Conversando...
Um amigo, na tentativa de entender um
tema, colocou: Gostaria que este estudo que ora inicio
fosse acompanhado e discutido por quantos se interessem por esse tema, de tão
grande importância.
Assim, atendendo ao amigo e considerando
q a “fé deve ser raciocinada”, como exige o bom senso, tento contribuir e levar
os amigos a raciocinarem comigo.
Amigo: ... “há no
homem um princípio inteligente que se chama ALMA ou ESPÍRITO, independente da
matéria e que lhe dá o senso moral e a faculdade de pensar". Há que se
deduzir daí que o cérebro interpreta os anseios, desejos e direções que o
espírito lhe imprime. E o corpo, com seu sistema sensível, faz tornar realidade
aquilo que o cérebro determina, uma vez que esteja instruído pelo espírito.
Cel: amigos, vamos raciocinar: das
palavras acima, devemos deduzir q nosso corpo/cérebro é instruído pelo princípio
inteligente, o espírito (nós mesmos), a praticar, também, ações más, perversas
ou o q sejam?
Amigo: O ideal seria que nós, enquanto retidos nessa matéria densa, ouvíssemos apenas a voz de nosso próprio espírito, dando guarida, com nossa permissão, aos espíritos superiores.
Cel: meu amigo, vamos raciocinar novamente?
Quais serão as razões que nos levam a não concretizar esse ideal? Nós mesmos,
de livre vontade, escolhemos não concretizá-lo? Escolhemos não nos permitir
ouvir a voz de nosso próprio espírito, de não dar guarida aos espíritos
superiores? Somos culpados por não fazer essas coisas? Como agir de modo a
concretizar esse ideal?
Mais uma coisa: para q ouvir a voz de
nosso espírito se é nosso espírito mesmo q, como vc colocou acima, nos leva à
prática, também, de ações más?!
Amigo: Assim todo
espírito inferior não teria acesso a nós, e nosso progresso não seria
interrompido ou dissolvido em pensamentos e ações que mais nos comprometeriam
em dívidas futuras.
Cel: aí está outro assunto interessante a,
sobre ele, raciocinar: no futuro, mesmo sabendo q essas dívidas serão resultado
de nossos erros, porq os cometeremos? E qto ao passado, desconhecíamos q, pelo
praticar erros, nos encheríamos de dívidas? Ou sabíamos mas, assim mesmo, de livre
vontade e sã consciência, decidimos escolher enfrentar a divina e terrível lei
do Todo Poderoso, e suas torturantes conseqüências?
Amigo: Parece
fácil, visto isso deste ângulo. Mas não, o que indago é o quanto a matéria
grita, procura se impor ao espírito, busca satisfazer seus desejos e saciar sua
fome do que, popularmente, se chama de curtir a vida.
Cel: mais uma questão: já fomos criados de modo a não conseguir nos
impor à matéria? A doutrina, é evidente, não diz isso. Então, qual será a causa
dessa nossa fraqueza, q nos leva à busca de satisfazer os desejos de saciar
essa fome ou, como vc disse, “curtir a vida”, e a esquecermos q “curtir o
espiritual” é muito melhor, mais “gostoso”, mais conveniente e q, ao final, nos
leva à felicidade e não à infelicidade q, inexoravelmente (como religiões
afirmam), nos virá se decidimos, por nossa livre vontade, escolher “curtir a
vida” em vez de escolher “curtir o espírito”?
Amigo: Na verdade desejos sem limites, a gula, o sexo satisfeito de forma irresponsável, a cobiça, a inveja, o usura, a soberba, etc, são desejos da carne.
Cel: raciocinemos de novo: conforme a DE,
e outras doutrinas, todos fomos criados sem essas imperfeições (das mais
simples e inocentes, até as mais monstruosas), como aquelas q vc citou acima “desejos sem limites, a gula, o sexo satisfeito de forma
irresponsável, a cobiça, a inveja, o usura, a soberba, etc, são desejos da
carne”
Não tínhamos tais defeitos morais, mas
ficamos repletos deles! Nós mesmos os inoculamos em nós? Nós mesmos escolhemos
colocá-los, à força, em nossa própria natureza? Nós mesmos, raciocinamos,
avaliamos as conseqüências terríveis q nos virão de possuirmos tais defeitos e,
depois, decidimos e escolhemos, conscientemente e de livre vontade, e por nosso
desejo, sermos possuidores dessas imperfeições?!
.
Amigo: Esses
desejos se satisfeitos tomando por princípio a moral, a sensatez, o comedimento
são bons,
mas quando desenfreados, sem limites, são a degradação e o rebaixamento do
homem.
Cel: uma última questão necessária para q,
raciocinando, tentemos entender isso de q estamos falando: se tais desejos
podem ser comedidos pelo nosso espírito, porq nosso espírito não age de forma a
comedi-los e, em vez disso, escolhe levá-los até ao extremo de, ele mesmo,
espírito (nós mesmos) se tornar rebaixado e levado à extrema degradação?
É preciso, sim, refletir, raciocinar,
como muito bem Kardec, e os sensatos e equilibrados aconselham. Se tudo
aceitamos sem refletir, questionar e raciocinar, “acabamos comendo gato por
lebre”!
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