quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

O EGO NÃO DEIXA PERCEBER QUE TODOS SOMOS UM


      O amigo X escreveu: Será o Ego um ser, ou algo criado socialmente?

      Cel: sim,  se, com “socialmente”, o amigo quer dizer criado como conseqüência  do medo q nos vem, ao nos depararmos, na vida de encarnado, com o mundo ameaçador ao nosso redor e com tudo q seja percebido por nós, através de nossos canais de relação com o mundo: fenômenos, acidentes geográficos, temperatura, pedras, saúde e doença, vida e morte, seres humanos e não humanos, orgânicos e inorgânicos... ; tudo!”.
       X: O Ego é um “eu” que segue costumes, crenças, atitudes defendidas pela maioria?
       Cel: q pode seguir ou não seguir, mas q vê, ouve, sente, cheira, degusta, percebe e interpreta , sempre a nosso favor (por isso suas interpretações não são confiáveis, pois sempre a nosso favor!). O ego nos “ajuda” a viver na carne, mas nos estorva qto à percepção das coisas do espírito, não nos deixando conhecer o que e quem realmente somos dentro deste universo sem fim. Ele provoca a ilusão de que somos seres independentes e separados de tudo o mais, pois vemos o mundo, quando estamos no corpo material, através dos sentidos, sobretudo visão e audição, os quais nos fazem "sentir" que o mundo está "em torno" de nós.  
       X: Cada Ego/personalidade tem um conceito de verdade diferente vindo das experiências diferentes trazidas pela escola da vida?
       Cel: conceito muito ou pouco diferente, ou até mesmo semelhante, das “pequenas” verdades trazidas desse aprendizado. É essa escola que, nos ensinando, continuadamente, através das experiências/lições que, incessantemente, nos proporciona, que nos faz como somos a cada instante. Ela é a causa do q fomos no passado, do que somos hoje e do que seremos no amanhã. Portanto, é ela que, continuadamente, nos molda, em relação aos sentimentos, desejos, escolhas, inteligência, discernimento, compreensão, sendo, assim, a construtora de nosso futuro. 
       X: Mas, a epístola de Paulo diz, claramente, que '' É o pai que opera em nós o pensar...”, muito defendida por você, o que significa que não existe na verdade o famoso livre arbítrio, tão importante para alguns que não aceitam a possibilidade de serem marionetes, máquinas, quando na verdade nem “nossos” próprios pensamentos conseguimos controlar perfeitamente...  
      Cel: Porq disse Paulo q “é o Sr q opera em nós, até mesmo as obras q acreditamos q, na realidade, nós operamos...”? Que “nenhum pensamento é verdadeiramente nosso, pois todos os pensamentos vêm de Deus”? Porq Jesus disse q “tudo vem do Alto” e q “até mesmo nosso desejo de segui-lo (ou seguir, ou fazer o que quer q seja, portanto) não é nosso...”? 
      Todas essas afirmações significam q, na realidade, como vc já deve ter percebido, nada é verdadeiramente nosso, nada vem de nossa mente, ou de nosso íntimo se não for provocado pelo q vem de fora de nós! Ações, eventos externos provocam as reações internas, a partir das quais agimos.   
      Se não existe o livre-arbítrio, tudo, inteligência, discernimento, compreensão, desejos, vontades, escolhas, decisões, sentimentos, virtudes, vícios, crenças etc, não somos nós mesmos q os produzimos, pois “tudo vem do Alto”, tudo vem desse incessante e eterno fluir, desse movimento universal a q damos o nome de vida, ou de escola de vida, ou de Deus.  
      Tudo q fazemos, seja no campo do bem, seja no do mal, somos levados a fazer pelo que a vida nos ensinou. Logo, dentro desse quadro, o livre-arbítrio, como a lei de causa e efeito, culpas e culpados, prêmios e castigos, penalidades e recompensas, nada mais são do que ilusões, fantasias inventadas ou imaginadas (muitas, com boas intenções), talvez inconscientemente, pelo homem q sempre busca e tem de achar uma explicação para tudo, em particular para aquilo q o faça sofrer. Se vc já observou q não comandamos nossos pensamentos, isto é, q eles não são nossos, pois vêm, demoram pouco ou muito, e se vão qdo menos esperamos, independentes de nossa vontade, compreenderá q os demais sentimentos, virtudes, vícios, maldade e bondade, como também desejos e escolhas conseqüentes aos desejos, não são nossos, pois tudo q obramos, pensamos, imaginamos, decidimos etc tem origem em pensamentos... e os pensamentos não são nossos!
      Qto ao livre-arbítrio (que não se harmoniza com o q observamos na vida, nem com o q ensinam as doutrinas, pois não existem decisões ou escolhas independentes ou livres do q  a escola da vida já nos ensinou) os sábios afirmam q “aquele q pensa q escolhe é imaturo; está ainda no jardim da infância (dos “mistérios” da vida) e dificilmente chegará à graduação universitária”; do mesmo modo, a ciência mais avançada do mundo assegura q “a escolha não é nossa”!
       E qto a sermos, pela inexistência do livre-arbítrio, marionetes nas “mãos” de Deus, podemos refletir: e nossas mãos, pés, pernas e braços, nossos olhos etc são nossas marionetes ou prolongamentos, complementos nossos, necessários auxiliares que são na obra de nossa sobrevivência? Do mesmo modo, podemos perguntar: somos meras marionetes de Deus ou prolongamentos, complementos Seus, auxiliares q somos, na obra de Sua criação (como dizem doutrinas)? Reflita sobre os experimentos da “dupla fenda” e da “escolha retardada”, cujas revelações dividiram a ciência em “antes” e “depois” deles e deram nascimento à física moderna, e tenha um a idéia do q colocamos acima.  Poderá encontrá-los na Internet.
       X: Mas, se é o Pai que opera em nós, nossos atos vem de Deus ou do Ego/personalidade existente no mundo material?  Se é Deus que escolhe por nós, como explicar essas vontades, escolhas tão divergentes? Afinal, é o Ego ou Deus ou a vida? 
      Cel: meu amigo, o dizer q é Deus, ou a vida, com suas incessantes lições, q age, escolhe etc, por nós, é um modo de fazer ver que “nós mesmos não agimos”; q, quando movimentamos um dedo ou damos um passo, ou um sorriso, quando imaginamos ou pensamos, tudo isso está sendo realizado por esse Todo Universal, essa Consciência universal q é uma só, única e absoluta; essa consciência que envolve tudo num abraço inafastável; tudo está em seus domínios, pois q, na realidade, não existimos como seres independentes e separados de tudo mais, nem dos demais “eus”, nem do universo; somos uma coisa só; como Jesus e outros disseram, “eu e o Pai somos um”, “eu sou o infinito e o eterno”; ou “só existe uma mente, e nós somos essa mente”!
      Como afirmaram e afirmam aqueles q conheceram a verdade, “a doença da humanidade é ver dois onde só existe Um”; e os cientistas quânticos, chamados por muitos de “cientistas místicos”: “a mente é a única coisa q não tem plural”; ou, “somos apenas máscaras neste mega drama da vida, no qual o único personagem é Deus”, ou "só existe uma mente nós somos essa mente". Por isso, Jesus, q percebeu, pode dizer: "eu e o Pai somos um"!
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