quinta-feira, 21 de abril de 2011

MANIFESTAÇÕES E EFEITOS DE DEUS

Amigos


Repito, aqui, o de sempre: “Esta é uma resposta cuja intenção é provocar reflexões. Já tentei mostrar que minhas colocações têm por objetivo fazer refletir.

Cito post de um amigo:

“... a informação da obra mediúnica diz que, em determinadas ocasiões, Deus se manifestou diretamente ao homem...”.

Blog: afinal, não é tudo manifestação de Deus, não é tudo emanação de Deus? Haverá, porventura, no universo, ou acima e além do universo, algo mais a partir do qual as coisas, seres, objetos, eventos e fenômenos se manifestem, e do qual sejam emanações? Assim, também o homem e, consequentemente, todas suas manifestações são resultantes das manifestações de Deus. Tudo que existe, que vemos, ouvimos, cheiramos, degustamos, sentimos, é manifestação ou, podemos dizer, efeito de Deus. Assim, o homem como a mulher, a beleza e a feiúra, a tranqüilidade e a impaciência, o alto e o baixo, o longo e o curto, os répteis peçonhentos, insetos, os animais de qualquer espécie e natureza, os fenômenos e eventos, as tempestades e tsunamis são também manifestações/efeitos de Deus. Nada está fora de seu domínio, de sua ação, de sua “permissão”. Deus, essa força poderosa que não conhecemos, é o criador de todas as coisas e “sem Ele nada se fez”, como diz João, no seu evangelho e como está dito em Gênesis.

Cito o post do amigo:

“E criou Deus o homem à sua imagem: à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”.

Blog: me perdoem: ou há bíblias diferentes, e a minha é uma delas, ou faltou no texto a palavra “semelhança”: “E o criou a sua imagem e semelhança”. E o que significa semelhança, senão parecença? Assim, pelo que está nas escrituras, há semelhança entre os homens e Deus, evidentemente não semelhança física, semelhança de forma. E no que mais pode ser o homem semelhante ao Criador, senão na área psicológica ou mental? Não haverá de estranho nessas afirmações ou da bíblia ou de Swedenborg? Como é que seres, conforma as doutrinas, idealizados, planejados, desenhados, produzidos por um ser de infinitos amor e justiça, criados semelhantes ao Criador, podem se transformar em seres perversos, mentirosos, criminosos dos crimes mais hediondos, carregados de egoísmo e orgulho, perturbadores e destruidores da própria harmonia da criação!!! Estarão corretos esses conceitos contidos nas escrituras cristãs? Não devemos analisar essa questão ou, por injustificado preconceito, devemos aceita-las, passivamente, porque confiamos ou pensamos que devemos confiar nas fontes de onde vieram?

Post:

“Pergunta: “Que entendeis por: Deus é o próprio homem”? Resp. “Deus não é o homem, mas o homem é uma imagem de Deus”. Pergunta: “Devemos considerar o homem como uma parte de Deus?” Resp. “Não, o homem não é uma parte da Divindade...”.

Blog: sendo assim, isto é, não sendo Deus o próprio homem, e não sendo o homem parte de Deus, como afirma doutrinas, Deus deixa de ser infinito, pois existirão os homens e, num lugar imponderável do universo, existirá o Criador.

Post:

“Resp a uma pergunta. – “Digo que o homem é a imagem de Deus porque a inteligência, o gênio que ele recebe algumas vezes do céu é uma emanação da Onipotência Divina. Ele representa Deus na Terra pelo poder que exerce na Natureza inteira e pelas grandes virtudes que está em seu poder adquirir”.

Blog: como diz o post, a genialidade vem de Deus e pergunto: e o oposto da genialidade, vem de onde? Qual será a razão de se afirmar que tudo que nos é agradável, favorável, benéfico, belo, tranqüilo, causador de felicidade e alegria, correto, sábio, virtuoso, enfim, o bem... vem de Deus, e de se dizer que qualidades contrárias a essas, o que é desfavorável, desagradável, maléfico, feio, perturbador, causador de infelicidade e tristeza, incorreto, ignorante e despido de virtudes, enfim, o mal, vêm do homem? Do Criador Perfeito pode vir algo totalmente imperfeito? A doutrina dos espíritos afirma: “nada que procede de Deus pode ser mau, injusto, ininteligente”, isto é, nada pode ser imperfeito. Sendo assim, então, perguntaríamos: “de onde procedem os espíritos?”.

Post:

“Na questão “x” fica esclarecido que a atuação de Deus sobre nós é incessante...”

Blog: se é assim, como compreender os absurdos que o homem pratica? Temos mais poder do que Deus para sobrepujar sua incessante atuação sobre nós? Ou essa “atuação incessante sobre nós”, que nos permite tantos desacertos e perversidades pelas quais se justificam, como afirmam religões, castigos ou sofrimentos insuportáveis, para todos, sem exceção, tem outro significado?

Post:

“Enfim... essa questão não está bem esclarecida. Todos os modelos que tenho tido contato sobre isso até hoje não explicam de forma satisfatória, isto é, com clareza de ideias. Eu sei que somos ainda muito ignorantes para entender a divindade... O problema que estou colocando em questão é que os conceitos que têm sido apresentados estão conflitantes. As teorias não se alinham. Muito pelo contrário! são até bastante divergentes em determinados momentos”.

Blog: o amigo está coberto de razão por dizer isso; e são esses conceitos conflitantes que dão lugar a tantas crenças, religiões e divisões (que trazem ilusões aos homens), tão diferentes que até mesmo têm provocado guerras sangrentas, destruidoras de tudo que o próprio homem, criatura divina, construiu. A criatura divina de um Criador Perfeito, destrói a própria criatura divina, por ser absurdamente imperfeita! Não devemos questionar, analisar, estudar para compreender melhor, como Paulo aconselhou? “Estudai de tudo e guardai o que for bom”.

Fiquem em Deus.

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