sexta-feira, 20 de julho de 2012

A VIDA, AS MALDADES, AS CULPAS


      Conversando sobre a vida, as maldades, as culpas...

      Amigo: se nós somos o que a vida nos ensina, por, para uns ela ensinou ser bom e amoroso; para outros ela ensinou ser cruel e perverso. Como ficam, esses espíritos, diante de tantas maldades feitas?

      Cel: meu amigo, esses espíritos, ficam como vemos no mundo: uns sofrendo as maldades, outros se regozijando das maldades q fizeram.
      Mas, o espírito não é o ser humano; o espírito é “o” Espírito, Deus, Consciência Universal; nós, espíritos encarnados, humanos ou não, somos, apenas, máscaras de Deus; diferentes fisiológica e psicologicamente, em formas, aparências, sensibilidades, atitudes, sentimentos, ações etc, uns dos outros; somos as fantasias e vestimentas de personagens neste mega drama universal, uns, os bonzinhos, outros, os vilões; mas, só há, na verdade, um único ator, e esse está fora e dentro de nós e de tudo: Deus.
      Portanto, respondendo sua pergunta, os espíritos “não ficam”, deste ou daquele modo, diante de tantas maldades. Diante de bondades, maldades e seja lá o q mais for, o espírito é o Espírito, puro, perfeito, pleno, completo (falamos assim, embora, nem mesmo saibamos o q é ser um espírito puro, perfeito, pleno). Mas, isso é o que “sentem” aqueles q chegam lá, q percebem o q são, q se unem ao q sempre foram, q voltam para o lugar de onde nunca saíram!
      Àqueles q percebem o q são, brota em seus corações (como muitos testemunharam) um amor quase insuportável (compaixão) pelos semelhantes q continuam sofrendo porq ainda não sabem o q são; aqueles conheceram a verdade, buscaram e encontraram o Reino (e tudo mais lhes veio por acréscimo!); os demais continuam na escuridão da ignorância e seus conseqüentes sofrimentos!
      Veja, tudo, bondade ou maldade, bem e mal... os opostos da vida, perfeições e imperfeições, belo e feito, saúde e doença, vida e morte etc, pertencem ao mundo do homem/ego/eu menor/mente individual, espírito tolhido, sob todos os aspectos, pelas interpretações equivocadas q a visão do ego lhe passa! Espírito puro, perfeito + carne, cérebro, psique = homem/ ego, ilusões e sofrimentos; homem – ego = espírito puro!

      Amigo: Existe uma justiça divina? Existe um auto-julgamento?

      Cel: meu amigo, um auto-julgamento, muitos o fazem o tempo todo; outros, não fazem. E qto â justiça divina, vamos refletir: religiões e crenças, e o que vem das tradições e do q as sociedades, culturas, costumes, nos passam, são palavras “consoladoras” cujo objetivo (deve ser) consolar os homens, frente a tantos eventos q os levam todos, sem exceção, ao sofrimento.  Como apaziguar a mente dos homens, se não lhes mostrar q, depois de tudo isso, vem algo mais, q justificará e explicará tudo pelo q passamos?   
      No entanto, essas explicações, como não são a verdade, deixam muito a desejar; com elas, as religiões caem em incoerências e enchem os homens de ilusões, promessas de recompensas, de castigos, afirmativas de q o mundo é como é, não pelo desejo de um Deus (de amor e justiça), mas porq os homens o fazem assim. Transmitem, continuadamente, a informação de q, no final, tudo será acertado; de que, pela justiça divina, o sofrimento resultará em felicidade. São apenas palavras para “consolar”!

     Amigo: Esses sofrimentos que olhamos no mundo não são punições?

      Cel: porq “punições”? Quem faz o homem em condições de ser punido, senão aquilo q a vida, na carne/ego, lhe ensina? Logo, como já devemos ter conversado, não há culpas, nem culpados e,  conseqüentemente, nem prêmios, nem castigos, nem lei de causa e efeito, nem evolução, nem involução, nem livre-arbítrio. Há apenas uma vida, q é Deus; o demais nada mais é q ilusão q a ótica imperfeita, porq parcial, do ego nos faz crer q seja realidade. Desfeito o ego, deixamos de ver a ilusão, o falso, e vemos o real. 

      Amigo: Segundo a doutrina, a justiça é feita através da reencarnação . Mas, um espirito expiar faltas que nem se lembra de as ter cometido? Se Deus quem opera em nós, como explicar tamanhas atrocidades?

      Cel: qdo se diz, como disse Paulo, q “é Deus q opera em nós”, entenda-se daí q é a vida, esse movimento gigantesco q flui sem cessar, constrói e destrói, tanto a coisa mais insignificante, quanto as mais imensas galáxias, e leva o ser humano (e não humano) de roldão, como numa poderosa e irresistível correnteza, daqui para lá, de lá para mais além, a jardins floridos ou a fétidos lodaçais, rumo a um amanhã sempre incerto.

      Amigo: É da natureza humana toda essa crueldade e esse egoísmo tbm. Mas, é da natureza humana uma espécie de senso de justiça. Como podemos analisar o fato de essas pessoas terem sido tão monstruosos e não serem elas as responsáveis?

      Cel: isso é simples: não são os homens responsáveis por suas monstruosidades, porq não são eles q se fazem como são, monstruosos ou não; é a vida, com suas experiências/lições, tanto no sentido do bem, qto no sentido do mal, q os faz assim. A vida, o viver dentro de um mundo ameaçador, faz nascer, já de início, o egoísmo, aquela defesa psicológica natural; para uns, conforme seja a vida, esse egoísmo (q é nada mais q medo) se mantém, ou cresce e amplia suas defesas, conseqüentemente, agravando maldades e suas manifestações; para outros, a vida os faz menos egoístas e, conseqüentemente, manifestações de desamor diminuem ou cessam.
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