sexta-feira, 6 de maio de 2011

O VERDADEIRO PERDÃO

PERDÂO

Amigos, alguém perguntou se o ato de perdoar deve ser previamente estudado acerca de se o que errou deve mesmo ser perdoado. E a resposta, evidente é: se o ato de perdão é apenas um ato forçado, da “boca para fora”, sem dúvida aquele que perdoa, pesará a gravidade do mal feito, se deve ou não perdoar, se o outro merece esse perdão, se é ou não conveniente perdoar, quais vantagens vai auferir do seu ato de perdoar. Isso, no entanto, significa um perdão forçado, pseudo-perdão. Para o perdão feito por amor, que é o verdadeiro perdão, não tem de haver uma razão, um ensinamento esclarecedor, nem saber quando perdoar ou porque perdoar; não tem de existir uma teoria ou alguém (mestre, santo, guru, espírito amigo, religião, mandamentos, exemplos), que nos recomende perdoar; nem precisamos saber o que é o perdão; só tem de “existir” amor, mesmo que não saibamos o que essa palavra ou sentimento signifique. Se houver alguma razão ou interesse para perdoar, como a aquisição de méritos com vistas a recompensas futuras, como as religiões prometem; se houver pensamento ou esperança de que o Criador nos premie agora, ou depois, ou numa vida futura, seja na carne ou na pátria espiritual, não é perdão. Se houver qualquer condição, por mais insignificante que seja, para que se perdoe, não é perdão; é, apenas, uma imitação, uma simulação de perdão, um falso perdão, pois o amor verdadeiro não exige condições ou análise: é espontâneo e natural, sem qualquer esforço, sem qualquer motivo ou razão.

O verdadeiro perdão não analisa se aquele que perdoa poderá ou não ser considerado fraco ou tolo ou medroso, pelos semelhantes; não analisa as condições do ofensor, ou nossa, de seres ainda imperfeitos; nem se o ofensor agiu maldosamente ou por ignorância, nem se vamos ser, com o perdoar, aliviados de qualquer mágoa ou preocupação ou consciência pesada. Se qualquer dessas razões, ou condições, existir, podemos até dizer que é um “treinamento” de perdoar, mas não é perdão porque não é amor. Lembrem-se de Paulo, ao falar sobre o “perdão, o amor, a caridade”; e de Jesus ao falar em “oferecer a outra face”.

Fiquem em Deus.

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