o afastar, eliminar,
calar o “ego”. Isto se dá pela ampliação da compreensão provocada pela
observação da totalidade da vida, de como ela é conosco e com os demais,
humanos ou não humanos. Essa compreensão vai despertar em nós (pela constatação
de que os atrativos do mundo a nada levam; que, ao contrário, só perturbam e
prejudicam, e não nos dão satisfação duradoura), um desencanto ou desapego das
coisas que, antes, nos escravizavam; vamos também perceber que nem as ciências,
aí incluídas as medicinas, nem psicologias, filosofias, crenças e religiões
oferecem solução duradoura para aquilo que mais afeta os homens, desde o nascer
até o morrer: o sofrimento, de qualquer natureza que seja. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #F0F4F7; line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">
Desencantados, confusos e perdidos, pois não vemos como fugir da
armadilha que, então percebemos que a vida é, iniciamos a busca da solução
definitiva; não mais ficamos hipnotizados pelas nossas crenças, que prometem felicidade
para um futuro incerto e q nunca chega; procuramos noutras direções até que compreendemos
que o remédio está em “esquecer” o mundo e seus atrativos, aos quais estamos apegados, acorrentados. Então,
verificamos que, para esquecer o mundo, temos de, obrigatoriamente, esquecer, afastar,
isolar, matar aquilo que nos relaciona com ele, que nos liga a ele: o “ego”. Por
isso, eu disse que a chamada “reforma íntima” não é necessária, pois a “verdadeira”
reforma íntima só se concretiza com o afastamento do ego.<br />
Amigo G: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #F0F4F7; line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"> “Você não defende o abandono da
paixão? Da raiva? Da delusão?”.<span class="MsoHyperlink"><span style="background: white; color: #333333;"> <o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #F0F4F7; line-height: 150%;">
<span class="MsoHyperlink"><span style="background: white; color: #333333; font-family: "Verdana","sans-serif";">.....................................</span></span><span class="apple-converted-space"><span style="background: white; color: #333333; font-family: "Verdana","sans-serif";"> <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #F0F4F7; line-height: 150%;">
<span class="apple-converted-space"><span style="background: white; color: #333333; font-family: "Verdana","sans-serif";">
(Delusão: v</span></span><span style="background: white; color: #333333; font-family: "Verdana","sans-serif";">ocê vê, mas não consegue perceber a<span class="apple-converted-space"> </span><span class="st">realidade</span><span class="apple-converted-space"> </span>subjacente, isto é, vc vê o falso e o
toma pelo real. A delusão engana a experiência e impede qualquer raciocínio!)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #F0F4F7; line-height: 150%;">
<span style="background: white; color: #333333; font-family: "Verdana","sans-serif";">.....................................</span><span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"><br />
Cel: certamente; e onde estão a
raiva, a paixão, a delusão, a maldade e todos os demais “defeitos” morais,
senão no ego? A essência, o espírito é puro, é perfeito. Essas qualidades “negativas”
cessarão com o cessar do ego”. O caminho não é a bondade, o amor, a caridade; o
caminho é afastar o ego, com o que conheceremos a verdade de qual é nossa verdadeira
e eterna identidade. “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #F0F4F7; line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #F0F4F7; line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"> Amigo G: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #F0F4F7; line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"> “Entendo que o amigo deseja falar
sobre a realidade última, mas os seres em sua maioria vivem na realidade
conceitual e convencional, tornando muitas vezes perigoso este tipo de
reflexão que o amigo demonstra, pois leva alguns a acreditar que a sujeira não
deve ser limpa e que as tendências más não devem ser eliminadas”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #F0F4F7; line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: #F0F4F7; line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"> Cel: não, amigo; tudo é como deve
ser, independente de nossa vontade e até mesmo contra ela; somos apenas
testemunhas do fluir dos eventos, aí incluídos a emissão de palavras,
conselhos, lições, sejam ou não consideradas apropriados à época em que estamos
e às condições pessoais dos que as ouvem. Todas as palavras que pronunciamos, a
vida é que nos faz pronunciar, pois somos o resultado de todas as causas e de todos
os seus efeitos ocorridos desde os mais remotos ancestrais e do que existiu
antes deles. Nada fazemos por nós; o que é, o que acontece agora, é exatamente
o que é e o que tem que acontecer agora; não que isto signifique um “destino
programado, para seres programados”, mas um fluir (impermanência e incerteza,
do Buda)) eterno, um movimento que nos leva eternamente a fazer o que fazemos,
a passar pelo que passamos, seja isso prazeroso ou dolorido; e contra ele nada
podemos. Esse é o incessante fluir da vida. Apenas não compreendemos que é
assim devido à visão equivocada do ego. Enquanto existir o ego, nada podemos
fazer para mudar isso; somos apenas testemunhas. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">......................................... <o:p></o:p></span></div>
conforti1928@hotmail.comhttp://www.blogger.com/profile/03611925017204025239noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-55977584974426048.post-78849739945033084542014-02-03T09:43:00.002-08:002014-02-03T09:43:47.887-08:00SOMOS UM COM DEUS<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"> A EXPERIÊNCIA DE SE PERCEBER “UM COM
DEUS”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"> Conversando com uma amiga:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"> Olá, amiga, não foi o fato de cessarem as
patologias (o que não ocorre com todos aqueles q tiveram a “experiência de
Deus”) que levou Jung a considerar que alguém passou pela “experiência” de se
perceber “um com Deus”. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"> Há muitos outros aspectos considerados:
modificação quanto aos sentimentos, inteligência, saúde, discernimento e
compreensão das coisas e da vida; serenidade e aceitação do que vier e que não
pode ser modificado; melhor relacionamento com os demais e com o mundo;
harmonização entre ondas das áreas cerebrais. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"> Sobre o assunto, foram realizadas numerosas
pesquisas que resultaram em aspectos de tão grande abrangência que, afirmam os
pesquisadores, alcançam tantas, senão todas, áreas de interesse do ser humano, fato
que levou cientistas e pesquisadores a afirmarem que, “quando os homens
alcançarem esse estado único de consciência, não haverá problemas sem solução e
o sofrimento será coisa do passado”. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"> Outros aspectos observados: maior alerta
mental, alto grau de coordenação neurofisiológica (mente e corpo); importante
redução do consumo de oxigênio e da concentração de lactato no sangue; maior eliminação
do dióxido de carbono; atividade não usual das ondas alfa e beta; sincronia nas
derivações cerebrais centrais; derivações centrais sincronizadas com ritmos
ocasionais de ondas teta..., e outras mudanças, fatos que vêm mostrar que a
experiência leva a um estado de consciência completamente diferente dos outros
estados conhecidos pela ciência, como a vigília, sono e sonho, e do estado de
relaxamento ordinário, hipnose e outros condicionamentos mentais. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"> Há diminuição do ritmo cardiorrespiratório,
alta coerência de ondas alfa, teta e beta entre hemisférios cerebrais; habilidade
de a mente manter-se em repouso total, mesmo permanecendo alerta durante a
execução de atividades diversas; profundo repouso fisiológico acompanhado de
total alerta mental, estado antes desconhecido pela ciência; maior entrada de
ar nos pulmões, correlação neurofisiológica elevada, isto é, enorme harmonia
entre a mente e o corpo; independência acentuada ou total liberdade do sujeito
para agir, independentemente de qualquer fato externo; disposição de animo equilibrada;
aumento da criatividade e do sentimento de auto-realização; cessação ou
diminuição da ansiedade e, conseqüentemente, das tensões e do estresse; modificações
bioquímicas, como baixos níveis de cortisona no sangue, o que indica uma nova
forma de atividades das supra-renais, fato relacionado à redução do estresse.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"> Essa relação entre fisiologia e
psicologia, que indicam aumento da criatividade e da produtividade, mostra que esse
estado de consciência produz mudanças holísticas, isto é, sob todos os aspectos,
bem como um novo modo de funcionamento do corpo e da mente, anteriormente
desconhecido pela ciência. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"> Novamente cito Jung:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"> -‘Naturalmente é difícil compreender
como essa figura abstrata, a percepção daquilo a que as religiões dão o nome de
Deus, que nada é mais que uma experiência subjetiva, pois na psique do homem,
desperta o sentimento da “mais sublime harmonia”... Contudo esse tipo de
experiência não é, para mim, nem obscuro, nem longínquo. Muito ao contrário:
trata-se de um fato que observo muitas vezes em minha vida de psicoterapeuta...
Conheço um número consideravelmente grande de pessoas que, se quiserem viver,
terão de levar a sério sua experiência íntima... que, para elas, é “tudo” e,
sem a qual não poderão mais viver”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"> Amiga, é fato que a fé profunda pode,
também, produzir efeitos curativos; é como o hipnotizador, que encosta uma
caneta no braço do hipnotizado convencendo-o de que lhe encosta uma brasa;
queima e empola a pele.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"> Veja que tudo isso é possível desde q o
sujeito esteja plenamente convencido de que aquele modo de proceder curará seu
mal fisiológico. Mas, nada tem a ver com aquela experiência que foi denominada
por homens notáveis, como Jung e Einstein, de “experiência de concordância
universal”, uma experiência que elimina o ego e suas ilusões, acaba com a
ignorância acerca daquilo que denominamos “transcendental”, e liberta de todos
os sofrimentos, trazendo felicidade absoluta, despertando um amor quase
incontrolável pelos semelhantes, que sofrem porq ainda não “perceberam”, e
bem-aventurança. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"> Por isso, muitos tentaram ensinar o
“caminho” para chegar aonde haviam chegado, só se calando com a morte; assim,
muitos foram executados por não se calarem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"> Amiga: “O que é a Verdade? “Eu sou o
caminho, a Verdade e a Vida”, Jesus. O caminho está dentro de nós mesmos, neste
Jesus dentro de nós, neste Deus interior, esta força, este Poder imenso?”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"> Cel: essa força, esse poder imenso é uma
verdade que só podemos perceber qdo eliminarmos o ego, causador de toda ignorância
e dos conseqüentes sofrimentos. Esse poder, a que damos o nome de Deus, está em
nós como está em tudo, e somente o podemos perceber/vivenciar depois desse
trabalho difícil da busca de Deus, trabalho que traz “aquela” experiência. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"> Qto às palavras de Jesus, a tradução
correta muda de modo radical a interpretação que, anteriormente, lhe dávamos:
“O <eu> é o caminho, a verdade e a vida; ninguém vai ao Pai senão pelo
<eu>”; esta é a tradução correta, segundo doutores da lei e da língua
judaica.<o:p></o:p></eu></eu></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"> Veja, tb, que Deus não negocia com
ninguém; p ex: se eu agir como, conforme a lei de Deus, devo agir, nada Ele me
dará em troca; não há troca nenhuma.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"> Somente depois de muito trabalho, para
nossa cultura ocidental dificílimo, o buscador elimina o ego e, com este, tudo
o mais de “negativo” que possa existir.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"> A
eliminação do ego produz a experiência de saber quem somos realmente e vamos
perceber, conforme numerosos testemunhos, que “eu e o Pai somos um”. Essa deve
ser a “verdade que liberta”, como disse Jesus, como tb disse: “... e tudo o
mais vos virá por acréscimo”. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"> A experiência religiosa ou mística nada
tem a ver com religião ou com acreditar ou não em Deus. É verdade que a religião
ou crença poderá despertar a motivação para a busca dessa experiência,
sobretudo qdo se percebe q as medicinas, filosofias, psicologias, ciências,
religiões, enfim, q o mundo não oferece a solução definitiva para os
sofrimentos de humanos e não humanos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"> Já vimos q Jung não considerou a “crença”
em Deus como a verdadeira terapia, mas a “experiência” de Deus que,
evidentemente, traz, não uma “crença” em Deus, mas a percepção daquilo que
realmente somos, isto é, “um com Ele”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"> Tudo q lemos a respeito de Deus nada tem
a ver com o Deus do Antigo ou do Novo Testamento, nem com o Deus de qualquer
religião; tudo q se escreveu a respeito de Deus não passam de metáforas,
artifícios usados na tentativa de explicar o inexplicável para a mente humana.
Nem mesmo quem chega “lá”, pelo “conhecer a verdade q liberta”, poderá
explicar, pois não há como se fazer essa comunicação. Por isso, quando
perguntavam ao Buda sobre a experiência, ele respondia: “Essas perguntas são
irrelevantes; venha e veja por si mesmo”, como Paulo tb disse “... e lá vi e
ouvi coisas inefáveis”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"> E isto nada tem a ver com ser crente ou
descrente; não estamos falando de “fé”, mas de experiência que, afinal, traz,
não fé, mas convencimento absoluto. Vc sabe que, como está dizendo, a fé pessoal
no pastor ou sacerdote, naquele objeto sagrado, naquele tipo de oração ou
procedimento, podem curar; contudo, não traz aquela modificação de consciência,
q acompanhará a pessoa até a morte cerebral, embora possa influir sobre isso. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"> Essa é uma “experiência de concordância
universal”, conforme notáveis como Einstein e Jung, lembra-se? Nada tem a ver
com curas produzidas por quem quer que seja, como paranormais, passes etc.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"> E vc está certa; curou o corpo, não a
mente, embora a cura considerada “sobrenatural” possa influir na psique por
muito tempo ou mesmo para sempre. Porém, o curado não teve sua consciência
ampliada ao ponto de se perceber um com Deus. A mente condicionada continua
operando e pronta a outros condicionamentos, como o de crer na cura pela fé. Muitas
curas, como até por orações e sacrifícios podem, apenas, ser como um
refrigerante num dia de calor; o efeito passa e o calor volta.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">.........................................<o:p></o:p></span></div>
conforti1928@hotmail.comhttp://www.blogger.com/profile/03611925017204025239noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-55977584974426048.post-61420349399826554352014-02-03T09:39:00.002-08:002014-02-03T09:39:21.181-08:00A CIÊNCIA CHEGA DEUS<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 345.0pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 345.0pt;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">A CIÊNCIA CHEGA A DEUS: Somos uma só
mente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 345.0pt;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">FÍSICOS QUÂNTICOS:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%; tab-stops: 345.0pt;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">“Embora seja mais fácil acreditar
que, em nosso planeta, há 5 bilhões de mentes individuais, do que acreditar que
só existe uma mente
não-localizada manifestando-se através de todos os seres sencientes, a ciência
moderna leva-nos na direção de uma mente não-localizada, universal, única; em
suma, afirma que só há uma
mente e que somos essa mente, o que a aproxima da concepção de Deus.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">A
MENTE É DEUS<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">CARL
G. JUNG:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">“O
atentar para a Mente intemporal é tarefa redentora para todas as pessoas. Hoje,
essa tarefa é particularmente difícil porque colocamos, no dia-a-dia, nossa
ênfase no fazer, no consumir, nos aspectos práticos, no progresso material.
Como valorizamos o aspecto material, estamos separados dela. O resultado é
patológico: tornamo-nos vítimas de nossos próprios impulsos inconscientes e o
mundo ‘demonizou-se’. Nossa verdadeira tarefa de vida é exatamente o contrário:
tornarmo-nos conscientes dos conteúdos que emergem do inconsciente, criar cada
vez mais consciência; esse o objetivo único da existência humana: acender uma
luz na escuridão do ser, liberar a alma. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"> Seguramente, a alma não é algo
insignificante, repleta de defeitos e imperfeições, como as religiões
ocidentais a consideram; ela é a própria Divindade radiante”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">A
NOVA VISÃO DA CIÊNCIA<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">CIENTISTAS
QUÂNTICOS:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">Se
concordarmos com as implicações da moderna visão do universo dada pela mais bem
arquitetada ciência de nosso mundo, a física quântica, talvez possamos
confirmar as percepções dos visionários e místicos, a visão de que todos nós
somos eternos, infinitos e Um.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">A
REALIDADE PROFUNDA<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">BELL,
físico:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">Bell
mostra que todas as teorias científicas localizadas, isto é, que asseguram que
tudo que sucede, que todas as forças e influências, estão dentro do
espaço-tempo, por mais que pareçam estar certas, sempre deixam alguma coisa de
fora, alguma coisa não explicada pela teoria da localização. Herbert diz que
“Bell, simplesmente não apenas sugere que a realidade é não-localizada (isto é,
a realidade está fora do espaço-tempo, no domínio do atemporal, no domínio
daquilo a que as religiões dão o nome de Deus); ele prova isso, com a clareza e
a precisão do raciocínio matemático. Este aspecto inegável da prova desagrada
aos físicos mais afinados com a realidade localizada”. Bell e outros mostraram
que “nenhuma realidade localizada pode explicar o mundo em que vivemos. Embora
os fenômenos do mundo pareçam estritamente localizados, a realidade subjacente
a esses fenômenos deve ser supraluminosa (isto é, mais rápida que a luz; e uma
velocidade além da velocidade da luz só pode existir fora do espaço-tempo, por
isso é denominada ‘não-localizada’). A realidade profunda do mundo é sustentada
por uma conexão quântica invisível, cuja influência ubíqua (que está em toda
parte) é não-mediada, não-atenuada e imediata’ (isto é, não necessita de coisa
alguma para exercer sua influência, não perde, com qualquer distância que seja,
sua capacidade de influenciar, e influencia instantaneamente).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">(‘Só
a realidade não-localizada pode explicar o mundo, seus fenômenos, objetos,
coisas e mente’. A realidade não-localizada está além do espaço-tempo, no
domínio transcendental, isto é, no domínio daquilo a que as religiões populares
dão o nome de Deus).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">A
UNIDADE DAS COISAS<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">LARRY
DOSSEY, médico e pesquisador:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">“O
aspecto mais proeminente da Realidade Não-localizada é a unidade fundamental de
todas as coisas e acontecimentos. Passado, presente e futuro são ilusões que
projetamos, e não realidades essenciais. Dentro desse contexto de união, o mal
(como a doença) é mera aparência, como tudo o mais, pois faz parte do todo e
está relacionado com o bem. Quando chegarmos a uma compreensão profunda dessa
verdade, os opostos irreconciliáveis nos revelarão sua unidade (amor-ódio, bem-mal,
belo-feio, vida-morte) e começaremos a perceber que há um modo alternativo de
obter essa informação, que não pelos sentidos. Para a maior parte dos
curandeiros (dakotas), entrar no estado de Realidade Não-localizada envolve a
participação num estado alterado de consciência, muito semelhante ao da
meditação ou da oração. Nesse estado, eles vêem a si próprios e aos pacientes
como um só, uma vez que a separação
entre sujeito e objeto é completamente superada. Esse estado de
consciência vai além da usual consideração do real ou irreal, consciente ou
inconsciente, orgânico ou inorgânico, subjetivo ou objetivo, até a totalidade
do ser. O paciente e o ego, simplesmente, não fazem parte do repertório do
curador”, pois, então, tudo é UM).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">ALGO
ALÉM DO UNIVERSO<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">SHELDRAKE,
um notável físico:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">“Tanto
a criatividade como o próprio universo requerem uma explicação. E isso só pode
ser explicado em termos de algo que esteja acima ou além do universo, isto é,
que o transcenda. Isto corresponde à explicação teística tradicional, a qual
postula um Deus que estaria além, acima e no interior da natureza... Eu fico
com essa concepção”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; mso-bidi-font-style: italic;">ENTENDER DEUS<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; mso-bidi-font-style: italic;">CORPUS HERMETICUM.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; mso-bidi-font-style: italic;">A obra ‘</span><span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">Corpus
Hermeticum’, um dos exemplos mais impressionantes de apelo à não-localização
(ao transcendental, ao que está além do ‘eu’), que data de pelo menos dois mil
anos, diz: “A não ser que te faças igual a Deus, não poderás entendê-lo, pois o
semelhante não é inteligível senão pelo semelhante. Cresce até atingires
grandeza além da medida; de um salto (a instantaneidade produzida pela
meditação; a criatividade do salto quântico) liberta-te do corpo (dos
condicionamentos; do ego); ergue-te acima do tempo (penetra no atemporal, na
não-localização), torna-te a Eternidade; então entenderás (perceberás) Deus.
Acredita que nada é impossível (as
infinitas possibilidades de Maharish) para ti; pensa-te imortal e capaz de tudo
compreender, imaginando estares em toda parte, na terra, no céu, na água, no
não nascido, adolescente, velho, morto, além da morte. Se abraçares de uma só
vez, em teu pensamento, tudo isso, isto é, tempos, lugares, coisas,
substâncias, qualidades, quantidades, poderás entender e ser Deus”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"> O autor dessas palavras nos leva para
além de eventos singulares, para todos os eventos; além do aqui, para toda
parte; além do agora, para todo tempo, à eternidade; além do ego, para a
unidade com Deus. E afirma que devemos destruir nossa concepção ilusória de uma
realidade localizada (o ego) se queremos conhecer Deus. Isso não significa
usurpar o poder divino, como alguns pensam e, assim, julgam blasfemas tais
palavras. Para o autor de ‘Hermeticum’, tornar-se igual a Deus é impossível,
porque é impossível vir a ser o que já
se é. Além disso, quando se percebe que o eu individual não existe, que
é ilusão (uma falácia, como dizem Wilber, os místicos e a ciência quântica),
percebe-se, também, que não há quem esteja fazendo a usurpação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; mso-bidi-font-family: Arial;">EINSTEIN E O EU<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; mso-bidi-font-family: Arial;">EINSTEIN:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; mso-bidi-font-family: Arial;">Einstein afirmava, com ênfase, a importância de
acabar com a servidão ao eu pessoal (ego), a importância de acabar com o
sentimento de um eu localizado (no cérebro), numa filosofia decididamente
oriental: “O verdadeiro valor de um ser humano é determinado basicamente pela
proporção e pelo sentido em que ele se libertou do eu (ego)”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">HÁ
UMA SÓ CONSCIÊNCIA<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";">TEILHARD
DE CHARDIN, cientista, filósofo, teólogo e sacerdote da Igreja Católica Romana
afirma enfaticamente em várias de suas obras o que vai abaixo. Esta citação é
de seu livro ‘O Fenômeno Humano’:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"> “Todos nós, todos os seres humanos e
todos os animais, compartilhamos a mesma consciência”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"> Por afirmações como essa foi proibido,
pelo Vaticano, de publicar qualquer pensamento ou concepção sua até o dia de
sua morte.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif";"> (Todo o misticismo e, atualmente, a
ciência mais avançada do mundo asseguram a mesma coisa).<o:p></o:p></span></div>
conforti1928@hotmail.comhttp://www.blogger.com/profile/03611925017204025239noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-55977584974426048.post-17288163146656860382014-02-03T09:31:00.001-08:002014-02-03T09:31:22.612-08:00<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> LUZ INTERIOR <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ‘É
o senhor que opera em nós o pensar, o querer e o fazer.’ (Paulo)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> Conseqüentemente, não há pecados; logo,
por que remorsos? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> Pecado é o que nos distrai a mente e, aparentemente,
nos afasta do caminho. Nele nos demoramos, e a entrada na senda se torna mais remota.
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> Remorso será então o sentimento de
frustração por afastarmos de nós o instante de penetrar na senda. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> Portanto,
o chamado pecado não faz bem, nem faz mal; apenas nos fasta, temporariamente,
da porta que leva ao divino.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> Luz Interior (01/88 jcl)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> Buscar a Luz, missão tremenda que todas as
forças empenha.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> O homem, que a senda inicia, tem que estar
só e, resoluto, avançar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> Não olha para trás, o que foi feito de
bom ou de mau.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> Renuncia aos prazeres e caminha só,
pois poucos, ou mesmo <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> ninguém, o compreendem ou apóiam.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> Tenta vencer, cai muitas vezes, desespera-se,
mas continua.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> O despertar para a luz é difícil e
demanda isolamento e solidão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> Com o objetivo em mente, espelha-se no
exemplo dos heróis, como pode e, errando e aprendendo e acertando, avança.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;"> Quando não mais teme, quando não mais
se impacienta e inveja, quando procura esquecer o ‘eu’, para que o Eu por sua
vez resplandeça, então pode ser
que, eventualmente, a ‘coisa’, num lampejo, o ilumine.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: 150%;">
<span style="font-family: "Verdana","sans-serif"; font-size: 14.0pt; line-height: 150%; mso-bidi-font-family: Arial;">.................................................................................<o:p></o:p></span></div>
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