domingo, 31 de julho de 2011

O SIGNIFICADO DOS 150 SALMOS E SUA APLICAÇÃO PRÁTICA

O SIGNIFICADO DOS 150 SALMOS E SUA APLICAÇÃO PRÁTICA
Comentários a um post acerca da leitura dos Salmos, dois quais, segundo o “postador”, cada um tem efeitos “milagrosos” para cada situação negativa, transformando em benéfico o q era maléfico (!!).




Amigos, podemos crer com absoluta certeza, sem qualquer resquício de dúvida, q a repetição de salmos ou orações tem poder de mudar alguma coisa desfavorável, tornando-a favorável para alguém? Essa idéia não se assemelha àquelas, de determinadas crenças, de que este ou aquele produziu, em vida ou após a morte, determinadas coisas miraculosas e, por isso, o elevam à altura de santidade por decreto? Tudo neste mundo do espaço-tempo, são apenas suposições e ilusões.


Meu Deus, qual será a razão pela qual os homens gostam de se alimentar de ilusões? Se bem analisarmos, veremos q isso se deve aos sofrimentos pelos quais já passaram, e têm receio q se repitam; ou q estão passando, e têm receio q nunca terminem: ou, porq já sofreram, ou viram outros sofrendo, têm medo dos sofrimentos q no futuro possam ter de enfrentar.


A vida é um fluir incessante de eventos sempre incertos, imprevisíveis e impermanentes; nunca sabemos o q vamos enfrentar no próximo minuto, no próximo mês ou no próximo ano, particularmente em 2012, q tantos (como em outras “previsões” anteriores, q falharam redondamente) apregoam q trará enormes modificações às nossas vidas. Profetas, videntes, paranormais canalizadores tantas vezes falharam em suas disposições acerca do futuro, do fim do mundo e de outros eventos. Todos, sem exceção, pelo receio q existe, naturalmente, em todos nós, se recolhem à ilusão de q o amanhã, o mês q vem, ou o próximo ano, será melhor; ilusão que os pode acalentar por certo tempo, mas nada possui de concreto e que, afinal, pode resultar em decepções, frustrações, descrença e sofrimentos. É assim q afirmam a si mesmos (como num simples ato de ‘auto-sugestão’ ou ‘auto-hipnotismo’, enganando, portanto a si mesmos), q “a esperança nunca morre”, se esquecendo de q o q pode morrer é a concretização daquele bem, plano ou desejo ansiosamente esperado.


Como alertam os sábios, as orações também a nada levam senão a pequenos momentos de esperança q facilmente se esvaem; prece, orações, cumprimento de promessas, sacrifícios, serviços forçados de amor ao próximo são nada mais q pequenos lenitivos vindos desse verdadeiro auto-hipnotismo, que é a repetição de orações ou intenção de atender a mandamentos e regras éticas de seus mestres e crenças.


Preferimos enfrentar as ilusões e fantasias do q enfrentar a realidade. Preferimos viver de ilusões e nos esquecemos de q, como afirmou o sábio nazareno, e muitos outros sábios e iluminados, é o conhecimento da “verdade” q liberta. O demais funciona como um refrigerante num dia de calor: o efeito passa logo, e o calor volta.


Nenhuma oração possui qualquer outra finalidade senão a de permitir uma abertura ou entrega total ao Ser Absoluto. Palavras perturbam essa abertura e entrega. Por isso a oração deve ser não discursiva, sem pedidos ou agradecimentos, sem visualizações disto ou daquilo, sem lembranças ou remorsos do passado, sem esperanças quanto ao futuro; para a oração verdadeira, a mente e o cérebro devem estar vazios, em silêncio, afastados todos os pensamentos. Por isso o místico Jesus recomendou q aquele que quiser “falar” (entrar em contato) com o Pai, feche-se em seu quarto, isto é, isole-se dos ruídos e sensações externas e internas e, “em oculto” fale ao Pai q, “em oculto”, o ouve.


Quem preparou e deu finalidades para cada salmo, senão o próprio homem, finalidades convencionadas, portanto? Os hebreus cantavam seus cânticos para louvar, pedir, agradecer e recordar benefícios do passado; isso serve aos homens, não ao Pai; Deus não necessita de agradecimentos, de orações, nem de adoração; está cima de tudo isso, e não modificará uma “vírgula” desse mecanismo universal, no qual todas as peças e engrenagens estão perfeitamente encaixadas, interligadas e são perfeita e absolutamente interconectadas e interdependentes.


É verdade q pensamento positivo, q acreditar nas palavras das orações julgadas sagradas, pode ter um efeito, mas sempre um efeito efêmero. Crer em orações, em palavras lidas ou repetidas, é crer em ilusões. O q temos de fazer, e q, eventualmente, poderá nos trazer solução definitiva para todos os problemas e males do homem, é a eliminação do ego ou mente individual, local, q é a causa de todas as ilusões e sofrimentos, exatamente porq nos impede o acesso a nossa verdadeira identidade; julgamo-nos um “eu” separado dos demais “eus”, q tem de ser defendido, de todos os modos, contra o mundo ameaçador ao derredor, fugir de todos os sofrimentos e conquistar o máximo de felicidade. Tudo isso tb não passa de ilusão; nunca conseguimos fugir do sofrimento q, mais dia, menos dia, nos atingirá, e, consequentemente, nunca poderemos conquistar felicidade duradoura...


Somente a eliminação do ego poderá trazer felicidade, sabedoria e amor. Assim, sábios afirmam e aconselham: “a mente/ego é a assassina de Deus: mate a assassina”, ou “quando o ego é afastado, Deus se manifesta”; outro disse “... tudo o mais vos virá por acréscimo”, “... e a verdade vos libertará”.


Outro assunto sobre o qual devemos refletir: quem já analisou o Antigo Testamento, seus primeiro livros, terá, com certeza, percebido q os benefícios e prodígios recebidos pelos hebreus partiram de um “ser” que, por seus estranhos e desconhecidos poderes, q impressionaram e muito amedrontaram a multidão q, sob a liderança de Moisés, fugia em busca da Terra Prometida, e foi tido como Deus. Era um ser orgulhoso, vaidoso, parcial, nervoso, impaciente, cruel e sanguinário; um ser para o qual “o cheiro da carne assada agradava as narinas”, que usurpava dos judeus as melhores conquistas, inclusive as melhores virgens; um ser q, segundo as escrituras, não era onisciente pois, por várias vezes teve de ir verificar, in loco, se era verdade o q “diziam”, disto ou daquilo. E os benefícios e prodígios com q a “paternal providencia” favoreceu os fugitivos, foram muitas vezes entremeados de castigos tremendos e dolorosos, como o assassinato de milhares de hebreus, por envenenamento ou pela espada, como penalidade por alguma insatisfação apresentada. Mesmo a fuga pelo deserto, q durou 40 anos (segundo as escrituras), teve por objetivo q, antes da chegada à Terra de Canan, fossem extintas todas as gerações de homens q haviam, no passado, adorado outros deuses; lembrem-se de q mesmo a Moisés foi negada a entrada na Terra Prometida.


As ilusões nos prendem aos atrativos do mundo, enquanto o “conhecer a verdade q liberta” nos faz perceber q, como afirmaram Jesus e outros, “eu e o Pai somos um”.


Fiquem todos em Deus.





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