sábado, 11 de maio de 2013

CONSCIÊNCIA E AUTOCONSCIÊNCIA DOS ANIMAIS


      Consciência e autoconsciência dos animais

      Considerando-se o q vai abaixo, logo de início levanto uma questão: os animais foram criados para servirem ao homem, como alimento, diversão, objetos para o descarregamento da raiva embutida, e outros fins?

      (Obs: amigos, infelizmente não cito as fontes; colecionei sempre, estes e outros textos, para meu “consumo próprio e de minha família”; por isso não procurei anotar as fontes. Quem se interessar, encontrará estes trechos e outros mais na internet)

      - Pesquisas realizadas com todo o rigor científico comprovam que os animais são semelhantes a nós humanos, inclusive nas características subjetivas:

      - "... o homem e os animais superiores têm todos os mesmos sentidos, as mesmas intuições e as mesmas sensações; têm paixões, afetos e emoções similares, até mesmo os mais complexos como o ciúme, a suspeita, a emulação, a gratidão e a magnanimidade; eles enganam e se vingam; têm às vezes o senso do ridículo e até um senso de humor; sentem espanto e curiosidade; possuem as mesmas faculdades de imitação, atenção, deliberação, escolha, memória, imaginação, associação de idéias e raciocínio, embora em graus bem diferentes." (p.87)...

      - Renomados neurocientistas, psicólogos, etólogos (cientistas do comportamento das espécies animais), biólogos, entre outros, defendem a existência de processos mentais análogos aos do ser humano, até mesmo nos invertebrados, insetos, moscas, formigas, aranhas e seres monocelulares, e iguais características psicológicas. Negar q os animais têm sensações e sentimentos semelhantes aos dos homens, hoje é absurdo em vista das comprovações científicas...

      - ... animais usam de estratagemas inteligentes, planejamento, malícias em seus  mecanismos de localização de presas, como os morcegos através da produção de vocalizações ultrassônicas ("sonar", dos submarinos), aranhas, através das vibrações das teias...

      - Já existe mesmo entendimento comum a muitos pesquisadores no sentido de que o morcego seja objeto de reflexão tanto para o cientista do comportamento animal (etólogo) quanto para o físico e até para o filósofo.

      - Já se defende a idéia que o conhecimento de um animal é produto de uma construção. A partir da observação de como ele se orienta no ambiente, dos objetos que procura ou que o incomodam e dos quais foge, do modo como lida com animais da mesma espécie (coespecíficos), de sua comunicação, etc., chega-se a uma imagem integrada de seu modo peculiar de ser, enquanto indivíduo e membro de uma espécie. Cria-se empatia e respeito, descobre-se como cuidar dele e, às vezes, como interagir com ele sem que a semelhança com o comportamento ou a consciência do ser humano sirva de critério primordial...

      - Os animais têm lembranças, do passado, e antecipações (expectativas, imaginação) de situações futuras... “Tais características e capacidades (inerentes aos pensamentos, raciocínio etc) levam, freqüentemente, o animal a efetuar comparações entre duas ou mais representações (soluções de problemas) e a escolher e decidir acerca do comportamento que ele acredita capaz de levar aos resultados desejados, ou a evitar resultados negativos." (1991, p.5).

      - O estudo comparativo, com o da evolução da inteligência humana, forneceu evidências de que ‘parece’ haver uma "massa crítica" de neurônios que, alcançada, leva o animal a  conseguir chegar a uma consciência semelhante à dos humanos, incluindo quanto à linguagem e cognição; e estas propriedades da mente, parecem estar ‘já’ presentes em outras espécies com cérebros altamente desenvolvidos, embora em forma mais primitiva ou reduzida, em relação ao homem.

      - Os animais são incapazes de comunicar isso diretamente a nós, porque eles não têm linguagem... mas há espécies que já (gorila Kenzi), demonstraram que são capazes de inventar novas palavras, construir frases abstratas e expressar seus sentimentos através da Linguagem Americana de Sinais (para surdos-mudos) ou linguagens simbólicas baseadas em computadores.

      - ... parecem ter modelos de mente e que são capazes de representações da realidade bastante sofisticadas. Por exemplo, chimpanzés conseguem localizar rapidamente objetos ocultos em ambientes complexos, quando lhes é mostrado, através de uma maquete miniaturizada, onde os objetos estão escondidos.

      - Na natureza, sabe-se que os chimpanzés são capazes de elaborar roteiros e estratégias complicadas com o objetivo de enganar competidores e obter vantagens, mudar de lado (de partido, nos relacionamentos) ou atraiçoar-se mutuamente. Sabe-se, inclusive, que eles são capazes de mentir e dissimular, uma qualidade que é a quintessência (acepção mais importante, o q há de fundamental, de mais complexo) da mente humana, que exige a capacidade de "observar a operação de sua própria mente", e de fazer operações mentais indutivas, dedutivas e abdutivas (estudo de hipóteses para solucionar um problema) com base em informação externa.

      - Chimpanzés reconhecem a si próprios em um espelho, por exemplo, uma proeza de que nenhum outro animal é capaz. Assim, podemos dizer que eles são capazes de auto-percepção! 

      - ... são aptos quanto à fabricação de ferramentas e ao seu uso para resolver problemas de forma adaptativa, o que evidencia notáveis habilidades mentais, uma capacidade para invenção e criatividade que anteriormente pensava-se ser uma exclusividade do Homo sapiens. 

      - Até mesmo o "campo sagrado" da mais poderosa das operações simbólicas mentais, a aritmética e a matemática, parece não ser mais uma exclusividade do homem (4). 

      - Experimentos com macacos rhesus feitos por Herbert Terrace e Elizabeth Brannon demonstraram que os macacos têm status de "conscientes, sencientes (que têm consciência de terem consciência) e pensantes"...  Enquanto a mente de um humano é, como se pressupõe, mais complexa do que as mentes dos outros animais, a verdade é que estas diferenças são apenas de grau e não de género, como defendeu Charles Darwin, o precursor da biologia moderna.2.

      -  neurocientistas  do comportamento, com doutorado em etologia,  mostraram que aos animais também pertencem as faculdades de cognição,  auto-consciência e a senciência... existente até em animais invertebrados, insetos....

      - Essas descobertas nos permite estabelecer argumentos capazes de fazer incluir os invertebrados na esfera da moralidade...

      - ... o animal assimila, processa e armazena informações antes de agir e age de acordo com o que processou (Dawkins 2001). Para a etóloga britânica Marian Stamp Dawkins, a consciência é o maior mistério ainda por desvendar que a biologia enfrenta (Dawkins 2001) e, assim mesmo, são famosos os estudos de neuropsicólogos e etólogos, nas décadas de 70 e 80, do século passado, sobre a linguagem gestual (através de gestos, expressões faciais, movimentos do corpo) e mesmo sobre a linguagem pela emissão de sons, como entre baleias, golfinhos, cães, gatos, pássaros e outros... 

      - A dúvida persiste sobre se os símios antropóides são capazes de verem a si próprios como indivíduos e de pensar em pensamentos[2]; entretanto, em relação a outras espécies animais, já se concluiu que estão nesse caminho,  como golfinhos, elefantes e pegas (espécie de aves). 

      - ... peixes (denominados vertebrados inferiores) são capazes de experimentar dor física e psicológica de modo muito análogo aos mamíferos, inclusive ao homem.  Os animais inferiores, do mesmo modo como o Homem, manifestamente sentem prazer e dor, alegria e tristeza. (...) 

      - Até os insectos brincam juntos (- Huber, estudou formigas perseguindo-se umas às outras e fingindo se morderem, como se fossem cachorrinhos ou gatos brincando), como foi descrito pelo excelente observador P, ser humano que vive o princípio da “reverência” pela vida, Schweitzer (1923) escreveu:

      “Se ele sair à rua após uma tempestade e vir uma minhoca que se perdeu, ele compreende que ela secará ao Sol se não alcançar rapidamente terra húmida onde rastejar, e então ele remove-a das pedras mortíferas e a devolve à relva luxuriante. Se ele passar por um insecto que caiu numa piscina, dá-se ao trabalho de lhe fazer chegar uma folha ou galho no qual ele possa trepar e salvar-se”.

      - “... Apesar de afirmar que a consciência não é o principal factor a ter em conta, embora considerado muito importante, nada justifica o sofrimento perpetrado a animais de forma gratuita, injustificada e cruel. Já se abre o benefício da dúvida a todos os animais e não só aos vertebrados acerca de possuírem consciência e autoconsciência semelhantes aos humanos. 

      - Após duas décadas de pesquisas, comprova-se que a consciência não é uma característica exclusiva dos seres humanos. Outros animais têm ciência da própria existência e empatia pelo próximo.

      - ... Os seres humanos não são os únicos animais que têm consciência. Um grupo de neurocientistas — doutores de instituições de renome como Caltech, MIT e Instituto Max Planck — publicou um manifesto asseverando que o estudo da neurociência evoluiu de modo tal que não é mais possível excluir mamíferos, aves e até polvos do grupo de seres vivos que possuem consciência. O documento divulgado no último sábado (7), em Cambridge, esquenta uma discussão que divide cientistas, filósofos e legisladores há séculos sobre a natureza da consciência e sua implicação na vida dos humanos e de outros animais.

      - Leia mais: A íntegra, em inglês, do manifesto que afirma a existência da consciência em todos os mamíferos, aves e outras criaturas, como polvos...

      - ... Apresentado à NASA nesta quinta-feira, o manifesto não traz novas descobertas da neurociência — é uma compilação das pesquisas da área. Representa, no entanto, um posicionamento inédito relativo sobre a capacidade de outros seres perceberem sua própria existência e o mundo ao seu redor. 

      - Em entrevista ao site de VEJA, Philip Low, criador do iBrain, o aparelho que recentemente permitiu a leitura das ondas cerebrais do físico Stephen Hawking, e um dos articuladores do movimento, explica que nos últimos 16 anos a neurociência descobriu que as áreas do cérebro que distinguem seres humanos de outros animais não são as que produzem a consciência. "As estruturas cerebrais responsáveis pelos processos que geram a consciência nos humanos e outros animais são equivalentes; animais também possuem consciência.", afirma Low.

     - Estudos recentes, como os da pesquisadora Diana Reiss (uma das cientistas que assinaram o manifesto), da Hunter College, nos Estados Unidos, mostram que golfinhos e elefantes também são capazes de se reconhecer no espelho. Essa capacidade é importante para definir se um ser está consciente. O mesmo vale para chimpanzés e pássaros. Outros tipos de comportamento foram analisados pelos neurocientistas. "Quando seu cachorro está sentindo dor ou feliz em vê-lo, há evidências de que no cérebro deles há estruturas semelhantes às que são ativadas quando exibimos medo e dor e prazer", diz Low.

      - Personalidade animal - Dizer que os animais têm consciência pode trazer várias implicações para a sociedade e o modo como os animais são tratados. Steven Wise, advogado e especialista americano em direito dos animais, diz que o manifesto chega em boa hora. "O papel dos advogados e legisladores é transformar conclusões científicas, como essa, em legislação que ajudará a organizar a sociedade", diz em entrevista ao site de VEJA. Wise é líder do Projeto dos Direitos de Animais não Humanos. O advogado coordena um grupo de 70 profissionais que organizam informações, casos e jurisprudência para entrar com o primeiro processo em favor de que alguns animais — como grandes primatas, papagaios africanos e golfinhos — tenham seu status equiparado ao dos humanos. 

      - O manifesto de Cambridge dá mais munição ao grupo de Wise para vencer o caso. "Queremos que esses animais recebam direitos fundamentais, que a justiça os enxergue como pessoas, no sentido legal." Isso, de acordo com o advogado, quer dizer que esses animais teriam direito à integridade física e à liberdade, por exemplo. "Temos que parar de pensar que esses animais existem para servir aos seres humanos", defende Wise. "Eles têm um valor intrínseco, independente de como os avaliamos."

      - Questão moral -
      “Ostra feliz não faz pérola” não é mais uma questão de “crença”, dito popular ou de opinião… é um fato observado cientificamente...

      - ... aliás, há muito tempo, em diversos estudos e pesquisas, mas que só agora estão sendo conhecidas pelo mundo não-científico, já se provara q animais têm consciência de si mesmos e do mundo ao seu redor (variando de espécie para espécie, e dentro, é claro, daquilo que podemos MEDIR cientificamente).

      - ... projeto em parceria com o físico Stephen Hawking, de 70 anos. Low quer ajudar Hawking, que está completamente paralisado há 40 anos por causa de uma doença degenerativa, a se comunicar com a mente. Os resultados da pesquisa foram revelados no último sábado (7) em uma conferência em Cambridge. Contudo, o principal objetivo do encontro era outro. Nele, neurocientistas de todo o mundo assinaram um manifesto afirmando que todos os mamíferos, aves e outras criaturas, incluindo polvos, têm consciência. Stephen Hawking estava presente no jantar de assinatura do manifesto como convidado de honra.

      Amigos,

      Nós, os animais racionais, e os chamados, até agora, de irracionais, somos irmãos, temos a mesma origem. Talvez a diferença, a única diferença entre uns e outros, resida no cérebro e nas conseqüentes diferenças q ele proporciona.
................................

Nenhum comentário:

Postar um comentário