segunda-feira, 18 de julho de 2011

(24) PAI NOSSO (Jan 08)

(24) PAI NOSSO - ENTREQUENO-NOS (Jan 08)
(jcl-ribpreto)


O Pai nosso, o Absoluto inefável, está no céu, em todos nós e em todas as coisas, e todos nós e todas as coisas estamos n’Ele.

Santificado, santo, seja, para todos nós, o Seu nome, o Eu Sou. Que compreendamos o significado de Sua presença em cada um de nós, em todos e em tudo. Pois só assim ficaremos todos perfeitamente sãos da carne e do espírito.

Venha a nós, pela atenção da busca, o percebimento de sua presença e da realidade de seu reino em nós e que nossa consciência tenha percepção de que somos da mesma natureza d’Ele, da mesma compaixão, sabedoria, inteligência e abundância de todos os bens.

Seja aceita a Sua vontade, que é sempre perfeita e que representa amor, vida, felicidade, entendimento, luz - embora, a interpretemos, por vezes, como tragédia, conflito, sofrimento, caos - sem qualquer bloqueio de nossa parte, isto é, tão facilmente como ela é aceita onde não há resistências a sua realização, em todo lugar, assim na terra como no céu.

O pão nosso, a energia destinada ao nosso despertar da escuridão, que estejamos a ela abertos a cada dia, hoje e a todos os instantes.

Que superemos, nos relacionamentos, os erros de falta de paciência, de cobranças indevidas, de irritações sem motivos, de intolerância pelas falhas mútuas, ou pequenas faltas, pelo cansaço, pelo egocentrismo de cada um quando acha que seus problemas são maiores que os dos outros, e que saibamos perdoar as dívidas que temos uns com os outros, não sete vezes, mas setenta vezes sete vezes... sempre, porque ninguém escolhe, e, portanto, ninguém tem culpa.

Que não nos deixemos cair na tentação de pensar que, por nós, podemos alguma coisa.

E que estejamos livres de praticar, por pensamentos, palavras ou obras, qualquer mal, em particular contra os inocentes das questões que tenhamos uns com os outros, aos quais não foi sequer perguntado, pois não saberiam compreender nem responder, se o passo que dávamos lhes conviria.

E que saibamos que somente Seu é o poder e a escolha de tudo.

Assim seja.

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Essa oração não conteria pedidos a Deus, pois que Ele não modificaria o equilíbrio dos cosmos simplesmente para atender à vontade de alguém. Conteria, sim, exortações e lições endereçadas aos homens. Jesus desejava ensinar aos homens que a divindade já está em nós, que devemos, portanto, considerar sagrados todos e tudo, pois que tudo é obra de Deus, Ele está e é tudo, inclusive nós mesmos. Que tenhamos a percepção de que já estamos no reino divino, embora não o percebamos, ainda; que saibamos que a vontade de Deus, queiramos ou não, aceitemos ou não, deve ser acolhida por todos, porque não há o que fazer para modificá-la se a considerarmos desagradável. Que saibamos buscar a energia, os pensamentos inspiradores que nos dêem o impulso necessário para a busca do reino de Deus. Que saibamos perdoar a todos, pois que todos, como nós, nada fazemos por nossa vontade, pois a escolha não é nossa. Que a vontade divina seja, não por pedirmos, mas por nossa esperança, no sentido de que não fiquemos, por nossa ignorância, tentados a fazer qualquer mal a qualquer ser vivo, humano ou não; portanto, que o desejo de todos seja sempre de não praticar e de não sofrer o mal de modo algum. E que fiquemos conhecendo que de Deus é o reino, isto é, o poder e a vontade sobre nós e sobre tudo.

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Entreguemo-nos, confiantes, ao Inefável.

Que nossa consciência seja ampliada, para que possamos compreender.

Que vejamos o amor que nela está, embora obscurecido pelo egoísmo, pela irritação fácil, pela impaciência.

Que nos entendamos, nos comuniquemos e nos perdoemos sempre que estivermos em conflito.

E que saibamos fazer felizes a nós mesmos e a todos os que, junto de nós, sofrem sem que lhes caiba nenhuma culpa pelos erros que nós praticamos.

Que saibamos, pois, chegar à consciência de compreender e perceber.

Assim seja.

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