terça-feira, 14 de janeiro de 2014

O LIVRE-ARBÍTRIO EXISTE?



      SOBRE O LIVRE-ARBÍTRIO - Existe ou não existe?
      Amigos,
      Quantas vezes acreditamos que um ensinamento, uma afirmação, uma questão, explicação ou resposta, em particular sobre assuntos religiosos, seja  mesmo  verdade, devido a termos confiança em suas fontes! Observem o que coloco abaixo, sobre conceitos profundos e, para as religiões, graves e básicos, que muitos consideram verdade, mas que não são:  
       Leiam o trecho a seguir:
      "E como os pensamentos não são verdadeiramente nossos, também não são nossos os desejos, as vontades que eles despertam e, conseqüentemente, nem as escolhas (livre-arbítrio) de fazer isto ou aquilo. Logo, nem mesmo somos responsáveis por nossas obras (pelo fazer), como disse o sábio e místico Paulo: "é o Sr que opera em nós o querer e o fazer!". 

      O amigo X estranhou e perguntou: Então as escolhas que fazemos, sejam certas ou erradas, não são, verdadeiramente, nossas?! Se não são, porq é que as religiões afirmam que nossos sofrimentos decorrem de fazermos escolhas erradas, que levam danos ao nosso próximo?

      Resposta: Você tem mesmo liberdade de escolher? Consegue se recordar de alguma coisa, por mais simples, fácil, corriqueira e sem conseqüências significantes que seja (como escolher um lápis, uma cor, um copo d'água ou de refrigerante, ou sentar-se nesta ou naquela cadeira), ou complexa, de conseqüências sérias, incertas e/ou perigosas (como matar alguém ou declarar uma guerra, qualquer coisa), que tenha decidido/escolhido fazer, em toda sua vida, ou que tenha observado na vida de alguém, que tenha sido uma escolha livre? 

      Todos nós escolhemos o tempo todo, desde que a consciência chega até que se vai mas, se o amigo bem observar, verá que nenhuma escolha é “livre” ou verdadeiramente nossa. Todas elas, sem exceção, estão totalmente “presas” ao passado, ao que já aprendemos, de bom ou de mau, nesta escola do bem e do mal que é a vida.

      Observe: de onde nascem as escolhas? Simplesmente brotam de nossa cabeça ou de nossa vontade?  Sem dúvida, vêm de nossa vontade mas, e nossa vontade de onde vem? Quem produz ou é responsável por nossa vontade? 

      Veja, a seqüência psicológica é esta: escolhemos fazer ou não fazer, ter ou não ter, ser ou não ser, isto ou aquilo, porq nos veio a vontade de assim escolher. Mas, de onde vem a vontade, senão do desejo? E de onde vem o desejo, senão do pensamento (imaginação, associação, lembranças, expectativas, esperanças...)? Concorda? 

      E de onde vêm os pensamentos? São criações nossas, são verdadeiramente nossos? Somos nós que provocamos seu nascimento, que lhes damos origem? Não e nunca! Os pensamentos são provocados por algo que está fora ou além de nós (além de nós espíritos, pois pode estar em nosso próprio corpo material). 

      Este é o processo: ações, eventos, coisas exteriores, -> captadas ou percebidas por nossos canais de ligação com o mundo – visão, audição, olfato, paladar, tato, ou por alguma sensibilidade paranormal; -> dão lugar a reações interiores - interpretações pelo cérebro, ou área psicológica -> que dão lugar aos pensamentos -> que podem, ou não, se associar com aquilo que já está arquivado na memória, resultante de idêntico processo anterior, -> que modificam ou não o pensamento inicial; -> do pensamento vem o desejo de ter ou não ter, ser ou não ser, fazer ou não fazer aquilo que percebemos no exterior; -> do desejo nasce a vontade, forte ou fraca, de conseguir ter ou ser etc...; -> daí resulta a decisão ou escolha de agir para concretizar o escolhido.    

      Reflita bem sobre isso, e me diga alguma coisa. Vc vai verificar que os pensamentos não são verdadeiramente nossos; não são provocados por nós. Nem mesmo temos controle sobre eles (e isto podemos comprovar por um teste de dois minutos e um pouco de boa vontade). 

      São eles e, conseqüentemente, a mente (eu inferior, mente inferior, condicionada ou localizada etc) que nos comandam e, por isso, vamos daqui para lá, de lá para mais além, acertamos ou erramos, gozamos ou sofremos, e ficamos acreditando que fomos nós mesmos que escolhemos acertar ou errar, gozar ou sofrer.

      Por isso, disse Paulo, o apóstolo que levou o cristianismo ao mundo então conhecido, mas cujos ensinamentos não são plenamente aceitos pelas doutrinas cristãs, porq aparentemente (só aparentemente) discordam de ensinamentos de Jesus: “É o Sr que opera em nós o pensar, o desejar e o fazer!”, mostrando que nem os pensamentos, nem os desejos e, conseqüentemente, nem as escolhas e ações/obras são verdadeiramente nossos. 

      No mesmo sentido, disse tb: “... como se tivésseis algum pensamento como de vós mesmos, pois todos os pensamentos vêm de Deus!”. E, talvez para que não estranhássemos o fato de que sofremos mesmo que as escolhas erradas não tenham sido “nossas”, ainda disse: “Não é por vossas obras que sereis salvos...!”  

      Muitas revelações que vêm de desde séculos ou milênios A.C até nossos dias, e revelações da ciência moderna afirmam: “A escolha não é nossa!”

      Mestre e sábios afirmaram: “aquele que pensa que escolhe é imaturo: está ainda no jardim da infância das coisas do espírito e, dificilmente, chegará à graduação universitária!” 
      Jesus também disse coisa semelhante.
      Mas, vejam bem, não é pelo fato de sábios, a ciência, Paulo terem dito isso, que temos de, ou devemos crer que a escolha não é nossa, mas, pelo fato de que, facilmente, podemos provar que isso não é verdade. (Já colocamos várias vezes no FE como fazer essa comprovação).

      Abç.
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