segunda-feira, 29 de agosto de 2011

NOVOS COMENTÁRIOS A "PROVAS CIENTÍFICAS - NÃO SOMOS OS CONSTRUTORES DE NOSSO DESTINO"

Resposta a um amigo:


Vc colocou:

“Analisando a colocação feita, somos levados a entender que são as experiências que passamos que modelam nossa personalidade tanto física como a espiritual e que estas experiências nos chegam independentes de nossa vontade de vivenciá-las ou não (até aqui estamos em concordância), sugerindo que as conseqüências por elas trazidas, impõe-nos um modelamento somente pela força destas experiências, excluindo a ação de nossa vontade, de nossa forma de assimilarmos, enfim, de aprendermos de acordo com nossa escolha.

Cel: amigo, não há uma “exclusão” de nossa vontade, de nossa forma de assimilar ou da possibilidade de escolher. Mas, vamos refletir: de onde vem nossa vontade? Da percepção de q é verdadeiramente necessário usa-la fazer isto ou aquilo, de nos modificar, se for o caso, certo? E essa percepção surge de onde? De nossa observação dos fatos da vida, q se realizam sobre nós e os demais, concorda? Então, nossa vontade tb vem das experiências do dia-a-dia da vida. Ou de onde viria? Nossa força de vontade vem da convicção e da compreensão q adquirimos observando a vida. Por isso, para uns ela será mais intensa do q para outros; daí as desigualdades, sendo uns mais fortes, outros mais fracos nesse aspecto.

E de onde vem a compreensão de que devemos escolher fazer ou ser isto ou aquilo? Do nada, ou das experiências da vida, das lições q a vida continuamente nos ministra?

Amigo:

“Seria a negação do livre-arbítrio e a aceitação do automatismo e da casualidade universal, onde a consciência do Espírito perderia totalmente o valor e o propósito da sua existência”.

Cel: vc entendeu bem. Mas, o q é o livre-arbítrio? Vc escolhe ou decide fazer isto ou aquilo, sem se basear em nada? Simplesmente estala os dedos, joga um cara-ou-coroa e, com isso, decide e faz?! Ou vc se baseia no conhecimento q já possui, naquilo q já aprendeu ou já viveu, no conhecimento obtido através das experiências ou lições q lhe dão compreensão correspondente ao nível de aprendizado em q está nesta escola, do bem e do mal, q é a vida? Analise.

Amigo:

“E, ai, teríamos que aceitar que Deus joga dados... e teríamos que rever todos os nossos conceitos sobre a base da DE”.

Cel: amigo, além do espaço tempo, além deste mundo de relatividade, é até mesmo absurdo imaginar q exista qualquer jogo, certo? Contudo, para nós, tudo é incerto e impermanente: saúde, desejos, afetos, sucessos, dinheiro, beleza, felicidade tudo! Vc tem plena e total certeza do q pode acontecer no próximo minuto? De q dormira em casa esta noite? Do q será o amanhã, o próximo mês, o próximo ano? Ninguém tem certeza e por isso todos esperam q o amanhã seja melhor q o hoje; apenas “esperam”, porq certeza ninguém tem! Analise e verá q só podemos ter certeza absoluta de duas coisas; a primeira é q, irremediavelmente, a morte está à nossa frente; a segunda, é q não temos certeza de mais nada. Observe o mundo! Lembre-se do tsunami. Quem, entre aqueles milhares de vítimas, imaginaria q aquelas praias, cheias de vida e sol, de repente se transformariam em palco de tão grande tragédia?!

Para nós, deste “lado”, a vida não passa de um verdadeiro “jogo de dados”, q mais nos faz perder do q ganhar! Essa incerteza sobre, e essa impermanência de todas as coisas são exatamente a base sobre a qual o Buda criou sua filosofia. A ciência moderna tb tem esse mesmo entendimento.

Qto a rever nossos já enraizados conceitos, analise: há cem anos surgiu a nova física, trazendo revelações, a princípio consideradas absurdas e q muito perturbaram os cientistas e dividiram a ciência em “antes” e “depois”. Revelações q só foram compreendidas com a ajuda de conhecimentos vindos das experiências de místicos q, mesmo sem os sofisticados meios de pesquisa de q dispõe nossa ciência, haviam chegado, séculos ou milênios antes de nossos cientistas, a conclusões iguais ou semelhantes às da ciência de agora. Descobertas surgiram q exigem, sim, a revisão de muitos conceitos e a manifestação das religiões a respeito do papel e da posição do homem no universo, antes desconhecidos; no entanto, cem anos passados, nenhuma religião ou filosofia se manifestou a respeito. Talvez, isso se deva ao receio do impacto q as novas descobertas causariam entre os adeptos; ou, talvez, ao receio de terem de mudar suas premissas básicas.

Um abraço.



domingo, 28 de agosto de 2011

NÃO SOMOS OS CONSTRUTORES DE NOSSO DESTINO - COMENTÁRIOS

Amigos,


Sobre o assunto “Prova científica – Não somos os construtores de nosso destino”, coloco abaixo, primeiro, parte da msg inicial e, depois, na ordem em q foram recebidos, alguns comentários.

O amigo, q enviou o texto referido na msg inicial deste tópico, disse:

“A ciência, só agora, começa a descobrir o que a Huna* já ensinava há mais de cinco mil anos... Agora fica mais fácil entender a prática da Huna e seus efeitos”.


Texto (Parte inicial):

“Como diz a física qüântica, o que existe no mundo são processos de relação e não aquele mundo material e externo ao observador em que se acreditava segundo a física clássica. Veja a notícia:

“O DNA pode ser influenciado e reprogramado por palavras e freqüências.... etc etc.........”.


1°. (comentário: Cel):

“Amigo, muito interessante seu email; agora muitas coisas q muitos não conseguiam explicar e das quais duvidavam ou interpretavam de modo diferente, podem ser compreendidas. Agora, podemos mais compreender aquilo q já dizíamos antes: que somos o q somos porq os fenômenos e as influências de todas as espécies q são exercidas sobre nós, enfim, a vida, nos modela, no dia a dia, de instante a instante. Podemos repetir o q sempre colocamos: não somos nós os construtores de nosso destino; as inumeráveis experiencias e influencias da vida, são elas q nos fazem ser o q somos”.


2º. (comentário: um amigo):

“Na verdade, se vc pode reprogramar, meu caro, somos SIM os construtores do nosso destino. Como Kahuna*, te digo isso por experiência própria”.


3°. (Cel):

“É verdade; podemos reprogramar em parte q a programação q a vida realiza sobre nós, nos leve a isso, isto é, nos ensine como realizar isso...”.


4° (amigo):

“É, essa é uma noticia muita boa para quem acha fácil falar e difícil fazer. Só que o título contraria o texto. Se nós podemos alterar as mensagens do código genético através da aplicação de uma energia que podemos controlar e este (código) dá diretrizes às nossas vidas, estaremos, sim, manipulando o nosso destino, portanto, edificando nossa existência e sendo responsáveis pelo resultado - causa e efeito lei universal e imutável, ou não!?”.


5° (Cel):

“Analise, amigo, onde ou como vc adquiriu esse conhecimento de q pode alterar seu código genético? De onde lhe vieram essas informações? Vc chegou a essa conclusão sozinho, isto é, por vc mesmo? Ou foram as informações trazidas das experiências do dia-a-dia desta escola do bem e do mal, q é a vida, q levaram vc a conhecer e compreender tudo isso?

Observe: onde adquirimos os conhecimentos q nos fazem agir deste ou daquele modo? Onde adquirimos as virtudes ou os defeitos q temos? Nós já os trazemos em nossa natureza, ao virmos ao mundo? Nós mesmos, por nossa vontade e à força, os colocamos em nossa natureza ou em nosso íntimo? Não éramos maus e quisemos nos tornar maus?! Não éramos bons e quisemos nos tornar bons?! Será verdade q uns são bons e outros maus, porq quiseram ser assim?

Se não são as inumeráveis influências exercidas sobre nós pelas tb inumeráveis experiências/lições pelas quais passamos na vida q nos fazem ser bons ou maus, honestos ou desonestos, humildes ou orgulhosos, solidários ou egoístas, perversos, exploradores e “humilhadores” de nossos semelhantes etc, o q nos faz ser assim?”. Onde aprendemos a ser virtuosos ou viciosos?

Na mesma escola para onde somos trazidos para aprender a nos libertar das imperfeições é q aprendemos a elas nos prender!


(* Kahuna = aquele q pratica a Huna, q faz cessar o sofrimento alheio, aquele que tem compaixão. Huna = amor, compaixão).

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sábado, 27 de agosto de 2011

PROVA CIENTÍFICA - NÃO SOMOS OS CONTRUTORES DE NOSSO FUTURO


Amigos,

Muito interessante o q vai abaixo; leiam com atenção. Se essas informações correspondem, verdadeiramente, a comprovações científicas, coisas q muitos não conseguem explicar, ou das quais duvidam ou q as interpretam de modo diferente, podem ser compreendidas. Agora, podemos melhor compreender aquilo q já dizíamos antes: que somos o q somos porq a vida, os fenômenos, influências de todas as espécies q são exercidas sobre nós, nos modelam no dia a dia, de instante a instante. Podemos repetir o q sempre colocamos: não somos os construtores de nosso destino; as inumeráveis experiências e influências da vida, são elas q nos fazem ser o q somos.

O amigo q enviou o texto, comentou:

“A ciência só agora começa a descobrir o que a Huna (?) já ensinava há mais de cinco mil anos... Agora fica mais fácil entender a prática da Huna e seus efeitos”.

Texto:

“Como diz a física quântica, o que existe no mundo são processos de relação e não aquele mundo material e externo ao observador em que se acreditava, segundo a física clássica. Veja a notícia:

“O DNA pode ser influenciado e reprogramado por palavras e freqüências vibratórias. O DNA humano é uma Internet biológica e superior, em muitos aspectos, à artificial. A mais recente pesquisa científica russa, direta ou indiretamente, explica fenômenos como a clarividência, a intuição espontânea, cura a distância, auto-cura, as técnicas de afirmação, a aura em torno de pessoas, influência da mente sobre padrões físicos (por ex: climáticos) e muito mais. Além disso, há evidências de um novo tipo de medicina nas quais o DNA pode ser influenciado e reprogramado por palavras e freqüências sem remover ou substituir um único gene.

Apenas 10% do nosso DNA são usados para construir proteínas. São esses 10% q interessam às pesquisas da ciência ocidental e estão sendo examinados e categorizados. Os outros 90% são considerados “DNA lixo”. Os investigadores russos, no entanto, convencidos de que a natureza não é estúpida, juntaram linguistas e geneticistas em uma aventura para explorar os 90% de “DNA lixo”. Seus resultados, descobertas e conclusões são simplesmente revolucionários! Segundo eles, nosso DNA não é apenas responsável pela construção do nosso corpo, mas também pelo armazenamento de informções. Os linguistas russos compreenderam que o código genético, especialmente nos 90% aparentemente inúteis, seguem as mesmas regras que todas as nossas linguagens humanas. Para este fim, compararam as regras da sintaxe (a forma em que as palavras são unidas para formar frases e sentenças), a semântica (o estudo do significado nas formas de linguagem) e as regras básicas da gramática.

Descobriram que os alcalinos de nosso DNA seguem uma gramática regular e realmente estabelecem regras, como as das nossas linguagens. Assim, aparentemente, as linguagens humanas não surgiram aleatoriamente, mas são reflexo do nosso DNA inerente.

O biofísico russo e biólogo molecular Pjotr Garjajev e seus colegas exploraram também o comportamento vibracional do DNA. Assim, conseguiram, modular determinados padrões de frequência sobre um raio laser e, com isso, influenciaram a frequência do DNA e, desse modo, a própria informação genética. Desde que a estrutura básica dos pares alcalinos do DNA e da linguagem são iguais, nenhuma decodificação do DNA é necessária.

Pode-se simplesmente usar palavras e sentenças da linguagem humana! Isto, também, foi provado experimentalmente! A substância viva (DNA no tecido vivo, não in vitro), sempre reagirá aos raios laser modulados na linguagem e até às ondas do rádio, se as freqüências apropriadas estiverem sendo usadas.

Isso explica, finalmente e cientificamente, por que as afirmações, o treinamento autógeno, hipnose e similares podem ter efeitos tão fortes nos humanos e seus corpos. É perfeitamente normal e natural para o nosso DNA reagir à linguagem e a vibrações. Enquanto os pesquisadores ocidentais cortam genes simples das fibras do DNA e os inserem em outra parte, os russos trabalharam entusiasticamente nos artifícios que podem influenciar o metabolismo celular através das adequadas frequências moduladas de rádio e luz e assim reparar defeitos genéticos.

O grupo de pesquisa de Garjajev conseguiu provar que, com este método, cromossomos danificados por raios-x, por exemplo, pode ser reparados. Eles capturaram padrões de informação de um DNA particular e os transmitiram para outro, reprogramando assim as células para outro genoma.

Assim, transformaram, com êxito, por exemplo, embriões de rã em embriões de salamandra, simplesmente ao transmitirem os padrões de informação do DNA! Desta forma, toda a informação foi transmitida sem quaisquer dos efeitos secundários ou desarmonias encontrados quando se extrai e se reintroduz genes simples do DNA. Isto representa, para o mundo, uma revolução sensacional! Tudo isto pela simples aplicação da vibração e da linguagem, em vez do procedimento de abrir e cortar! Este experimento demonstra o poder imenso da genética, que, obviamente, tem uma influência maior na formação dos organismos do que os processos bioquímicos das seqüências alcalinas.

Os mestres esotéricos e espirituais conheceram, por eras, que o nosso corpo é programável pela linguagem, pelas palavras e pelo pensamento. Isto foi agora provado cientificamente. É claro que a freqüência tem que a ser correta. E é por isso que nem todos podem fazê-lo sempre com êxito. O indivíduo deve trabalhar nos processos internos e na maturidade, a fim de estabelecer uma comunicação consciente com o DNA. Os pesquisadores russos trabalham em um método que não depende destes fatores, mas que funcionará desde que se use a freqüência correta.

Descobriram tb que nosso DNA pode causar padrões perturbadores no vácuo, produzindo assim buracos de minhoca magnetizados! (Buracos de minhoca são os equivalentes microscópicos das assim chamadas Pontes de Einstein-Rosen na vizinhança dos buracos negros (deixados pelas estrelas extintas). Estes são conexões entre áreas totalmente diferentes do universo, através das quais a informação pode ser transmitida para além do espaço e do tempo. O DNA atrai essas unidades de informação e os transmite à nossa consciência.

Eles irradiaram amostras do DNA com raio laser. Na tela, um padrão de onda típica foi formado. Mas, quando removeram a amostra de DNA, o padrão de onda não desapareceu; permaneceu. Muitas experiências de controle mostraram que o padrão ainda vinha da amostra removida, cujo campo de energia permaneceu, aparentemente, por si mesmo. Este efeito é agora chamado “efeito de DNA fantasma”.

Sabemos, agora, que assim como na internet o nosso DNA pode alimentar seus dados apropriados para a rede, pode chamar os dados da rede e podemos estabelecer contato com outros participantes da rede. A cura à distância, telepatia ou “sensibilidade à distância” sobre o estado de pessoas etc pode ser explicado.



Fonte:

http://averdadeaqui.wordpress.com/2011/06/18/dna-pode-ser-influenciado-e-reprogramado-por-palavras-e-frequencias

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

TERESA DE ÁVILA - ORAÇÃO DE RECOLHIMENTO E ORAÇÃO DE QUIETUDE

Amigos,



Alguém afirmava q, nas orações, pode-se perceber “algum determinismo" e perguntava se elas atingem seus objetivos.


Vamos refletir: se existe um determinismo, os q oram e as orações q contêm pedidos, estão tentando destrui-lo, certo? Essa é a uma crença das doutrinas: q se pedirmos contritos, Deus modificará seu "plano", o processo q está em andamento (q significa q modificará, de algum modo, o universo, ou o movimento irresistível universal, da vida e de tudo o mais) para nos atender.


Orações discursivas não têm qualquer significado, senão o de nos levar a refletir ou a nos lembrar de determinadas necessidades nossas. A oração deve ser em silêncio externo e interno, sem quaisquer súplicas ou agradecimentos, ou promessas de se modificar (promessas não passam de "negociação" com Deus: "se eu fizer assim e assim, Tu me darás o q peço?", ou "se Tu atenderes minhas súplicas, prometo q farei assim e assim!"); é, exatemente, como se considerássemos Deus um comerciante q tem todas as respostas e possibilidades de nos atender, desde q, em troca, lhe paguemos com a moeda de nosso esforço de nos transformar para melhor.


A verdadeira oração é sem desejos, sem visualizações, sem esperar nada em troca, nenhuma vantagem ou ganho; sem lembranças do q fizemos ou deixamos de fazer, ou do q desejamos fazer; sem esperanças de q as tristezas e sofrimentos cessem ou sejam atenuados; mente silenciosa, livre de pensamentos; a oração é uma entrega em total desprendimento, uma abertura pela qual a luz possa vir a entrar.


Contudo, todos estas considerações devem estar esquecidas, senão a mente/ego estará operando e se tornando mais forte qdo, o q temos de fazer é, exatamente, enfraquecê-la e, afinal, anulá-la de modo q cesse totalmente seu comando sobre nós; temos de operar de modo que nos esqueçamos de "tudo", inclusive de nós mesmos. A oração só pode ser produtiva, se não estivermos mais “ali”, pois qdo não estamos, Deus está! "Ou eu, ou Deus". "Aquieta-te e sabe: eu sou Deus!". Aquiete a mente/ego e vc, afinal, saberá q é Deus, e não vc, q está se manifestando.


Esse sempre foi o entendimento dos grandes; assim, como outros, Teresa de Ávila, "santa" e doutora teologal da igreja romana (q, por pouco, não foi executada pelo fogo da Inquisição por ensinar coisas q a igreja não ensinava), afirmava a necessidade de "duas" orações: a "oração de recolhimento", na qual se deve recolher, esconder, esquecer tudo, pensamentos, desejos, dores, lembranças, remorsos, expectativas... esquecer-se de si mesmo... oração q, se bem feita, resultará na "oração de quietude" (a primeira depende de nós; a segunda, só se realiza “automática” e naturalmente, pois independe de nós, mas do fato de a primeira ser bem feita); na oração de quietude, a mente entra em silêncio total; não há pensamentos e, se estes não existem, não existe tb ego e... estamos "lá".


Relembrando: "ou eu/ego, ou Deus".






sexta-feira, 19 de agosto de 2011

COMO SUPERAR O EGO.


Um amigo perguntou: “quem aqui superou o ego?” Essa pergunta mostra qual é a visão ocidental, totalmente desmentida pelas escolas de meditação tradicionais. O ocidental julga isso utopia, idealismo, ou realizações de um passado longínquo, constante apenas das histórias dos povos e das religiões. Mas não é assim.

E, mesmo se aqui no Ocidente há quem tenha superado o ego, como podemos vir a saber, já q eles se revestem de total e natural humildade? A transformação é interna e, muitas vezes, não se mostra exteriormente, senão pela convivência, através de seus exemplos e obras que, evidentemente, muitos, talvez a enorme maioria, não chegará a conhecer.

Porque as lições do sábio Jesus persistem por mais de dois mil anos, conhecidas de muitos, e influenciam os homens até hoje? Pelo fato de Jesus, por conhecer a verdade, haver produzido coisas extraordinárias, os chamados milagres, que o transformaram num messias falado, procurado, respeitado e, talvez, sobretudo temido. E pela ajuda que Paulo propiciou ao cristianismo, divulgando a boa nova por muitas partes do mundo então conhecido. Não fossem os milagres do Mestre e o trabalho de Paulo e de outros apóstolos, talvez o cristianismo e, conseqüentemente, as doutrinas dele advindas, já estivessem totalmente esquecidos ou ficassem restritas apenas àquelas regiões.

E, mais, a pergunta não deve ser “quem superou o ego”, mas sim “quem está tentando superar o ego”. Para muitos, os preconceitos impedem que penetremos com profundidade no pensamento místico e ficam tentando superar o ego, através de um sem número de encarnações, usando de esforço no treinamento do amor e da caridade. Esse “método” lhes trará, ainda, intensos sofrimentos e percalços, pelo fato de terem de passar por todas as vicissitudes das vidas, como assegura a doutrina espírita. E, tudo isso, se deve ao fato de o ego ainda estar operando, nos enchendo de ilusões que são obstáculos na nossa caminhada. É o ego/ eu/ mente ou consciência localizada no cérebro de cada um, que, com suas ilusões nos despertam egoísmo, orgulho, medo, ciúmes, enganos, ódio, desejos obscuros, dúvidas, enfim, todo o sofrimento do mundo, coisas que só cessarão quando cessar o ego. Mas, antes mesmo dessa total cessação do ego, aquele que está tentando superá-lo, vai abrindo os olhos e ouvidos, adquirindo uma mais eficiente compreensão do mundo e, em conseqüência, mais independência, mais liberdade e uma maior dose de felicidade. Como sua compreensão se alarga, muitos dos males do mundo já não o afetam, como afetavam antes.

O objetivo de todas as criaturas, mesmo inconscientemente, é esse: superar, ir além do ego finito e chegar ao infinito que é a Consciência Una ou Deus. Ligar-se à fonte de onde emanou. E como essa busca é inconsciente, o homem tenta superar sua sempre teimosa necessidade (pois sempre sente que tem necessidade de mais e mais e nunca está satisfeito com o que tem, porque nunca encontra o que procura, que é o conhecimento da verdade) se valendo de satisfações substitutas, como o afetos, pseudo-amor, poder, prestígio, felicidade, vícios sem conta, apegos, e tantas coisas mais que não levam a lugar nenhum, senão a minúsculas e efêmeras vitórias. E assim segue sua vida, cheia de preocupações, medos, remorsos, emoções, culpas, ansiedades, desejos, esperanças, para falar apenas dos sofrimentos mais leves.

O homem se agarra a essa vida sem sentido (e sempre buscando um sentido para ela, busca que o enche de mais ilusões porq faz a busca errada), sem objetivos, apenas por desconhecer outros modos de ser, de viver, além desse círculo vicioso de repetições sem fim dos mesmos erros, culpas e crenças, pois desconhece outro modo de viver, de como sair dessa armadilha, pois está totalmente condicionado pelas ilusões do mundo. Desconhece que a saída está na eliminação do ego, q poderá vir pelas tentativas de meditação silenciosa.

Fiquem em Deus.



quinta-feira, 18 de agosto de 2011

COMO PERDOAR SEMPRE?

Perdoe sempre


Um amigo me enviou um pps (“Perdoe sempre”) dizendo-o maravilhoso, q comento abaixo. O texto do pps está numerado; e, os comentários, estão em seguida à palavra Cel.

1. quem feriu vc, já feriu e já passou; lá na frente encontrará inevitável retorno e será ferido tb.

Cel: será verdade esse retorno? A Lei pune pelos erros?! Pois são todos eles fruto da ignorância, não? Quem conhece a Lei e conhece q existe um retorno, porq a transgredira, porq ferirá alguém?! O q pode ser considerado, equivocadamente, punição nada mais será do q se o erro ou o dano cometido, de algum modo, o atingir. O agente q burlou a Lei não teve condições, esperteza, malícia, rapidez, convenientes para se esquivar do dano produzido; nada mais.

2. o q importa mesmo é o q vc sentir e, o mais importante, o q ainda sente: mágoa, ódio, desejo de revidar...

Cel: e como não sentir, se nossa natureza ainda é essa de sentir? Todos, em geral, dizem “o que fazer” mas, ninguém, nem as religiões e doutrinas, ensinam o mais importante: o “como fazer”. Podemos, à força ou por treinamento, aprender como não sentir,ou como não desejar revidar, ou não sentir rancor?

3. Vc percebe q esses sentimentos foram escolhidos por vc? Nós escolhemos o q sentir diante das ofensas...

Cel: discordo totalmente; nós não somos donos de nossas escolhas; é como se esta escola do bem e do mal, q é a vida, com todas as influências exercidas sobre nós, vindas de todas as inumeráveis experiências/lições q nos ministra, no dia-a-dia, escolhesse por nós. Não somos os construtores de nosso caráter, inteligência, discernimento, sentimentos, desejos etc e, portanto, de nosso destino; somos o q a vida, com todas as suas lições, faz q sejamos, instante a instante. Assim afirmou o místico Paulo: “É o Senhor q opera em nós o pensar e o fazer” e, como q complementado tais palavras, pois por elas não erramos senão pelo q a vida nos ensina, mas assim mesmo existe sofrimento, tb disse: “Não é por vossas obras q sereis salvos, mas pela graça de Deus”. A própria ciência mais avançada do mundo, hoje concordando com o misticismo milenar, assegura: “a escolha não é nossa!”; e místicos: “aquele q pensa q escolhe é imaturo; está ainda no jardim da infância do espírito e, dificilmente, chegará à graduação universitária”.

4. somos responsáveis pelo q sentimos. Essa responsabilidade tem a ver com Amor q devemos ter e sentir por nos mesmos...

Cel: como coloquei no item 3, não somos responsáveis, nem culpados, por nenhuma escolha, decisão ou ato q praticamos e, por isso, dizem os mestres: “É tão absurdo castigar um malfeitor, qto premiar um benfeitor”. Isto é, eles apenas fazem o q a vida os leva a fazer. E como se dizer q “devemos” ter amor, inclusive por nós mesmos?! Esse amor por nós mesmos não passa de fruto do egoísmo q, por natureza, ainda possuímos. Dizer-se “devemos”, isto é, q ter amor é dever ou obrigação, não passa de ignorância da realidade. Cada um é o q é e, à força, não consegue mudar essa realidade. Podemos substituir o desamor q está ainda em nossa natureza, à força ou por vontade própria, por amor q não está ainda em nossa natureza?! Só o podemos fazer exteriormente; nosso íntimo continuará sendo aquilo q nossa natureza é. Mostraremos, exteriormente, apenas uma pseudo-virtude, imitação dos exemplos dos grandes, interesse de atender aos conselhos e regras éticas dos mandamentos ou de nossa crença pessoal; portanto, apenas encenação (q, é evidente, beneficiará o próximo, mas nenhum passo nos levará na direção da perfeição ou Deus) e, muitas vezes, pelo receio das conseqüências futuras (com q as religiões, com boas intenções, continuamente, nos ameaçam e iludem). Mas, será apenas um amor falso e, muitas vezes mesmo com interesse de conquista de méritos para um futuro mais feliz.
O verdadeiro amor é ainda desconhecido pelo mundo: é espontâneo, natural, não tem direção, não raciocina, nem pesa as conseqüências; é apenas, amor.

5. (responsabilidade) tudo passou, mas o q ficou aí dentro de vc? Mágoa, ódio, jogue fora...

Cel: como sempre, novamente aqui, aconselham “o q fazer” (“jogue fora!”) mas, nunca, o “como fazer”. A mágoa q sentimos, o ódio, o desejo de revidar, ficam entranhados em nossa natureza e, somente, com a compreensão profunda do q é a vida, não só conosco e com os nossos, mas com todos os humanos e não humanos, é q poderá vislumbrar, em nossa consciência/mente/ego,essa compreensão; é ela q nos trará a certeza que o mundo (filosofias, psicologias, tradições, culturas, ciências, crenças e religiões) não tem solução para os problemas, sofrimentos e males da vida. Então é q, eventualmente, qdo surge em nós enorme desencanto pelos atrativos do mundo, e por sua incompetência de trazer felicidade duradoura, partimos para a busca verdadeira.

7. por seu próprio bem perdoe sempre...

Cel: perdoe sempre, como Jesus disse “não sete vezes, mas setenta vezes sete vezes”. E como fazer isso, se não temos amor em nossa natureza, em nosso coração? Somente, forçando nossa própria natureza mas, isso, como vimos, é apenas uma pseudo-virtude, um amor forçado, um perdão forçado. É apenas uma “regra de bem-conviver”, como todos os líderes, de cujas palavras os homens convencionaram religiões, tentaram implantar no seu povo, visando a um mais harmonioso relacionamento entre as criaturas já tão sofridas, sobretudo naqueles tempos em q os poderosos e discricionários eram a lei, em q imperava a ignorância; esse foi o objetivo de Moisés, de Jesus, de Maomé e outros. São apenas “regras de bem-conviver”, não “regras de salvação”.

8. mude seu destino, seja comandante de sua nau, escolha o melhor caminho para sua viagem...

Cel: esse deve ser sempre o desejo de todos os homens: construir o próprio destino, como considerar mais conveniente e vantajoso para si mesmo, certo? Contudo, sabemos como fazer isso? E, aqui, novamente, se diz o q “devemos” fazer, mas nunca “como” fazer.

9. perdoe como Jesus perdoou os q o crucificaram...

Cel: aqui, parece q se diz "como fazer", mão não é nada disso. Es não devemos esquecer q Jesus foi um iluminado; todos seus atos e ensinamentos são de acordo com o ponto de vista dos iluminados; os homens consideram absurdos os conselhos de oferecer a outra face, abençoar os inimigos, perdoar sempre etc. É evidente q não estamos prontos para agir assim, mesmo tendo Paulo afirmado: “A sabedoria de Deus é loucura para os homens, como a sabedoria dos homens é estupidez para Deus”.

Há tantas msg lindas, textos, lições inspiradores, q nos acalentam e trazem esperanças; contudo, são apenas ensinamentos incompletos, se os tomarmos como “regras para a salvação”.

Um abraço.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

A AÇÃO CORRETA

COMO PRATICAR A AÇÃO CORRETA




(de Vernon Howard).


O homem não tem a mínima idéia do que quer fazer consigo. Ansioso para fazer algo, mas sem a menor idéia do que seja esse algo, daí as ações mecânicas que repete sempre. A ‘única’ ação benéfica (correta) difere totalmente da ação nociva (incorreta) dos desejos distorcidos ou ambições que só servem ao ego. (Quando você já pratica a ação correta, porque já está de olhos abertos porque analisou e questionou sobre as coisas da vida e, não encontrando respostas definitivas para suas dúvidas, está se perguntando e as está buscando, você não tem mais desejos distorcidos ou ambições, pois que o ego já foi afastado; você não está mais ali).


Só obtemos a ‘intuição suprema’ (a experiência de Deus) ao percebermos que precisamos apenas permitir que as ações sejam feitas para nós (isto é, ao nos entregarmos, sem expectativas, ao que vier, pois q elas vem espontaneamente. Essa questão de permitir ou não, não existirá mais). Essa rápida intuição vem quando nos despojamos do ego (que é o único obstáculo à percepção do que e de quem realmente somos) e estamos dispostos a permitir que o eu verdadeiro (a quem damos o nome de Deus) viva sua natureza ‘através’ de nós.


Se você (isto é, o ego) fizer algo, acontecerão enganos. Se nada fizer (isto é, se o ego não mais está ali, e, portanto, não mais interfere), não haverá enganos. Isso não é renunciar a coisa alguma valiosa. É encontrar o valor autêntico (é SER o valor autêntico e, por isso não mais existe algo a que renunciar; você já É AQUILO). O medo do homem (antes de chegar lá) é que muitas coisas (ruins, incorretas, nocivas) lhe aconteçam (pois está deixando para trás o ego que é quem, aparentemente, raciocina, planeja, acerta e erra e você pensa que ele é quem decide); assim, você pensa que não pode deixá-lo, (senão o que você será? Uma marionete?). (Mas não é nada disso. Coisa alguma lhe acontece. (O que você com sua decisão, medo de errar e de se frustrar, faria acontecer, é a mesma coisa que então acontece, mas não há mais medos de errar e se frustrar, e nem responsabilidades ou culpas). Talvez seja (não deveria dizer ‘talvez seja’ e sim afirmar que ‘é’) a coisa autêntica para o Eu verdadeiro.


Precisamos ficar cansados (desencantados) dos velhos medos e tédio para dar inicio à ação correta (ficamos desencantados, pois verificamos, então, que as coisas nas quais acreditávamos e depositávamos confiança, apego, das quais dependíamos, são incertas e impermanentes e, portanto, inseguras, não merecedoras de nossa confiança). A ação correta começa, portanto, com o abandono do falso ego (eu). Não precisamos planejar ou calcular a ação correta (acontecerá por si mesma, por ser, agora, da própria natureza daquele que abandonou o ego).


Isso abre caminho para a ‘ação sem pensamentos condicionados’. Esta é sempre autêntica (não há mais pensamento, planejamento, dúvidas ou receios de se está certa ou errada).


Tudo acontecerá como deve acontecer se deixamos de ter idéias preconcebidas (isto é, se o ego condicionado não interfere com seus medos e dúvidas ou incertezas) do que deve acontecer.


(Todas as soluções já estão dentro de nós, na Supermente. “O reino de Deus está dentro de vós”). Tempo virá que você não mais temerá estacionar (medo de estar ‘pecando’, de não estar cumprindo as leis de Deus e, por isso, de não estar avançando na sua evolução). Verá que já ‘chegou’ lá e que sempre esteve lá (apenas não tínhamos o percebimento disso). Só praticará ação correta (que era o que aconteceria mesmo que relutássemos contra ela, por a julgarmos erradas; a diferença está em que agora você sabe que é correta e não lutará para corrigir o que antes não achava correto e tentava corrigir (e por isso sofria).


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sábado, 6 de agosto de 2011

Conhecer a Verdade é Libertar-se

Conhecer a Verdade‏



Podemos saber o q é a verdade pelos depoimentos e testemunhos de muitos, q vêm de séculos antes de Jesus, místicos, sábios, “santos” e, hoje, cientistas quânticos. Seus depoimentos são perfeitos e idênticos para todos q passaram pela experiência da união com o q chamamos de Deus. Assim, cientistas notáveis, entre eles Einstein, denominaram essa experiência de “experiência de concordância universal”, pois em qualquer tempo ou lugar em q tenha ocorrido é idêntica para todos, apenas sendo diferentes nos relatos devido às culturas diferentes.


Coloco a seguir trecho de texto q preparei a respeito:


“Pesquisadores cristãos afirmam que “o que falta, no cristianismo de hoje, é o conhecimento de que podemos ir além da teoria e da doutrina; que podemos passar para a percepção direta”, vejam bem, “percepção direta”; podemos perceber, diretamente, aquilo de que a doutrina fala. Isto é, podemos ter a percepção direta de Deus. Esse conhecimento existia no cristianismo dos primeiros séculos, mas a igreja cristã se esqueceu de divulgar.


Jung, o famoso psicoterapeuta, disse que essa “é a experiência mais importante e sublime na vida do ser humano”. E, prestem atenção a estas outras palavras de Jung:


“O fato, que tenho comprovado numerosas vezes, em meu consultório, é que a experiência de Deus é a verdadeira terapia e, na medida em que as pessoas por ela passam, se afastam da maldição da patologia”.


Perceberam? Quanto mais próximos estamos de “sentir” Deus, mais longe nós estamos das doenças do corpo e da mente”.


Alguém isse:


“Não conheço a Verdade, se conhecesse não estaria aqui nesta dimensão...”


Cel: estaria, sim, nesta dimensão. Para todos os q a conheceram lhes desperta um amor quase “insuportável” (depoimentos) pelos semelhantes que sofrem exatamente por não conhecê-la (“... e a verdade vos libertará”). Então, tentam ensinar aos demais o caminho q já conhecem (“... a luz sobre o velador, para q ilumine a todos”), só se calando qdo a morte chega. Assim, Jesus e outros, dos quais está cheia de exemplos a história da Idade Média, q relata a execução de muitos por não se calarem.


Temos exemplos bem recentes de homens q, por isso, foram punidos pela igreja de Roma. Dos mais recentes: Teilhard de Chardin, filósofo, cientista etc e sacerdote da igreja, condenado pelo Vaticano a ficar calado até o dia de sua morte, por afirmar q todos nós, humanos e não humanos, somos uma só consciência; mais perto de nós, ainda vivo, Leonardo Boff, sacerdote católico, expulso da igreja por dizer, entre muitas outras coisas, q podemos alçar o vôo da águia e não voando sempre rente ao chão, como as galinhas. Do mesmo modo, lá no passado, os amigos devem saber, Galileo Galilei, cientista e astrônomo, deveria ser condenado à execução pelo fogo, por sua descoberta sobre o heliocentrismo, o q contrariava as informações bíblicas de q a Terra era o centro fixo do universo; afirmava q tudo, inclusive a Terra, se movia em torno do Sol; só não foi executado porq, frente ao tribunal do Santo Ofício (Inquisição) se retratou. Diz a história q, qdo deixava o tribunal, afirmou a seus amigos: “no entanto, é a Terra q se move”.


Uma amiga:


“... se eu a conhecesse e realmente acreditasse nela eu seria completa, jamais faria qualquer coisa que pudesse ferir o próximo ou a mim mesma... somos todos ainda tão imaturos. Se conhecêssemos realmente a Verdade, seriamos bastante e profundamente humildes e o amor brotaria de nossas mãos e de nossos olhos de forma pura, inteira, magnânima”.


Cel: isso é uma verdade absoluta; o conhecer a verdade transforma o homem velho, no “novo homem”, citado por Jesus; essa é a verdadeira “ressurreição”: morre o homem velho e um “novo homem” entra em cena, de natureza totalmente diferente. Como vc disse, está completo, pleno (“... tudo o mais vos virá por acréscimo”); nunca nem mesmo poderia pensar sequer em magoar o próximo, pois sua natureza é amor incondicional.


Amiga:


“... a Verdade, lembre-se que por conhecê-la e amá-la, jamais a possuirá, porque creio que a Verdade é livre e não é de ninguém”.


Cel: amiga, a verdade não é de ninguém; mas, quem a conhece está livre de todas as algemas, de todas as dependências; é a bem-aventurança e conhece sua verdadeira identidade com a Consciência Universal, ou Deus (“eu e o Pai somos um”).


Abraços a todos.


(17) O QUE JESUS REALMENTE ENSINOU

O QUE JESUS REALMENTE ENSINOU


Infelizmente, os mais importantes ensinamentos de Jesus não são divulgados pelas igrejas cristãs. Nestas, ensina-se sobre a vida desse homem iluminado, mas quase nada sobre aquilo que ele tentou fazer com que os discípulos e o povo compreendessem. Não me refiro àqueles ensinamentos q objetivavam a um mais harmonioso relacionamento entre os seres humanos (regras de bem-conviver), mas àqueles para a conquista da realização espiritual (regras de salvação). Ele ensinou sobre o reino de Deus e como conquistá-lo, enquanto as igrejas cristãs ensinam mais sobre sua vida e sobre o que fazer para q os homens interajam com mais harmonia. No correr dos séculos, interpretações erradas ou seleção indevida dos ensinamentos de Jesus, fizeram com que seus ensinamentos chegassem, aos homens, de maneira deturpada. Tanto isso é verdade que ministros cristãos chegaram a afirmar que “pelo cristianismo de hoje, ninguém chega a Deus”; que “a igreja cristã falhou, por estar fazendo a humanidade ocidental caminhar contra uma muralha, sem conseguir dar um passo na direção do Criador”. E, o que é mais grave: que a igreja se preocupa mais em levar aos fiéis “os fatos da história da vida de Jesus” e suas recomendações para q os homens vivam mais tranqüilos e se esquece de seus ensinamentos mais importantes: aqueles q podem levar ao reino dos céus. Esquecem-se ou desconhecem essa diferença entre essas duas espécies de suas lições?


As igrejas cristãs ensinam a adorá-lo, a ajoelhar-se a seus pés, a lhe dar glórias e agradecimentos, a fazer-lhe culto e súplicas quando, o que devem fazer, de muito maior importância, é transmitir, aos homens seus ensinamentos.


Jesus teve o percebimento de que ele era a própria divindade, “eu e o Pai somos um”. Compreendeu, então, e ensinou que o caminho é para dentro, para o interior do próprio ser humano, e mostrou isso ao afirmar, de modo claro, que “o é o caminho, a verdade e a vida”, “ninguém vai ao Pai senão pelo ”, como igualmente ensinaram outros, entre eles S. Agostinho ao dizer que, depois de muito procurar por Deus, nas coisas do mundo, foi encontrá-lo dentro dele mesmo.


Do mesmo modo, Teresa de Ávila dizia ser absurdo buscarmos Deus fora de nós, nos céus; que devíamos, antes, procurá-lo dentro de nós mesmos, pois é em nossa alma que o Senhor habita, como Paulo falou: “Vós sois o templo do Altíssimo”, “O Senhor habita em vossos corações”.


Jesus ensinou a nos fecharmos em nós mesmos (nada de fora a nos perturbar) e, em segredo, isto é, em silêncio total, inclusive mental (em “oculto”), “orarmos” ao Pai que, em “oculto” nos ouve; contudo, essa oração não é aquilo que imaginamos ser. Como ensinou Teresa de Ávila, doutora teologal dos católicos, é a “oração de recolhimento”, na qual se recolhem todos os sentidos, lembranças, expectativas, enfim, todas as operações mentais; se bem realizada, entra-se na “oração de quietude”, na qual há total silêncio mental; o cérebro, a mente, cessam sua ação e o ego/eu/mente individual se afasta. E, quando o “eu não é, Deus é”. O único obstáculo para a aproximação do divino é o ego, com todas suas idiossincrasias (maneira própria de sentir, de compreender; lembranças, expectativas, ilusões, crenças, ignorância, remorsos, emoções, culpas, desejos, medos), que poluem a consciência localizada (individual), não permitindo que se perceba a divindade que em nós habita.


Jesus disse: “ninguém vai ao Pai senão pelo eu”, e “o Eu é o caminho, a verdade e a vida”, isto é, no “eu” está o caminho, que é, pois, para dentro de nós mesmos; aí está a verdade e a vida. Ele falou também: “não direis que o reino está ali ou acolá, pois o reino de Deus já está dentro de vós”, como tb disse Paulo: “não sabeis que sois o templo do Altíssimo e que o Senhor habita em vossos corações?”.


As igrejas esqueceram esses ensinamentos e se ativeram à história da vida de Jesus, não transmitindo as coisas profundas que ele tentava ensinar. No cristianismo primitivo, o cristianismo dos primeiros séculos, o objetivo primordial da religião era “re-ligar” a criatura ao Criador, isto é, levar o ser humano à união pessoal com Deus, através daquelas orações, que a “santa” Teresa de Ávila, ensinou, mas que, por uma extensa gama de fatores, a igreja, esqueceu de ensinar, entre outras coisas importantes.


Na “oração de recolhimento”, devemos ‘recolher’ todas as nossas faculdades, como lembranças, expectativas, imaginações, desejos e emoções, e os sentidos, pois tudo isso é apenas obstáculo à oração. Se a oração de recolhimento for bem feita, resultará na “oração de quietude”, isto é, na quietude total da mente e do cérebro, que, então, sem nada que os perturbe ou ‘polua’, ficam em total silêncio. Ocorre, daí, na mente, um total vazio, com a possibilidade de vir a ser preenchido por aquilo a que damos o nome de Deus. Como disse Ken Wilber, “o vazio que você vê quando olha atento para dentro de você, para o nascedouro dos pensamentos pode, num relâmpago, mostrar a Realidade” e, como João da Cruz ensinou: ‘Na escuridão, a luz’.


A oração de quietude nada mais é que a “meditação” dos tempos antigos e atuais; exige a preparação, que consiste no recolhimento, ou cessação, sem esforço, de qualquer movimento mental. Cessando o movimento mental, sobrevirá a quietude do cérebro, cessa a interferência do ‘eu’ e, como afirmou o profeta dos Salmos, “Aquieta-te e sabe: eu sou Deus!”, isto é, quando o ego é afastado de nossa percepção, o que percebemos é o próprio Deus. “Quando o eu não é, Deus é”. O obstáculo que nos impede a percepção do divino é, portanto, nosso próprio ego, nossa mente localizada, com todo o seu conteúdo condicionado.


Para conseguir esse estado de silêncio, é necessário que o pensamento, e tudo o mais que passa pela mente, cessem, e a atenção é fator decisivo para esse fim. A primeira lição, de Teresa de Ávila, sempre repetida às noviças, era “atenção! atenção! atenção!”, ao momento presente, sem lembranças, ressentimentos ou remorsos acerca do passado, e sem devaneios, sonhos ou expectativas, desejos e imaginações acerca do futuro. Daí ter Jesus ensinado que “a cada dia basta seu cuidado” e que não nos preocupássemos com muitas coisas, já que “os lírios do campo e as aves do céu nem fiam nem plantam”, mas têm o abrigo e o alimento necessários, supridos que são pelo eterno e único supridor.


Um dos principais ensinamentos do iluminado, tanto que muitas vezes exorta-nos sobre isso, foi sobre a importância da atenção. Nesse sentido, a parábola das virgens insensatas; a do servo fiel, que aguardava a volta do patrão, e outras mais. Jesus enfatizou, sobremaneira, a realização do reino de Deus (“buscai o reino de Deus”) afirmando que ele já está dentro de nós (“não direis: ‘ei-lo aqui’, nem ‘ei-lo acolá’ porque o reino de Deus está dentro de vós”); que a percepção dessa realidade é a coisa mais importante que o ser humano tem a fazer (“o demais vos virá por acréscimo”), tanto que devemos, até mesmo, abandonar tudo o mais para ter esse percebimento. Assim, as parábolas do comprador de pérolas e a do homem que encontrou um tesouro no campo e se desfez de tudo q tinha para comprar aquele campo...


Fez ver que esse tesouro é mais importante que tudo o mais, a nada se comparando, em particular quando aconselhou a “busca-lo em primeiro lugar”, porque, encontrado o reino, a iluminação, “tudo o mais virá por acréscimo”. Assim tb disse, àquela q desejava acompanhar o pai ate seus últimos dias: “Deixa q os mortos enterrem seus mortos”, como tb, em relação aos atrativos do mundo e à opinião dos demais: “Que te importa a ti? Segue-me tu!”


Disse, também, quando, pregando na sinagoga, lhe falaram que sua mãe e irmãos o procuravam: “Quem são minha mãe e meus irmãos? Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem as minhas palavras e as cumprem”, isto é, aqueles que buscam Deus pelos caminhos q ele já havia trilhado; esses seguiram seu conselho, são de sua mesma natureza, perceberam o que ele percebeu, realizaram o reino em si mesmos e, desse modo, compreenderam e podem também ensinar aquilo que ele ensinou (são da mesma família).


Também, em afirmações aparentemente absurdas, disse que, para essa busca, se preciso for, devemos “abandonar pai e mãe” e que ele “não veio trazer a paz, mas a espada”, numa indicação de que aquele que deseja encontrar o ‘reino’ deve se violentar nos costumes e apegos, e não fazer o que o homem comum faz, porque, como Paulo ensinou, “a sabedoria de Deus é loucura para os homens, e a sabedoria dos homens é estupidez para Deus”.


Jesus ensinou, também, que o homem e Deus são um só ser, uma só mente, quando afirmou que “eu e o Pai somos um”, como também Paulo dizendo que somos “co-herdeiros” do reino e que somos iguais a Jesus, pois “se nós não ressuscitarmos, nem Jesus ressuscitou”. Paulo: “Já não sou mais eu quem vive; é o Cristo q vive em mim”.


Jesus era um iluminado, isto é, um homem que percebeu que ele e o Pai são um só. Como todos os iluminados, Jesus não se calou e se dedicou a ensinar ao povo como chegar, também, a essa realização. Muitos não compreenderam suas parábolas e seu sermão, pois ele falava do ponto de vista daquele que se realizou. Assim, a estranheza despertada por sua recomendação de se oferecer a outra face, de dar também a capa, de orar pelos que nos fazem o mal, de perdoar setenta vezes sete vezes os que nos ofendem. Nada disso é estranho para um iluminado; ele já compreende e ama sem condições pois, pela iluminação, teve despertados o amor incondicional, a compaixão, um amor quase insuportável pelo mundo, conforme depoimentos de outros.


Também, exortou a todos que estão abrindo os olhos e ouvidos, que não escondam a luz sob o alqueire, mas a coloquem sobre o velador, para que ilumine a todos, isto é, ensinem aquilo q já conhecem de bom, a fim de que, todos os que ainda estão na escuridão da ignorância da verdade, tenham a mesma percepção que ele teve. Dela advém a compaixão, e pela compaixão, ante os sofrimentos e conflitos sem fim do ser humano, muitos enfrentaram a morte por não se calarem, tentando levar aos demais a bem-aventurança que a experiência lhes trouxe, assim como ensinar-lhes o caminho para realizá-la.


Essa experiência, que coloca o homem em seu lugar no universo, mostrando-lhe que “eu e o Pai somos um”, é a experiência que, no dizer de Jung, representa o “sumum bonum” para quem a teve, nada mais lhe sendo necessário, pois “o demais lhe veio por acréscimo”. Como o Buda afirmou, “a iluminação é o fim de todo sofrimento” e Jesus: “conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”.


Em diferentes épocas e lugares, os homens que “perceberam” afirmaram que a vida só tem significado quando se chega ao verdadeiro auto-conhecimento (Conhecei-vos a vós mesmos e sereis deuses), isto é, ao conhecimento de nossa verdadeira identidade com o Todo. Por isso, a afirmação dos iluminados de que, enquanto estamos na escuridão, isto é, na ignorância do que somos, por não termos chegado ainda ‘lá’, não passamos de seres incompletos, e que a vida só tem significado quando temos a experiência de Deus (Teresa de Ávila: “tudo o mais é lixo”, se comparado com essa realização; Maharresh Maharish Yoge: “sem essa realização somos meramente subumanos”; Krishnamurti: “a vida só tem significado qdo chegamos ‘lá’’).


O sermão da montanha e muitas palavras de Jesus, como os mandamento de Moisés são, apenas “regras de bem-conviver”. As “regras de salvação” estão em apenas poucas lições, felizmente preservadas nas escrituras mesmo apesar de ser modificada, à conveniência de poderosos, por séculos; estas “regras de salvação” foram ditas com a compreensão que aqueles q “perceberam” conquistaram, isto é, do ponto de vista de quem se iluminou; assim, muitas de suas recomendações são interpretadas de modo equivocado e, por isso, consideradas absurdas.


Por motivo de crença, as religiões populares exortam os seus fiéis a obedecerem ou a tentarem obedecer aos preceitos tidos como “a palavra de Deus”. Naturalmente, aquele que segue tais ensinamentos se sente seguro e feliz, pois, se tem fé, está convencido de que, após a morte física, será recompensado, pois é essa a promessa das doutrinas.


Essas religiões apregoam a necessidade de adorar e louvar o Deus único; de obedecer, sem questionamento, as regras impostas aos fiéis como se fossem, no dizer dos pregadores, a palavra do Senhor. Afirmam mesmo que, se alguém não crê ou não aceita a Jesus como o seu Salvador, estará perdido para sempre, sem possibilidade de remissão (como o chefe da igreja de Roma que afirmou, recentemente, que somente dentro de sua igreja está a salvação). Esquecem-se, é evidente, de que na sua própria escritura sagrada está a epístola do porta-voz do cristianismo, Paulo, que além de recomendar “estudai de tudo e guardai o que for bom”, reza que somos iguais a Jesus, como as tradições místicas do Oriente, que afirmam que já estamos desde sempre salvos, pois, é Deus que “opera em nós o pensar e o fazer”; assim, não há, evidentemente, do que nos salvarmos. Paulo, também, afirmou o mesmo ao ensinar que “não somos salvos por nossas obras, para que não nos vangloriemos, mas pela graça de Deus”.


Analisem...


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sexta-feira, 5 de agosto de 2011

MEDITAÇÃO – PORQ TENTAR?

EDITAÇÃO – PORQ TENTAR?



Amigos,


A tentativa de meditar é, nada mais, do que uma tentativa de permanecer, totalmente atento, exatamente no aqui - agora; observem que o ego (o causador de todos os sofrimentos e males do mundo) não “funciona” no presente/presente; e que nós só podemos operar com nossos sentidos no presente/presente; o pensamento nunca está no presente mas, ou no futuro imediato ou distante, ou no passado imediato ou distante; ao passo q nós, ninguém, vê, ouve, cheira, saboreia, toca em algo, senão no presente, nunca no passado ou no futuro; nossos sentidos só agem no agora e no aqui. Assim, quando há total atenção na ação de cada sentido, o ego não está presente (espírito perfeito + ego = homem iludido; homem iludido – ego = espírito perfeito). Krishnamurti, Yogananda, Teresa de Ávila, João da Cruz, Nisagardatta, Benoit e outros enfatizam sobremaneira a atenção: quando a atenção ao presente é total não nascem pensamentos; e, não havendo pensamentos não há ego. Aconselham-nos a fazer, assim (me parece que está num texto do “máscarasdedeusforumeiros”): atenção total às diferentes partes do corpo, sentir cada centímetro, sentir os pontos onde há tensão, pontadas, leves dores, mais sensíveis, a testa, o couro cabeludo, boca, a nuca, indo descendo, assim, até a sola dos pés; se essa atenção é desviada por um ruído, luz, o que for, sinta o ruído, a luz, o q for, com total atenção; depois, retome a atenção às partes do corpo; fique atento a tudo, inclusive, ao ruído do carro ou do avião que passa, a tudo, às paredes da sala, aos móveis, às cores das roupas das pessoas, mas, sempre voltando às partes do corpo; tudo com atenção total. Diz Nisagardatta que, se se consegue, nas primeiras práticas, permanecer totalmente atento por 2 ou 3 minutos, já é uma vitória. Todos esses exercícios, como os de Ramana, de atenção ao “eu sou”, têm o mesmo objetivo: tirar o comando da mente/ego e seus pensamentos de sobre nós, e o assumirmos. Como, no Bhagawad Gita, a Sublime Canção da Imortalidade, Arjuna, representando o homem, diz, consternado, para Krishna, q representa Deus: “Senhor, como dominar a mente? Ela é como um cavalo selvagem!”, e Krishna lhe responde: “Sim, é difícil, mas não é impossível!”. À medida que se fazem mais e mais tentativas, deve acontecer que o tempo de atenção melhore e, quando se consegue atenção completa por tempo mais longo (?) sente-se que, naqueles intervalos, o ego se foi. Então, entra-se em contato com o próprio eu, espírito puro e perfeito que sempre foi; percebemo-nos identificados e nos confundimos com o Espírito que sempre fomos, mas que o ego não nos permitia perceber. Quanto mais exercícios, mais avançamos na tentativa de meditar.


Abraços a todos.






quinta-feira, 4 de agosto de 2011

A PRESCIÊNCIA DE DEUS

A PRESCIÊNCIA DE DEUS


Fala-se muito sobre a “presciência de Deus”. As doutrinas, como as cristãs, asseguram sua Onisciência, isto é, Sua capacidade de saber tudo, de ter ciência de tudo q já aconteceu ou q vai acontecer, do infinito passado ao infinito futuro.

Com isso, evidentemente, estão afirmando q todos os eventos cheios de beleza ou de feiúra, agradáveis ou desagradáveis, q constroem ou destroem, q nos deixam felizes ou infelizes, q todos os pensamentos, erros, crimes e perversões, desamor, maldade ou bondade, enfim, todas as nossas ações mais degradantes e procedimentos mais absurdos, todo o amor q demonstramos, toda conduta baixa, viciosa, todas as tragédias e desgraças q provocamos, todos os sofrimentos que teremos (como dizem, devido às transgressões à Lei divina, q nos enquadra e resultam, inexoravelmente, em penalidades, que implicam sofrimentos torturantes e insuportáveis, ou na vida ou no futuro, num inferno ou num umbral etc), afinal, q tudo do passado, presente e futuro lhe são perfeitamente conhecidos desde sempre, desde antes da criação.

Afirma-se, tb, q, se o homem sofre, esse sofrimento está previsto numa lei divina que o julga e lhe impõe punição, por seu proceder incorreto.

As leis dos homens sempre vêm atrasadas, depois q percebem q algo está ocorrendo e q não haviam previsto antes. Mas, para as religiões, essa imprevisão, em relação ao Onisciente, é considerada absurda.

Vamos analisar, deixando de lado os preconceitos: o homem, se age erradamente, pode sofrer se o dano de sua ação o atingir, mas não porque, como afirmam as doutrinas, esse sofrimento está previsto numa lei que lhe impõe castigos merecidos e justos, por seu proceder incorreto. Qualquer tentativa de explicar que seu sofrimento vem de sua responsabilidade ou culpa, como afirmam as religiões, isto é, que deve sofrer penalidades expiatórias, não se harmoniza com a visão de um Criador, onipotente e de infinitos amor e justiça; de um Deus que, por sua presciência, sabe, , quando, onde, como e em que circunstâncias “cada uma” das criaturas, por Ele planejadas, desenhadas, produzidas, criadas e dele procedentes, fará de errado e de certo, em relação a Sua Lei; bem como também sabe o que, cada uma, uma a uma, sofrerá devido a seus desacertos. Tanto que, antecipadamente, criou leis punitivas e locais para castigo dos “pecadores” (inferno, umbral etc).

Seria, numa comparação simples para ajudar a refletir, como o criador/fabricante de brinquedos que, mesmo com total e absoluta certeza de que o brinquedo de sua criação apresentará terríveis defeitos e, por isso, será perigoso, destruirá, matará, humilhará, produzirá tantos e tão terríveis sofrimentos, tragédias e desgraças, assim mesmo o produz e o entrega às crianças.

Quando surgem os sofrimentos e as lágrimas, q o fabricante desde sempre sabe q surgirão, como conseqüência dos defeitos que ele, com toda certeza sabe q os brinquedos apresentarão, quem é o responsável? O brinquedo ou o fabricante?

Estranhamente, e não compreendo como, há quem afirme q o brinquedo é o responsável e q deverá ser punido por isso!

Não seria como aquele pai, vc ou eu, que, pelos seus desregramentos no viver, desde sempre sabe que o filho q vai nascer terá defeitos q o farão cometer coisas monstruosas, pois lhe dá tendências para cometê-las (q é, sem dúvida, o mesmo q permitir q as cometa), deixa q o filho escolha fazê-las e, depois, qdo o filho as escolhe e faz, o pune, e terrivelmente, por tê-las feito?! Vc, permitindo q seu filho faça coisas hediondas, e sabendo, desde antes de concebê-lo, q ele, realmente, as fará, o “cria” e o coloca no mundo, entre outros bilhões de brinquedos/criaturas defeituosas e extremamente perigosas; dá-lhe liberdade para q realize os absurdos q ele está inclinado a realizar e, depois (com todo seu amor de pai!), o castiga por tê-los realizado!

Dirão: “Afirmar que Deus deu permissão é fazê-lo cúmplice das incúrias e desmandos q os homens, por livre e espontanea vontade, cometem”.

Resp: “está bem; Deus não deu permissão para nossos desmandos, mas permite q os façamos. Vamos expor a questão de outra maneira: o Criador, ao nos criar, diz: “em frente de vocês estão duas estradas, a do bem e a do mal; dou-lhes tendências ou inclinações ou possibilidades, para seguirem por uma ou pela outra, pela qual quiserem”. E, depois, se seguimos pela qual escolhemos, premia os q escolheram seguir pela estrada do bem, e castiga aqueles q seguiram pela estrada do mal.

Dirão: “Deus não deu permissão para o mal!”

Resp: “Está bem, não deu, mas nos criou com uma constituição apta para o mal, disposição para o bem ou para o mal. Deus nos deu aptidão e permitiu q seguíssemos pela estrada q quisermos seguir e, se seguimos pela errada, nos pune. Criou lei qto a isso, sabendo exatamente, e desde sempre, q João e José serão recompensados porq escolherão a estrada “preferida” pelo Criador, e q Antonio e André serão punidos porq seguirão pela estrada que o Criador lhes dão aptidão para segui-la, mas q não quer q sigam por ela.

Deus, por sua onisciência sabe, desde sempre, desde antes de nos criar, que eu e vc faremos isso e aquilo; q eu, pelos defeitos q apresentarei, e que, tb Deus, por ser onisciente, sabe, sem sombra de dúvida, desde antes q eu exista, q os apresentarei, defeitos, portanto, desde sempre conhecidos pelo Criador; sabe q provocarei lágrimas, tragédias e desgraças, coisas hediondas, tanto q antecipadamente promulga leis destinadas a me punir pelos desmandos, q Ele sabia e sabe q eu, , os farei!

Dirão: “Do fato de Deus, por sua onisciência, conhecer, não se infere em que ele tenha de interferir em nossas ações”.

Resp: “concordo; não infere em q ele “tenha” de interferir em nossas ações, porém não explica o fato da possibilidade ou poder nosso de irmos contra a previsão de sua onisciência, pois Ele sempre soube q eu mataria o desafeto e, se eu modificasse essa presciência, significaria q sua onisciência falhou redondamente. Pela Sua onisciência, eu faria uma morte mas, pela minha vontade, não a fiz; portanto “arruinei” a presciência do Onisciente!! Pelas religiões, isso não é um absurdo sem nome?

Dirão: “mas, nossos pecados derivam da nossa moral!”

Resp: E nossa moral deriva de quê? De nossa vontade de sermos mais avançados moralmente, ou de nossa vontade de sermos mais atrasados moralmente? De que deriva a moral possuída por alguém, senão de sua maior ou menor compreensão adquirida conforme o nível de aprendizado em q está nesta escola do bem e do mal, q é a vida? É nossa escolha q nos faz morais ou imorais ou é o q aprendemos em nossa vivência do dia-a-dia? Analisem!

Dirão: “As normas da lei natural ditam as exigencias do amor; quem as descumpre atenta contra ela; assim, Deus julga os transgressores e os pune!”.

Resp: “E evidente q com “lei natural”, vc quer dizer “lei de Deus”, lei criada antecipadamente e especialmente para me punir pelos absurdos q, , obrigatoriamente, praticarei, concorda? Se Deus, por sua onisciência, sabe que eu matarei um desafeto, obrigatoriamente o matarei, certo? Ou a onisciência pode falhar? Dentro dessa constatação, todos, sem exceção, praticam o bem e o mal como lhes está previsto desde sempre; essa é a minha compreensão da onisciencia. Se alguém puder ajudar-me a compreender de outro modo, eu agradeceria.

Dirão: “Deus não interfere pois, se interferisse, estaria nos tirando a liberdade de agir”.

Resp: “Analise, amigo: o Criador, me cria sabendo q cometerei tais e tais absurdos, pois me deu possibilidades de comete-los e, depois, me castiga se cometo tais e tais absurdos. Como eu poderia não comete-los se o Onisciente previra q eu os cometeria? Afinal, existe ou não a onisciência? Se Deus sabe q eu faria isso ou aquilo de errado, se eu resolvesse me reformar intimamente e não fazer esses erros, teria falhado a sabedoria do Criador qto ao futuro!

Dirão: “A culpa em que está o homem é que lhe vai dar a pena conforme sua incorrência no artigo da lei de Deus!”.

Resp: “E, amigo, quem proporciona ao homem esse estado de culpa, esse estado pelo qual deve ser culpado? Onde o homem aprende a cometer tantos absurdos? Onde aprende a prender-se a tantas imperfeições? Não são as experiências do dia-a-dia da vida, da mesma escola onde, pela vontade de Deus, está para aprender a se libertar das imperfeições, e ter, como destino, a felicidade ou o “céu”, q o ensinam a elas se prender? Ou é o próprio homem q,por livre vontade, à força, coloca dentro de si mesmo, monstruosas imperfeições? O q é que forma o caráter do homem e, em conseqüência, determina seus comportamentos, discernimento, suas concepções sobre o bem e sobre o mal, sua vontade, escolhas e decisões e faz uns inteligentes e outros néscios? O homem mesmo se faz, por livre e espontânea vontade, portador de um caráter defeituoso, ou de características maldosas, comportamentos, discernimento e inteligência defeituosos moralmente?

Meu amigo, as religiões nos ensinam q, dos “pecados” vêm os sofrimentos, certo? E porq uns pecam mais do q outros? A q se deve isso, senão às desigualdades do caráter? É essa desigualdade q causa a desigualdade de procedimentos, uns bons, outros maus, ou o q será q a causa? Daí, do que somos intimamente, derivam todos os atos, todos os sofrimentos, toda felicidade ou infelicidade do homem... E, o q todos os homens, sem exceção, buscam, é fugir do sofrimento e conquistar a felicidade; todas as ações dos homens, do mais virtuoso ao mais vicioso, sejam ações no sentido do bem ou no sentido do mal, têm esse mesmo objetivo: ser mais feliz ou menos infeliz.

Dirão: "mas as leis de Deus estão presentes nos mandamentos e ensinamentos dos mestres de cujas palavras os homens convencionaram religiões!”.

Resp: “sim, amigo, mas o homem pode esquece-las ou negligenciá-las; e então lhe pergunto: de esquecer, quem pode ser culpado de esquecer? De negligenciá-las, porq o homem faria isso senão por ignorancia, ou da própria lei, ou das conseqüências de viola-las? Tudo q o homem faz de errado, tudo mesmo, é fruto da ignorancia; não possui compreensão suficiente para perceber q todos seus erros perturbam ou desarmonizam a criação. E se ele comete erros, portanto, isso vem de sua compreensão, ainda deficiente, adquirida nas experiências/lições da vida. E, aqui, portanto, tb, não lhe cabe culpa.

Dirão: “Mas todos conhecem as leis de Deus; só as violam segundo sua vontade e suas convicções”.

Resp: “O amigo tem certeza absoluta do q disse, ou a certeza lhe vem apenas da fé q tem em sua doutrina? Todos conhecem a Lei de Deus? Todos as tem no seu “arquivo”? Se têm, porq não a acessam? Por vontade de sofrer por não cumpri-la ou por ignorancia do q o descumprimento pode causar, ou por seu caráter defeituoso? E pode alguém ser responsável ou culpado porq sua vontade ou convicções o impedem de acessá-la? Tantos não crêem em Deus e, muito menos, em suas leis; tantos não acreditam num homem chamado Jesus, e muitos acreditam q esse homem nunca existiu. Há tantos erros na história q dos evangelhos consta q, muitos q acreditavam, deixaram de acreditar (apenas um, q me lembro agora: José e Maria, por causa de um recenseamento decretado pelo governo romano, foram para Belém, onde nasceu Jesus; no entanto, há provas inquestionáveis de q esse recenseamento nunca existiu, como tb suspeitas de historiadores e pesquisadores (neste caso apenas suspeitas, embora bem alicerçadas) q Belém nem existia na data desse censo que nunca houve. Há mais muitas coisas erradas na história, das quais não me recordo agora. Por isso, muitos crêem q Jesus nunca existiu; se bem q, o fato de ter existido ou não, não tem importância; o q tem importância são os ensinamentos atribuídos a ele.

Dirão: “Mas o mal vem de um estado do espírito ou alma, não de uma determinação divina”.

Resp: “Sim, de um estado de espírito tão absurdo q, com a permissão de Deus (pois não há qualquer poder acima do seu), traz, ao infrator da Lei, sofrimentos torturantes e insuportáveis q, conforme certas doutrinas, podem se estender por séculos e séculos ou por toda a eternidade. Novamente repito: criou a todos com aptidão, com a possibilidade de errar; sabe o erro X ou Y q cada um de nós praticará no futuro, mesmo antes de nos criar e, se os praticamos, nos castiga. Aliás, corrijo a expressão “se os praticamos” pois não existe a possibilidade de não os praticarmos, pois o Criador, já, desde sempre, sabe q os praticaremos.

Dirão: “O amigo questiona: "Onde o espírito aprendeu a cometer tantos absurdos? Onde aprendeu a prender-se a tantas imperfeições?" e eu lhe digo: o Espírito sopra para todos os lugares, se sopra para o bem, recebe o vento benfazejo, porém se sopra para o lado das trevas o que receberá será a treva”.

Resp: “novamente o amigo traz a questão das desigualdades, para a qual ninguém e nenhuma doutrina tem resposta”.

Dirão: “Tendo liberdade de escolher, a alma, ou o espírito, ou o homem tem sempre a oportunidade de fazer ou não fazer algo... Se faz, é justo que pela Lei natural receba as respostas: ou recompensas, ou castigos”.

Resp: “aqui temos dois pontos a considerar; o amigo já fez análise profunda do q seja a liberdade de escolha? Porq chamam de aquilo q está totalmente ao que a vida, já ensinou? Ninguém escolhe simplesmente por sua livre vontade. Até para escolher entre dois doces você não o faz livremente; vc escolhe com base em seus conhecimentos adquiridos no passado; se tem fome, o maior; se nâo tem fome aquele q lhe parece mais saboroso etc. Livre vontade ou arbítrio é nada mais q uma tentativa de as religiões explicarem o inexplicável (para elas) sofrimento do mundo.

Veja só um exemplo simples de como nossas escolhas não dependem de uma vontade livre (isso se aplica a todos os tipos de escolhas, seja das provas ou outra qualquer): você caminha por uma estrada que, de repente, se bifurca; por qual das duas vai continuar? Vc não vai decidir ou escolher como num jogo de cara-ou-coroa, ou num estalar de dedos. Sempre vc analisa, por mais simples que essa analise seja, qual a estrada a seguir; a mais vantajosa, a mais sombreada, a que tem menos obstáculos a transpor, a q lhe dará mais vantagem para progredir. E porque vc analisa? Porque, pelas experiências anteriores de sua vida, já aprendeu q deve continuar por aquela cuja ponte está intacta, pela mais sombreada, pela cujo pavimento é melhor, pela q, mais facilmente, poderá levar vc a seu objetivo. Só não agem assim o desesperado, dementado, descontrolado, ignorante e, por isso, podem até continuar sua marcha pela estrada pior, ou cometer absurdos, como vemos no mundo. Mas esse não tem controle, não raciocina, é ignorante, logo, não é responsável.

Portanto, o chamado arbítrio é : está sempre ao conhecimento, à compreensão anterior, que já temos das coisas e do mundo. Todas as escolhas que fazemos e todas as decisões que tomamos estão totalmente presas ao nosso passado, ao conhecimento que já nos foi ministrado pela escola da vida e, assim, portanto, não agimos livres. Do mesmo modo acontece em todos os aspectos da vida individual ou coletiva. Sempre, qualquer decisão, escolha ou arbítrio, depende totalmente das experiências anteriormente adquiridas. Não escolhemos livremente. Todas nossas escolhas das mais simples e inofensivas, como a de um lápis, às mais complexas, imprevisíveis e perigosas, como matar um desafeto ou declarar uma guerra, são alicerçadas, presas, portanto, ao q a vida já nos ensinou. Assim, para todas as escolhas q fazemos podemos dizer: a vida escolhe por nós. Mestres e sábios dizem: “aquele q pensa q escolhe é imaturo”. E a ciencia moderna: “a escolha não é nossa”.

Talvez, por isso o místico apóstolo Paulo tenha afirmado: “É o Senhor que opera em nós o pensar e o fazer” e, ainda, como que justificando o fato de sofrermos, inexplicavelmente sem culpas, pois que os pensamentos não são nossos e, consequentemente, nem os desejos, nem as ações, nem as obras, afirmou: “Não é por vossas obras que sereis salvos, mas pela graça de Deus”.

Dirão: “Agora, mesmo tendo sido Deus quem exarou tal lei, ele apenas julga a intenção; as penas, estas é a lei natural que, conforme o estado de culpa, fará com que o homem sofra mais ou menos”.

Resp: “se não foi o Criador quem criou leis q determinam penalidades, quem foi? A natureza? Ou o homem, o único agente ativo restante, depois q Satanás foi aposentado? E de onde vêm as culpas? O homem/espírito foi criado ignorante e, depois, se erra é culpado por ser ignorante?!

Dirão: “O fator determinante para um caráter vicioso são as mazelas que, por sua própria vontade, o homem fez se encostarem nele, assim acumpliciando-se ao mal”.

Resp: “Então, é por livre vontade q a alma ou espirito escolhe ser infeliz qdo pode escolher ser feliz?! É o espirito, vc ou eu, q colocamos em nós mesmos, por nosso desejo e vontade, as imperfeições? Se é pelo q aprendeu no dia a dia, nas experiências da vida, q fizeram q ele adquirisse de defeitos morais, quem é o responsável, o próprio espírito ou as lições da escola da vida? As vivencias o ensinaram a ser mau ou bom; nenhuma responsabilidade, portanto, lhe cabe. E porq dizem q é a “lei natural” q pune?! Porq todos evitam falar em castigos, em punições, em sofrimentos inenarráveis impostos por Deus, ou por suas leis punitivas, se esses conceitos vêm sempre do q as doutrinas nos ensinam?!

Amigos, é preciso analisar, questionar, refletir! Infelizmente muitos, passivamente, aceitam o q as doutrinas lhes ensinam porq têm confiança em suas fontes. E descartam todas as demais fontes de conhecimento, mesmo sem conhecê-las, preconceituosos, portanto.
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