domingo, 17 de fevereiro de 2013

A CONQUISTA DO DOMÍNIO SOBRE OS PENSAMENTOS.


      Sobre a Meditação.
      A conquista do domínio sobre os pensamentos.
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      Um amigo escreveu:

      “Há algum tempo, venho tentando praticar a meditação. Apesar da correria do dia-a-dia e do pouco tempo de que disponho, pude perceber algumas coisas.

      Não sei se estou de todo correto porém, com esses exercícios, senti que a nossa mente tem vida própria e o tempo todo tentei “expulsá-la” de mim. Insistente, ela vai e volta, trazendo lembranças, pensamentos muitas vezes sem sentido e desnecessários...

      Pude constatar que não somos a nossa mente e conseqüentemente não somos o que pensamos ser....

      Como posso ir mais além? Como posso me conectar com o sagrado? Me vejo, muitas vezes, sem caminho a seguir.

      Um abraço
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      Resp: É assim mesmo pois, desde q abrimos os olhos para a vida, somos condicionados, pelas tradições, culturas, costumes, religiões, sociedade... a crer q somos nós mesmos q pensamos, mas, como vc viu, nenhum comando temos sobre os pensamentos. Eles vêm, permanecem pouco ou muito tempo, e se vão, nos fazendo mal ou bem, independentemente de nossa vontade e muitas vezes contra ela. Como disse Paulo, o porta-voz de Jesus, ou do cristianismo: “É o Senhor que opera em nós o pensar, o querer e o fazer!” e mais: “... como se tivésseis algum pensamento como de vós mesmos, pois todos os pensamentos vêm de Deus!”    

      Por isso, como agimos sempre de acordo com eles, fazemos tantas coisas absurdas e sofremos e fazemos outros sofrerem, muitas vezes qdo queremos fazer exatamente o contrário. E é exatamente porq eles nos levam para lá e para cá, q somos o q somos agora.

      Se tivéssemos comando sobre eles, estaríamos iluminados; saberíamos quem e o que somos.

      E como os pensamentos não são verdadeiramente nossos, também não são nossos os desejos e as conseqüentes escolhas (livre-arbítrio) de fazer isto ou aquilo. Logo, nem mesmo somos responsáveis por nossas obras (pelo fazer). Assim, talvez para q não pensássemos ou estranhássemos q sofremos por obras que “fazemos”, mas q não são nossas, Paulo também, afirmou: “Não é por vossas obras que sereis salvos, mas pela graça de Deus!” Jesus, também, falou coisas nesse mesmo sentido.

      A prática da meditação tem somente esse objetivo: assumir o comando sobre os pensamentos, sobre a mente. Se conseguirmos isso, o ego, único obstáculo entre nós e Deus, se vai e podemos dizer, como Jesus: "Eu e o Pai somos um!"

      Por isso, disse o maior (?) profeta do Antigo Testamento: "Aquieta-te e sabe: eu sou Deus!", isto é, se vc consegue controlar sua mente, fazendo-a cessar de operar, vc perceberá q não é mais você que está aí onde vc está, mas Deus. Como os mestres afirmam: “Ou o eu; ou Deus!”

      Esse é o único trabalho q precisamos fazer: aquietar a mente. E é mesmo trabalhoso e difícil devido a nossos condicionamentos e à cultura ocidental.

      Assim, no Bagavad Gita, a “Sublime Canção da Imortalidade”, do Mahabarata, épico clássico do hinduísmo, considerado um verdadeiro manual de psicologia-evolutiva do  ser humano, escrito três mil anos antes de Cristo, está: “Arjuna, o representante dos homens, desolado se lamenta: “Como dominar a mente? Ela é como um cavalo indomável!”, ao q Krishna, o representante de Deus, afirma: “Sim, é difícil, mas não é impossível!””.

      Os pensamentos são a mente. No mesmo sentido do que disse o profeta do Antigo Testamento citado mais acima, H.P. Blavatysk, uma das figuras mais notáveis do século XIX, fundadora da Teosofia (literalmente, “Sabedoria Divina”), e que surgiu em um momento histórico em que a religião estava sendo rapidamente desacreditada pelo avanço da Ciência e da Tecnologia, disse: “A mente é a assassina de Deus; mate a assassina!” e, Masaharu Taniguchi, fundador da Seicho-no-ie (“O caminho do progredir infinito”), disse: “Quando o ego se afasta, Deus se manifesta!”.

      Nas práticas da Raja-Yoga (yoga real, a yoga da meditação) usa-se a repetição do mantra “Om-namo” q, para uns, significa “Deus-não eu””; do mesmo modo, para uns, “Seicho-no-ie” tem o mesmo significado: “Deus-não eu”.

      Isso mostra q, para muitos, a percepção a q devemos chegar é q “não sou eu q estou aqui; é Deus”. Para mestres e sábios, e para a ciência moderna, todos somos Deus, todos somos um só. (“Eu e o Pai somos um!”).

      Como afirmam cientistas quânticos, “a mente é a única coisa q não tem plural” e, ainda, “só existe uma mente, e nós somos essa mente!” Muitos outros afirmaram a mesma coisa e, por isso, muitos foram penalizados com a morte pelo fogo, esfolamento, sepultados vivos; outros, obrigados a se calarem para sempre, outros...

      Abç.

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