Este é um post para provocar reflexões. Já tentei mostrar, antes, que minhas colocações têm por objetivo fazer refletir, pois é a reflexão que nos ajuda a melhor compreender as coisas da vida e de Deus. Com o refletir podemos tornar mais claros determinados pensamentos, conceitos e lições.
Cito palavras de post de uma amiga:
"O homem, em grande número de casos, é o causador de seus próprios infortúnios. Mas, em vez de reconhecê-lo, acha mais simples, menos humilhante acusar a Providência, a má estrela, ao passo que... é apenas a sua incúria. Questão: “Por que os jovens escolhem o caminho das drogas?” Resp: “... a rejeição, caracterizada pelo abandono a que se sente relegado no lar, que o acompanha... em toda parte, tornando-o amargurado e infeliz. Sentindo-se impossibilitado de auto-realizar-se... foge para dentro de si, rebelando-se contra a vida... contra todos, o que é verdadeira desdita. Daí ao desequilíbrio, na desarmonia psicológica em que se encontra, é um passo."
Resp do Blog: observem que, ao mesmo tempo que se afirma que o homem é, em muitos casos, o causador de seus infortúnios, afirma, claramente, também o contrário, isto é, que ele não é responsável, ou o causador, de seus infortúnios; pois ele se desequilibra não porque quis se desequilibrar, mas porque a experiência com a família, com a vida, o levam a se desequilibrar... logo, não é ele o causador de seus infortúnios, mas as experiências que exercem constante influência sobre sua vida, seu caráter, valores etc, concordam?.
Post da amiga:
"Vício é o uso costumeiro... que nos acarreta prejuízo... é o costume de proceder mal... doença complexa que exige vontade para libertar-se... tem que enfrentar e vencer; se for vencido, torna-se escravo. Só estamos libertos se não tivermos vícios...”.
Blog: vejam, amigos, igual ao comentário anterior, novamente percebemos que não é o homem o causador de seus infortúnios, pois, esse “costume de proceder mal” é o homem que constrói em si mesmo, por sua própria vontade? Não são as influências da vida que formam seus costumes e pontos de vista no sentido do bem ou do mal?
Post:
"... vícios...no fundo de todos há o egoísmo. Por mais que lhe deis combate, não chegareis a extirpá-los, enquanto não atacardes o mal pela raiz...”.
Blog: aqui cabe outra questão: o que é e como fazer para extirpar, pela raiz, o mal, que é o egoísmo? Onde adquirimos essa imperfeição, que não tínhamos ao nascer, senão na própria escola do mundo, escola para a qual somos mandados, segundo doutrinas, justamente para aprender a nos livrar das imperfeições (que
E o egoísmo, ou qualquer outro “defeito” moral, somos nós que queremos tê-lo em nós mesmos? Somos nós que nos fazemos egoístas pela nossa própria vontade, ou é a vida que nos faz assim?
Post:
“Questão: “Pode o homem, pelos seus esforços, vencer as más inclinações?" Resp: Sim, e, frequentemente, fazendo esforços muito insignificantes. O que lhe falta é vontade. Ah! Quão poucos... fazem esforços!"
Blog: se com esforço “insignificante” o jovem pode vencer as más inclinações, e só não o faz porque não tem vontade de fazê-lo, isso não está significando que o esforço a se fazer não é, assim, tão insignificante? Pois o post diz que o jovem (os homens) pode facilmente vencer o vício, que faze-lo só exige esforço insignificante; no entanto, pelo colocado, a realização desse “insignificante” esforço exige “significante” esforço da vontade que ele não possui. Assim, o post diz ser fácil vencer o vício, que só exige esforço insignificante, mas é trermendamente difícil vencer a inércia da vontade, que “não é insignificante”, do que se depreende que o esforço para usá-la é gigantesco. Logo, não é, de modo algum, fácil vencer as más inclinações. Se fosse fácil, porque todos nós não as vencemos? E quem é que nos leva a não ter a força de vontade suficiente para vencê-las? Nós mesmos nos fazemos ser sem força de vontade, pelo nosso próprio desejo de ser fracos quanto à nossa própria vontade? Ou são as lições, influências vindas de todas as mais diversas experiências da vida, que nos fazem assim?
Post:
“Somos... sujeitos a várias etapas reencarnatórias em busca da nossa depuração moral. Todos os males ou gozos que vivenciamos tem sua origem na alma”.
Blog: aqui, outra pergunta a ser feita: se, pelas doutrinas, o espírito é criado portando apenas “uma” imperfeição (a ignorância), que lhe é imposta pelo próprio Criador, de onde vem a necessidade de se depurar moralmente? De onde lhe vêm tantas outras imperfeições que exigem sofrimentos muitas vezes insuportáveis e por um sem número de etapas na matéria? E se os males têm origem na alma, isso quer dizer que fomos nós que nela os colocamos? Ou (a mesma questão de sempre) foi a vida que os colocou em nós?
Post:
"Todos os atos que praticamos quando encarnados são por vontade do espírito: se somos glutões, levianos, jogadores, etc., é o nosso espírito que o é e não nosso corpo. Todos os dons de virtude e todos os vícios são qualidades do espírito. Os aleijões e as deficiências congênitas são do espírito que afeta o corpo. Ninguém nasce com uma deficiência sem que haja, em seu espírito, uma causa cármica”.
Blog: amigos, para reflexão: o espírito vem à existencia já possuidor de tremenda deficiência; deficiência que é a causa de todas suas imperfeições e sofrimentos: a ignorância. Não fosse a ignorância, única imperfeição inicial (e vinda da criação e que, portanto, não é de sua responsabilidade), de onde lhe viriam todas as demais numerosas imperfeições que apresenta, no dia a dia do mundo? De sua própria vontade? Analise, reflita! É a escola da vida que o faz viciado, leviano, perverso, e é a escola da vida que o faz comedido, sem vícios, bondoso. Se não é assim, o que é que faz o espírito inclinado para o mal? Se a escola da vida somente o beneficiasse com lições perfeitas, bons (perfeitos) exemplos, perfeita genética, perfeita constituição fisiológica e psicológica, o espírito/homem assim mesmo se tornaria carregado de imperfeições, como gula, leviandade, perversão, desonestidade, egoísmo, orgulho e tantas que vemos no mundo? Como, se todas as condições de sua vida na carne fossem perfeitas, o espírito poderia se tornar imperfeito? A <única> resposta a esta questão é que, ou adquiriu imperfeições pelo fato de a vida lhe ser imperfeita, ou já foi criado assim, pelo Criador. Há outra resposta?
SE ALGUÉM, UM AMIGO, UM COMPANHEIRO DE ESTUDOS, OU ALGUM VISITANTE CONHECE OUTRA EXPLICAÇÃO, POR FAVOR, A APRESENTE QUE CERTAMENTE SERÁ DE GRANDE IMPORTANCIA PARA NOSSO APRENDIZADO!!! Pois, aprender mais e melhor, tirar as dúvidas e esclarecer, é o principal objetivo deste Blog e a razão de nossa presença e participação nele.
Sabemos que, pela interpretação das doutrinas cristãs, o espírito vem com apenas uma imperfeição – a ignorância – e, mesmo não sendo admitido retrocesso moral (segundo a doutrina espírita), se torna, com o decorrer do tempo, mais e mais imperfeito, se enche de outras numerosas imperfeições. Como explicar isso?
Post:
“O Espírito é quem faz as escolhas e colhe o resultado delas”.
Blog: aí está outra coisa que necessita ser esclarecida; se o espírito é que faz as escolhas e se, podendo escolher o caminho do bem e, em conseqüência, ser mais feliz, porque escolhe o caminho do mal e, em conseqüência, ser mais infeliz? Podendo escolher ser feliz, escolhe ser infeliz!!! Assim, nesse aspecto, tanto os místicos, mestres e sábios e, hoje, a ciência moderna, afirmam: “a escolha não é nossa!”.
Post:
“Há o engano do homem encarnado quando pensa que os prazeres do corpo são os únicos pelos quais vale a pena viver. Em geral, não conhecem os prazeres do espírito, bem maiores e mais completos que os carnais”.
Blog: destas palavras, mais uma vez deduzimos que não é o homem o causador de suas desditas, pois ele age “enganado” e não porque “deseja” agir enganado; novamente, a explicação de seus sofrimentos está nas influências (que lhe causam enganos) que a vida lhe oferece e não em sua vontade (teria o espírito vontade de se enganar ou de se deixar ser enganado?! Teria o espírito o desejo de, por sua própria vontade,
Por tudo isso, percebemos que não é o homem o responsável causador de seus sofrimentos! É o aprendizado que a vida lhe dá, é seu nível de compreensão, cuja culpa não lhe cabe se for baixo, nem mérito lhe cabe se for elevado.
Fiquem em Deus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário