Conversa com uma amiga
Cito a nova companheira de jornada:
“Não sei se a melhor resposta para o amor ou desamor circunda única e exclusivamente no "o que se planta é o que se colhe". A questão é muito complexa, como mesmo passou a questioná-la”.
Resposta: observe que de modo algum essa é a melhor resposta; nem mesmo é uma boa resposta. Essa é a resposta com que a professora ou a mãe ameaça o menino desobediente: “Se você não fizer o que estou mandando, vai ficar de castigo!”; isto é, “se você não amar o próximo, vai sofrer as conseqüências”. E, por medo do castigo, o menino faz o que lhe é pedido. Isso não se aplica ao verdadeiro amor e a nenhuma virtude: amor por obrigação, por ordem, mandamento, imposição, não é amor; é uma coisa forçada, falsa, ou pelo interesse de conseguir mérito ou gratidão ou reconhecimento, ou seguir o exemplo dos mestres ou da ética religiosa; o amor tem de ser espontâneo, senão não é amor.
A resposta para o amor pode estar, “em parte”, na observação da vida; observação que traz a compreensão de que o mundo é mais sofrimento do que felicidade, e pode até despertar o desejo de encontrar a solução para esse desamor.
Cito a amiga:
“É fácil simplesmente postar um texto bonito sem se centrar no que diz , sem absorver os ensinamentos... mas isso só vem com a sabedoria e a experiencia da vida.. com o nosso auto-controle e nosso conhecimento interior, na busca incessante de querer melhorar, na leitura de livros positivos e na prática do dia a dia.
Sócrates: "Homem, conhece a ti mesmo".
Resp: esta última frase sua foi muito bem lembrada. Essa é a solução para todos os males do mundo. Mas, lhe pergunto, como conhecer-se a si mesmo? Não é simplesmente conhecer como erramos, como ainda temos desamor. O mal desaparece com eu me conhecer mau? Temos de nos conhecer muito mais “profundamente”; só então vamos perceber quem e o que realmente somos e, com essa percepção, nos vem o conhecimento da verdade que liberta, como afirmou Jesus; então, o que é mal, torna-se bem; o que é desamor, torna-se amor.
Fique em Deus.
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
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