quarta-feira, 18 de agosto de 2010

A EXPERIENCIA DE BLAISE PASCAL

UNA EXPERIENCIA QUE MERECE SER CONHECIDA



Experiência de Pascal, cientista, matemático, escritor francês, que merece ser conhecida por todos nós que buscamos Deus:

(Obs.: as palavras entre parênteses são minhas)



“A partir de certo dia, Pascal se esquivou do mundo, se afastou da sociedade e se tornou recluso em sua própria casa. (A reclusão entende-se quando nos lembramos de outros, como Jesus, nas chamadas “tentações”, no deserto; Paulo, que foi viver entre tecelões, depois de sua visão na estrada de Damasco, e outros que, depois da experiência, se retiraram para, na solidão, tentar compreender e “assimilar” a “luz” que lhes viera).

“Depois de certo tempo, Pascal recomeçou a escrever, mas suas obras, agora, tinham um caráter mais elevado, diferente das anteriores. Sua compreensão de vida e de mundo tinha se modificado de maneira drástica.

“Quando morreu, um criado encontrou, costurado com cuidado dentro da bainha de seu gibão (túnica), um pergaminho com os dizeres abaixo:



“Ano da graça de 1654, segunda-feira, 23 de novembro, dia de São Clemente, Papa e mártir... desde cerca das dez horas e meia da noite até cerca de meia-noite e meia... FOGO... FOGO (transfiguração, iluminação, como ocorreu com Jesus, Moisés, Buda, Francisco de Assis).

“Deus de Abraão, Deus de Isaac, Deus de Jacob, não dos filósofos e sábios. Certeza, alegria, certeza, sentimento profundo de alegria e paz (sentimentos indizíveis porque não existe meio de comunicá-lo a ninguém; a verdade é incomunicável, é aquilo que realmente somos, mas que temos de perceber por nós mesmos; como disse Paulo: “...e lá ouviu e viu coisas indizíveis...”).

“Deus de Jesus Cristo, meu Deus e teu Deus... Esquecido do mundo e de tudo, exceto de Deus (essa experiência só acontece quando se esquece de tudo, o que se obtém fazendo cessar o pensamento, fato que afasta o eu pensante).

“Ele só é encontrado nos caminhos dos Evangelhos. GRANDEZA DA ALMA HUMANA (por reconhecê-la o próprio Deus).

“Pai justo, o mundo não te conhece, mas eu agora te conheci. Alegria, alegria, alegria, lágrimas de alegria. Eu não me separarei jamais de Ti... Meu Deus, não me abandones, não me deixes separado de ti eternamente.

“Esta é a vida eterna que se ganha depois de te conhecer, o único Deus verdadeiro e aquele que tu enviaste – o Cristo... com ele tudo é Um (o percebimento traz uma vida repleta de felicidade e alegria; e cessa qualquer receio da morte, pois fica-se sabendo que a vida é eterna; e conhecendo-se Deus, conhecemos que nós o somos e que, tudo e todos, somos Um só).

“Eu me havia separado dele; eu o havia abandonado, crucificado (não tinha o percebimento);

“Que eu não seja jamais separado (sem o percebimento, estamos separados; com ele, tudo é um);

“Ninguém se salva a não ser pelo caminho dos evangelhos... RENUNCIAÇÃO TOTAL E DOCE... (renuncia-se àquilo que chamamos vida pois o que se tem, agora, é muitíssimo mais belo, natural e gratificante).

“Submissão total a Jesus Cristo e a meu Diretor (agora a ação é totalmente correta; não há o que escolher; temos plena percepção de que a consciência una, Deus, é que opera em nós; por isso, submissão total).

“Eternamente em alegria por um dia de exercício sobre a terra (esse instante jamais é esquecido, pois nos transforma radicalmente; é a ressurreição, o nascer do “novo homem”. Essa percepção, por mais rápida que seja, traz alegria para sempre; cessam todos os problemas, ignorância e sofrimentos)...

“Jamais esquecerei o que me ensinaste (como todos afirmam, o que se aprende naquele instante é mais do que se aprenderia em toda uma vida com os melhores mestres).

“Amém”.



Esse pergaminho existe até hoje. Recebeu o nome de ‘Amuleto Místico de Pascal’ e está na Biblioteca Nacional, em Paris.

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