quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

A REALIDADE É MAIS ESTRANHA DO QUE A FICÇÃO

A Realidade é mais Extranha do que a Ficção



DANIEL Coleman, Ph.D., psicólogo clínico, professor de meditação na Universidade Harvard, autor e editor de revista científica sobre psicologia, pesquisador das técnicas de meditação do Ceilão e da Índia.
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Enquanto, no Ocidente, a psicologia nem mesmo havia iniciado a investigação do bem-estar extremo psicológico, ou dos estados superiores de consciência, no Oriente já eram encontradas concepções radicalmente diferentes relativas à natureza e ao potencial psicológico do ser humano. Reconhecidas nossas limitações culturais, abriu-se caminho para uma visão mais ampla da nossa psicologia, com a criação de novos modelos capazes de acomodar as concepções ocidentais e orientais.

Algumas das principais diferenças de concepção:

No Ocidente, a matéria é considerada o constituinte principal da realidade e é ela que cria a consciência ou mente (isto é, a mente não passa de um subproduto da matéria cerebral).

No Oriente, a consciência é o elemento principal e é ela que cria todo o universo material (ver Amit Goswami e outros cientistas, físicos quânticos).

Para o Ocidente, o universo é reducionista e atomístico, isto é, pode ser decomposto em suas partes componentes, ou entidades isoladas. Contudo, a física quântica redescobriu as antigas descrições místicas de um universo indivisível e interconectado. A realidade parece mais estranha que a ficção pois provas indicam que cada parte do universo está conectada com todas as outras partes, isto é, em todo o universo tudo está conectado com tudo; não há partes independentes; todas estão interconectadas e são interdependentes, inclusive o ser humano. Daí o retrato de Sidarta, assim que se iluminoum, com um colar de gemas preciosas, nas quais, cada uma, reflete o brilho e a cor de todas as outras.

A psicologia ocidental, para a qual "o comum é o melhor", considera o estado de consciência comum como sendo o estado ótimo, visão que rejeita a possibilidade dos estados superiores das concepções orientais.

Freud afirmou que o sofrimento é inevitável e que a alternativa é derrotá-lo, porém, a psicologia do místico oferece outra alternativa: alterar os processos da consciência ordinária e alcançar o "estado de Buda", unir-se à Consciência Universal, Deus, estado que acaba com todos os sofrimentos, sejam quais forem. Esse estado é atingido principalmente pela meditação e, uma vez alcançado, extingue os demais estados, como ansiedade, depressão, orgulho, egoísmo, ciúme, inveja, violência, medo, ignorância etc, que geram todos os sofrimentos.

O estado de Buda, ou Consciencia Búdica, Crística ou Cósmica, possui uma coerência de ordem mais elevada do que todas as integrações sugeridas por qualquer ramo da psicologia ocidental. A psicologia oriental ensina e, hoje, os ocidentais estão compreendendo (em face das implicações das descobertas da física quântica) que, pela meditação, esse estado pode ser atingido por todas as pessoas.

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