quarta-feira, 25 de julho de 2012

ALMA, ESPIRITO, DESEJOS - É NECESSÁRIO RACIOCINAR


      Conversando...

      Um amigo, na tentativa de entender um tema, colocou: Gostaria que este estudo que ora inicio fosse acompanhado e discutido por quantos se interessem por esse tema, de tão grande importância.

      Assim, atendendo ao amigo e considerando q a “fé deve ser raciocinada”, como exige o bom senso, tento contribuir e levar os amigos a raciocinarem comigo.

      Amigo: ... “há no homem um princípio inteligente que se chama ALMA ou ESPÍRITO, independente da matéria e que lhe dá o senso moral e a faculdade de pensar". Há que se deduzir daí que o cérebro interpreta os anseios, desejos e direções que o espírito lhe imprime. E o corpo, com seu sistema sensível, faz tornar realidade aquilo que o cérebro determina, uma vez que esteja instruído pelo espírito.

      Cel: amigos, vamos raciocinar: das palavras acima, devemos deduzir q nosso corpo/cérebro é instruído pelo princípio inteligente, o espírito (nós mesmos), a praticar, também, ações más, perversas ou o q sejam?

      Amigo: O ideal seria que nós, enquanto retidos nessa matéria densa, ouvíssemos apenas a voz de nosso próprio espírito, dando guarida, com nossa permissão, aos espíritos superiores.

      Cel: meu amigo, vamos raciocinar novamente? Quais serão as razões que nos levam a não concretizar esse ideal? Nós mesmos, de livre vontade, escolhemos não concretizá-lo? Escolhemos não nos permitir ouvir a voz de nosso próprio espírito, de não dar guarida aos espíritos superiores? Somos culpados por não fazer essas coisas? Como agir de modo a concretizar esse ideal?  
      Mais uma coisa: para q ouvir a voz de nosso espírito se é nosso espírito mesmo q, como vc colocou acima, nos leva à prática, também, de ações más?!

      Amigo: Assim todo espírito inferior não teria acesso a nós, e nosso progresso não seria interrompido ou dissolvido em pensamentos e ações que mais nos comprometeriam em dívidas futuras.

      Cel: aí está outro assunto interessante a, sobre ele, raciocinar: no futuro, mesmo sabendo q essas dívidas serão resultado de nossos erros, porq os cometeremos? E qto ao passado, desconhecíamos q, pelo praticar erros, nos encheríamos de dívidas? Ou sabíamos mas, assim mesmo, de livre vontade e sã consciência, decidimos escolher enfrentar a divina e terrível lei do Todo Poderoso, e suas torturantes conseqüências?

      Amigo: Parece fácil, visto isso deste ângulo. Mas não, o que indago é o quanto a matéria grita, procura se impor ao espírito, busca satisfazer seus desejos e saciar sua fome do que, popularmente, se chama de curtir a vida. 

      Cel: mais uma questão:  já fomos criados de modo a não conseguir nos impor à matéria? A doutrina, é evidente, não diz isso. Então, qual será a causa dessa nossa fraqueza, q nos leva à busca de satisfazer os desejos de saciar essa fome ou, como vc disse, “curtir a vida”, e a esquecermos q “curtir o espiritual” é muito melhor, mais “gostoso”, mais conveniente e q, ao final, nos leva à felicidade e não à infelicidade q, inexoravelmente (como religiões afirmam), nos virá se decidimos, por nossa livre vontade, escolher “curtir a vida” em vez de escolher “curtir o espírito”?

      Amigo: Na verdade desejos sem limites, a gula, o sexo satisfeito de forma irresponsável, a cobiça, a inveja, o usura, a soberba, etc, são desejos da carne.

      Cel: raciocinemos de novo: conforme a DE, e outras doutrinas, todos fomos criados sem essas imperfeições (das mais simples e inocentes, até as mais monstruosas), como aquelas q vc citou acima “desejos sem limites, a gula, o sexo satisfeito de forma irresponsável, a cobiça, a inveja, o usura, a soberba, etc, são desejos da carne
      Não tínhamos tais defeitos morais, mas ficamos repletos deles! Nós mesmos os inoculamos em nós? Nós mesmos escolhemos colocá-los, à força, em nossa própria natureza? Nós mesmos, raciocinamos, avaliamos as conseqüências terríveis q nos virão de possuirmos tais defeitos e, depois, decidimos e escolhemos, conscientemente e de livre vontade, e por nosso desejo, sermos possuidores dessas imperfeições?!
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      Amigo: Esses desejos se satisfeitos tomando por princípio a moral, a sensatez, o comedimento são  bons, mas quando desenfreados, sem limites, são a degradação e o rebaixamento do homem.

      Cel: uma última questão necessária para q, raciocinando, tentemos entender isso de q estamos falando: se tais desejos podem ser comedidos pelo nosso espírito, porq nosso espírito não age de forma a comedi-los e, em vez disso, escolhe levá-los até ao extremo de, ele mesmo, espírito (nós mesmos) se tornar rebaixado e levado à extrema degradação?
     
      É preciso, sim, refletir, raciocinar, como muito bem Kardec, e os sensatos e equilibrados aconselham. Se tudo aceitamos sem refletir, questionar e raciocinar, “acabamos comendo gato por lebre”!
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