quinta-feira, 17 de outubro de 2013



 (41)  ‘A EXPERIÊNCIA’ de um Evangélico  (Jan2008)
    (Extrato de ‘Despertamento, a ciência de um milagre’).
          
        Charles G Finney, professor e advogado, pregador evangélico, por muitos comparado a Paulo, nem na juventude, nem adulto, dera atenção a assuntos religiosos. Em Adams, cidadezinha onde foi advogar, conheceu e ouviu o pastor Gale, formado em Princeton. Os dois tornaram-se amicíssimos, mesmo não se compreendendo um ao outro; o pastor não conseguia responder a todas as perguntas sobre a religião que pregava, que Finney lhe fazia. A perplexidade do advogado tornava-se cada vez maior diante da aparente incoerência entre as orações dos crentes e a falta de respostas. Oravam e oravam, pediam e pediam, e nada acontecia.

       Finney comentou com alguns vizinhos:
       ‘Desde que assisto aos cultos, vocês têm orado o suficiente para expulsar desta vila até mesmo o diabo, se é que há poder em suas orações. No entanto, vocês ainda continuam orando e se lastimando, como se suas orações nunca houvessem sido ouvidas’. (orações formais não passam de exterioridades; não levam a Deus. O que pode levar a Deus são as orações de recolhimento e de quietude, ensinadas por Tereza de Ávila e místicos).

      Ele viria a aprender, depois, que muitas questões não se resolvem nem com orações, nem com sermões, mas somente por meio do conhecimento pessoal (direto, a experiência mística) daquele em quem está toda sabedoria: Deus.

      Mais tarde, Finney se converteu, e a narrativa desse acontecimento, em muitos sentidos, assemelha-se à de Saulo, na estrada de Damasco. Finney não possuía instrução religiosa, mas era sério, enérgico, inteligente, de mente aberta. Como Saulo, ele também teve sua ‘visão’, e saiu, dessa transformadora experiência, resolvido a abrir os olhos e ouvidos dos demais.

       Em suas próprias palavras:
       ‘Certo domingo, no outono de 1821, decidi resolver, duma vez por todas, a questão da salvação de minha alma e reconciliar-me com Deus. Andava ocupadíssimo, de modo que sabia que jamais conseguiria realizar esse desejo se não me aplicasse a ele com total firmeza de propósito. Estava disposto a pôr de lado, até onde fosse possível, tudo quanto pudesse distrair-me a atenção, e a me dedicar exclusivamente a esse objetivo.

       ‘Nos dois dias seguintes, minhas convicções aumentaram, mas parecia que meu coração se endurecia cada vez mais. Não conseguia orar. A oração não passava de um sussurro e, às vezes, me parecia que, se estivesse sozinho onde ninguém pudesse me ouvir, ergueria a voz e gritaria minhas preces. Tornei-me esquivo, evitando falar com quem quer que fosse...

      ‘Na terça-feira, já estava muito nervoso, e durante a noite me veio uma estranha impressão, como se eu estivesse prestes a morrer. E eu sabia que, se morresse sem me reconciliar com Deus, seria condenado ao inferno, mas procurei acalmar-me o quanto pude até o amanhecer.

       ‘No dia seguinte, saí cedo para o escritório e, pouco antes de chegar, fui desafiado por perguntas que, parecia, vinham de dentro de mim, como se uma voz interior me dissesse: ‘Que está esperando? Não prometeu seu coração a Deus? Porque se esforça? Está querendo alcançar a justiça por você mesmo?’ (porque toda justiça e toda salvação vêm de Deus e não de nosso esforço).

       ‘Nesse momento, abriu-se diante de mim todo o plano de Deus para a salvação do homem, de uma forma que achei muitíssimo maravilhosa naquele instante. Parece-me que vi, então, tão claramente como nunca na minha vida, a realidade e plenitude da obra expiatória de Cristo. Vi que era obra consumada; que em lugar de ter ou precisar de algum esforço ou sacrifício meu para me reconciliar com Deus, eu tinha de me submeter à justiça de Deus, por intermédio do filho. A salvação apresentou-se-me como uma oferta a ser aceita: era plena e completa, e nada mais era necessário senão o meu próprio consentimento para abandonar meus pecados e aceitar Cristo. A salvação, assim me parecia agora, ao invés de ser conquistada pelas minhas próprias obras, devia ser encontrada somente em Cristo, que se apresentava diante de mim como meu Salvador. (pois ‘somos salvos, não por nossas obras, mas pela graça de Deus’).

       ‘Sem perceber, eu tinha parado na rua no momento em que a voz me intimara. Quanto tempo permaneci, ali, sem perceber, não sei precisar; mas depois que aquela revelação nítida ficara já algum tempo em minha mente, pareceu que me foi dirigida outra pergunta: ‘Você o aceitará hoje, agora?’ Respondi: ‘Sim, hei de aceitá-lo hoje, ou hei de morrer na tentativa. ’

       ‘No alto da colina, ao norte da povoação, havia um bosque, no qual eu costumava caminhar diariamente e, em vez de ir para o escritório, caminhei para lá, pois senti que precisava estar sozinho, distante de todo olho e ouvido humano, para que pudesse abrir meu coração para Deus...

       ‘Quando, porém, tentei orar, verifiquei que meu coração não queria orar. Parecera-me que, se ao menos pudesse estar em algum lugar onde, falando em voz alta, não fosse ouvido por ninguém, eu poderia orar livremente; mas, quando tentei, estava mudo, nada tinha a dizer a Deus; quando muito pude proferir umas poucas palavras, e mesmo assim, de forma mecânica. Quando tentava orar, parecia-me ouvir ruído de folhas; então, parava e olhava para ver se alguém se aproximava. Isso aconteceu várias vezes.

       ‘Por fim me vi chegando às raias do desespero. Disse a mim mesmo: ‘Não consigo orar. Meu coração está morto para Deus e não quer orar. ’ Reprovei então a mim mesmo, por ter prometido entregar meu coração a Deus ou morrer. Quando tentava orar, não conseguia. Não havia movimento do meu coração em direção a Deus. Comecei a sentir profundamente que era tarde, que eu devia ter sido abandonado por Deus, que não havia mais esperança para mim.

       ‘Angustiava-me ao pensar na imprudência de minha promessa, de entregar meu coração a Deus naquele dia, ou morrer na tentativa. Embora parecesse que aquele meu voto me comprometia, eu não iria poder cumpri-lo. Veio sobre mim tão grande e profundo desânimo e abatimento, que me senti fraco demais para me agüentar sobre meus joelhos.

       ‘Nesse preciso momento, novamente me pareceu ouvir a aproximação de alguém, e abri os olhos para verificar. Então, me foi claramente revelado que o orgulho de meu coração era o grande obstáculo que me entravava o caminho e não me deixava nem mesmo orar (pois lhe tirava a atenção).  Apoderou-se de tal modo de mim um sentimento esmagador de minha vileza, por me sentir envergonhado pelo fato de que outro ser humano pudesse me ver ajoelhado perante meu Deus, que, a plenos pulmões, gritei que não sairia daquele lugar ainda que me cercassem todos os diabos do inferno. ‘O quê’, eu disse, ‘um miserável pecador como eu, confessando de joelhos meus pecados ao grandioso e santo Deus, com vergonha de que um ser humano, pecador como eu mesmo, me veja de joelhos buscando reconciliar-me com quem tanto ofendi?!’ Esse pecado pareceu-me terrível, infinito, e me arrasou ainda mais.

       ‘Nesse instante, raiou em minha mente, como se fosse um dilúvio de luz, esta passagem da Escritura: ‘Então ireis a mim e a mim dirigireis vossa oração, e eu vos ouvirei. Então me buscareis e me achareis, quando me buscardes de todo o coração’ (isto é, sem receios, numa entrega total). Imediatamente me prendi a essas palavras. Naquele momento, eu estava tão consciente de haver confiado totalmente na verdade de Deus, quanto o estava de minha própria existência. De certa forma, eu sabia que aquela era uma passagem da Escritura, embora eu não tivesse consciência de a ter lido antes. Sabia que era a Palavra de Deus e, por assim dizer, a voz de Deus que me falava. Clamei: ‘Senhor, apego-me ao que dizes; sabes que na verdade eu te busco de todo meu coração, e que aqui vim para clamar a ti, e prometeste me ouvir’.

       ‘Isso parecia encerrar a questão de que eu poderia, naquele dia, cumprir meu voto. O Espírito pareceu dar ênfase a esta idéia no texto: ‘quando me buscardes de todo o coração’. Falei ao Senhor que me apegava à sua palavra; que, por isso, eu tinha certeza de que ele me ouvia a oração e havia de ser encontrado por mim...

       ‘Caminhei calmamente em direção ao povoado. Tão perfeita era minha calma que me parecia que toda a natureza a sentia. Eu fora para o bosque logo após o café, que tomara muito cedo; quando voltei à vila, vi que já era hora do almoço. Eu, porém, estivera de todo inconsciente da passagem do tempo que me pareceu que ficara pouco tempo lá no bosque.

       ‘Fui almoçar, mas não tinha apetite. Fui, então, para o escritório. Tentei tocar meu violoncelo, como costumava fazer, mas assim que tocava e cantava aquelas músicas sacras, de palavras inspiradas, começava a chorar. Parecia que meu coração estava se derretendo; era tal meu estado emocional que não podia ouvir nem minha própria voz cantar sem que minha sensibilidade extravasasse em lágrimas. Admirei-me disso e procurei reprimi-las, mas não consegui e guardei o instrumento...

       ‘Depois do almoço, estive muito ocupado transferindo livros e móveis para outra sala. Minha mente, porém, permanecia naquele estado de profunda tranqüilidade. Havia grande suavidade e amor em meus pensamentos e sentimentos. Tudo parecia correr bem; nada me perturbava ou incomodava.

       ‘Pouco antes de terminar, um pensamento tomou conta de mim: assim que estivesse a sós procuraria orar novamente; não me descuidaria mais da vida espiritual, de modo algum.

       ‘Até a noitinha estava tudo arrumado. Acendi um bom fogo na lareira, esperando passar sozinho as horas noturnas. Ao anoitecer, o Dr. W., vendo tudo pronto, deu-me boa-noite e foi para casa. Acompanhei-o até a porta e ao fechá-la e voltar-me, meu coração parecia estar, novamente, derretendo dentro de mim. Todos meus sentimentos pareciam transbordar, e a expressão de meu coração foi: ‘Quero derramar minha alma diante do Senhor’. Nesse instante, foi tal o arrebatamento que senti, que corri para o quarto, atrás do escritório, para orar.

       ‘No quarto não havia luz nem fogo; contudo, pareceu-me que ele estava totalmente iluminado. Ao entrar e fechar a porta atrás de mim, pareceu-me encontrar o Senhor Jesus, face a face. Não me ocorreu, naquele momento, que aquilo tudo se passava na minha mente. Na verdade, pareceu-me vê-lo como veria qualquer homem. Ele nada disse, mas olhou-me de tal modo que me derrubou a seus pés. Eu sempre havia considerado uma situação dessas como sendo um notável estado mental, mas pareceu-me que ele estava realmente em pé, ali, diante de mim. Caí a seus pés e abri-lhe minha alma. Chorei alto, como criança, e confessei-me como me permitiu minha voz engasgada de emoção. Pareceu-me que lhe banhei os pés com minhas lágrimas...

       ‘Assim que consegui me acalmar, voltei ao escritório e descobri que estava quase totalmente consumida a lenha grossa com que preparara o fogo na lareira. Ao voltar-me, porém, para me sentar à beira do fogo, recebi um poderoso batismo do Espírito Santo. Sem qualquer expectativa nesse sentido, sem jamais ter pensado que tal coisa pudesse me acontecer, sem qualquer lembrança de ter ouvido algo semelhante mencionado por alguém, o Espírito Santo desceu sobre mim de maneira que pareceu atravessar meu corpo e minha alma. Pude ter a impressão de ondas de eletricidade atravessando-me vez após vez. De fato, parecia vir em ondas e mais ondas de amor líquido; não sei de que outra maneira expressar o que senti. Parecia o próprio sopro de Deus. Recordo, claramente, que parecia soprar sobre mim como se fossem asas imensas abanando-me.

       ‘Não há palavras que exprimam o maravilhoso amor que se espalhou em meu coração. Chorei alto, de alegria e felicidade; e, não tenho certeza, mas eu diria que saiam aos borbotões as emoções inexprimíveis de meu coração. Essas ondas vieram sobre mim, e vieram, e vieram, uma após outra, sem cessar, até que, lembro-me de ter gritado: ‘Morrerei, se estas ondas continuarem a cair sobre mim.’ E disse ainda: ‘Senhor, não agüento mais!’, embora não sentisse mais qualquer medo da morte.

       ‘Não sei quanto tempo continuei nesse estado, com esse batismo me envolvendo e me atravessando. Sei que já era bem tarde quando um amigo veio me ver. Encontrou-me em prantos e perguntou: ‘Finney, o que aconteceu? Não está se sentindo bem?’ Durante algum tempo não pude responder. Ele perguntou: ‘E está sentindo alguma dor?’ Dominando-me da melhor forma que pude, respondi: ‘Não, mas estou tão feliz que nem posso mais viver... ’

       ‘Dormi logo, mas logo em seguida acordei de novo por que estava tão repleto de amor, que não conseguia dormir. Logo, dormi de novo, e acordei do mesmo modo. Assim continuei até altas horas.

       ‘Quando acordei o sol já derramava sua claridade no quarto. Palavras não podem exprimir a impressão que essa luz do sol me fez sentir. Imediatamente, o batismo, que eu recebera na noite anterior, voltou sobre mim, e do mesmo modo. Fiquei de joelhos sobre a cama e chorei alto de alegria; permaneci algum tempo de tal maneira arrebatado pelo batismo do Espírito, que nada podia fazer senão abrir minha alma para Deus. Pareceu-me que esse batismo matinal era acompanhado de suave censura; o Espírito parecia perguntar-me: ‘Duvidas?’ Gritei: ‘Não, não duvidarei jamais; não posso duvidar’. Ele então esclareceu aquele assunto em minha mente, de tal modo que era impossível duvidar que o Espírito de Deus controlava todo o meu ser.

       ‘Enquanto eu estava assim, pude entender a doutrina da justificação pela fé como experiência real. Esse assunto nunca impressionara minha mente a ponto de eu considerá-lo, distintamente, como doutrina fundamental do Evangelho. Na verdade, eu nem mesmo compreendia o que significava a passagem: ‘Sendo justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo. ’ Pude ver, então, que no momento em que cri, lá no bosque, que todo sentimento de condenação desaparecera completamente de meu pensamento, e que, a partir daquele instante, eu não mais conseguia, nem me esforçando, sentir qualquer sentimento de culpa ou de condenação por meus atos quaisquer que fossem eles. O sentimento de culpa se apagara, cessara, morrera; foram-se os meus pecados, e eu não tinha mais nenhum sentimento de culpa; era como se eu nunca tivesse cometido qualquer pecado.

       ‘Senti que me achava num estado no qual eu não mais poderia pecar. Ao invés de sentir que eu pecava sem cessar, meu coração estava tão cheio de amor e paz que transbordava. Meu cálice transbordava de bênçãos e de amor, e eu sentia que não mais estava pecando contra Deus. Além disso, nunca mais tive o menor sentimento de culpa pelos pecados que já cometera. ’
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(Para outras experiências da mesma espécie, ver ‘Consciência Cósmica’, de Richard M. Bucke).

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

CARTA AO BUSCADOR DE DEUS

(1)              CARTA AO BUSCADOR   Renovado e atualizado     
ESCLARECIMENTOS iniciais:
Este texto, e os q virão depois, parecerão insossos, sem objetividade e que não explicam a razão da perda de tempo em escrevê-los ou lê-los. Mas, com o continuar da leitura, você poderá perceber os motivos porque estão aqui.
Sugiro que, antes de ler, abandone todos os preconceitos sobre a vida, as crenças, as coisas novas etc. Se não fizer isso, talvez nem aceite seu conteúdo. Todos nós nos dedicamos àquilo que julgamos ser o certo ou ‘o melhor’ e não desejamos perder tempo com outras coisas. Mas, o que consideramos ser o melhor será, com toda certeza, ‘o melhor’?
Outra coisa: se você está satisfeito com o que a vida é para você e os seus; se compreende porque sofremos; não tem problemas fisiológicos, psicológicos ou existenciais; não se interessa em acabar com as dúvidas ou acha que não têm mais dúvidas a resolver, nem leia o que aqui vai escrito, que isso poderá até perturbá-lo. Mas não se esqueça do conselho de Paulo: “Estudai de tudo e guardai o que for bom”.
Os textos não se referem exatamente a religiões, mas guardam relações com elas; e como entre nós a mais conhecida é a cristã, as citações apresentadas, em geral, se ligam a ela.
Leia com calma; use a atenção, questionando sempre e com vontade de compreender.
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CARTA AO BUSCADOR
Se você não compreende esta vida tão cheia de problemas e incertezas, mas tem uma mente questionadora e está interessado em buscar respostas para tantas dúvidas que temos sobre a vida, a morte, por que estamos aqui, a razão do sofrimento etc. respostas que, pelo que parece, nem a ciência, nem qualquer crença, religião, psicologia ou filosofia nos dão de modo que nos deixem definitivamente sem quaisquer dúvidas, talvez porque nem elas as conheçam integralmente, leia os textos que aí vão.
Neles não estão as respostas, mas está indicado o caminho para encontrá-las e para, eventualmente, levar você a um objetivo maior: àquilo’ a que damos o nome de Deus.
São textos baseados em experiências de homens sérios que se dedicaram a investigações sobre o porquê da vida, as causas do sofrimento, o lugar do homem neste universo sem fim. Hoje, cientistas quânticos e psicólogos transpessoais pesquisam esses assuntos e têm encontrado respostas que trazem sérias implicações para as concepções que temos sobre Deus e a vida, respostas semelhantes às visões do misticismo milenar.
Até os físicos de nossa ciência mais avançada, a física quântica, nos asseguram, como os místicos, que o esquecimento do ‘ego’, na meditação, é a única coisa a se fazer para que o ser humano se liberte de toda ignorância e sofrimento e chegue à percepção do ‘sagrado’, que não temos ainda porque estamos dominados por interpretações equivocadas que provocam ilusões.
Os textos foram escritos com o único objetivo de tentar mostrar que a única saída da escuridão da ignorância e do sofrimento em que estamos é a percepção do divino, a experiência mística, a percepção de que cada um de nós é o próprio Absoluto, como os místicos sempre afirmaram, e Jesus, também, ao dizer: ‘Eu e o Pai somos um’.
Como os místicos, cientistas afirmam que estaremos voltando sempre para novas vidas (não me refiro à volta do “eu” individual), e sabemos, por pesquisas de instituições sérias e independentes, que, quanto maior o número de pessoas que meditam, o mundo será melhor. Logo, se mais pessoas meditam, encontraremos, em nossos retornos, mundos melhores.
Estes assuntos devem ser divulgados ao máximo, como você vai perceber após leitura cuidadosa.
Em face da concordância com resultados da física quântica, hoje a meditação é praticada no Ocidente por milhares de pessoas, psicoterapeutas, cientistas, religiosos e estudantes, porque se percebeu que a própria ciência, durante séculos crítica severa das ‘religiões’, agora explica, com provas irrefutáveis, muitos dos conceitos e visões de mundo alcançados pela meditação praticada pelos místicos orientais e ocidentais.
Os sábios afirmam que toda virtude é forçada, falsa ou apenas imitação, enquanto não se tem a ‘experiência de Deus’, que pode ser alcançada através da meditação e, muitíssimo raramente, de modo espontâneo.
Pesquisadores afirmam que ‘o que falta, hoje, no cristianismo, é o conhecimento de que se pode passar da teoria e da doutrina para a percepção direta daquilo que a doutrina fala, isto é, para a percepção direta de Deus’ que, segundo Carl G. Jung, ‘é a experiência mais sublime e importante na vida do ser humano... ’ e, também palavras de Jung, ‘na medida em que, por essas experiências, se aproximam do divino, as pessoas se afastam da maldição da patologia’, isto é, se livram das doenças. Como afirmou o Cristo, ‘Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará’, e o Buda, ‘A iluminação é o fim de todo o sofrimento’.
O cristianismo primitivo era, como se deduz desta leitura, essencialmente místico; buscava a ‘ligação’ consciente com ‘Deus’, no silêncio da mente, sem a necessidade da intercessão de ninguém. Aí deve estar uma das razões porque há tanta reação, entre nós ocidentais, para a aceitação do misticismo, pois este mostra que não precisamos de qualquer intermediário entre nós e Deus, enquanto as religiões ocidentais nos fazem crer que sempre necessitamos da intermediação de religiões, ‘santos’, sacerdotes, pastores, gurus, espíritos protetores etc.
Os místicos afirmam, como já dito acima, que as virtudes, como a humildade, o amor ao próximo etc., a ética real, são prematuras, forçadas ou apenas imitações antes dessa experiência, pois as virtudes genuínas só vêm como resultado do ‘despertar’.
Assim, afirma Gurdjeff, místico russo: “É extremamente difícil encontrar, no mundo, um verdadeiro cristão, pois como pode alguém amar por mandamento?” (mandamento = ordem, obrigação; ou por medo de sofrer castigos por não obedecer aos mandamentos?). “Isso é absurdo; mas é o que a igreja cristã manda. Com o tempo, a igreja adotou o amar sem a capacidade de fazê-lo porque foram esquecidas as práticas que devem preceder o amar. Assim, é insensato usar o nome de cristão”.
Vê-se, nestes textos, que quanto mais próximos estamos da percepção ‘daquilo’ a que denominamos Deus, mais distantes dos problemas fisiológicos, psicológicos e existenciais, e que a religião, no Ocidente, tem sido usada, erradamente, como meio de formação moral e não como, no cristianismo primitivo, meio de busca de Deus; para a ação social, que é exterior, em vez de para a experiência de Deus, que é interior; para servir a Deus em vez de ser usada para sentir o ‘gosto’ de Deus.
São Simeão assegura que, sem essa experiência, os cristãos continuarão nas alucinações e fantasias da cristandade e nunca chegarão à percepção do sagrado, cujo caminho Jesus ensinou, mas as igrejas cristãs, parece, esqueceram ou não entenderam. Como afirmam os sábios, aquele que não tem essa percepção é ainda subumano e sua vida é fútil, sem sentido e, quase sempre, cheia de incertezas, ignorância, conflitos e sofrimentos.
Todos os textos merecem ser analisados. Infelizmente, nós, ocidentais, não damos valor às palavras dos chamados ‘iluminados’ pois, se déssemos, não agiríamos como agimos: a religião, em geral, tem sido só para o culto semanal, para certas cerimônias e para momentos de crise. Muitos se ligam a religiões, mas essa ligação é, quase sempre, muito superficial; dificilmente alguém segue, fielmente, os ensinamentos dos sábios que deram origem a elas. Veja se não é isso o que acontece conosco e em torno de nós.
Um exemplo: aquela que deve ser a recomendação mais importante do mestre Jesus, ‘Buscai, em primeiro lugar, o reino de Deus, que o demais vos virá por acréscimo’ não é seguida. É isso que fazemos, ou buscamos, em primeiro lugar, a satisfação de nossas necessidades existenciais de segurança material, poder, prestígio, riqueza, afeto, sexo, beleza, entretenimento etc.?
Se você é um buscador sério, sincero, de mente aberta, vai se beneficiar com esta leitura. Mas, para abordar estes assuntos, é preciso abandonar todos os preconceitos. Estes são o maior obstáculo no caminho. Lembre-se do conselho do apóstolo Paulo: ‘Estudai de tudo e guardai o q for bom!’.
Aqueles que já ‘compreenderam’, alertam para o fato de que um dos mais delicados problemas que aquele que busca tem de enfrentar pode ser o reconhecimento de que sofrerá resistências acerca das idéias e experiências que poderá vir a ter, pois suas crenças e concepções mais fundamentais sobre a vida poderão vir a ser tremendamente questionadas até por ele mesmo.
Os documentos tratam daquilo que é mais importante para a humanidade e que, mesmo inconscientemente, todos nós buscamos mas, por ser inconsciente essa busca, vamos atrás de satisfações-substitutas que não levam a nada, pois são apenas ilusões.
Às vezes vai parecer que estamos fugindo do assunto principal, mas isso é necessário para ‘separar o joio do trigo’ em tudo que está em nossa mente, ali depositado pela cultura, costumes, tradições, suposições, ilusões, crenças, religiões etc., durante toda nossa vida.

Alguns dos textos sintetizados:
- ‘A ignorância do homem’ – Ensaio sobre as eternas perguntas do homem, que permanecem sempre sem respostas; suas dúvidas, medos e sofrimentos.
- ‘Além da Mente’ – Físicos quânticos, psicólogos transpessoais, psicoterapeutas e outros falam da realidade da meditação como único caminho para se ir ‘além do ego’, além do espaço-tempo e, assim, poder chegar àquilo a que damos o nome de Deus.
- ‘A Bíblia Revisitada’ – Leva-nos a pensar que aquilo que os hebreus, no Velho Testamento, afirmavam ser o Deus único, poderia ser apenas interpretação equivocada. Leia com atenção e a Bíblia aberta. A razão deste documento é mostrar uma possibilidade que nem sequer imaginamos e que tem sérias implicações para este estudo.
- ‘Redescobrindo a Alma’ – O cristianismo dos primeiros tempos. Mostra que aquilo que as religiões ocidentais pregam hoje quase nada tem a ver com o cristianismo primitivo. O que Jesus ensinou é o mesmo que o misticismo oriental ensina desde há milênios.
- ‘Diário de Krishnamurti’ – Seis meses da vida deste sábio, com lições para um relacionamento mais harmonioso entre os seres humanos, o que pode trazer, à mente do homem, a tranqüilidade necessária para a tentativa da meditação.
- ‘O ensinamento Zen’ – Instruções para preparar nossa mente para as tentativas de se chegar ao ‘satori’ (iluminação).
- ‘Os Níveis da Consciência’ – Estudo sobre as psicologias do Ocidente e das tradições místicas do Oriente, mostrando que não são antagônicas, mas complementares, e que as práticas místicas podem nos levar à iluminação.
- ‘Meditação Transcendental’ – Pesquisas feitas por psicólogos, antropólogos, médicos, psiquiatras, físicos e outros cientistas, em conceituados laboratórios independentes, em várias partes do mundo, sobre esta meditação, hoje praticada inclusive em mosteiros cristãos. As conclusões são impressionantes.
- ‘A Igreja Romana e o Cristianismo’ – Impressionante estudo de Rui Barbosa, um dos mais fiéis historiadores, sobre a desfiguração causada à doutrina cristã pelos papas de Roma, que abraçaram o poder temporal e se esqueceram do espiritual dos Evangelhos. Não há qualquer intenção de denegrir a igreja romana, mas a de mostrar que ela pode ter falhado, deixando os fiéis cheios de ilusões, dúvidas e esperanças.
- ‘A Visão da Nova Física’ – As enormes mudanças, na visão de mundo, trazidas pela nova física, mudanças que se refletem em todas as áreas de conhecimento e atuação do homem, incluindo as ciências em geral, a medicina, a psiquiatria, a psicologia e as ’religiões profundas’.
- ‘Redescobrindo a Alma’ – Uma exortação para os homens se abrirem para a tradição perdida que, hoje, está sendo redescoberta pela mais avançada ciência do planeta.
- ‘A Consciência do Universo’ – Prova, através de revelações da ciência quântica, que a Consciência Una, à qual damos o nome de Deus, é que cria o universo material, e que não é, como a ciência clássica sempre julgou, a matéria do cérebro que cria a mente ou consciência. Ensina, também, a realidade de que a meditação pode nos levar a estados de consciência, ainda desconhecidos pela ciência ocidental.
- ‘Extratos Convenientes’, do livro ‘O Tao da Física’, uma das obras mais fascinantes da atualidade. Os físicos, investigando os átomos e suas partículas, não conseguiam entender os tremendos ‘absurdos’ que os experimentos lhes mostravam, o que só foi possível com o ‘auxílio’ das tradições místicas orientais que, antes, eram consideradas, pelos cientistas ocidentais, como se fosse crendices ou patologia. Faz um paralelo entre a ciência moderna e o misticismo milenar, mostrando que ambos, ciência e ‘religião’, hoje, têm idêntica visão de mundo e podem se dar as mãos.
- ‘Zen, o Caminho Direto’ – Aqui, talvez, esteja o ápice das instruções para a busca de ’Deus’, contidas em ‘Zen Budismo’, ‘Introdução ao Zen’, com apresentação de Carl G. Jung, ‘Budismo Zen’ e ‘O Caminho Direto’.
- ‘O que Jesus realmente ensinou’ e ‘Como entender o chamado’ são tentativas de interpretar as palavras do sábio judeu conforme o misticismo e as novas revelações da ciência.

Todos os textos tentam mostrar que a única saída da escuridão da ignorância em que estamos é a percepção do divino através da meditação, que era prática do cristianismo primitivo.
Como disse um humilde sapateiro, Jacob Boheme, místico cristão, ‘Enquanto o Cristo não nascer dentro de você, você permanecerá na escuridão de um estábulo, entre fezes e urina’.
E são palavras esquecidas de ministros do cristianismo primitivo: ‘Meditação é a coisa mais importante que a humanidade tem a fazer’.


Analise, divulgue e, sobretudo, medite.