segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

TODOS OS PROBLEMAS SÃO UM SÓ PROBLEMA

Todos os problemas são um só problema.






Cito palavras de uma amiga:


“Vejo que você persegue essa resposta, sobre o porquê das desigualdades entre seres criados iguais, há bastante tempo. Sei que a pergunta é importante, mas se não há nenhuma religião ou doutrina que dê a resposta, como você mesmo disse, essa perseguição não terá fim”.


Resp: minha amiga, não perseguimos a resposta; perseguimos conseguir mais alguém, dentro das doutrinas, que compreenda, pelo refletir sobre a questão, que a resposta está noutra direção. A intenção desta perseguição é fazer refletir, fazer abrir os olhos; as pessoas aceitam facilmente o que lhes vem às mãos desde que confiem nas fontes; se questionassem, muitos não teriam seus olhos voltados só para aquilo em que crêem e, com certeza, decidiriam abrir seu leque de buscas, como a própria DE recomenda. Não estamos buscando a resposta àquela questão; estamos buscando que alguém mais reflita a respeito. Há resposta e explicação, sim. Por isso é que temos de olhar para outros lados, se não ficaremos na ignorância sobre muitas coisas que nos auxiliam na compreensão da vida. Se as pessoas encontrassem e acreditassem na resposta, coisa somente possível com o abandono de todos os preconceitos, muitos não estariam sofrendo tanto pelos males que “julgam” estão praticando; não sofreriam por remorsos, culpas, medos por não terem obedecido aos mandamentos ou ética de sua crença, pelo medo de não estar protegido, o medo de não agradar ou de ofender a Deus; medo de não cumprir os mandamentos de sua crença particular e vir a ser, como conseqüência, sentenciado, num hipotético juízo, que se dará num hipotético final dos tempos, a sofrer os castigos de um purgatório, inferno ou umbral; ou de reencarnações dolorosas ou em seres inferiores da escala evolutiva... Veja se não é assim: talvez a maioria daqueles que seguem, mais ou menos, sua religião, numa análise mais profunda, obedecem aos mandamentos de Deus e de suas igrejas, por medo do que poderá acontecer se não obedecerem, pois todas as religiões infundem medo a seus seguidores.


Muitos sofrem, também, por se sentirem indignos por não terem pedido perdão por suas faltas, por não terem feito sacrifícios; pelo medo de ficar sujeito a castigos pelos “pecados” cometidos, medo dos desejos escusos, das ações de desamor etc.


O medo é produto da ignorância e é a causa de “todos” os sofrimentos do mundo. Devido ao medo nos agarramos a promessas, ilusões e esperanças que as crenças nos dão, e ficamos cheios de remorsos e culpas, pois vivemos dentro dessa tremenda ilusão de que somos culpados ou responsáveis pelos males do mundo e por nosso próprio sofrimento, e medo de que haja uma lei que nos fará expiar, talvez por séculos, pelos erros cometidos.


O que acontece é que o ser humano está fechado na escuridão de sua enorme ignorância e nada vê, nada percebe, nada interpreta corretamente. Ele está com os olhos “cheios de terra”, como disse Teresa de Ávila; com os olhos “cheios de espessas trevas”, como disse Jesus. Essa é toda a causa do sofrimento que existe no mundo: os olhos “tapados”, a ignorância que só pode ser dissipada com o conhecimento da verdade que liberta.


Todos esses “remédios” que a ciência, a medicina, a psicologia apontam para os traumas, para os sofrimentos, de quaisquer espécies que sejam, são apenas paliativos; podem servir por certo tempo, mas os problemas sempre voltarão. Contudo, todos esses problemas são “um só” problema; não há diferentes problemas: todos se resumem num só; assim, se um é resolvido completamente, todos estarão resolvidos...

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