NÓS e DEUS, MENTE, UNIVERSO...
Somos todos UM.
Carl G. Jung dizia que uma das manifestações mais comuns da mente inconsciente é a sensação fundamental de “unidade”, de união com tudo o que existe. Essa experiência, como o inconsciente coletivo, é universal. É uma “concórdia transcendental”, que coloca o indivíduo em contato com a Mente Una, aquilo a que as religiões dão o nome de Deus. E, para Jung, “a mente universal e a mente individual são a mesma coisa”, isto é, nossa mente é a Mente. Essa é uma verdade perfeitamente aceita no Oriente e, embora no Ocidente isso pareça blasfêmia, Jung afirmava que essa percepção era uma experiência mística incontestável, presente em todas as tradições religiosas e místicas, do Oriente e do Ocidente.
Hoje, no Ocidente, a ciência quântica afirma a mesma coisa: nós somos a Mente Universal; só existe uma mente e nós somos essa mente.
James Jeans: “No espaço e no tempo, nossas consciências são indivíduos separados. Mas, além do espaço e do tempo, isto é, além do ego, no atemporal, elas devem formar uma única e contínua corrente de vida. O que acontece com a eletricidade e o magnetismo pode acontecer com a vida: os fenômenos podem ser indivíduos carregando existências separadas no espaço e no tempo, enquanto que, na realidade mais profunda, além do espaço e do tempo, podemos ser todos nós membros de um só corpo”. Como disse Jesus: “Eu e o Pai somos um”; e Paulo: “Somos todos membros de Cristo’. Lembremos o espectro-teclado das vibrações cósmicas, embora uma “única e continua corrente de vida”, nos apresenta existências aparentemente separadas: ondas de rádio, calor, som, luz, eletricidade, magnetismo, corpos químicos, sensações de tato, visão etc. Isso está ocorrendo com as diferentes formas de vida: você, eu, os animais, vegetais, minerais, objetos, tudo, embora indivíduos de existências separadas quando no espaço-tempo, numa realidade mais profunda, além do espaço-tempo, somos um só corpo, uma única vida, uma única Mente.
O modo que ensina o que fazer para alcançar a percepção da Realidade Final constitui a essência das grandes tradições orientais, Hinduísmo, Budismo, Taoísmo, Sufismo etc. e é sempre um conjunto de instruções sobre como fazer despertar o modo não-dual de conhecer, um modo no qual se percebe que nós, o sujeito, e os objetos, as coisas que observamos, não somos separados, não somos duas coisas, mas somos interdependentes, interconectados, somos uma coisa só; nesse modo de conhecer, conhecemos, diretamente, a Realidade Final. Jesus: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”.
Essas instruções variam muito de cultura para cultura, cada uma tendo seu próprio grupo particular de regras, porque seus símbolos são sempre diferentes. Mas, sempre e onde quer que as instruções levem ao modo não-dual de conhecer, a Realidade experimentada é “idêntica”, é a mesma, tanto que Einstein, Jung e outros notáveis a chamaram de “experiência de concordância universal”.
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário