quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

FALA-ME, SENHOR!




FALA-ME, SENHOR!                                            
 (ribpreto, 12/05/90)

Fala-me, Senhor!
Com Tua voz silenciosa, fala-me!
Ensina-me o próximo passo do caminho.                                                                                            Ao longe, as luzes prometidas me atraem
E, sem forças para resistir, avanço.

Os precursores nos informaram maravilhas,
As quais aumentam o clarão distante.
Vencida uma etapa, inconscientemente percorrida,
A seguinte se apresenta exigindo consciência,
Atenção e serviço, desempenho e esforço,
Muitas vezes embaraços, bloqueios, obstáculos.

Agora, parece, nada mais a fazer; tudo já foi tentado.
Aguardo Tua voz, que me ensine o próximo passo.
Espero impaciente, mas de mente aberta,
A manifestação divina que me oriente
Qual bússola apontando o norte.
Como deixar crescer o ímpeto da marcha,
Sem saber fazer ampliar o ímpeto da alma?

É isso que peço a ti: devoção, mar imenso
De ondas que arrebatem o pequeno barco que eu sou
E me lancem às praias de Teus braços.

Fazer chorar, se preciso, todo meu ser;
Tremer, se necessário, o coração.
Abalar a mente, a razão inquietar.
Mas, ao final, mostrar-me a claridade
Da luz matinal, do áureo alvorecer.

Tu estás aí, iluminando, com chamas inextinguíveis,
O universo todo, toda a criação.
E, aí, nesse fogo divino, nessa imensidade luminosa
É que procuro adentrar.

Senhor, ensina-me a sentir-te e a chorar.
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