Olá, amigos
Um amigo, X, q por muitos anos foi adepto
do espiritismo, mas q hoje não é mais, explica como foi sua trajetória na
Doutrina Espírita: anos de entusiasmo, certeza de haver encontrado o q buscava,
o q faltava e, um dia, ao perceber tantas estranhezas, questões mal explicadas,
incoerências e mesmo contradições... decepção!
O amigo escreveu: ... descobri... que as
preces aos anjos de guarda ou aos "necessitados" não funcionam...
Cel: nenhuma prece funciona! O universo
não muda seu “status”, seu movimento porq, parte dele (nós), pede.
A prece q pode, eventualmente, funcionar
é aquela q não é prece, mas uma entrega sincera e em total confiança, uma
abertura por onde “Aquilo” (como diz Nisagardatta) possa entrar. Essa prece é o
silêncio, com atenção total, q pode levar à destruição do ego, o único
obstáculo entre nós e Deus.
São as religiões populares q tentam levar
os homens a outros caminhos, a caminhos consoladores, pois q desconhecem o q
deve, verdadeiramente, ser feito. Como dizem os mestres, somos apenas
testemunhas; qdo agimos, não somos nós q agimos. Acreditamos q agimos, mas
somos, apenas, testemunhas da ação!
Como disseram Jesus, Paulo e outros e, hoje, a ciência moderna, as obras q fazemos não somos nós q as fazemos, pois “a escolha não é nossa”!
Como disseram Jesus, Paulo e outros e, hoje, a ciência moderna, as obras q fazemos não somos nós q as fazemos, pois “a escolha não é nossa”!
Amigo: Não só as Obras Básicas, com
aquela constante enfatização na questão da culpa e do livre-arbítrio como
gerador do mal para você mesmo, mas tbm o que eu chamo de
"Coleção de livros de terror" do M. P. de Miranda, Victor Hugo e
similares, produziram em mim, na década de 1996, complexos de culpa tão
grandes que tive que fazer, posteriormente, várias sessões de
psicoterapia.
Cel: é isso mesmo q acontece: todas as
crenças, na literatura, nos discursos, o tempo todo, procuram trazer o medo, ameaçam
com o terror do inferno, umbral, obsessões, penalidades eternas, ou a se
estenderem por milhões de anos de sofrimentos... Fazem como as leis dos homens,
prometendo penas se desrespeitadas! Nenhuma lei funciona, se não houver receio
do fato de não cumpri-las.
Amigo: Mas também a Doutrina
foi uma espécie de trampolim para mim, para entender agora esses
novos conceitos da Filosofia Vedanta, do Zen, e a compreensão dos
ensinamentos de Jesus, Paulo e outros mestres.
Cel: concordo; aquele q está procurando algo mais, às vezes encontra esse trampolim; às vezes, não! Tudo depende do q a vida lhe vai ensinando. Por isso, Jesus disse: “compreenda quem puder compreender!”!
Cel: concordo; aquele q está procurando algo mais, às vezes encontra esse trampolim; às vezes, não! Tudo depende do q a vida lhe vai ensinando. Por isso, Jesus disse: “compreenda quem puder compreender!”!
Amigo: E não é fácil, viu? Você mesmo vê
a dificuldade que os espíritas têm para compreender. É que esse sentimento de
culpa vem na forma de atavismos, porque, todos nós já estivemos encarnados
na grande noite escura que foi o reinado da igreja romana.
Cel: observe: “vem de atavismos, vem do
reinado da igreja”... e é isso mesmo, mas não só do reinado da igreja romana, pois
somos o q a vida faz de nós, e atavismos, igreja romana e mais o q for, são experiências
adquiridas na escola do bem e do mal. Assim, são, também, da escola da vida, e as aceitaremos ou não, conforme o q a vida já fez de nós, as palavras e
exemplos de Jesus, Gandhi, Madre Tereza, Hitler, Calígula; o conteúdo das
lições boas e más; as palavras do mendigo ali, na esquina, ou dos criminosos no
corredor da morte... tudo nos prepara para sermos o q somos; por isso, agora,
somos, exatamente, tudo o q a vida fez de nós até este instante, bons ou maus,
perversos e pervertidos, criminosos ou inocentes, solidários ou egoístas,
humildes ou orgulhosos, solidários ou egpoistas.
Assim, méritos, deméritos, onde estão? De
onde vêm?
Amigo: Agora consigo perdoar facilmente, no momento em que concebo que eu não sou essa personalidade, e nem o outro a é também. Mais que isso, é possível perceber que o outro, quando erra conosco, não têm escolhas. Quando erramos, quando fazemos o mal, na maioria das vezes não temos escolha.
Amigo: Agora consigo perdoar facilmente, no momento em que concebo que eu não sou essa personalidade, e nem o outro a é também. Mais que isso, é possível perceber que o outro, quando erra conosco, não têm escolhas. Quando erramos, quando fazemos o mal, na maioria das vezes não temos escolha.
Cel: não é “na maioria” das vezes q não
temos escolha; "nunca" a temos, pois somos o q a vida faz q sejamos;
logo, a vida, esse movimento inominável q flui sem cessar, Deus ou o q seja,
escolhe por nós. “É o Sr q opera o pensar, o querer e o fazer!”.
Amigo: Imagino que todos também devam ter
passado por coisas semelhantes às q passei, pois, a Doutrina, por
mais que sigamos à risca os seus mandamentos, não faz surtir efeitos,
não é? Que coisa! Onde os Espíritos Superiores erraram?
Cel: onde estão esses espíritos
superiores? Se houve algum q auxiliasse na obra de Kardec, quem teve competência
para poder avaliá-lo e declará-lo superior? Para avaliar o q quer q seja, só pode
fazê-lo aquele q conhece o melhor e o pior, o acima e o abaixo, q esteja num
nível superior ao daquilo q avalia. Assim, para afirmar q tal ou qual espírito é
superior, somente um q seja superior a ele, poderá afirmar.
Amigo: E aquelas palavras de Platão, em que ele diz no final: "é, gente, tudo o que vos cabe é chorar, suportar e esperar". Tbm considero apócrifa ou, se não for, pelo menos hipócrita tal comunicação.
Amigo: E aquelas palavras de Platão, em que ele diz no final: "é, gente, tudo o que vos cabe é chorar, suportar e esperar". Tbm considero apócrifa ou, se não for, pelo menos hipócrita tal comunicação.
Cel: desconheço essa frase de Platão mas,
quem disse isso não disse bobagem; só resta, mesmo, chorar, suportar (ou
aceitar) e esperar, pois somos apenas testemunhas! Por isso, aqueles q percebem
q é assim, q nada podemos fazer por nós mesmos, conforme as experiências q a
vida já nos tenha ensinado, não se contentam em ficar à espera e retiram os
antolhos e abrem seu leque de buscas e, eventualmente, encontram a verdade q
liberta.
Deve ser por isso q Krishnamurti, tendo em vista os problemas sem fim da vida e, a respeito dos quais nada podemos fazer, pois q somos apenas testemunhas, tenha aconselhado: “uma boa dose de humor e uma boa dose de indiferença!”.
Amigo: porq há tanta dificuldade de os homens discutirem a respeito das possíveis verdades das religiões, de questionarem aquilo q as crenças lhes comunicam?
Deve ser por isso q Krishnamurti, tendo em vista os problemas sem fim da vida e, a respeito dos quais nada podemos fazer, pois q somos apenas testemunhas, tenha aconselhado: “uma boa dose de humor e uma boa dose de indiferença!”.
Amigo: porq há tanta dificuldade de os homens discutirem a respeito das possíveis verdades das religiões, de questionarem aquilo q as crenças lhes comunicam?
Cel: acontece q, em geral, os religiosos
só vêem e crêem naquilo q está a sua frente, não olham para os lados, acreditam q a sua crença é q é a certa! E a teimosia, o fanatismo, o
radicalismo, a discordância, os conflitos surgem. Entre nós, os católicos e
protestantes são os mais “fechados” a essa argumentação; não admitem
questionamentos. Os espíritas, vc sabe; aceitam (não todos) os questionamentos,
procuram solucionar dúvidas. Com eles,
há mais facilidade, mais abertura, para q, raciocinando, questionando,
refletindo, alguém possa vir a entender suas crenças e, até mesmo, discutir a
respeito.
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