Amigos,
Um amigo diz que o que determina o grau de evolução do espírito é o grau de amor e que, portanto, o espírito é mais evoluído quanto mais amor tem. Diz que o que determina o grau de inteligência é o grau de progresso espiritual e, assim, o espírito é mais inteligente quanto mais progresso espiritual tem. Diz, ainda que o espírito continua progredindo em inteligência, independete do grau de amor que tenha. E que, por progredir em inteligência, ele pode ser tão ou mais poderoso do que aquele que evolui pelo amor.
Mas, afinal, o que é a inteligência? Inteligência é a faculdade de compreender; quanto mais inteligente alguém é, maior compreensão, maior conhecimento, maior percepção tem sobre seus problemas e, conseqüentemente, com mais facilidade pode resolvê-los.
E lhe pergunto: é inteligente desejar ser infeliz? Não é a infelicidade conseqüência dos problemas que não conseguimos resolver ao modo que queremos? É isso que esses espíritos, que você diz que, sem amor, podem progredir em inteligência, conseguem: infelicidade!
E porquê? Porque, na realidade, não são inteligentes; podem ser espertos, vivos, perspicazes, astuciosos, sagazes, maliciosos, mas numa analise mais profunda, não são inteligentes.
Observe que por mais pervertido/perverso (sem amor, portanto) ou por mais ilibado/puro (com amor, portanto) seja o homem, no final de contas, tudo que ele faz é no sentido de encontrar a felicidade. Tudo que o homem faz, seja o mal, o errado, ou o bem, o certo, é por seu desejo de ser feliz: a vingança, o assassinato, o roubo etc que alguém comete é no desejo de ser mais feliz; a caridade, o amor ao próximo, o altruísmo que fazem tb têm o mesmo objetivo (se não houve espontaneidade, em sua prática.
Mas, qualquer um, poderoso no mal, agindo como age, está sempre temeroso de que descubram seus erros; em planejar seus crimes de um modo que, suas vítimas ou a justiça dos homens, não o alcancem; está sempre se escondendo; nunca está tranqüilo, nunca está de cabeça e mente abertas. Pende sobre sua cabeça, o ódio, o desejo de vingança, de lavar a honra etc, dos semelhantes a quem deve alguma coisa, e tantas coisas mais. E a vantagem de ser inteligente e, em conseqüência, poderoso no mal, lhe traz apenas satisfações ou felicidades “temporárias”.
Enquanto o puro/ilibado, crescendo em amor, cresce também em inteligência, pois sua faculdade de compreender se amplia, já que tem uma mente e uma consciência mais tranqüilas, sem tantos medos, porque nada deve. E a vantagem deste é poder chegar a satisfações ou felicidades “definitivas”.
Veja, como o sábio Jesus afirmou: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. Como conhecer a verdade se a mente está repleta de receios, intranqüila, ocupada por seus problemas, muitas vezes cheia de remorsos etc? O homem mau pode ser feliz enquanto lhe dura a satisfação do que tem conseguido com suas maldades; logo sua felicidade é temporária. Mas, aquele que busca a verdade pode encontrar uma felicidade integral, sem fim, absoluta. A compreensão da verdade liberta de tudo aquilo a que estamos presos ou de que dependemos: afetos, amores, medos, vícios, males físicos ou psicológicos etc, que são fruto da ignorância em que nos achamos mergulhados.
Aqueles que conheceram a verdade, movidos pela compaixão nascida ante o sofrimento dos homens, muitas vezes arriscaram a própria vida para nos ensinar que podemos nos libertar de todos os problemas e sofrimentos, de todas as dependências; que podemos afastar, totalmente, a ignorância e substituí-la por conhecimento e sabedoria além daquela que o mundo conhece. E que, em vez de apegos que nos escravizam e fazem sofrer, teremos, no coração, um amor ainda desconhecido; um amor incondicional, que nada exige, nem reciprocidade, nem reconhecimento.
Por isso, Jesus, ensinou que o conhecimento da verdade nos libertará de toda infelicidade; Sidarta, o Buda, disse que esse conhecimento é o fim de todo sofrimento; outros, ainda, que é a bem-aventurança, a serenidade, a “felicidade total”. E a Verdade só pode vir quando a mente está totalmente tranqüila.
Até mais.
segunda-feira, 6 de junho de 2011
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