segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

  CONSCIÊNCIA  CÓSMICA    (jcl-rp-12/04/85)
 
       O homem foi além do eu.
       Os opostos e as interpretações equivocadas cessaram.
       As ilusões se dissolveram como fumaça ao vento.
       Não há mais perguntas, nem há respostas.
       Não mais receios da morte ou da dor, não mais vida finita, não mais limitações sem fim.
       O homem é todo Luz, suavidade, serenidade, paz, imensidade.
       Agora, ele é o eterno, o infinito, é sabedoria e bem-venturança.
       É amor e alegria e serviço incondicionados, amplos, puros.
       É compaixão em toda sua plenitude.
       Percebe, agora, que tudo tem sentido, razão, objetivo.
       Tudo está certo, completo, perfeito.
       Nada é por acaso, nem nos átomos, nem nas galáxias, nem na mente.
       As nuvens escuras deram lugar à claridade e o homem vê que tudo obedece a determinismo inexorável, justo, perfeito, elevado, que objetiva uma felicidade inexprimível final.
       Não há o que mudar e nada pode ser mudado.
       Os fenômenos todos, toda a diversidade de coisas, forças, seres, cores, sons, vibrações, se interligam, se interpenetram, se complementam, se completam.
       Nada é demais, nada é de menos.
       Nada falta, nada excede.
       A medida é contínua, as ondas se desenvolvem em amplitudes contíguas, as vibrações se harmonizam.
       O Universo é uma grande orquestra que Deus, soberano, rege com suas leis inderrogáveis.
       O homem participa do Todo e sua mente alcança suas razões e seus porquês. Conhece os fenômenos mais íntimos e vê, no fundo, além da superfície, o desenrolar dos eventos, dos madurecimentos, e da criação e destruição de seres e coisas.
       E tudo está correto; não há falhas, não há hesitações nem titubeios.
       No todo e nos detalhes, do macro ao microcosmo, a Lei impera, age, opera e faz as rodas da Vida e dos fenômenos girarem sem atritos, sem desajustes, perfeitamente lubrificadas, ajustadas, engrenadas.
      Na imensidade do cosmos, o movimento harmônico se expande com grandeza, esplendor e perfeição.
      A diversidade se integra e se complementa na Unidade.
      Tudo é um só e único Ser, de magnificência e poder indescritíveis.
      A onipresença, a onisciência estão perceptíveis e o homem se regozija, olvidando o passado, suas dores e percalços. Nada mais é buscado, desejado, pedido; não há mais necessidades. O homem é tudo e não é mais homem. Deus e Luz se confundem com ele.
      A identidade se perde no infinito e no eterno, sua vida unida às outras vidas, sua mente unida às outras mentes, mas continua, agora perfeita, sábia, sem cansaços, sem esforços, sem desgastes.
      Compreende, porque sabe, tudo aquilo que ficou para trás.
      Pecado, fome, morte, sofrimento não mais existem, nem pesam suas razões, nem sua intensidade passada.
      O que existe agora é Integração, União, Fusão.
      Eu Sou.
      

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