sábado, 2 de julho de 2011

PORQUE MEDITAÇÃO?

Amigos,



A tentativa de meditar é, nada mais, do que uma tentativa de permanecer exatamente no aqui - agora; observem que o ego não “funciona” no presente/presente; e que nós só podemos operar com nossos sentidos no presente/presente; o pensamento nunca está no presente mas, ou no futuro imediato ou distante, ou no passado imediato ou distante; nós, ninguém, vê, ouve, cheira, saboreia, toca em algo, senão no presente, nunca no passado ou no futuro; nossos sentidos só agem no agora e no aqui. Assim, quando há total atenção na ação de cada sentido, o ego não está presente (espírito perfeito + ego = homem iludido; homem iludido – ego = espírito perfeito). Krishnamurti, Yogananda, Nisagardatta, Benoit e outros enfatizam sobremaneira a atenção: quando a atenção ao presente é total não nascem pensamentos; dizem que façamos, assim (me parece que está num texto do “máscaras”): atenção total às diferentes partes do corpo, sentir cada centímetro, sentir os pontos onde há tensão, pontadas, leves dores, mais sensíveis, a testa, o couro cabeludo, boca, a nuca, indo descendo, assim, até a sola dos pés; se essa atenção é desviada por um ruído, luz, o que for, retomar a atenção às partes do corpo; fique atento a tudo, inclusive, ao ruído do carro ou do avião que passa, a tudo, às paredes da sala, aos móveis, às cores das roupas dos demais, mas, sempre voltando às partes do corpo; tudo com atenção total. Diz Nisagardatta que, se se consegue, nas primeiras práticas, permanecer totalmente atento por 2 ou 3 minutos, já é uma vitória. Todos esses exercícios, como os de Ramana, de atenção ao “eu sou”, têm o mesmo objetivo: tirar o comando da mente/ego e seus pensamentos de sobre nós, e o assumirmos. Como, no Bhagawad Gita, a Sublime Canção da Imortalidade, Arjuna, simbolizando o homem, diz, consternado, para Krishna, q simboliza Deus: “Senhor, como dominar a mente? Ela é como um cavalo selvagem!”, e Krishna lhe responde: “Sim, é difícil, mas não é impossível!”. À medida que se fazem mais e mais tentativas, deve acontecer que o tempo de atenção melhore e, quando se consegue atenção completa por tempo mais longo (?) sente-se que, naqueles intervalos, o ego se foi. Então, entra-se em contato com o próprio eu, espírito puro e perfeito que sempre foi; percebemo-nos identificados e nos confundimos com o Espírito que sempre fomos, mas que o ego não nos permitia perceber. Quanto mais exercícios, mais avançamos na tentativa de meditar.


Abraços a todos.






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