quinta-feira, 21 de abril de 2011

Amigos



Este é um post para provocar reflexões. Já tentei mostrar, antes, que minhas colocações têm por objetivo fazer refletir, pois é a reflexão que nos ajuda a melhor compreender as coisas da vida e de Deus. Com o refletir podemos tornar mais claros determinados pensamentos, conceitos e lições.

Cito palavras de post de uma amiga:

"O homem, em grande número de casos, é o causador de seus próprios infortúnios. Mas, em vez de reconhecê-lo, acha mais simples, menos humilhante acusar a Providência, a má estrela, ao passo que... é apenas a sua incúria. Questão: “Por que os jovens escolhem o caminho das drogas?” Resp: “... a rejeição, caracterizada pelo abandono a que se sente relegado no lar, que o acompanha... em toda parte, tornando-o amargurado e infeliz. Sentindo-se impossibilitado de auto-realizar-se... foge para dentro de si, rebelando-se contra a vida... contra todos, o que é verdadeira desdita. Daí ao desequilíbrio, na desarmonia psicológica em que se encontra, é um passo."

Resp do Blog: observem que, ao mesmo tempo que se afirma que o homem é, em muitos casos, o causador de seus infortúnios, afirma, claramente, também o contrário, isto é, que ele não é responsável, ou o causador, de seus infortúnios; pois ele se desequilibra não porque quis se desequilibrar, mas porque a experiência com a família, com a vida, o levam a se desequilibrar... logo, não é ele o causador de seus infortúnios, mas as experiências que exercem constante influência sobre sua vida, seu caráter, valores etc, concordam?.

Post da amiga:

"Vício é o uso costumeiro... que nos acarreta prejuízo... é o costume de proceder mal... doença complexa que exige vontade para libertar-se... tem que enfrentar e vencer; se for vencido, torna-se escravo. Só estamos libertos se não tivermos vícios...”.

Blog: vejam, amigos, igual ao comentário anterior, novamente percebemos que não é o homem o causador de seus infortúnios, pois, esse “costume de proceder mal” é o homem que constrói em si mesmo, por sua própria vontade? Não são as influências da vida que formam seus costumes e pontos de vista no sentido do bem ou do mal?

Post:

"... vícios...no fundo de todos há o egoísmo. Por mais que lhe deis combate, não chegareis a extirpá-los, enquanto não atacardes o mal pela raiz...”.

Blog: aqui cabe outra questão: o que é e como fazer para extirpar, pela raiz, o mal, que é o egoísmo? Onde adquirimos essa imperfeição, que não tínhamos ao nascer, senão na própria escola do mundo, escola para a qual somos mandados, segundo doutrinas, justamente para aprender a nos livrar das imperfeições (que não tínhamos)? A própria escola onde viemos aprender a nos livrar das imperfeições é que nos ensina a elas nos aprisionarmos, não é verdade? Haverá alguma outra explicação?

E o egoísmo, ou qualquer outro “defeito” moral, somos nós que queremos tê-lo em nós mesmos? Somos nós que nos fazemos egoístas pela nossa própria vontade, ou é a vida que nos faz assim?

Post:

“Questão: “Pode o homem, pelos seus esforços, vencer as más inclinações?" Resp: Sim, e, frequentemente, fazendo esforços muito insignificantes. O que lhe falta é vontade. Ah! Quão poucos... fazem esforços!"

Blog: se com esforço “insignificante” o jovem pode vencer as más inclinações, e só não o faz porque não tem vontade de fazê-lo, isso não está significando que o esforço a se fazer não é, assim, tão insignificante? Pois o post diz que o jovem (os homens) pode facilmente vencer o vício, que faze-lo só exige esforço insignificante; no entanto, pelo colocado, a realização desse “insignificante” esforço exige “significante” esforço da vontade que ele não possui. Assim, o post diz ser fácil vencer o vício, que só exige esforço insignificante, mas é trermendamente difícil vencer a inércia da vontade, que “não é insignificante”, do que se depreende que o esforço para usá-la é gigantesco. Logo, não é, de modo algum, fácil vencer as más inclinações. Se fosse fácil, porque todos nós não as vencemos? E quem é que nos leva a não ter a força de vontade suficiente para vencê-las? Nós mesmos nos fazemos ser sem força de vontade, pelo nosso próprio desejo de ser fracos quanto à nossa própria vontade? Ou são as lições, influências vindas de todas as mais diversas experiências da vida, que nos fazem assim?

Post:

“Somos... sujeitos a várias etapas reencarnatórias em busca da nossa depuração moral. Todos os males ou gozos que vivenciamos tem sua origem na alma”.

Blog: aqui, outra pergunta a ser feita: se, pelas doutrinas, o espírito é criado portando apenas “uma” imperfeição (a ignorância), que lhe é imposta pelo próprio Criador, de onde vem a necessidade de se depurar moralmente? De onde lhe vêm tantas outras imperfeições que exigem sofrimentos muitas vezes insuportáveis e por um sem número de etapas na matéria? E se os males têm origem na alma, isso quer dizer que fomos nós que nela os colocamos? Ou (a mesma questão de sempre) foi a vida que os colocou em nós?

Post:

"Todos os atos que praticamos quando encarnados são por vontade do espírito: se somos glutões, levianos, jogadores, etc., é o nosso espírito que o é e não nosso corpo. Todos os dons de virtude e todos os vícios são qualidades do espírito. Os aleijões e as deficiências congênitas são do espírito que afeta o corpo. Ninguém nasce com uma deficiência sem que haja, em seu espírito, uma causa cármica”.

Blog: amigos, para reflexão: o espírito vem à existencia já possuidor de tremenda deficiência; deficiência que é a causa de todas suas imperfeições e sofrimentos: a ignorância. Não fosse a ignorância, única imperfeição inicial (e vinda da criação e que, portanto, não é de sua responsabilidade), de onde lhe viriam todas as demais numerosas imperfeições que apresenta, no dia a dia do mundo? De sua própria vontade? Analise, reflita! É a escola da vida que o faz viciado, leviano, perverso, e é a escola da vida que o faz comedido, sem vícios, bondoso. Se não é assim, o que é que faz o espírito inclinado para o mal? Se a escola da vida somente o beneficiasse com lições perfeitas, bons (perfeitos) exemplos, perfeita genética, perfeita constituição fisiológica e psicológica, o espírito/homem assim mesmo se tornaria carregado de imperfeições, como gula, leviandade, perversão, desonestidade, egoísmo, orgulho e tantas que vemos no mundo? Como, se todas as condições de sua vida na carne fossem perfeitas, o espírito poderia se tornar imperfeito? A <única> resposta a esta questão é que, ou adquiriu imperfeições pelo fato de a vida lhe ser imperfeita, ou já foi criado assim, pelo Criador. Há outra resposta?

SE ALGUÉM, UM AMIGO, UM COMPANHEIRO DE ESTUDOS, OU ALGUM VISITANTE CONHECE OUTRA EXPLICAÇÃO, POR FAVOR, A APRESENTE QUE CERTAMENTE SERÁ DE GRANDE IMPORTANCIA PARA NOSSO APRENDIZADO!!! Pois, aprender mais e melhor, tirar as dúvidas e esclarecer, é o principal objetivo deste Blog e a razão de nossa presença e participação nele.

Sabemos que, pela interpretação das doutrinas cristãs, o espírito vem com apenas uma imperfeição – a ignorância – e, mesmo não sendo admitido retrocesso moral (segundo a doutrina espírita), se torna, com o decorrer do tempo, mais e mais imperfeito, se enche de outras numerosas imperfeições. Como explicar isso?

Post:

“O Espírito é quem faz as escolhas e colhe o resultado delas”.

Blog: aí está outra coisa que necessita ser esclarecida; se o espírito é que faz as escolhas e se, podendo escolher o caminho do bem e, em conseqüência, ser mais feliz, porque escolhe o caminho do mal e, em conseqüência, ser mais infeliz? Podendo escolher ser feliz, escolhe ser infeliz!!! Assim, nesse aspecto, tanto os místicos, mestres e sábios e, hoje, a ciência moderna, afirmam: “a escolha não é nossa!”.

Post:

“Há o engano do homem encarnado quando pensa que os prazeres do corpo são os únicos pelos quais vale a pena viver. Em geral, não conhecem os prazeres do espírito, bem maiores e mais completos que os carnais”.

Blog: destas palavras, mais uma vez deduzimos que não é o homem o causador de suas desditas, pois ele age “enganado” e não porque “deseja” agir enganado; novamente, a explicação de seus sofrimentos está nas influências (que lhe causam enganos) que a vida lhe oferece e não em sua vontade (teria o espírito vontade de se enganar ou de se deixar ser enganado?! Teria o espírito o desejo de, por sua própria vontade, desconhecendo os prazeres do espírito, que são maiores que os da carne?! Ou, se os conhece, deseja deles se afastar, em busca dos prazeres “menores” da carne? Amigos, analisem!

Por tudo isso, percebemos que não é o homem o responsável causador de seus sofrimentos! É o aprendizado que a vida lhe dá, é seu nível de compreensão, cuja culpa não lhe cabe se for baixo, nem mérito lhe cabe se for elevado.

Fiquem em Deus.

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