sexta-feira, 6 de maio de 2011

SOMOS O QUE A VIDA FAZ QUE SEJAMOS

Amigos,


Alguém, estudioso, disse:

“A família, as influências do meio em que vivem, a comunidade, a sociedade etc, podem ser, para "alguns", o motivo da entrada nos vícios. Mas , “para alguns”, porque não “para todos”...”

A resposta é: exatamente porque as “infinitas” influencias, vindas de todas as experiências da vida, desde que viemos à existência, nos fazem desiguais. Isto é, as lições recebidas nesta escola, do bem e do mal, que é a vida, não são iguais para todos e nos colocam em níveis diferentes de aprendizado, de compreensão; acrescente-se, a essas lições, a força da genética que nos vem desde os mais remotos ancestrais e nos moldam a constituição fisiológica, o cérebro, certas capacidades, num sentido positivo ou negativo e, talvez, a constituição psicológica ou parte dela.

Disse: atingir

“Mas, não somos responsáveis por tudo aquilo que nos acontece? Porque no mesmo ambiente de maus exemplos, uns se tornam viciados ou maus e outros não?”.

É verdade que isso ocorre com freqüência, mas somos todos perfeitamente iguais para que respondamos igualmente às influencias da vida? É a desigualdade que permite que os exemplos nos atinjam de modos diferentes; uns se deixam influenciar mais facilmente que os outros. Somos diferentes, uns dos outros, tanto no aspecto fisiológico, quanto no psicológico, não é verdade? Mas, analise: “Antonio” não se curva aos exemplos viciosos, mas “João”, se submete a eles. Será que João quer ser diferente de Antonio nesses aspectos, simplesmente porque quer ser diferente? Será que João se viciou simplesmente porque quis se viciar? Porque agiram desigualmente? Será que Antonio resistiu somente pelo fato de querer resistir? Alguém possui uma vontade mais forte do que outro, simplesmente porque quer possui? Não é a vida, com todas suas lições vindas das diferentes experiências de cada um, que os tornam diferentes nas ações, nas respostas aos exemplos, na maior ou menor força de vontade para resistir ao que é nocivo? Você é uma pessoa boa, honesta, humilde, solidária simplesmente porque quer ser assim? Porque o outro não tem essas mesmas qualidades que você tem? Porque não quer ter? De onde vem essa desigualdade (que traz sofrimentos desiguais) senão de nossa escola de vida? O mau é mau porque quer ser mau? O bom é bom porque quer ser bom? Não existe uma diferença entre o bom e o mau? De onde vem ela? Você poderá dizer: “da alma, do espírito, do caráter, da vontade, do carma”, certo? E eu lhe perguntaria: “e de onde vem essa diferença de alma, de espírito, de caráter, e de vontade?” Nós mesmos as colocamos em nossa alma? Nós mesmos fizemos nossa vontade ser no sentido do bem ou do mal? Analise!

Disse:

“Quantos jovens e mesmo adultos passam pelos mesmos infortúnios, na mesma família, na mesma escola, com os mesmos pais e "escolhem" um caminho diferente ao do vício...”

Como já vimos, isso é verdade, mas como saber se todas as influências recebidas, a todos os instantes, até por gêmeos, que vivem sob o mesmo teto, são iguais? Aí entram inúmeras variáveis que não temos condições de verificar. Dores e sofrimentos, satisfações e alegrias, fisiológicos e psicológicos são iguais para todos que estão, por muito ou por algum tempo, nas mesmas condições de vida? E veja que essa é apenas “uma” variável!

Disse:

“Pedras podem existir no caminho de muitos, uns pisam e nada sentem, outros se sentem incomodados, mas pisam e vão adiante, tornando-se mais fortes e outros machucam os pés e deixam de caminhar”.

Exatamente, é isso que vemos o tempo todo; é isso que as religiões colocam: que uns aceitam suas provas e outros reclamam. E porque as reações são diferentes entre uns e outros, as suas das minhas, senão porque somos seres diferentes, porque a vida nos fez diferentes? Ou será que reagimos diferentemente porque temos vontade de agir diferentemente? A amiga, o amigo, alguém pode vislumbrar outra explicação? Gostaria de saber qual é.

Nós não somos os formadores de nosso caráter, de nossas qualidades ou defeitos; não somos nós que nos fazemos, que nos construímos como somos. É a vida, com suas inumeráveis influencias sobre nós, que nos constrói o caráter, que nos faz deste ou daquele jeito, bons ou maus, honestos ou desonestos, inocentes ou criminosos, vítimas ou algozes, alegres ou tristes, felizes ou infelizes.

Fiquem em Deus.

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