domingo, 20 de junho de 2010

TEXTOS PARA LEITURA RÁPIDA (25)

Textos curtos de "Como entender o chamado":

‘... para chegares a isso terás que submeter tua vontade à vontade de Deus, devendo mergulhar até o fundo em sua misericórdia (meditação); deverás renunciar a tua própria vontade (entrega total) e abster-se de fazer aquilo a que ela te conduz; deverás colocar tua alma sob a cruz com o fim de resistir às tentações da natureza humana. Se fores capaz de fazer isso, ouvirás o que o Senhor fala em ti...’ (‘fala’, está sempre falando, pois o Senhor está sempre presente, mas não temos, ainda, condições para percebê-lo). ‘Perceberás, então, que toda sabedoria humana é um despropósito...’ (B) (Paulo: ‘a sabedoria dos homens é estultícia perante Deus’, e ‘a sabedoria de Deus é loucura para os homens).


‘... silencia (limpe-a de tudo, seja bom ou mau), portanto, tua mente, e ela, através da prece (meditação), se dispõe a encontrar essa jóia que, para o mundo parece coisa insignificante, mas que é tudo para os filhos da sabedoria (para os que sabem, porque já chegaram, como também disse Jung)... O caminho para o amor de Deus (para a iluminação) é uma loucura para o mundo, porém é sabedoria para os filhos de Deus;... mais brilhante que o sol, mais doce do que a coisa mais doce, mais forte do que toda a força... mais embriagador e agradável do que tudo que possamos imaginar de delicioso neste mundo...’ (é essa jóia, a verdade que liberta e traz bem-aventurança...) (B).

‘Deus prefere, de ti, o menor grau de pureza de consciência (mente não poluída por pensamentos, associações, emoções, imaginações, que são obstáculos ao percebimento), do que quantas boas obras fizeres (‘não é pelas obras que sereis salvos’)... Deus quer, de ti, o menor grau de obediência e sujeição (aos ensinamentos), do que todos esses serviços que ‘pensas’ prestar-lhe.’ (João da Cruz) (analise com cuidado!).

‘Ó, amor de Deus, tão pouco conhecido! Quem te encontrou a fonte, repousou. ’ (J. Cruz) (de nada mais tem necessidade; ‘... tudo o mais virá por acréscimo’).

‘...na solidão de todas as coisas (meditação), (a alma) comunica-se interiormente com Deus, num sossego saboroso, pois o seu conhecimento (de Deus) é em silêncio divino...’ (conhece-se a verdade, as coisas de Deus, através do silêncio do cérebro, da mente, isto é, na meditação) (J. Cruz).

‘Eu não te conhecia, Senhor meu, porque ainda queria saber das coisas (do mundo; como S. Agostinho) e saboreá-las...’. ‘Meu Deus, não és um estranho para quem não for esquivo contigo; como dizem, então, que te ausentas? ...’ (isto é, Deus está sempre presente e, de modo consciente para quem encontrou a verdade; não se pode dizer que Deus não existe ou que está distante, alheio a nós; só não lhe sentimos a presença porque não chegamos lá). (J. Cruz).

‘... para encontrares a verdade... só muita humildade, negação das coisas do mundo, purificação da alma de estranhos desejos, posses e apetites... pondo de lado teu gosto e inclinação...’ (J. da Cruz) (isso se consegue pela meditação; ver Pesquisas Científicas sobre a Meditação Transcendental; ver, também, a ‘Doutrina Suprema’ de Benoit. Se você usa a humildade antes de ter chegado lá, essa virtude ou é forçada, ou falsa ou incompleta).

‘...aplica-te à solidão acompanhada de oração e santa e divina leitura, e aí persevera, esquecendo-te de todas as coisas.’ (oração de recolhimento e de quietude, meditação; persevera, ‘pedi, buscai, batei’). ‘...quem deseja a luz, entre dentro de si mesmo e trabalhe na presença daquele que sempre está ali presente...’(J. Cruz) (idem, Teresa de Ávila).

‘...traga interior desapego de todas as coisas e não ponha o gosto (afeto, confiança, desejo) em qualquer temporalidade (coisa do mundo); assim, sua alma colherá bens que não conhece (indizíveis). (J.Cruz).

‘...no silêncio (da mente), a voz de Deus é ouvida pela alma.’ (a iluminação). ‘...o costume de falar muito, um pequeno apego a qualquer pessoa ou coisa, roupa, livro, cela, comida, conversas,... gostinhos em saborear, em saber, em ouvir coisas... não somente impedem a união, como impedem que se chegue à perfeição.’ (a distração, como ensinam o Zen e o cristianismo primitivo, impede a meditação) (J. Cruz).

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