sábado, 3 de abril de 2010

COMO ENTENDER O CHAMADO (2)

Uma tentativa de compreender as palavras de Jesus, como estão nos evangelhos, de conformidade com o entendimento dos místicos e da filosofia da atual física quântica. Não esquecer que Jesus falou do ponto de vista de um iluminado; por isso, muitas coisas parecem, àqueles que, como nós, ainda estão na escuridão, exageros ou absurdos.

‘Ou Deus ou Mamon'.
Felicidade ou sofrimento? Escuridão ou luz? Seguir os ensinamentos de Jesus ou continuar com os condicionamentos que nos dão interpretação enganosa, ilusória, das coisas do mundo e o conseqüente sofrimento?.


‘O caminho estreito e pedregoso... ’.
Abandonar o velho caminho que já estamos acostumados a percorrer pelo condicionamento em que o ego está mergulhado; nós o supomos mais seguro e suave e de porta mais larga e nele depositamos toda nossa confiança, por ser nosso velho conhecido; e partir para o desconhecido, que nos traz insegurança e medo, mas aí é onde está o novo, a novidade. Tudo aquilo que é conhecido (e o ‘eu’ é tão somente produto do conhecimento) tem de cessar para que encontremos o novo, o desconhecido, o sagrado).

‘Renúncia...’.
Ao pensar, ao modo de conhecer dualista, ao passado e ao futuro, que não passam de lembranças e expectativas, imaginações e suposições, ilusões e opiniões, dissipadoras de nossas energias psiquicas, que devem ser acumuladas para o despontar do ‘satori’, a percepção do sagrado.

‘O Reino de Deus deve ser tomado pela espada’.
Quem não se violentar e destruir o hábito e o condicionamento de pensar, interpretar, conceituar, julgar tudo o que os sentidos apreendem ou que a memória e as associações trazem, não poderá ‘entrar’ no reino; essa entrada exige reserva de energia psíquica que é constantemente dissipada pelas operações mentais: pensamento, imaginação, lembrança, preocupação, expectativas, emoções, raciocínio etc., coisas que não permitem que o cérebro fique em silêncio, coisas que constituem o ego e, como essas coisas devem cessar, temos de fazer cessar o ego, fato que a meditação pode proporcionar.

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