Olá,
amigos!
O amigo VV escreveu: Deus criou
os espíritos sem ciência, com o objetivo de chegarem à
perfeição = Deus.
Cel:
não será isso apenas um conceito das religiões do mundo? Como, no mundo, há
sofrimentos, e como, segundo as crenças, há um supremo amor e uma suprema
justiça, o modo de explicar a existência dos sofrimentos é q os homens, por
serem imperfeitos, cometem absurdos e q estes, por sua vez, dão origem aos
sofrimentos.
Contudo,
as religiões não levam em conta esse mesmo supremo amor, q teria, pela
concepção delas, criado espíritos destinados a ingentes sofrimentos,
como, mesmo até hoje, não levam em conta o fato de q, esse mesmo supremo amor e
essa infinita sabedoria, tenham criado e estejam criando seres com
possibilidades, facilidades, inclinações, aptidões, habilidades, desejos e plena
liberdade para q se encaminhem pela estrada do bem ou do mal, nesta podendo
cometer as mais variadas e terríveis espécies de mal e, depois, serem penalizados
pelo q fizeram.
VV: Logo,
munidos de um livre arbítrio, que os coloca a escolha de ser ou não ser
perfeito, Deus pode ou não ver seus filhos atingirem o objetivo.
Cel: aí,
no q o amigo escreveu, não há uma falha em relação ao comportamento dos homens,
pois quem não deseja ser feliz? Quem não deseja atingir a perfeição se ela é a
portadora de total felicidade, senão o desequilibrado mentalmente?
VV: Sabendo
disso, Deus, criou a dor ou sofrimento para obrigar seus filhos a seguir a
lei?
Cel: está
questão está prejudicada pelo q vimos acima. A estranheza q ocorre tem a mesma
resposta acima: pois quem não deseja atingir a perfeição, a absoluta
felicidade?
E o
Criador não criou qualquer sanção referente ao não cumprimento de sua Lei. O
sofrimento é inerente, ou próprio, da vida na carne. E não há sanção, porq não
há obrigações a cumprir, nem aprendizado a aprender, nem quem necessite
aprender!
VV: Ou
porque Deus mandaria seus espíritos para um mundo sujeito a tantas
dores e dificuldades, se saberia que eles iriam se apegar e por isso sofreriam?
Cel:
meu amigo, sua pergunta é lógica e vem naturalmente àquele q está estudando,
refletindo, questionando. Veja: nem Deus manda seus espíritos para os
sofrimentos do mundo, nem os espíritos merecem ou aprendem com essas dores e
nem se apegam a qualquer coisa. Como disse acima, os sofrimentos vêm da vida
junto da, ou na matéria; e não é o espírito/alma q tem algo a aprender e a sofrer
pelos erros q pratica; sofrimentos, imperfeições, erros são, tb, inerentes à
vida corpórea; imperfeições, defeitos morais estão apenas na mente individual,
no ‘eu’ chamado inferior, no ego, este originado da ignorância e do conseqüente
medo, e originador do egoísmo; o
espírito é perfeito como o Criador, dentro de nossa concepção, é perfeito. Não
existem espíritos individuais, separados uns dos outros; os espíritos são “o”
Espírito!
VV: Quem
pode responder essas perguntas? Afinal, qual o sentido de viver?
Cel: meu amigo, a vida no espírito, como
na carne, apenas existe, e só! É um fluir incessante, produto desse imenso e
extremamente poderoso movimento q cria, mantém, destrói, movimenta e dá vida, a
tudo, desde ao q é, para nós, simples e inócuo, as mais simples e
insignificantes partículas, pensamentos, desejos, vontades, escolhas, decisões,
aos mais complexos e gigantescos corpos celestes, estrelas, galáxias,
universos.
Mas, não há sentido ou finalidade. Nós,
sobretudo os ocidentais, acreditamos, pela tradição, cultura, pelo q as
religiões nos transmitem, q tudo q existe tem uma razão para existir, q tudo
surge devido a uma necessidade fisiológica ou psicológica, q tudo q existe, corpóreo ou incorpóreo, tem
um “para quê”. Os “porquês” existem e as
ciências nos mostram quais são; mas, os “para quê”, quem sabe explicar? Assim,
os orientais perguntam: “para quê” as ondas do mar se esparramam pelas praias? Ou,
“para quê”, no alto daquela montanha inacessível, nasce uma bela flor? O “porquê”
a ciência sabe!O “para quê” as religiões dizem q sabem. Contudo, “para que” não
existe! Tudo, como Deus, apenas “é”!
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