quinta-feira, 24 de novembro de 2011

(42) COMO PRATICAR A AÇÃO CORRETA

COMO PRATICAR A AÇÃO CORRETA


(de Vernon Howard).



O homem não tem a mínima idéia do que quer fazer consigo. Ansioso para fazer algo, mas sem a menor idéia do que seja esse algo, daí as ações mecânicas que repete sempre. A ‘única’ ação benéfica (correta) difere totalmente da ação nociva (incorreta) dos desejos distorcidos ou ambições que só servem ao ego. (Quando você já pratica a ação correta, porque já está de olhos abertos porque analisou e questionou sobre as coisas da vida e, não encontrando respostas definitivas para suas dúvidas, está se perguntando e as está buscando, você não tem mais desejos distorcidos ou ambições, pois que o ego já foi afastado; você não está mais ali).



Só obtemos a ‘intuição suprema’ (a experiência de Deus) ao percebermos que precisamos apenas permitir que as ações sejam feitas para nós (isto é, ao nos entregarmos, sem expectativas, ao que vier, pois q elas vem espontaneamente. Essa questão de permitir ou não, não existirá mais). Essa rápida intuição vem quando nos despojamos do ego (que é o único obstáculo à percepção do que e de quem realmente somos) e estamos dispostos a permitir que o eu verdadeiro (a quem damos o nome de Deus) viva sua natureza ‘através’ de nós.



Se você (isto é, o ego) fizer algo, acontecerão enganos. Se nada fizer (isto é, se o ego não mais está ali, e, portanto, não mais interfere), não haverá enganos. Isso não é renunciar a coisa alguma valiosa. É encontrar o valor autêntico (é SER o valor autêntico e, por isso não mais existe algo a que renunciar; você já É AQUILO). O medo do homem (antes de chegar lá) é que muitas coisas (ruins, incorretas, nocivas) lhe aconteçam (pois está deixando para trás o ego que é quem, aparentemente, raciocina, planeja, acerta e erra e você pensa que ele é quem decide); assim, você pensa que não pode deixá-lo, (senão o que você será? Uma marionete?). (Mas não é nada disso. Coisa alguma lhe acontece. (O que você com sua decisão, medo de errar e de se frustrar, faria acontecer, é a mesma coisa que então acontece, mas não há mais medos de errar e se frustrar, e nem responsabilidades ou culpas). Talvez seja (não deveria dizer ‘talvez seja’ e sim afirmar que ‘é’) a coisa autêntica para o Eu verdadeiro.



Precisamos ficar cansados (desencantados) dos velhos medos e tédio para dar inicio à ação correta (ficamos desencantados, pois verificamos, então, que as coisas nas quais acreditávamos e depositávamos confiança, apego, das quais dependíamos, são incertas e impermanentes e, portanto, inseguras, não merecedoras de nossa confiança). A ação correta começa, portanto, com o abandono do falso ego (eu). Não precisamos planejar ou calcular a ação correta (acontecerá por si mesma, por ser, agora, da própria natureza daquele que abandonou o ego).



Isso abre caminho para a ‘ação sem pensamentos condicionados’. Esta é sempre autêntica (não há mais pensamento, planejamento, dúvidas ou receios de se está certa ou errada).



Tudo acontecerá como deve acontecer se deixamos de ter idéias preconcebidas (isto é, se o ego condicionado não interfere com seus medos e dúvidas ou incertezas) do que deve acontecer.



(Todas as soluções já estão dentro de nós, na Supermente. “O reino de Deus está dentro de vós”). Tempo virá que você não mais temerá estacionar (medo de estar ‘pecando’, de não estar cumprindo as leis de Deus e, por isso, de não estar avançando na sua evolução). Verá que já ‘chegou’ lá e que sempre esteve lá (apenas não tínhamos o percebimento disso). Só praticará ação correta (que era o que aconteceria mesmo que relutássemos contra ela, por a julgarmos erradas; a diferença está em que agora você sabe que é correta e não lutará para corrigir o que antes não achava correto e tentava corrigir (e por isso sofria).

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