Opiniões
sobre o egoísmo
Amigos
do fórum,
Infelizmente,
quase em geral, não gostamos de questionar, raciocinar ou refletir muito;
frente a um problema, dúvida ou questão q temos de resolver, nos contentamos em
permanecer na superfície, não nos preocupamos em ir a busca das causas ou raízes
mais profundas, das quais tenha se originado o assunto para o qual buscamos
solução ou q desejamos compreender.
Em conseqüência,
muitas vezes, iludidos, imaginamos q chegamos a compreender algo do qual, na
verdade, nada compreendemos. Por isso tantos erros em julgamentos q fazemos e,
talvez, daí aquela recomendação do “não julgueis!”.
Exemplo:
se aquele individuo de mau caráter, desonesto, briguento, agride, ou fere alguém,
ou furta, ou rouba, dirão, à guisa de explicação: “Mas ele é assim mesmo! É um
mau caráter, maldoso, desonesto, ladrão! Precisa ser punido...!” e o julgamento
está feito! Ninguém se preocupou em buscar, para um julgamento verdadeiramente justo,
as causas mais profundas q o transformaram no mau caráter q ele, hoje, é.
Assim, muitos agem e, conseqüentemente,
ficam pensando q compreenderam algo sobre o qual, na verdade, nada
compreenderam!
Isso, podemos ver, e com grande
freqüência, acontecer com relação a estes ensinamentos ou assuntos (tanto
relativos a teorias, qto a práticas) que, por termos total confiança nas fontes
de onde vieram, aceitamos, passivamente, sem questionar, raciocinar e,
sobretudo, sem hesitar.
Neste tópico, qto ao assunto “egoísmo”, podemos
perceber a verdade do q coloquei acima; sugere o texto da amiga X q “eles, por
terem mentes egoístas, cometeram atrocidades e, portanto, devem ser
condenados!” E o julgamento está feito e concluído e, quem julgou, acredita q o
julgamento está correto.
Mas, alguém procurou compreender as
razões de seu egoísmo, de sua maldade? Eles são culpados ou responsáveis por
serem egoístas?
Idêntica pergunta podemos fazer em
relação a “todas” as más qualidades, imperfeições, vícios, defeitos morais, por
mais monstruosos q sejam! E, sem dúvida, também em relação a todas as virtudes
q o homem, espírito encarnado, possa apresentar.
Essa pergunta, é verdade, será
rapidamente respondida com um “sim”, ou considerada absurda!
Mas, vamos raciocinar: fomos criados já “egoístas”?
Ou depois de criados nos tornamos egoístas? Ou, onde adquirimos esse defeito
moral q, conforme a doutrina, é a “maior chaga da humanidade”, a causa de todos
os males, conscientemente, praticados pelos homens? Porq o adquirimos? Nós
mesmos nos inoculamos, por nosso desejo, com esse terrível e nocivo (para nós e
para os demais) vírus, por vontade e escolha nossa, isto é, por nosso
livre-arbítrio?
Porq nossa natureza, facilmente, se
transforma em egoísta? O q ou quem é q
permite q nossa natureza seja assim? De onde vem o egoísmo? Como nasce no mundo
e no homem? Ao espírito encarnado cabe responsabilidade ou culpa por ser
egoísta? Por se deixar agir egoisticamente? Porq uns são egoístas e outros,
não?,,,,,,etc etc....
Se estamos, realmente, determinados em
conhecer profundamente o porq somos egoístas, essas perguntas são absolutamente
necessárias. Como colocado acima, e as pessoas sensatas concordarão com isso,
esse questionamento cabe em relação a todas as virtudes e a todos os vícios!
Mas, é isso que os homens fazem?!
É isso q este texto da amiga está
fazendo?!
Afirma, este texto, q o erro (um erro sobre
uma outra questão...) não é do LE, mas de nossa interpretação.
E, exatamente aqui, está a primeira
pergunta a ser feita: porq nossa interpretação não é a mesma do LE? Porq nossas
interpretações são tão gigantescamente desiguais com relação a tantas coisas
consideradas, para uns e outros, como verdades absolutas? E, vejam q, por essas
discordâncias nas interpretações, a confusão se generaliza e, muitas vezes, em
assuntos de extrema importância para a compreensão de o q é a vida, o mundo, o
porq do bem e do mal, do sofrimento, da felicidade e da infelicidade, de nossas
escolhas tão desiguais, das virtudes e vícios, de responsabilidades e culpas
etc etc.
Meus amigos, se quisermos ser justos e
compreender algo, não fiquemos na superfície; mergulhemos até o fundo. Como a
própria codificação sabiamente aconselha, a crença, a fé, deve ser raciocinada!
Usemos nossa cabeça, nosso discernimento, intelecto...! Não tenhamos receio de
refletir, raciocinar, se realmente estamos determinados a compreender!
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