domingo, 22 de maio de 2011

CARTA A UM AMIGO - 21/05/2011

CARTA A UM AMIGO – 21/05/2011


Texto de msg anterior:

"Devemos procurar ensinar o que cada um deve fazer, não para sentir amor, mas para “ser” amor."

Cito o amigo:

“Quem somos nós para ensinar algo a alguém, senão a nós mesmos?”

Cel (msg atual): desconheço sua filosofia de vida, se tem uma crença ou religião, se já conheceu o que disseram os mestres e sábios tanto do Oriente quanto do Ocidente; desconheço se tudo, para o amigo, se resume no que está contido nas mensagens deste site (Anjo de Luz). De qualquer modo lhe perguntarei: o q deseja significar com “só podemos ensinar a nós mesmos”? É obvio que,. se o amigo se refere a que toda sabedoria, felicidade e amor já estão dentro de nós, concordo inteiramente. Mas são apenas palavras, pois não as experimentamos ainda. Se é isso, concordo! Mas, são mesmo só palavras, ou o amigo já penetrou em seu próprio “eu”, já se libertou de todos os obstáculos para a percepção de Deus?

Outra pergunta, na suposição de q o amigo conheça alguma coisa dos evangelhos cristãos: lembra-se deste conselho de Jesus: “Não coloque tua luz sob o alqueire, mas sobre o velador para que ilumine a todos”? E observe que ele não se dirigia somente aos profetas, aos discipulos, aos sábios, mas ao povo em geral, ao homem comum; lembra-se? Se o amigo conhece algo que pode ser de auxilio à compreensão de alguém mais, esconderá esse algo só para si? Tenho certeza que não! Isto, com certeza, responde a sua pergunta inicial, concorda?

Cel em msg anterior:

"Percebam Deus em vocês."

Cito o amigo:

“Esse é o primeiro passo. Depois vem a manifestação da divindade e a unicidade”.

Cel: sim, amigo, mas esse primeiro é também o último passo (se no primeiro passo percebemos Deus em nós); o primeiro (estou novamente me reportando ao cristianismo) é fazer aquilo, que o mesmo mestre citado acima, aconselhou que deve ser feito “em primeiro” lugar: “buscar o reino de Deus...”; o último passo, é um passo sobre um abismo gigantesco, é o percebimento de Deus, da verdade libertadora; a partir daí nenhum passo a ser dado; quem chegou a isso, chegou “lá”; deixou para trás, e para sempre, as flores e ilusões do caminho, “ressuscitou”. Não há mais perguntas, nem há mais necessidade de respostas; chegou-se ao objetivo final. A manifestação da Divindade e da unicidade, são concomitantes com o resultado da “busca do reino”, de perceber que Deus está em nós. Não haverá, portanto, para esse que chegou “´lá” nenhuma necessidade de manifestação da Divindade ou da percepção da unicidade. Ele já chegou ao lugar de onde nunca saiu, senão pela ilusão do ego.

Cito o amigo:

"A VERDADE é indizível e cada um deve experienciá-la internamente, dentro de suas vivências pessoais”

Cel: nssas palavras desejo colocar pequeno reparo: ninguém experimenta ou experiencia a Verdade dentro de suas vivências pessoais (a não ser q o amigo esteja dando a essas palavras significação q desconheço).

Cito o amigo:

“Pobre mente humana que acha que tem o controle de alguma coisa”.

Cel: aqui, amigo, vc está perfeito: a mente localizada nem mesmo pode reivindicar a paternidade de seus pensamentos, desejos e ações, sejam eles no sentido do bem quando no do mal; os “nossos” pensamento não são nossos... Paulo: “É o Senhor q opera em nós o pensar...”.

Cito o amigo:

“Quando a consciência se expande, a mente esperneia e quer a qualquer custo manter o controle e mostrar o quanto sabe e entende. Essa reação é parte da dualidade.

E esse camihno, como todos os outros, também é certo, pois todos os caminhos levam ao mesmo lugar, sejam eles mais longos ou mais curtos.”

Cel: quando a consciencia se expande nenhuma mente espernea, nem quer manter o controle, pois qdo a consciencia se expande a mente já deixou de existir; era apenas ilusão. Quando a consciencia se expande o ego cessa suas operações; então mente passa a ser Mente; Consciencia localizada, passa a ser Consciencia não localizada, una, divina, universal.

E esses caminhos não são caminhos; são apenas desvios que a nada levam... o caminho é um só como a verdade é uma só (a não ser que estejamos falando de outra coisa). Será que estamos falando da mesma coisa? Eu falo do caminho que leva a Deus, da verdade que liberta de todas as dependencias. Suponho que o amigo, também.

Cito o amigo:

“Portanto você, eu e todos estão no caminho certo, pois conscientes ou não, somos UM e estamos em Deus como Deus está em nós. Essa aceitação é parte de unicidade”.

Cel: novamente o amigo colocou palavras certas, exceto ao dizer “nessa aceitação”. A aceitação leva a alguma compreensão? O desejo de aceitar pode provocar o nascimento de alguma realidade, ou apenas provoca mais ilusões? O acreditar que “somos um” pode levar à experiencia de perceber que todos “somos um”? Ou de que “somos um com Deus”? Não; a aceitação não faz isso! Para chegarmos a essa percepção temos de, obrigatóriamente, seguir um “único” caminho, o da eliminação da fonte de nossas ilusões, o único obstáculo que nos afasta de Deus, o caminho que leva à morte do ego.

Um abraço, amigo.

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