Conversando
sobre a vida, as maldades, as culpas...
Amigo: se
nós somos o que a vida nos ensina, por, para uns ela ensinou ser bom e amoroso;
para outros ela ensinou ser cruel e perverso. Como ficam, esses espíritos,
diante de tantas maldades feitas?
Cel:
meu amigo, esses espíritos, ficam como vemos no mundo: uns sofrendo as
maldades, outros se regozijando das maldades q fizeram.
Mas, o
espírito não é o ser humano; o espírito é “o” Espírito, Deus, Consciência
Universal; nós, espíritos encarnados, humanos ou não, somos, apenas, máscaras
de Deus; diferentes fisiológica e psicologicamente, em formas, aparências,
sensibilidades, atitudes, sentimentos, ações etc, uns dos outros; somos as
fantasias e vestimentas de personagens neste mega drama universal, uns, os
bonzinhos, outros, os vilões; mas, só há, na verdade, um único ator, e esse
está fora e dentro de nós e de tudo: Deus.
Portanto,
respondendo sua pergunta, os espíritos “não ficam”, deste ou daquele modo, diante
de tantas maldades. Diante de bondades, maldades e seja lá o q mais for, o
espírito é o Espírito, puro, perfeito, pleno, completo (falamos assim, embora,
nem mesmo saibamos o q é ser um espírito puro, perfeito, pleno). Mas, isso é o
que “sentem” aqueles q chegam lá, q percebem o q são, q se unem ao q sempre
foram, q voltam para o lugar de onde nunca saíram!
Àqueles
q percebem o q são, brota em seus corações (como muitos testemunharam) um amor
quase insuportável (compaixão) pelos semelhantes q continuam sofrendo porq
ainda não sabem o q são; aqueles conheceram a verdade, buscaram e encontraram o
Reino (e tudo mais lhes veio por acréscimo!); os demais continuam na escuridão
da ignorância e seus conseqüentes sofrimentos!
Veja, tudo,
bondade ou maldade, bem e mal... os opostos da vida, perfeições e imperfeições,
belo e feito, saúde e doença, vida e morte etc, pertencem ao mundo do homem/ego/eu
menor/mente individual, espírito tolhido, sob todos os aspectos, pelas
interpretações equivocadas q a visão do ego lhe passa! Espírito puro, perfeito
+ carne, cérebro, psique = homem/ ego, ilusões e sofrimentos; homem – ego =
espírito puro!
Amigo: Existe
uma justiça divina? Existe um auto-julgamento?
Cel:
meu amigo, um auto-julgamento, muitos o fazem o tempo todo; outros, não fazem.
E qto â justiça divina, vamos refletir: religiões e crenças, e o que vem das
tradições e do q as sociedades, culturas, costumes, nos passam, são palavras
“consoladoras” cujo objetivo (deve ser) consolar os homens, frente a tantos
eventos q os levam todos, sem exceção, ao sofrimento. Como apaziguar a mente dos homens, se não
lhes mostrar q, depois de tudo isso, vem algo mais, q justificará e explicará
tudo pelo q passamos?
No
entanto, essas explicações, como não são a verdade, deixam muito a desejar; com
elas, as religiões caem em incoerências e enchem os homens de ilusões,
promessas de recompensas, de castigos, afirmativas de q o mundo é como é, não
pelo desejo de um Deus (de amor e justiça), mas porq os homens o fazem assim.
Transmitem, continuadamente, a informação de q, no final, tudo será acertado;
de que, pela justiça divina, o sofrimento resultará em felicidade. São apenas
palavras para “consolar”!
Amigo: Esses
sofrimentos que olhamos no mundo não são punições?
Cel:
porq “punições”? Quem faz o homem em condições de ser punido, senão aquilo q a
vida, na carne/ego, lhe ensina? Logo, como já devemos ter conversado, não há
culpas, nem culpados e, conseqüentemente, nem prêmios, nem castigos,
nem lei de causa e efeito, nem evolução, nem involução, nem livre-arbítrio. Há
apenas uma vida, q é Deus; o demais nada mais é q ilusão q a ótica imperfeita,
porq parcial, do ego nos faz crer q seja realidade. Desfeito o ego, deixamos de
ver a ilusão, o falso, e vemos o real.
Amigo: Segundo
a doutrina, a justiça é feita através da reencarnação . Mas, um espirito expiar
faltas que nem se lembra de as ter cometido? Se Deus quem opera em nós, como
explicar tamanhas atrocidades?
Cel:
qdo se diz, como disse Paulo, q “é Deus q opera em nós”, entenda-se daí q é a
vida, esse movimento gigantesco q flui sem cessar, constrói e destrói, tanto a
coisa mais insignificante, quanto as mais imensas galáxias, e leva o ser humano
(e não humano) de roldão, como numa poderosa e irresistível correnteza, daqui
para lá, de lá para mais além, a jardins floridos ou a fétidos lodaçais, rumo a
um amanhã sempre incerto.
Amigo: É
da natureza humana toda essa crueldade e esse egoísmo tbm. Mas, é da natureza
humana uma espécie de senso de justiça. Como podemos analisar o fato de essas
pessoas terem sido tão monstruosos e não serem elas as responsáveis?
Cel: isso é simples: não são os homens
responsáveis por suas monstruosidades, porq não são eles q se fazem como são,
monstruosos ou não; é a vida, com suas experiências/lições, tanto no sentido do
bem, qto no sentido do mal, q os faz assim. A vida, o viver dentro de um mundo
ameaçador, faz nascer, já de início, o egoísmo, aquela defesa psicológica
natural; para uns, conforme seja a vida, esse egoísmo (q é nada mais q medo) se
mantém, ou cresce e amplia suas defesas, conseqüentemente, agravando maldades e
suas manifestações; para outros, a vida os faz menos egoístas e, conseqüentemente,
manifestações de desamor diminuem ou cessam.
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