sábado, 31 de dezembro de 2011

Novamente, sobre o medo.

Novamente, sobre o medo.


Cel(m ant): ... Mas, de onde vem o medo? É certo q desde a mais tenra idade ele surge e, muitas vezes perdemos o controle sobre ele. Mas porq? Qual sua origem? O medo nasce espontaneamente? Ou já o trazemos em nossa natureza? Vamos analisar.

Primeiramente, o espírito não tem porq ter medo. É qdo vem ao mundo q lhe nasce o medo. Observe: quando vem ao mundo, a criança está num verdadeiro paraíso; no aconchego e junto ao calor e aroma da mãe, ao alimento que lhe dá vida, nada a perturba, tudo a faz feliz e tranqüila, tudo está perfeito. Mas, essa perfeição não dura pois, de repente, surgem dores, fome, frio, deixa cair ou lhe tiram o objeto que tem nas mãos, um ruído mais forte a assusta... e a felicidade, o paraíso se vão...

X: Para que isso fosse verdade, o espírito deveria ter sido criado no instante do nascimento neste mundo, o que o espiritismo prova não ser verdade.

Cel: amigo, então nos refiramos ao “primeiro” medo do espírito, qdo lhe nasceu o medo. De q foi q o medo surgiu? Do nada? Já possuía na primeira encarnação consciente? Ou antes dela? Não há outra resposta; a resposta será a mesma: o medo vem da descoberta de algo q ameaça, concorda? O amigo tem outra resposta?.....

X: Os laços de afinidade entre pessoas aparentemente estranhas, os superdotados que não herdaram a inteligência de seus familiares e tantos outros fatos também contestam essa hipótese. Apesar disso, a observação acima pode ser validada quando o enfoque é a formação da personalidade do ser encarnado.

Cel: então nos atenhamos a isso: qual é a causa do medo, que surge com a formação da personalidade? E é isso q está colocado: surge com a primeira encarnação consciente, na qual se inicia a personalidade, certo? Porq surge, o q o provoca, senão algo q nos ameace, de algum modo q seja? ....

Cel(m ant): ...Assim, não percebemos o que e quem realmente somos, que o “eu” é uma ilusão (maya), que a separatividade (o dualismo) não existe, e ficamos cheios de ilusões. Se soubéssemos quem e o q somos, não haveria ignorância e, consequentemente, medo de nada e de ninguém. O ego crê ou descrê disso e daquilo e fica totalmente condicionado ao que as tradições, costumes, cultura, crenças, religiões, sociedade, e suposições, nos impõem desde que abrimos os olhos para o mundo.

X: Concordo, se o que escreveu quis significar desde que abrimos os olhos para a vida (não unicamente a vida atual).

Cel: não, amigo, não estamos mais falando de outras vidas. Como solicitei acima, falemos do primeiro medo q o espirito sentiu; como nasceu? O q foi q lhe despertou o medo, senão algo ameaçador?

Cel(ant): Como é fruto de nossa mente individual que, por sua vez, é manifestação através de cérebro bem ou mal estruturado, esse ego age e reage de acordo com as circunstancias e com o que já aprendeu na escola, do bem e do mal, que é a vida (condicionamentos), acertando e errando, e se (nos) iludindo.

E sofremos por nos tornarmos escravos dos atrativos do mundo (riquezas, posses, beleza, saúde, amizades, amores, afetos, vícios, sexo, poder, prestígio, fama), pelo medo de não tê-los ou, se os temos, pelo medo de perdê-los; julgamos que são coisas duradouras e nos agarramos a elas mas, como tudo é incerto e impermanente, sofremos porque, quando menos esperamos, cessam.

Cel: O ego, filho do medo inicial q, por sua vez, é filho da ignorância inicial, é a causa de todos os sofrimentos do mundo, mesmo dos produzidos pelas forças da natureza. O ego é o único obstáculo entre nós e Deus. Eliminado, removido o véu, curada a miopia, vemos o Real e nos confundimos com ele.

X: Não se trata de eliminar o ego, pois ele é necessário à vida em sociedade.

Cel: sim, necessário á vida em sociedade e para a sobrevivência do homem; contudo, eliminado o ego, a ignorância, e o medo dela conseqüente, se vão, e passamos a conhecer, não mais o falso, mas a verdade q liberta.

X: Trata-se sim, de desenvolver a equanimidade, de forma a permitir o contato com a nossa essência, nossa consciência e assim agir mais acertadamente. É como a pessoa que sofre com os problemas da obesidade e busca perder peso como solução. Quando ela entende que precisa ganhar algo, (saúde) ela começa a observar seus hábitos e procura adequá-los de maneira a conquistar aquilo que deseja.

Cel: novamente, o amigo, como todos, sem exceção, nos diz mas, como todos, tb sem exceção, e nenhuma religião, diz o . Pois, desenvolver a equanimidade? O q precisamos fazer para isso?

Cel: um dia, amigo, vc entenderá q é o ego q nos dá interpretação errada do mundo e, assim, q ele é a causa de todos os sofrimentos. Talvez o significado do ego, esteja sendo diferente entre mim e vc. Veja q qto ao significado q tenho dele (e q todos os místicos e a ciência mais avançada têm) é aquele q coloquei acima: uma defesa, por nós mesmos criada, inconscientemente, frente às ameaças q nos cercam; ela nos acompanha ate o túmulo, ou até q o ego seja silenciado. “Aquieta-te e sabe: eu sou Deus!”, palavras do profeta do Ant Test (isto é, silencie a vc mesmo, o ego, q nos ilude e vc ficará sabendo q não é mais vc q está aí; é Deus”. Assim, Helena Blavatisk, a fundadora da Teosofia: “A mente (ego, eu, mente localizada, individual) é a assassina de Deus; mate a assassina!” e Masaharu Taniguchi, fundador da Seicho-no-ie: “quando o ego é anulado, Deus se manifesta!”. Igual afirmaram muitos sábios e mestres, de desde séculos a.C, e, agora, a ciência mais bem arquitetada do mundo.

X: Não adianta eliminar o ego por alguns instantes durante o estado meditativo para em seguida retornarmos ao estágio em que se encontrava inicialmente. Também não adianta fugir da convivência social, o que facilitaria a continuidade desse estado de desprendimento.

Cel: não, meu amigo, qdo o ego é eliminado cessa definitivamente de operar. O q vc diz por “alguns instantes”, corresponde às tentativas de meditação, apenas. A meditação com êxito, nos mostra o q somos e o q o mundo é... e acabam-se todos os sofrimentos, porq se acaba a ignorância.

X: Somos corresponsáveis por tudo e por todos ao nosso redor. Cada ato, cada palavra, cada pensamento age sobre tudo à nossa volta. Somos indivíduos por sermos únicos, porém somos seres agregados ao todo “in-divíduos” e ao Criador. Tanto a ação como a omissão provoca efeitos positivos ou negativos à nossa volta.

Cel: amigo, não somos responsáveis por nada, pois nem nossos pensamentos, desejos, decisões e, consequentemente, as obras, sejam boas ou más, são nossas. “É o Sr q opera em nós o pensar, o querer e o fazer!”, “Não sois salvos por vossas obras, mas pela graça de Deus!”, “... como se tivésseis algum pensamento como de vós mesmos, pois todos eles vêm de Deus!”, “tudo vem do Alto!”, “Nenhum poder teríeis se do Alto não vos fosse dado!”etc etc. São afirmações de Jesus, Paulo e de muitos outros q perceberam a verdade. Até mesmo para vc iniciar sua busca pela perfeição, pelo aprimoramento espiritual, para vc seguir sua doutrina, ou para seguir Jesus, enfim, para tudo, nada vem de sua mente, mas de Deus, do Alto: “Ninguém vem a mim se, o Pai q me enviou, não o mandar a mim!”.

Um forte abraço.

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