sábado, 2 de março de 2013

AINDA SOBRE ILUMINAÇÃO E SOBRE CESSAR O PENSAMENTO



      O amigo EE escreveu: Em mais de 5.000 anos de cultura védica os indianos, tampouco ninguém mais, ainda não assimilaram essa filosofia...

      Cel: meu amigo, vc deve concordar q é extremamente  arriscado fazer uma afirmação como essa. Só pode ser feita, e sempre com muita coragem e insegurança, por alguém que tenha estudado a fundo e conheça toda a história desse povo e dessa cultura, como se desenvolveu durante esses 50 séculos passados. 

      E quem tem condições de fazer isso? Nem na história dos povos da atualidade podemos ter confiança total! Este país, com apenas 5 séculos, tem uma história ainda cheia de fases por conhecer, outras suspeitas e outras até mesmo consideradas invencionices para esconder atos irresponsáveis de governantes e poderosos, injustiças e arbitrariedades. Essa é a historia de nosso mundo, vc sabe.  

      Mesmo a bíblia está repleta dessas coisas; poderosos, sobretudo da igreja, a distorceram tanto, nesses milênios passados, para justificar desmandos e absurdos praticados, q pesquisadores, historiadores e estudiosos idôneos chegam a afirmar q, mesmo com relação aos evangelhos, devemos desconfiar de mais de 99% do q lá está registrado.

      Sendo assim, como é q nós podemos vir a compreender o que aconteceu com culturas em seus 5 mil anos de existência  e o q delas está preservado pelos homens dos dias atuais?

      EE:... não compreendo como se pretende que, através de recursos mentais do ser pensante, que o ser pensante deixe de pensar para que se livre do ego e conheça a verdade libertadora, a que Jesus se referiu. O que isso, afinal de contas?

      Cel: é esse o pensamento de muitos, meu amigo e, aqui, devo trazer uma sábia recomendação da codificação, q muitos não atendem, e q está lá no LM, cap 3, item 35, aconselhando q estudemos outras linhas de pensamentos espiritualistas q existem pelo mundo e q as comparemos com a nossa.

      SK, citado por EE: O pensamento cessou - o pensamento que é memória, acumulação de experiências, de cicatrizes do passado; e quando a mente está de todo em todo tranqüila - sem ter sido posta tranqüila - a realidade se manifesta. Essa experiência é a experiência da realidade, e não da ilusão, e tais experiências proporcionam bênçãos ao homem. A verdade, o amor, é o desconhecido, e o desconhecido não pode ser capturado pelo conhecido. O conhecido precisa cessar, para o desconhecido ser; e quando o desconhecido surge na existência, derrama-se uma benção. (Krishnamurti)

      EE: ... é meio durinho de entender, não é? 

      Cel: é sim, mas não só “meio” durinho; é “muito” durinho de entender, sobretudo para nós ocidentais, q só temos olhos nos conceitos vindos do cristianismo q, como disse acima, foi submetido a tantas interpolações e extrapolações q o desvirtuaram ao ponto de antropólogos, sociólogos e outros estudiosos do cristianismo primitivo, afirmarem q isso q as doutrinas cristãs ensinam hoje, quase nada tem a ver com o cristianismo dos primeiros séculos.

      Nós, ocidentais, esquecemos q nosso planetinha tem dezenas e dezenas de denominações religiosas, todas com divisões e subdivisões, muitas de muitos milênios atrás e q podem ter ensinamentos de grande importância para o crescimento espiritual. E, muitas vezes, aceitamos passivamente tudo q nos vem às mãos por termos total confiança em suas fontes, e descartamos tudo mais.
..........................................



Nenhum comentário:

Postar um comentário