Religião ou ceticismo? Há uma terceira alternativa?
Vejam amigos, inegavelmente, o mundo e a vida são mais cheios de sofrimentos, confusão e conflitos do que de alegrias, felicidades e harmonia.
Todas as perguntas referentes ao porquê da vida e de todos os seus problemas e sofrimentos, invariavelmente caem nas respostas da religião ou dos céticos: para os primeiros, todo os males e sofrimentos se devem à desobediência do homem, a criatura, às leis de Deus, o criador, e não há o que fazer senão levar o homem, em geral pelo sofrimento, a repensar seus erros e a obedecer às leis de Deus. Para os céticos, os males e sofrimentos, ou as alegrias e a felicidade, se devem ao acaso, ao “tudo é assim porque é assim”, e não há o que fazer, senão esperar pelo progresso da ciência para tentar minimizar os sofrimentos.
Essa é a condição em que vive o ser humano.
Contudo, para certas mentes mais abertas, há uma terceira alternativa: Freud afirmou que o sofrimento é inevitável e que a solução é tentar derrotá-lo pelo que a ciência oferece. No entanto, há outra solução: alterar os processos da consciência comum e buscar o “estado de Cristo ou de Buda”, isto é, aniquilar o “ego” e fazer resplandecer o “Eu”. Este acaba com todos os sofrimentos, sejam quais forem e é atingido principalmente pela meditação e, uma vez alcançado, extingue os demais estados - ignorância, medo, ansiedade, depressão, orgulho, egoísmo, ciúme, inveja, violência etc - que são os causadores de todos os sofrimentos do mundo.
O estado de Cristo ou Buda possui uma coerência de ordem mais elevada do que tudo que é oferecido por qualquer ramo da psicologia ocidental. A psicologia oriental ensina, e os ocidentais, hoje, estão compreendendo, com apoio nas descobertas da física quântica que, pela meditação, esse estado pode ser atingido por “todos”.
Nos últimos anos ficou comprovado que as suposições ocidentais, acerca de quem e do que somos e do que podemos vir a ser, estavam erradas. É que nós não conhecíamos o extraordinário potencial para o bem-estar e para o crescimento psicológico extremo, que o ser humano possui.
Como muitas dessas novas descobertas não são aceitas pela psicologia ocidental, surgiu a psicologia “transpessoal”, com apoio, principalmente, na física quântica e na sabedoria das tradições místicas. Seus interesses incluem pesquisas sobre estados transpessoais de consciência, isto é, consciência além do ego; consciência cósmica, bem-aventurança, êxtase, experiência mística, caminhos espirituais, compaixão, percepção e práticas de meditação. É transpessoal porque leva a experiências que estão além da identidade e da personalidade do “ego”. Esse potencial pode ser alcançado pela meditação e até, mas muitíssimo raramente, por maneira espontânea.
A psicoterapia e a psicologia do Ocidente só eram dirigidas à cura de doenças da psique, nunca com muito sucesso, e ao enaltecimento do ego; nunca à saúde ou ao crescimento do ser pela ampliação da consciência.
Aqui, no Ocidente, não era aceita a existência de estados alterados de consciência, estados verdadeiramente superiores ao nosso estado de consciência ordinário ou comum. Esses estados, alterados ou superiores, muitas vezes trazem expansão da consciência para além das fronteiras do ego e do espaço e tempo. Comuns na tradição oriental, eram considerados, pelos cientistas ocidentais, como regressões patológicas e mesmo doença mental.
Utilizando psicodélicos (que causam embrutecimento mental), e práticas de meditação, muitas pessoas começaram a viver experiências extraordinariamente poderosas de estados não comuns de consciência, que iam além das experiências do dia-a-dia ou de qualquer conhecimento da psicologia do Ocidente. Isso incluía experiências que, pela história, só ocorreram, rara e espontaneamente, em indivíduos que haviam dedicado a vida a disciplinas meditativas ou religiosas, como os místicos e os chamados ‘santos’.
Aquilo que, durante séculos, os ocidentais julgaram ser superstições, mentiras ou patologias, tornou-se, sem sombra de dúvida, verdadeiro e, sempre, o acontecimento mais importante na vida de grande número de pessoas. Assim, Jung afirmou: “é a mais importante e sublime experiência do ser humano” e ainda: “O fato, que tenho comprovado numerosas vezes, em meu consultório, é que a experiência mística é a verdadeira terapia e, na medida em que as pessoas passam por essa experiência, elas se afastam da maldição da patologia”. Assim, quanto mais próximos estamos de “sentir” Deus, mais longe nós estamos das doenças do corpo e da mente.
Anteriormente, entre os ocidentais, e quase sempre por meio de procedimentos equivocados, a meditação era praticada com o objetivo de se eliminar o estresse e trazer um pouco mais de calma ante os normais eventos perturbadores de nossa tranqüilidade, que ocorrem no dia-a-dia da vida. Hoje, em face de revelações trazidas ao Ocidente e vindas de tradições orientais milenares e, atualmente, apoiadas pela nova ciência – a física quântica – compreende-se que a meditação pode levar àqueles estados superiores de consciência que, eventualmente, podem permitir acesso à dimensão divina.
domingo, 26 de junho de 2011
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