quarta-feira, 30 de março de 2011

O SILÊNCIO - PARAR O DIÁLOGO INTERNO - NÃO PENSAR - ACABAR COM A MENTE

Vedanta

Luzes de Nisargadatta Maharaj

O Silêncio. Parar o Diálogo Interno. Não Pensar. Acabar com a Mente.

M = Mestre
D = Discípulo

M: Sábio filho, abandone a mente – o atributo limitador que origina a individualidade, assim causando a grande enfermidade de repetidos nascimentos e mortes – e realize Brahman.

D: Mestre, como se pode extinguir a mente? Não é muito difícil? Não é a mente muito vigorosa, inquieta e sempre vacilante? Como se pode renunciar à mente?

M: Abandonar a mente é muito fácil, tão fácil quanto amassar uma flor delicada, tirar um fio de cabelo da manteiga ou piscar os olhos. Não tenha dúvida. Para um buscador resoluto, senhor de si e não enfeitiçado pelos sentidos, que pelo intenso desapaixonamento se tornou indiferente aos objetos externos, não pode haver a menor dificuldade em abandonar a mente.

D: Como pode ser tão fácil?

M: A questão da dificuldade só surge quando há uma mente a ser renunciada. Verdadeiramente falando, não existe mente. Quando lhe dizem: “Aqui tem um fantasma”, a criança ignorante é levada a acreditar na existência do fantasma inexistente, ficando sujeita ao medo, ao sofrimento e aos incômodos. Da mesma forma no imaculado Brahman, ao imaginar coisas que não existem – como isto e aquilo – uma falsa entidade conhecida como mente surge como algo aparentemente real, funcionando como isto e aquilo e mostrando-se incontrolável e poderosa ao incauto; porém, para o buscador senhor de si e dotado de discernimento, conhecedor da natureza da mente, ela é fácil de ser abandonada. Só um tolo, ignorante da natureza da mente, diz que é muito difícil.

D: Qual é a natureza da mente?

M: Pensar nisto e naquilo. Na ausência de pensamento, não existe mente. Extinguindo-se os pensamentos, a mente permanecerá apenas em nome, tal como o chifre de uma lebre; desaparecerá como uma não entidade, como o filho de uma mulher estéril, o chifre de uma lebre, ou uma flor no céu. Isto também é mencionado no Yoga Vasishta.

D: Como?

M: Vasishta diz: “Ouve, ó Rama, nada há chamado ‘mente’. Assim como o espaço existe sem forma, também a mente existe como um vazio inanimado. Permanece apenas como nome; ela não tem forma. Não está no exterior, nem no coração. Entretanto, como o espaço, a mente, embora não tenha forma, preenche tudo.”

D: Como pode ser assim?

 Onde quer que o pensamento surja como isto e aquilo, lá estará a mente.

D: Se existe mente onde quer que haja pensamento, mente e pensamento são diferentes?

M : O pensamento é o sinal da mente. Quando surge um pensamento, pressupõe-se uma mente. Na ausência de pensamentos, não pode haver mente. Portanto, a mente nada mais é do que pensamento. O pensamento é, em si, a mente.

D: O que é “pensamento”?

M: “Pensamento” é imaginação. O estado livre de pensamentos é a Suprema Bem-aventurança (Sivasvarupa). Os pensamentos são de dois tipos: a evocação de coisas experienciadas e não experienciadas.

D: Para começar, por favor diga-me o que é “pensamento”.

M: Os sábios dizem que nada mais é do que pensar em qualquer objeto externo como isto ou aquilo, é ou não é, deste ou daquele jeito, etc.

D: Como isto pode ser classificado sob o título de coisas experienciadas e não experienciadas?

M: Dos objetos dos sentidos (como o som, etc.) já experienciados – como “eu vi”, “eu ouvi”, “eu toquei”, etc. – pensar neles como tendo sido vistos, ouvidos e tocados é evocar coisas já experienciadas. Trazer à mente objetos dos sentidos não experienciados é o pensamento sobre coisas não experienciadas.

D: Como, então, é possível extinguir a mente?

M: Esquecer tudo é o meio supremo. O mundo não surge, a não ser pelo pensamento. Não pense e o mundo não surgirá. Quando nada surge na mente, a própria mente é perdida. Portanto, não pense em nada; esqueça tudo. Este é o melhor modo de matar a mente.

D: Alguém já disse isto antes?

M: Vasishta assim falou a Rama:

Vasishte:: Elimine os pensamentos de todos os tipos – de coisas apreciadas, não apreciadas, ou outras. Como a madeira, ou a pedra, permaneça livre de pensamentos.

Rama:: Devo eu esquecer tudo, completamente?

Vasishta: Exatamente, esqueça tudo completamente e permaneça como a madeira ou a pedra.

Rama: O resultado será a estagnação, como a das pedras ou da madeira.

Vasishta: Não é assim. Tudo isso é apenas ilusão. Esquecendo a ilusão, você estará livre dela. Embora pareça estar estagnado, você será a própria Beatitude. O seu intelecto ficará inteiramente claro e aguçado. Sem se embaraçar na vida mundana, mas parecendo ativo aos outros, permaneça como a própria Beatitude de Brahman e seja feliz. Diferentemente da cor azul do céu, não permita que a ilusão do mundo renasça no puro Espaço do Ser-Consciência. Esquecer essa ilusão é o único modo de matar a mente e permanecer como Bem-aventurança. Mesmo que Shiva, Vishnu ou o Próprio Brahman sejam seus mestres, a realização não é possível sem este meio. Sem esquecer tudo é impossível estabelecer-se enquanto Ser. Portanto, esqueça tudo, inteiramente.

D: Não é muito difícil?

M: Embora seja difícil para o ignorante, é muito fácil para os poucos que discernem. Nunca pense em nada, exceto no Brahman único e ininterrupto. Praticando isso longamente, você esquecerá facilmente o não-Ser. Não pode ser difícil ficar quieto, sem pensar em nada. Não deixe nenhum pensamento surgir na mente; pense sempre em Brahman. Assim, todos os pensamentos mundanos desaparecerão e só restará o pensamento de Brahman. Quando isso se tornar firme, esqueça até mesmo isso e, sem pensar “eu sou Brahman”, seja o próprio Brahman. Não pode ser difícil de praticar.

Agora, meu sábio filho, siga este conselho: pare de pensar em qualquer outra coisa que não seja Brahman. Com esta prática, a sua mente será extinta; você esquecerá tudo e permanecerá puramente como Brahman.
..........................................................
Luzes de Nisargadatta Maharaj

Aprofunde na percepção do “Eu Sou” e você encontrará. Como se encontra algo que você ignora ou se esqueceu? Você o mantém em mente até se lembrar. A percepção de ser, do “Eu sou” é a primeira a emergir. Pergunte-se de onde ela vem ou apenas observe-a em silêncio. Quando a mente permanece no “Eu sou”, sem se mover, você entra em um estado que não pode ser verbalizado mas pode ser experienciado. Tudo o que você precisa fazer é tentar e tentar novamente.

Eu vejo o que você também poderia ver, aqui e agora, se não fosse o foco errôneo de sua atenção. Você não dá atenção ao Ser. Sua mente está sempre com coisas, pessoas e ideias, nunca com seu Eu. Traga seu Eu para o foco, torne-se consciente de sua própria existência. Veja como você funciona, observe os motivos e resultados de suas ações. Estude a prisão que você construiu ao redor de si mesmo, inadvertidamente.

Olhe para a rede [o mundo pessoal de cada um] e para suas muitas contradições. Você faz e desfaz a cada passo. Quer paz, amor, felicidade e trabalha arduamente para criar dor, ódio e guerra. Quer viver muito e se empanturra, quer amizade e explora. Veja sua rede como composta de tais contradições e remova-as – o seu próprio ver os fará ir embora.

Como você parte para achar algo? Mantendo sua mente e coração naquilo. Deve haver interesse e constante lembrança. Lembrar-se do que precisa ser lembrado é o segredo do sucesso. Você consegue isso através da seriedade de intenção.

Inicialmente, dê o primeiro passo. Todas as bênçãos vêm de dentro. Volte-se para dentro. O “Eu sou” você conhece. Fique com isto todo o tempo que puder, até que você sempre volte a isso espontaneamente. Não existe caminho mais fácil ou simples.

Somos escravos daquilo que não conhecemos; do que conhecemos, somos senhores. Quaisquer vícios ou fraquezas em nós que conhecemos, descobrimos e entendemos suas causas e seus mecanismos, nós os superamos pelo próprio saber; o inconsciente se dissolve quando trazido à consciência. A dissolução do inconsciente libera energia; a mente sente-se adequada e torna-se quieta.

Recuse todos os pensamentos, exceto um: o pensamento “Eu sou!”. A mente vai se rebelar no começo mas, com paciência e perseverança, ela vai ceder e permanecer quieta.

Esteja alerta. Questione, observe, investigue, aprenda tudo o que puder sobre a confusão, como isso opera, o que faz para você e para os outros. Ao ter clareza sobre a confusão você se liberta dela.

Eliminando os intervalos de desatenção durante as horas de vigília, você vai gradualmente eliminar o longo intervalo de inconsciência que chama de sono. Você estará consciente que está adormecido.

Nisargadatta: Desapegue-se de tudo aquilo que deixa sua mente inquieta. Renuncie a tudo o que perturba a sua paz. Se você quer paz, mereça-a.

Pergunta: De que forma eu perturbo a paz?

Nisargadatta: Ao ser um escravo de seus desejos e medos.

Pense clara e profundamente, mergulhe na estrutura de seus desejos e suas ramificações. Eles são uma das partes mais importantes na sua composição mental e emocional e afetam suas ações poderosamente.

Lembre-se, você não pode abandonar o que não conhece. Para ir além de si mesmo, você deve conhecer a si mesmo.

Você deve se observar continuamente – em particular a sua mente – de momento a momento, sem perder nada. Este testemunho é essencial para a separação do Eu e do não Eu.

Já que é a Pura Consciência que faz a consciência ser possível, existe Pura Consciência em cada estado de consciência. Portanto, a própria consciência de ser consciente já é um movimento dentro da Pura Consciência. O interesse em seu fluxo de consciência leva-o para Pura Consciência.

Quando você entende que nomes e formas são conchas vazias sem qualquer conteúdo e o que é real é sem nome e forma – é pura energia de vida e luz da consciência – você está em paz, imerso no profundo silêncio da realidade.

Por que não se voltar da experiência para o experienciador, e realizaro verdadeiro significado da única afirmação que você pode fazer: “ Eu sou” ?

Apenas mantenha em mente o sentimento “Eu sou”, absorva-se nisso, até que sua mente e sentimento tornem-se um. Tentando repetidamente você vai se deparar com o equilíbrio correto entre atenção e sentimento e sua mente estará firmemente estabelecida no pensamento-sentimento “Eu sou”.

Você pode começar com trabalho desinteressado, abandonando o fruto de suas ações; então pode desistir dos pensamentos e, finalmente, de todos os desejos. Aqui, desistir (tyaga) é o fator operacional.

Ou você pode não se importar com as coisas que quer, pensa, faz, e apenas permanecer estabelecido no pensamento e sentimento “Eu sou”, focalizando “Eu sou” firmemente em sua mente. Todo tipo de experiência pode lhe acontecer – permaneça imóvel no conhecimento de que tudo o que é perceptível é transitório e apenas o “Eu sou” permanece.

Pergunta: Quando olho para dentro de mim, encontro sensações e percepções, pensamentos e sentimentos, desejos e medos, memórias e expectativas. Estou imerso nesta nuvem e não consigo ver nada mais.

Nisargadatta: Aquele que vê tudo isso, e o nada também, é o mestre interno. Apenas ele existe; todo o resto apenas parece existir. Ele é seu próprio ser (swarupa), sua esperança e garantia de liberdade; encontre-o e agarre-se a ele e você será salvo e estará seguro.

Ver o falso como falso é meditação. Isto deve ser contínuo, o tempo todo.

Posso falar-lhe sobre mim. Eu era um homem simples, mas confiei em meu Guru. O que ele me disse para fazer, eu fiz. Ele disse que me concentrasse no “Eu sou” – assim o fiz. Ele me disse que eu estou além de tudo o que é perceptível e concebível – eu acreditei. Dei a ele meu coração e minha alma, minha completa atenção e todo meu tempo disponível (eu tinha que trabalhar para manter minha família). Como resultado da fé e esforço dedicado, eu realizei o Ser (swarupa) em três anos.

Estabeleça-se na consciência de “Eu sou”. Este é o começo e também o fim de todo o esforço.

Para saber o que você é, você deve primeiro saber e investigar o que você não é. E para saber o que você não é, você deve observar-se cuidadosamente, rejeitando tudo o que necessariamente não combina com o fato básico “Eu sou”.

Nossa atitude comum é “Eu sou isso”. Separe consistente e perseverantemente o “eu sou” do “isto” e do “aquilo”, e tente sentir o que significa ser, apenas ser, sem ser “isto” ou “aquilo”. Todos os nossos hábitos vão contra isto e a tarefa de lutar contra eles é longa e árdua às vezes, mas o entendimento esclarecido ajuda muito. Quanto mais claramente você entender que no nível da mente você pode ser descrito apenas em termos negativos, mais rapidamente chegará ao fim de sua busca e realizará seu ser ilimitado.

Permaneça com seu Ser

Pergunta: Como se alcança isto?

Nisargadatta: A ausência de desejo e de medo o levará lá.

O Supremo é o mais fácil de se alcançar pois é o seu próprio ser. É suficiente não desejar nem pensar em nada que não o Supremo.

É a falsidade que é difícil e que é fonte de problemas. Ela sempre quer, espera, exige. Sendo falsa, é vazia, sempre em busca de confirmação e reconfirmação. Tem medo da inquirição e a evita; identifica-se com qualquer apoio, por mais fraco e momentâneo que seja. O que quer que consiga, perde, e pede mais.

Nisargadatta: Mesmo que eu lhe diga que você é a testemunha, o observador silencioso, isto não significará nada para você a menos que encontre o caminho para seu próprio ser.

Pergunta: Minha pergunta é: Como encontrar o caminho para o próprio ser?

Nisargadatta: Desista de todas as perguntas, exceto “Quem sou eu?” Pois, afinal, o único fato do qual você tem certeza é que você é. O “Eu sou” é certo. O “eu sou isto” não é.

Esforce-se para encontrar o que você é na realidade.

Lembrar-se de si mesmo é virtude, esquecer de si mesmo é pecado.

O procedimento correto é aderir ao pensamento de que você é o campo de todo conhecimento, a Consciência imutável e perene de tudo o que acontece aos sentidos e à mente. A ideia “Eu sou apenas a testemunha” purificará o corpo e a mente e abrirá o olho da sabedoria. O homem vai além da ilusão e seu coração se liberta de todos os desejos.

Por sua própria natureza, o prazer é limitado e transitório. Da dor o desejo nasce, na dor ele busca realização e termina na dor da frustração e do desespero. A dor é o pano de fundo do prazer, toda busca de prazer nasce na dor e termina na dor.

Discriminar e descartar (viveka-vairagya) são absolutamente necessários. Tudo deve ser examinado cuidadosamente e o desnecessário deve ser impiedosamente destruído.

Acredite-me, não poderá haver destruição demais. Pois na realidade nada tem valor. Seja apaixonadamente desapaixonado – isto é tudo.

Quando, através da prática da discriminação e desapego (viveka-vairagya), você perder de vista os estados sensorial e mental, o puro ser emergirá como o estado natural.

Para conhecer o mundo você se esquece do Ser – para conhecer o Ser, você se esquece do mundo.

O que é o mundo, afinal? Uma coleção de memórias. Agarre-se ao que importa, segure-se no “Eu sou” e abra mão de todo o resto. Isto é sadhana.

Esteja plenamente consciente de seu próprio ser e você estará na bem-aventurança conscientemente. É porque você dirige sua mente para fora de si mesmo e fixa naquilo que você não é, que você perde seu senso de bem estar, de estar bem.

Como sabe, a personalidade é apenas um obstáculo. A autoidentificação com o corpo pode ser boa para uma criança, mas crescer verdadeiramente depende de tirar o corpo do caminho ( ir além do corpo). Normalmente, a pessoa deveria superar em relação aos desejos do corpo cedo na vida. Mesmo o Boghi, que não recusa prazeres, não precisa ansiar por aquilo que ele já experimentou. Hábito, desejo pela repetição, frustra tanto o Yogi quanto o Boghi.

Existem tantos que tomam o alvorecer pelo meio dia, uma experiência momentânea pela plena realização e destroem até mesmo o pouco que tinham conseguido, por excesso de orgulho. A humildade e o silêncio são essenciais para um sadhaka [buscador], por mais avançado que seja. Apenas um jnani [iluminado] plenamente amadurecido pode permitir-se completa espontaneidade.

Seja atento, investigue incessantemente. Isto é tudo.

Com certeza, seja egoísta – da maneira certa. Deseje estar bem, trabalhe no que é bom para você. Destrua tudo o que se coloca entre você e a felicidade. Seja tudo – ame tudo – seja feliz – faça feliz.

A memória é material – destrutível, perecível, transitória. Sobre tais frágeis fundações construímos um sentido de existência pessoal – vago, intermitente, onírico. Essa vaga persuasão: “Eu sou isto e isto” obscurece o estado imutável da Pura Consciência e nos faz acreditar que nascemos para sofrer e morrer.

A liberdade para fazer o que se quer é, na realidade, escravidão, enquanto ser livre para fazer o deve, o que é correto, é a real liberdade.

Tudo o que você tem a fazer é ver o sonho como sonho.

Seja qual for o nome que dê a isso: vontade, firme propósito, ou mente focada, você retorna à seriedade, sinceridade, honestidade. Quando você é intensamente sério, você faz uso de cada acontecimento, cada segundo de sua vida ao seu propósito. Você não desperdiça tempo e energia em outras coisas. É totalmente dedicado, chame a isto vontade, amor ou total honestidade.

Encontre o permanente no efêmero, o único fator constante em cada experiência.

Nada pode bloqueá-lo mais que as concessões, pois elas mostram a falta de seriedade, sem a qual nada pode ser feito.

Comece desassociando-se de sua mente. Resolutamente lembre-se que você não é a mente e que os problemas dela não são seus.

Dê sua total atenção ao que é mais importante em sua vida – você mesmo. Do seu universo pessoal, você é o centro – sem conhecer o centro, o que mais você pode conhecer?

Para ir além da mente, você deve manter sua mente em perfeita ordem. Você não pode deixar uma bagunça para trás e seguir em frente. A confusão vai lhe puxar. “Recolha seu lixo” parece ser uma Lei Universal. E uma lei justa também.

Apenas lembre-se de você mesmo. “Eu sou” é suficiente para curar sua mente e levá-lo além. Apenas confie um pouco.

Se quiser conhecer sua verdadeira natureza, deve ter a si mesmo em mente todo o tempo, até que o segredo de seu ser seja revelado.

http://dim-dim-universos.blogspot.com/p/vedanta.html

----------
Ramana Maharshi

Não há mistério maior que este: que sendo a Realidade nós buscamos alcançar a Realidade. Nós pensamos que existe algo ocultando a Verdade e que isso deve ser destruído a fim de que possamos atingir a Verdade. É ridículo. Chegará o dia em que você vai rir de todos os seus esforços pretéritos. Aquilo que será no dia em que você rir também é aqui e agora. A liberação, que é bem-aventurança, é natural a todos. A ignorância é uma ilusão da mente, uma falsa sensação. Apenas o ego é prisão, e a sua própria natureza, livre do contágio do ego, é liberação. Não há engano maior do que acreditar que a liberação, que está sempre presente como a sua verdadeira natureza, será alcançada em um tempo futuro. Até mesmo o desejo pela liberação é fruto da ilusão. Portanto, permaneça em silêncio. Se você permanecer como mera consciência, “eu sou”, a ignorância não existirá. Portanto, a ignorância é falsa; apenas a Consciência é real. O pensamento-“eu” é como um fantasma que, apesar de ser impalpável, surge simultaneamente com o corpo, vive e desaparece junto com ele. A consciência “eu sou o corpo/este é meu corpo” é o falso eu. Abandone-a. Você pode fazer isso buscando a fonte do sentimento “eu”. O corpo não diz “eu sou”. É você que diz “eu sou o corpo”. Descubra o que é este “eu”; busque sua fonte e ele desaparecerá.

Nisargadatta Maharaj

A mente pura vê as coisas como elas são – bolhas na consciência. Essas bolhas estão aparecendo, desaparecendo, e reaparecendo – sem ter uma existência real. Nenhuma causa em particular lhes pode ser apontada, já que cada uma é causada por todas e afeta a todas. O que foi alcançado poderá ser perdido novamente. Apenas quando você realizar a verdadeira paz, a paz que nunca perdeu, esta paz permanecerá com você, já que ela nunca esteve longe. Ao invés de buscar algo que você não tem, descubra aquilo que você nunca perdeu. A felicidade de ser completamente livre é indescritível. Esses são todos sinais de um crescimento inevitável. Não tenha medo, não resista, não atrase. Seja o que você é. Não há nada a temer. Confie e tente. Experimente honestamente. Dê uma chance ao seu verdadeiro Ser para que ele molde a sua vida. Você não se arrependerá. O que são o nascimento e a morte senão o início e o fim de uma sequência de eventos na consciência? (…) Tenha o seu ser fora deste corpo de vida e morte e todos os seus problemas cessarão. Eles existem porque você acredita que nasceu para morrer. Desiluda-se e liberte-se. Você não é uma pessoa.

http://httpdim-dim-universosblogspotcom.blogspot.com/

_______----
(HD) - Quem Somos Nós ?
Publicada por dim-dim em 14:57
http://dim-dim-universos.blogspot.com/search/label/Todos%20Somos%20Um

domingo, 27 de março de 2011

SOFRIMENTO E EVOLUÇÃO, PECADO E CASTIGO, O BEM E O MAL

CARTA A UM AMIGO

Um amigo, estranhando a afirmação de que os sofrimentos não têm por finalidade a evolução, de que a Divindade a ninguém faz sofrer, senão nas concepções das religiões populares, diz o seguinte:

“Conhece algum pai que consiga controlar integralmente o seu filho, a ponto de poder impedi-lo de errar, ao longo de toda a sua vida? Mais, são sempre os pais os responsáveis pelos erros dos filhos? Logo, Deus faz sofrer, sim, para tirar o homem do caminho do mal e coloca-lo no caminho do bem”.

Resp: não estamos falando de pais/espíritos/homens/cheios de ignorância, ilusões, imperfeitos, falíveis, de mente limitada e finita; estamos falando do Pai/Espírito Universal, infinito e eterno, pura sabedoria, infalível, perfeição suprema, ilimitado, para o qual o futuro, a eternidade, todo tempo é agora, e o infinito, o longe e todo lugar é aqui. No caso que você citou, nem os pais, nem os filhos são culpados, pois não há culpas; observe que nem pais nem mães “planejam”, “desenham”, criam seus filhos sabendo de tudo que lhes ocorrerá pela eternidade afora. O pai é apenas o recebedor do já planejado, desenhado, e criado; pai e mãe são apenas criaturas que servem de acesso à vida no espaço tempo; o Pai/Deus é infinito e eterno, nunca erra, nunca se arrepende, nunca subestima ou superestima sua criação e lhe conhece, a todo “instante”, seu passado e seu futuro; os pais biológicos são finitos, sujeitos a todas as espécies de erros, frequentemente se arrependendo de ter feito este ou aquele pseudo-planejamento, de ter tomado esta ou aquela psudo-decisão ou escolha; de haver buscado um filho quando as circunstâncias não eram convenientes; não conhecem sequer o minuto seguinte de sua “cria”, nem o deles próprios. Os pais finitos erram e se arrependem e se enchem de ira e de remorsos frequentemente; se preocupam com o futuro incerto; com a vida, o patrimônio, a saúde. O Pai infinito é sabedoria e poder. Como fazer essa comparação, meu amigo? Não existe termo algum de referência senão a palavra com que são designados: Pai e pai.

Cito o amigo:

“E essa questão de "castigos", provenientes de Deus?”

Resp: essa idéia da existência de corretivos, até mesmo torturantes, penalidades, punições, provas, expiações, locais de castigo, como mundo de expiações, inferno, umbral ou coisas semelhantes, estão em todas as doutrinas e religiões populares do mundo. São concepções equivocadas pois nada disso existe que seja imposto pelo Criador; esses conceitos apenas surgiram devido aos sofrimentos do homem e aos males do mundo. O homem, enquanto homem do espaço-tempo está sujeito a todos os tipos de sofrimentos pelo fato de ser um “ego”; este lhe dá uma interpretação distorcida do mundo, uma interpretação que não retrata a verdade. Eliminada a ação do ego, o homem, agora espírito, percebe-se infinito, eterno, sabedoria, amor, bem-aventurança e luz, pois une-se ao que sempre esteve unido mas que, antes, não percebia: Deus.

O amigo:

“O que o leva a afirmar que Deus cria seres destinados ao sofrimento?”

Resp: essa é a imagem que as religiões nos dão. O que é a vida? Como se realiza a evolução? Dentro da idéia de justiça soberana, infinita, existirão seres que não sofrem, ou não sofreram e chegaram à realização espiritual livres da dor? Se tais seres existem, poderíamos argüir o Criador de injustiça absurda, pois criou uns para alcançarem ilesos o fim da caminhada evolutiva, e outros para se debaterem, em encarnações sem conta, eternidades sem fim, na dor e sofrimentos inenarráveis ou até mesmo destinados a sofrimentos eternos. No entanto, essa é uma imagem equivocada pois, como vimos acima, o ego é que interpreta erradamente a vida e, com isso, traz a visão de sofrimentos que afetam a todos, sem exceção. O único obstáculo entre o homem e a felicidade total, que o conhecimento da verdade que liberta traz, é o ego. Cessado o ego, vê-se que sofrimentos pertencem ao mundo das ilusões. Sentimo-los, sim, mas eles nos vêm através da vidraça embaçada do ego; rompida a “vidraça”, os sofrimentos cessam.

Amigo:

“O que é isso a que as religiões chamam de "pecado"?”

Resp: nada mais do que a prática de qualquer ato que prejudique o semelhante; no entanto, chama-se “pecado” porque evidencia que o homem ainda não se libertou daquelas ações que lhe estorvam a eliminação do ego; são aquelas ações que as religiões sempre lembram e que, com relação às originárias do cristianismo, estão sintetizadas nos “dez mandamentos”: mas, à medida que o homem aprende, com as lições que a escola da vida lhe oferece, a se libertar delas, sua caminhada em direção à realização se torna mais fácil pois, libertando-se desses “defeitos” morais, a mente se torna mais livre e “leve” para continuar sua marcha em direção à verdade. Pecar é, nas palavras de um sábio, “como comer palha”; nem faz bem, nem faz mal, não tem sabor... não causa o afastamento de Deus; apenas mostra que ainda estamos afastados de Deus. Nem mesmo há leis, senão a dos homens, que nos punam por isso; pois o homem erra porque é de sua natureza ainda errar. A escola da vida ainda não lhe proporcionou lições suficientes para que perceba ou compreenda que essa prática deve cessar para o “aperfeiçoamento” espiritual. E, como a natureza do homem é aquela que o “ego” lhe dá, somente destruindo o ego, poderá se “aproximar” de Deus.

Amigo:

“Onde se dá a "escola" a que se refere e como tem um desenvolvimento mais ou menos positivo?”

Resp: a escola está aí mesmo onde você está, e onde vc estiver, e aqui mesmo onde eu estou e onde estiver; a escola é a vida; a sala de aula é o mundo com todas suas circunstâncias.

Como pode ter um desenvolvimento mais ou menos positivo? Não depende dos alunos, é evidente; estes estão, cada um, no seu aprendizado, cada um no nível escolar que lhe cabe, pelo que já aprendeu. O desenvolvimento mais ou menos positivo depende da “competência” dos professores, isto é, do sem número de experiências e influências de todas as espécies que a vida proporciona a cada um desde que vem à existência.

Amigo:

“Considerando que, pelo que vemos no mundo, a criação de Deus está acometida de tantos fracassos, qual a sua solução para as criaturas?”

Resp: não há qualquer fracasso ou erro da suprema inteligência, dessa inteligência que está acima e além do universo. O erro é de interpretação, fruto das ilusões de que o ego está repleto; por isso lhe disse que o espírito é perfeito como Deus é perfeito, que não há culpas nem responsabilidades, nem pecados, nem ações das quais se atribua méritos ou deméritos a quem quer que seja. Lembre-se de Paulo: “É o Senhor que opera em nós o pensar, o querer e o fazer” (não temos nem mesmo a paternidade de nossos pensamentos!) e, novamente, Paulo: “Não é por vossas obras que sereis salvos, mas pela graça de Deus”. Porque isso? Porque não há de que se salvar; já estamos desde sempre “salvos”; essa é a visão de todos que chegaram à luz. E qual é a solução? Eliminar as ilusões; como disse H. Blavatsky (teosofia ou “ciência divina”): “O ego é o assassino de Deus: matai esse assassino!”, e como disse M. Taniguchi (Seicho-No-Ie, ou “o progredir infinito”): “Quando o ego é anulado, Deus se manifesta”, como dizem os sábios: “ou o ego, ou Deus”, e o profeta do Antigo Testamento: “Aquieta-te e sabe: eu sou Deus”, isto é, aquiete seu ego e vc perceberá que o ego se afasta e que Deus toma seu lugar; como os conhecidos filósofos gregos: ”Conhece-te a ti mesmo e será Deus”.

Amigo:

“Por fim, o que é o bem e o que é o mal?”

Resp: é o que é para você; no mundo de ilusões é, respectivamente, o que favorece e o que prejudica. Mas, como são ilusões, os sábios dizem: “Enquanto houver em sua mente o menor resquício de diferença entre o bem e o mal, você ainda não é dos nossos”, isto é, enquanto vc não perceber que bem e mal são apenas ilusões, você ainda não está compreendendo e, por isso, está ainda longe de Deus.

....................................................

domingo, 20 de março de 2011

SOMOS OS OLHOS DE DEUS.

POR NOSSOS OLHOS DEUS VÊ O UNIVERSO




Koestler: “Não há uma linha divisória nítida entre a auto-reparação (cura do corpo) e a auto-realização (cura da alma). A doença, tanto a do corpo, quanto a da alma, resulta do distanciamento da percepção de Deus; a cura se dá pela aproximação do Absoluto”.

Heidegger (filósofo alemão, um dos pensadores fundamentais do século XX pelo reavivamento dos estudos do problema do ser e pelo aprofundamento da parte da filosofia que trata da natureza do ser, da realidade, da existência dos entes e das questões metafísicas em geral):

“Uma pessoa não é nem uma coisa, nem um processo, mas uma “abertura”, uma clareira, pela qual o Absoluto se manifesta”.

Isso está de acordo com a ciência moderna, os físicos quânticos e todo o misticismo: somos os olhos e ouvidos do Absoluto; por nossos olhos Deus vê o universo. Pelo experimento da dupla fenda, a ciência provou, por um sem número de experiências, que a matéria e o universo existem pela observação de seres sencientes. Também Amit Goswami, físico quântico, afirma: “A consciência cria o universo material”; evidentemente significando que o homem cria o mundo material, pois só existe uma mente, uma única consciência que abrange o Todo. (Obs: o experimento citado acima já foi relatado anteriormente neste blog).

John A. Wheeler, eminente cosmólogo e teórico quântico, expressa o papel crucial do observador assim: “Antiga lenda descreve breve diálogo entre Abraão e Jeová. Este repreende Abraão: “Sequer existirias se não fosse por mim!”. “Sim, Senhor, eu sei’, responde Abraão, ‘mas o senhor também não seria conhecido se não fosse por mim”. Em nossa época, mudaram os participantes do diálogo. São eles o homem e o universo” (a parte que vê e a parte que é vista).

A ciência moderna, como os sábios, diz a mesma coisa: somos os olhos e ouvidos de Deus.

.....................................

NÃO SOMOS DONOS DE NOSSA VONTADE

AQUELE QUE PENSA QUE ESCOLHE É IMATURO




Muitos crêem e afirmam que temos livre arbítrio e que, por nossa vontade, podemos usá-lo para o bem ou para o mal, neste caso nos distanciando do bom caminho.

Muita coisa há para se falar sobre esse assunto! Perdoem se repito o que já expus.

Sabemos que nem todos analisam os ensinamentos que lhes chegam às mãos, aquilo que lhes asseguram que é a verdade, para tentar compreender melhor; muitos, simplesmente, aceitam por confiarem nas fontes de onde vieram. Dentro desse propósito, lhe pergunto: Você já fez uma análise séria e profunda do que é o livre-arbítrio? Existe mesmo uma escolha ? Ou todas as nossas escolhas estão completamente ao que já conhecemos pelas experiências/lições que a escola, do bem e do mal, que é a vida, já nos proporcionou? Se bem observarmos, sem dúvida vamos verificar que todas as nossas escolhas correspondem ao nível de aprendizado (compreensão) que já temos. Livre-arbítrio é apenas um artifício usado pelas religiões na tentativa de explicarem o, para elas inexplicável, sofrimento do mundo. Pois veja: o que o livre-arbítrio proporciona senão a escolha “apoiada” naquilo que a escola que é a vida já ensinou? Veja só um exemplo simples de como nossas ações não dependem de uma escolha livre: você caminha por uma estrada que, de repente, se bifurca; por qual das duas vai continuar? Você não vai escolher no cara-ou-coroa; sempre vai analisar, por mais simples que seja essa análise, qual a estrada a seguir; a mais vantajosa, a mais sombreada, a de menos obstáculos, a que leva ao destino desejado. E essa análise é tão necessária que muitas vezes você a faz inconscientemente. O fato é que, pelas experiências anteriores de sua vida, já aprendeu que deve continuar por aquela que leva aonde você que ir, cuja ponte está intacta, cujo pavimento é melhor etc. Só não agem assim o dementado, desesperado, descontrolado, o ignorante e, por isso, podem até continuar pela estrada pior, ou cometer absurdos, como vemos no mundo. Mas esses não têm controle, não raciocinam, ou são ignorantes e, portanto, nem podem ser responsabilizados ou considerados culpados pelos seus erros.

Até para escolher entre guloseimas, você analisa: se o apetite é grande, a maior; se não, a que lhe parece mais saborosa etc.

; todas estão , e irremediavelmente presas às experiências da vida, às experiências do passado. A vida é que nos leva, a você e a todos, a escolher isto e não aquilo. Portanto, o chamado “livre-arbítrio”, é utopia, nunca é livre: está sempre preso ao conhecimento, à compreensão anterior, que já temos das coisas e do mundo. E se não é livre, não é livre-arbítrio, não existe livre escolha. Todas as escolhas que fazemos e todas as decisões que tomamos estão totalmente presas ao passado, ao conhecimento que já nos foi ministrado pela escola da vida e, assim, portanto, não agimos livres.

Do mesmo modo acontece em todos os aspectos da vida individual ou coletiva. Sempre, qualquer decisão ou escolha, da mais simples e inocente, como a escolha de um lápis, à mais complexa e imponderável, como matar um desafeto, ou fazer uma declaração de guerra, depende totalmente da experiência anteriormente adquirida. Não escolhemos livremente. Talvez, seja por coisas assim que o apóstolo Paulo tenha afirmado: “É o Senhor que opera em nós o pensar e o fazer”; e, ainda, como se tivesse a intenção de melhor se explicar, por dizer, por essas palavras, que nossos pensamentos, nossos desejos e nossas obras não são nossos, disse: “Não é por vossas obras que sereis salvos, mas pela graça de Deus”.

E mais uma coisa a analisar: se tivéssemos liberdade de escolha, porque escolhemos erradamente? Se podemos escolher entre fazer o bem e, em conseqüência, ser mais felizes, ou fazer o mal e, em conseqüência, ser mais infelizes, porque alguém, escolheria ser mais infeliz?!! É evidente que somente o ignorante, o descontrolado faz a escolha sem se valer do conhecimento que a vida já lhe deu.

Afinal, se bem observarmos, veremos que a é vida que “escolhe” por nós; que é a vida que nos faz agir e ser o que somos a cada instante e que, assim, é pelas suas lições que fazemos nossas escolhas, e nunca escolhemos por nossa vontade livre. A vida, com todas mais variadas influencias vindas das mais variadas experiências que nos oferece, é que nos molda, a cada instante, o caráter, a inteligência, o raciocínio, enfim, a vida é que nos faz o que somos: bom ou perverso, humilde ou orgulhoso, solidário ou egoísta, honesto ou desonesto, moral ou imoral; nenhum mérito tem aquele que acerta, como nenhum demérito, nenhuma culpa tem aquele que erra. Por isso os sábios afirmam: “É tão absurdo recriminar um malfeitor, quanto levantar uma estátua em homenagem ao benfeitor”.

.............................................................

NÃO MENOSPREZEMOS OS ANIMAIS DITOS IRRACIONAIS

“OS ANIMAIS TÊM SENSAÇÕES E SENTEM COMO NÓS"

"CANDACE PERT, Chefe de Química do Cérebro, da Divisão de Neurociência Clínica do Instituto Nacional de Saúde mental dos Estados Unidos:



Candace, descobridora das endorfinas, revolucionou nossas crenças sobre a origem das sensações, bem como sobre a suposição de que a mente está apenas localizada no cérebro. Descobriu que cada sítio receptor presente no cérebro também é encontrado nos monócitos, célula do sangue de papel fundamental no sistema imunológico. Verificou, também, que certas substâncias químicas que afetam a emoção também controlam o trajeto e a migração dos monócitos e que essas células, não só possuem receptores para vários neuropeptídios, iguais aos que controlam o ânimo, no cérebro, mas também sintetizam esses compostos e que todo o revestimento do trato intestinal, do esôfago até o intestino grosso, está forrado de células que contêm neuropeptídios e seus receptores. Talvez por isso, muitas pessoas sintam o efeito das emoções no estômago ou nos intestinos. Isso é tão verdadeiro que, ultimamente, o Tagamet, utilizado no tratamento de hiperacidez e úlceras, tornou-se o medicamento mais receitado nos EU. Gastrite, indigestão, gases, dor e sangramento são o preço que pagamos pelo fato de “canalizarmos” nossos sentimentos para o trato gastrointestinal e, a cada ano, milhares de pessoas morrem de hemorragia por úlceras gástricas e duodenais. Também descobriu que os animais possuem receptores que contêm neuropeptídios e que, portanto, também têm emoções como os seres humanos.

Suas várias descobertas sobre neurotransmissores, hormônios e sítios receptores mostram a semelhança dessas substâncias e estruturas com as encontradas em formas de vida não-humana. Até um microscópico e primitivo protozoário, o tetraimena, ser monocelular, sintetiza insulina e endorfinas iguais às dos seres humanos, e seu sítio receptor é igual ao nosso. Outros animais estudados (ratos, por exemplo) têm receptores para endorfinas. Isso aponta para a simplicidade e unicidade da vida. Cérebros de homens, de ratos e de protozoários microscópicos estão funcionalmente vinculados, com componentes moleculares idênticos, que nos seres humanos influenciam as emoções. E agora? Essas outras formas de vida têm vida emocional, já que apresentam requisitos fisiológicos e químicos para tal? Por que precisam de receptores para endorfinas, substâncias muito mais potentes que a morfina? Terão sentimentos os ratos e protozoários? Em resumo, essas descobertas desafiam a maneira um tanto arrogante com que nós, seres humanos, temos menosprezado o potencial de sentimento de formas de vida inferiores”.

UMA IDÉIA SOBRE O ZEN BUDISMO

Mensagem de um amigo:
Um companheiro pergunta porque os japoneses, sendo mais de 120 milhóes, parece que não têm religião. Só para que se tenha uma pálida idéia, lembro palavras de Johnston que, no exercício das funções de sacerdote católico, esteve vinte anos no Japão onde estudou e praticou a religião dos japoneses, em particular o Budismo Zen.

Johnston afirma que os ocidentais necessitam, com urgência, das práticas e ensinamentos do Budismo pois, sem isso, o Cristianismo continuará sendo, apenas, uma religião vazia e que não leva a nada

..........................................

“...Parece que, num acesso de humildade, a inflexível Igreja Católica sente (?) que tem a ganhar com o Budismo. Se eu tivesse ficado na Irlanda, minha terra natal, em vez de ter ido para o Oriente, eu não passaria, hoje, de um cristão intolerante a atirar pedras nos protestantes nas ruas de Belfast. O Budismo ensinou-me que no Cristianismo há possibilidades insuspeitadas. Hoje, pratico o Budismo da escola Zen como um modo de aprofundar minha fé cristã, prática que, para muitos cristãos, é ateísta, panteísta ou sem sentido. É que eles não sabem que a sabedoria mais elevada encontra-se, não nas idéias distintas e claras,na prática de preces e de amor ao próximo, mas no silêncio tranqüilo do cérebro que vai além de todo pensamento, raciocínio, imagem ou desejo.

...Percebi que os cristãos japoneses têm importante papel na renovação da igreja cristã: trazer a meditação para o Ocidente, e levá-la aos cristãos. Mas, isso será inútil se o Cristianismo não fizer renovação completa na sua metodologia mística, precisamente no aprofundamento das práticas meditativas.

O Budismo ensina o ‘distanciamensto’ de todos os apegos, até mesmo do apego ao eu. Isso para que outra coisa possa resplandecer em seu lugar: a natureza do Cristo, a iluminação que traz o fim de todo o sofrimento e de todos os males que afligem o homem. Na iluminação, a fé torna-se a convicção de que Deus está no mais íntimo de nosso ser; de que o que de mais verdadeiro existe em nós, não é nosso eu, mas o próprio Deus. À medida que o Zen se desenvolve, o eu desaparece e Deus vive e age em nós. Como disse Paulo: ‘Já não sou eu que vivo, mas o Cristo é que vive em mim’. Então, nossas ações já não serão nossas, mas de Deus, que é todas as coisas. Como Paulo ensinou, nossos pensamentos e desejosos, nossos atos não são nossos: “É o Senhor que opera em nós o pensar...”; e todos somos iguais: ‘Não existem coisas tais como o judeu e o grego, o escravo e o homem livre, o homem e a mulher, pois sois um só em Cristo’. Em resumo, os cristãos tirarão proveito do Budismo para aprofundar sua fé cristã pois, aqui no Japão, um número crescente de cristãos, orientais e ocidentais, estão descobrindo isso com a prática do Zen.

Seria bom para as igrejas cristãs adotarem essa metodologia e começarem novamente a ensinar a orar. O fato triste é que religiosos cristãos estão ensinando todo tipo de coisas, mas poucos ensinam a orar. Nós, ocidentais, sentimos grande necessidade disso, porque a vida contemplativa está incrivelmente subdesenvolvida nas nações desenvolvidas. Por isso nossa civilização se tornou desequilibrada a tal ponto que não consegue diferenciar um ser humano de um computador. Quando isso ocorre na dimensão religiosa, as pessoas são facilmente tomadas pelo ódio e fazem coisas absurdas, como vemos todos os dias. É horrível ver que isso está acontecendo com religiosos pois, enquanto deveriam encaminhar suas vidas para o encontro com Deus, por ignorância, sentem que nada tem sentido se não se puserem a se agitar e a fazer todo tipo de trabalho ‘em nome da caridade cristã’.

Os cristãos de hoje são como são, porque as doutrinas cristãs projetaram a imagem de uma religião distanciada da meditação; muita teoria e palavras e pouquíssimo silêncio cerebral. Palavras, palavras, palavras; exterioridade e não interioridade! É por isso que, o Ocidente necessita, com urgência, de uma transfusão de sangue do Budismo do Oriente.

Na experiência Zen, sem imagens, pensamentos, sem pedidos e súplicas, sem lembranças e esperanças, sem agradecimentos, relação sujeito-objeto, sem qualquer discurso ou diálogo, ‘eu’ me perco, não mais existo e Deus existe em mim. Paulo: ‘Não sou mais eu que vivo; é o Cristo quem vive em mim’.

Mas, como poderia o Budismo Zen fazer relevante a tradição cristã que data de dois mil anos? Ajudaria a acabar com todos os mitos, folclore, fantasias, lendas, ilusões e crenças ainda existentes nas doutrinas cristãs. A tradição judaico-cristã é totalmente teocêntrica. Tudo está na dependência de Deus. Isto se deve, talvez, à Bíblia, na qual tudo é atribuído a Jeová. Se a chuva cai, se alguém morre, se ocorrem tragédias, surge a doença ou a miséria, tudo é ‘graças a Deus’. Tudo, obra de Deus,

Como diz Paulo: ‘É o senhor que opera em nós o pensar e o fazer’, assim aquela maneira de falar da tradição cristã é legítima. Mas tem a desvantagem de ser imprópria ao homem moderno, extremamente antropocêntrico e que sente dificuldade para entender e aceitar uma terminologia que recorre incessantemente a Deus. Sem teorias e doutrinas, o Budismo Zen só pede para sentar e meditar e, de maneira prática, somos levados ao samadhi (experiência de ‘eu e o Pai somos um’). Só pede que sigamos os passos do Buda para termos sua natureza. É o que o Cristianismo precisa aprender e ensinar aos fiéis; sem muita teoria e doutrinas, sem complicações teológicas ou filosóficas, seguir os passos do Cristo, não nos seus exemplos, mas na busca do reino de Deus e da verdade libertadora. Só assim é possível a iluminação. A perseguição das preces, contemplação, do amor divino ou do Cristo etc., todas essas complicações deverão ser deixadas de lado. São coisas totalmente desnecessárias, pois a própria experiência é totalmente descomplicada.

Isso seria de enorme benefício para o cristianismo passado. Todas essas coisas, se desaparecessem, não digo que devam desaparecer, seu lugar seria ocupado por uma meditação simples e ao alcance de todos.”

.........................

sábado, 19 de março de 2011

terça-feira, 1 de março de 2011

NÃO SÃO AS OBRAS QUE LIBERTAM.

Amigos,

“Um jovem evangélico me disse, maravilhado, ter aprendido com o Pastor de sua comunidade que, conforme Tiago, "a fé sem obras é morta"...”.

Comentário: frente a essa afirmação, qual será o significado destas palavras de Paulo: “Não sois salvos por vossas obras, mas pela graça de Deus”?

É evidente que, como o amigo colocou, fé, caridade e obras (embora o mais significativo aí sejam as obras que se confundem com caridade, já que esta se confunde com amor) são importantíssimas para o homem, em particular em sua vida de relacionamento com o próximo. A fé é bom tê-la pois nos dá esperanças de um futuro de recompensas e felicidade; só isso.

Se nos despirmos de todo e qualquer preconceito, e fizermos uma profunda análise, vamos ver que sempre foi esse o objetivo dos Mestres, de cujas palavras nasceram religiões: conseguir um mais harmonioso relacionamento entre os homens, sempre e inevitavelmente, levados, pela vida, a tantos infortúnios e adversidades. Observem os mandamentos “recebidos” por Moisés e adotados pelo cristianismo, em suas diferentes doutrinas: não matar, não roubar, não cobiçar o que seja do próximo, não desonrar, não dar falso testemunho, não adulterar.

Observe que aí nada tem que signifique regra de “salvação”. Quanto aos três ou quatro primeiros são inócuos, pois apenas visam a que se respeite aquele ser poderoso que o homem tão somente “imagina” o que possa ser. E não só que se respeite, mas até que se tema, como ainda hoje ocorre com tantas ameaças que as religiões, não só as ocidentais, apregoam.

Veja o que todos os líderes, depois tidos por líderes religiosos, tiveram que fazer inicialmente: colocar ordem e tranqüilidade no povo. Esse é o exemplo de Moisés, liderando uma fuga pelo deserto de, fora as crianças, 600 mil pessoas, rebeldes, sofridas, desorganizadas, indisciplinadas, prontas para matar, roubar, cobiçar etc. Como esse povo o obedeceria, quando não tinha recurso algum, nem mesmo para transmitir suas ordens para que suas instruções fossem seguidas por aquela multidão desorganizada e nervosa, depois de tantos anos de escravidão? Somente despertando-lhe medo, o que fez apresentando-lhe um “Deus poderoso e cruel”, com ordens que, se negligenciadas pelo povo pagão, resultariam castigos terríveis e assustadores, como ocorreu tantas vezes. O mesmo fez Maomé, com seu povo.

Observe e verá que, ainda hoje, aquele medo persiste. Essa a razão de confissões e comunhões, promessas, sacrifícios, forçar a própria natureza para perdoar, para agir com amor ao próximo, penitências, orações etc. Como não podemos deixar de perceber, é o medo que está por trás de tudo isso; medo de não estar protegido, de não agradar ou de ofender a divindade; de não cumprir os mandamentos de sua crença e vir a ser, em conseqüência, sentenciado a penalidades torturantes e cruéis, ditas educativas.

O medo dos ancestrais ainda está em nós. E a crença de que agradando Deus seremos favorecidos, também. Quanta coisa o homem faz para agradar e, assim, conseguir o favor de Deus? Promessas de fazer ou não fazer; sacrifícios vários do próprio corpo, orações, serviços/caridade forçados ao próximo etc.

Quantas vezes a natureza do indivíduo ainda não tem condições de amar, mas ele a força, pois que acredita que deve seguir os conselhos de sua crença particular e que, assim, conseguirá méritos. Por isso, os sábios dizem que, enquanto não se “conhecer a verdade que liberta”, como disse Jesus, todas as virtudes são ou prematuras, imitações, forçadas ou falsas. O homem, muito do que faz quando parece virtuoso, o faz por receio da desaprovação de Deus. A expressão comum “sou temente a Deus” é significativa.

As lições de Jesus, em geral, tinham o mesmo objetivo: uma vida menos sofrida alicerçada no fato de todos se respeitarem naqueles aspectos citados; quando o Mestre disse “... dali não sairás até que tenhas pago o último ceitil...”, “... serás atirado ao fogo da geena...”, “... teu credor te levará ao juiz...”, “oferece a outra face”, “perdoai sempre”, observe que tudo visava a um relacionamento mais harmonioso com vistas a suavizar a vida daqueles homens já sujeitos a tantas desditas.

Isso é a religião popular, organizada: leva os homens a melhor se conduzirem e se respeitarem, sobretudo por temerem as conseqüências, tantas vezes inenarráveis, de seus “erros”. Por isso, muitos e sérios pesquisadores do cristianismo primitivo afirmaram que “‘pelo cristianismo de hoje, ninguém chega ao Pai”, que “a igreja cristã falhou, por estar fazendo a humanidade ocidental caminhar contra um muro, sem conseguir dar um passo na direção de Deus”.

As ameaças de inferno, umbral, castigos terríveis, encarnações multiplicadas ou dolorosas, produzem medo e despertam, em muitos, o esforço para praticar as “obras sem as quais a fé é coisa morta”.

Paulo afirmou, também: “É o Senhor que opera em nós o pensar, o querer e o fazer”; não estará aí a justificativa para “Não somos salvos pelas nossas obras...”?

Se é o Senhor que opera “nosso pensar, nosso querer e nosso fazer” como podemos ser culpados por “obras nossas”? Por isso, somos “salvos pela graça de Deus” e não por nossas obras que, na verdade, segundo Paulo, não são nossas.

Observa-se, assim, que também as quatro regras citadas pela DE, relativas às boas obras, à caridade visam o mesmo objetivo: uma vida menos infeliz conquistada graças a um melhor relacionamento entre os homens. Não há regras de “salvação”; estas, entre outras, estão nas palavras de Jesus: “Buscai em primeiro lugar o reino de Deus...” e em “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”, palavras que, podemos supor, muitos homens da época, e mesmo de hoje, nem mesmo alcançavam seu significado. Por aí vemos que é a "verdade que liberta"; não, as obras.

Abraços.

O ESFORÇO DA SEMENTE

Amigos,


Um amigo trouxe bela e sugestiva alegoria sobre o desenvolvimento do espírito encarnado/homem, de suas vicissitudes e de suas alegrias e felicidade ao “romper a casca, a terra e ver a luz do sol”, em um de seus fragmentos de vida... comparando-o com o desenvolvimento de uma sementinha, até se tornar árvore, no texto “O Esforço da Semente”.

Podemos ver, nessa alegoria, como podemos ver ao observar a vida, uma grande verdade que muitos, inclusive doutrinas e religiões, não vêem: o esforço da semente, de modo algum, é apenas dela isoladamente, como o “esforço” do homem, para se desenvolver e “crescer”, de modo algum, é apenas do homem isoladamente... O “esforço” é da da natureza, ou do universo como um todo orgânico, ou de Deus. Até mesmo para desprender-se da árvore e cair ao solo não foi por seu esforço, mas do conjunto da natureza, do movimento eterno do universo, onde se incluem o vento, a força da gravidade, o preenchimento das condições para soltar-se da arvore, isto é, o tempo de cair... (a sabedoria do Eclesiastes).

Cito parte do texto:

“E a (semente, agora árvore) acolhia a todos, satisfeita por poder ser útil. Sentia-se agora feliz e realizada; reconhecia o quanto devia à terra que a agasalhara em seu seio por tanto tempo, à água que mantivera sua vida latente, e ao calor do sol que lhe dera condições de crescer e se desenvolver”.

Cel: foi muito feliz a autora do texto, como o amigo que o trouxe. Mostra exatamente que nada é fruto de um esforço individual e sim de um conjunto ou totalidade, isto é, do “esforço” ou movimento do conjunto do universo, natureza, vento, chuva, terra, sol, fatores que lhe deram condições para nascer no fruto, viver na terra, perdurar mesmo frente a condições adversas; fatores que fizeram com se desenvolvesse convenientemente e, numa explicação usando uma palavra “perfeita”, que se desenvolvesse !

E, depois, todo o conjunto que a levou a existir, a natureza, se beneficia e se vale dela: pássaros, animais, vermes, homens e, mais à frente, novas sementes e novas árvores... Essa é a tarefa a que lhe é destinada pela própria natureza, pelo todo do universo, por Deus...

As “dificuldades” para romper a casca, a terra e ver a luz do sol, nada mais são que o movimento do universo, do todo, de Deus, estações, frio e calor... O processo pelo qual passa a semente está inserido num processo maior, o processo único da vida, processo globalizante que envolve, afeta e beneficia o Todo Universal, do qual fazemos parte a sementinha e nós.

Isolando-o, figurativamente, do processo global, o processo da semente é: semente, broto, árvore, fruto, semente, broto, árvore, fruto... sem fim.

Esse mesmo processo ou movimento universal envolve/engloba o homem que, como a semente, a cada instante é o que é porque as forças do universo, ou de Deus, como se queira, o fazem ser o que é...

Texto:

“Sentia-se importante a árvore de dar seus frutos e sombras aos homens e animais...”

Cel: outra alegoria feliz: é o que ocorre com os homens por desconhecerem esse processo universal que abrange o TODO; por desconhecerem essa verdade, as pessoas se julgam as fazedoras do próprio destino, pensam que são elas que estão agindo, se esforçando para ser o que são e, se o sucesso lhes chega, se enchem de orgulho por se julgarem mais capazes, mais vivas, inteligentes, “importantes”, capacitadas que as demais; daí também vem o egoísmo, vinculado ao ego, defesa contra aqueles que, imagina o homem, podem lhe usurpar o trono de “melhor que os demais”.

O texto, do início ao fim, mostra-nos exatamente que, nem a semente, nem nós somos os “fazedores” ou responsáveis por nossos destinos, ou dignos de méritos ou de deméritos, pelo que somos a cada instante; somos aquilo que a vida, a natureza, o movimento eterno, imprevisível e incerto do universo faz que sejamos a cada instante: saudáveis, fortes, inteligentes, bons, ricos, belos, alegres, solidários, humildes, felizes ou, por outro lado, doentios, fracos, néscios, perversos, miseráveis, feios, egoístas, orgulhosos, infelizes. Por tudo isso, porque não somos nós que nos fazemos, ao contrário, por sermos o que o universo faz que sejamos, é necessário que, percebamos que é culpado ou responsável por seus erros, como também, ninguém é merecedor de méritos por seus acertos. Não há culpas, porque não há “pecados” (afirmações não admitidas pelas doutrinas e religiões).

Se amigos que lerem e analisarem esta mensagem encontrarem alguma incoerência, absurdo, ou erro, por favor, os aponte para que possamos conversar a respeito. Digo isto porque para muitas, talvez, todas as religiões e crenças, o homem é que faz seu destino e é ele o culpado por seus desacertos.

Abraços.