Amigos,
Com a intenção de procurar compreender melhor o que lemos, ou que nos dizem, ou mesmo o que supomos, em relação ao que chamamos de religiosidade, isto é, àquilo que leva à re-ligação com o próprio Criador, coloco alguns comentários ao texto apresentado por um amigo; o objetivo é nos levar a refletir a respeito.
Primeiramente, ali, nas máximas citadas, está um conselho:
“Nas suas aflições, olhe abaixo de você e não acima; pense naqueles que sofrem ainda mais que você”.
Esse é, pelo menos, no meu modo de entender, um conselho estranho, pois nele está, apenas, a idéia de consolação, não de solução; e de passagem, lembra o egoísmo; é como se o sofredor olhasse para os que sofrem mais do que ele e dissesse: “agora me sinto melhor! Sinto aliviadas minhas aflições. Segui aquele conselho e vi que há quem sofre ainda mais do que eu! Pelo menos, em relação a esses, estou melhor...”
Depois, surge, novamente, aquela noção de que os homens são responsáveis pelo que lhes acontece de errado, desfavorável ou mau, mas ao mesmo tempo, mostra, claramente, que tais desventuras vêm das desigualdades entre eles: uns crêem, outros, não; uns desrespeitam as leis de Deus, ou são imprevidentes, orgulhosos ou ávidos e outros podem não ser nada disso! Uns nutrem sentimentos de animosidade, ódio, ciúme e rancor, faltam à caridade e mentem; uns oram com mais fervor e confiança e são mais fortes frente às tentações, são mais sinceros nas orações...
Qual a origem dessas diferenças que trazem alegrias para uns e infelicidades para outros? Quem os faz assim com caracteres, índoles, temperamentos, inclinações tão diferentes? Eles mesmos se fazem assim, ou a escola da vida é que transforma aqueles seres, criados simples e ignorantes, em seres de características tão diferentes?... Uns, verdadeiros exemplos de brandura, outros verdadeiros monstros de perversidade e imoralidade!...
O conselho, que traz a solução, é este:
“Procurai conhecer a verdade e, conhecendo-a, ela vos libertará de todas as dependências!”
Abraços.
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