terça-feira, 19 de fevereiro de 2013



      Como o uno, uma única mente, ou consciência, se torna muitas consciências, ou mentes?     

      ÓTICA DO MÍSTICO PAULO:
      O q deve ocorrer é, como Paulo disse: “Ele (Deus)está acima e abaixo, à esquerda e à direita, atrás e à frente, dentro e fora! Nele vivemos, nele respiramos!........” Assim, a consciência, a mente, o cérebro e o q mais seja, são a própria ‘Sabedoria’ imutável, infinita e eterna.

      Afinal, isso, a q damos o nome de Deus, está em tudo e é tudo! É a única realidade, o “primeiro, sem segundo”. Como está em tudo, manifesta-se, digamos, sensivelmente, qdo está em algo q possui ferramentas próprias para se manifestar: assim, não numa pedra, mas, sim, num cérebro! E sua manifestação se realiza de conformidade com as possibilidades do ser onde se acha.

      Assim, em qualquer estado ou condição em q esse ser se encontre, cheio de amor ou de ódio, rindo ou chorando, abençoando ou assassinando, ajudando ou prejudicando, sendo egoísta ou solidário, orgulhoso ou humilde, sofrendo ou dançando, cadeirante ou livre etc é a mesma consciência, e a diversidade de manifestações vem das diferentes circunstâncias q envolvem as possibilidades de manifestação.

      Para os mestres, essa consciência é o q é, sempre uma e, sim, imutável, porq ela é assim como é.

       ÓTICA DOS FÍSICOS QUÂNTICOS:
      Do livro de Goswami, ‘Universo autoconsciente’:
      “Uma única Consciência torna-se muitas”
      Como uma única consciência (não-localizada, universal) torna-se muitas consciências localizadas, individuais, pois somos, apenas neste planeta, alguns bilhões de pessoas? Como um mundo de sujeitos e objetos surge de um ser uno? Como surge a experiência de nosso “eu” individual, pessoal? Como surge o sentimento de que somos todos separados?

      Todos temos a intuição, a percepção muito forte de que a mente é separada do corpo; ao mesmo tempo, temos intuição de que a mente não é separada, pois sentimos dor corporal. Além disso, temos a impressão, e mesmo a certeza, de que nosso self (o sujeito de nossa consciência) é separado do mundo e do self dos demais seres.

      E, então, como é q se forma a ilusão da individualidade pessoal, do ‘eu’? Este assunto é importante porque é daí que surge a ilusão da separatividade (a maior ilusão produzida por Maya). Se o self pessoal é ilusório, porque ninguém conseguiu ainda explicar porque existe tal ilusão? Será, realmente, apenas uma ilusão a experiência do ‘eu’ individual, que é tão forte e constante em nossas vidas? Se é, o que é que cria essa ilusão? A experiência do ‘eu’ individual é a mais persistente de nossa vida.

      O componente quântico do cérebro-mente é regenerativo e seus estados são multifacetados (múltiplas facetas, múltiplas superposições coerentes). É o veículo da escolha consciente e da criatividade. No entanto, uma vez que precisa de longo tempo de regeneração (pois é um macro objeto), (regeneração após ter-se desfeito em energia, q ocorre qdo não existe um ser senciente observando, isto é, um ser q tem capacidade de observar – com os canais de relação com o mundo - e sentir sensações produzidas pelo q observou) temos dele consciência e o componente clássico do cérebro (o mecanismo do cérebro tem um componente quântico e um clássico) vem a formar memória e, dessa maneira, serve como ponto de referência para a experiência do self individual, a experiência da auto-referência, que é a capacidade de um sistema se sentir ‘separado’ do mundo, daí nascendo a ilusão de um “eu” pessoal que tem continuidade no tempo, um eu separado e independente, o ego. Essa é a experiência mais inconfundível do “eu”, o ego, o “aparente” processador, executor e integrador de nossos programas. O ego é a imagem que formamos do experienciador aparente de nossos atos, pensamentos e sentimentos do dia-a-dia. Mas, é pura ilusão.

      Para essa afirmação há provas numerosas: provas da não-localidade da ação da mente, como nas experiências paranormais e também nos experimentos sobre a coerência de ondas cerebrais; provas de descontinuidade, abundante nos fenômenos mentais, especialmente nos fenômenos de criatividade; provas de complementaridade: o pensamento sempre se comporta como objeto quântico e apresenta o princípio da incerteza; se nos concentrarmos no conteúdo do pensamento, perdemos de vista a direção para onde ele se dirige; se nos concentramos na direção, perdemos de vista o conteúdo (Faça o teste). Há, aí, duas variáveis conjugadas, complementares: aspecto (conteúdo instantâneo, semelhante à posição dos objetos quânticos) e associação (o fluir, o movimento do pensamento, semelhante ao momentum, velocidade, dos objetos quânticos). Assim, fenômenos mentais, como o pensamento, exibem complementaridade. Embora sempre se manifeste como forma, sendo descrito por atributos, como aspecto e associação, entre as manifestações o pensamento existe como arquétipos transcendentes, como acontece com o objeto quântico com suas superposições coerentes (onda) e o aspecto unifacetado manifesto (partículas).
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      Dê uma lida nesse livro de Goswami.
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