domingo, 29 de maio de 2011

Quanto mais encantados com o mundo, mais distantes de Deus

Um amigo colocou que “quanto mais identificados com a matéria, mais distantes de Deus”.


Observe, amigo, que afirmar que “quanto mais identificados com a matéria, mais distantes de Deus” é apenas outro modo de dizer que “quanto mais ignorantes do que somos ou da verdade libertadora, mais distantes de Deus”, pois é fato que, então, mais estaremos presos à matéria, aos atrativos do mundo; nossas ilusões serão mais “ativas”. Todos os atrativos do mundo se referem à matéria. A igreja primitiva, talvez por seus teólogos, ou pór aqueles que se destacaram na busca de Deus, mostrou sabedoria ao elencar os pecados capitais, todos eles vinculados às coisas materiais. Evidentemente não tinham o significado que posteriormente a igreja deu à expressão “pecado capital”, prática que, pela visão da igreja de hoje, pode levar a penas eternas, mas guarda semelhanças pois, enquanto esses defeitos persistem, o trabalho de meditar é impedido ou prejudicado e o homem não chega à se libertar do ego e, consequentemente, não chega à realidade última, que traz felicidade absoluta (céu).

À medida que aumenta a compreensão acerca do mundo e da armadilha que é a vida, e que o homem percebe que não encontra, no mundo, solução para seus problemas, mas vai se distanciando das coisas da matéria que antes o atraiam pois que essas coisas, aos poucos, mostram que não mais satisfazem, que não preenchem suas mais altas aspirações. E instala-se nele o desencanto pelas coisas materiais que, por mais satisfatórias e mais duradouras que sejam, não trazem as soluções definitivas almejadas. Isso tem sua valia, pois leva aquele, que já começou a refletir sobre “o porque de tudo isto”, a buscar algo mais e algo mais e algo mais..

Assim, quanto mais nos afastamos das coisas do mundo, mais próximos ficamos de Deus (e vice-versa)..

Como vc disse, o mundo não passa de uma grande escola, mas é uma escola tanto do bem quanto do mal pois é aqui que o ego aprende a desconfiar, a ser violento, a matar, roubar mentir (o decálogo), enfim, a ser mau e se torna cheio de imperfeições. Em nenhum lugar além do mundo o ego se enche de imperfeições e defeitos morais.

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