domingo, 15 de julho de 2012

Porq e para quê os sofrimentos? Para quê o aprendizado? Para quê tudo isso? Essas coisas não serão apenas concepções das religiões?


      Olá, amigos!

      O amigo VV escreveu: Deus criou os espíritos sem ciência, com o objetivo de chegarem à perfeição = Deus.

      Cel: não será isso apenas um conceito das religiões do mundo? Como, no mundo, há sofrimentos, e como, segundo as crenças, há um supremo amor e uma suprema justiça, o modo de explicar a existência dos sofrimentos é q os homens, por serem imperfeitos, cometem absurdos e q estes, por sua vez, dão origem aos sofrimentos.
      Contudo, as religiões não levam em conta esse mesmo supremo amor, q teria, pela concepção delas, criado espíritos destinados a ingentes sofrimentos, como, mesmo até hoje, não levam em conta o fato de q, esse mesmo supremo amor e essa infinita sabedoria, tenham criado e estejam criando seres com possibilidades, facilidades, inclinações, aptidões, habilidades, desejos e plena liberdade para q se encaminhem pela estrada do bem ou do mal, nesta podendo cometer as mais variadas e terríveis espécies de mal e, depois, serem penalizados pelo q fizeram.    

      VV: Logo, munidos de um livre arbítrio, que os coloca a escolha de ser ou não ser perfeito, Deus pode ou não ver seus filhos atingirem o objetivo.

      Cel: aí, no q o amigo escreveu, não há uma falha em relação ao comportamento dos homens, pois quem não deseja ser feliz? Quem não deseja atingir a perfeição se ela é a portadora de total felicidade, senão o desequilibrado mentalmente? 

      VV: Sabendo disso, Deus, criou a dor ou sofrimento para obrigar seus filhos a seguir a lei? 

      Cel: está questão está prejudicada pelo q vimos acima. A estranheza q ocorre tem a mesma resposta acima: pois quem não deseja atingir a perfeição, a absoluta felicidade?  
      E o Criador não criou qualquer sanção referente ao não cumprimento de sua Lei. O sofrimento é inerente, ou próprio, da vida na carne. E não há sanção, porq não há obrigações a cumprir, nem aprendizado a aprender, nem quem necessite aprender!

      VV: Ou porque Deus mandaria seus espíritos para um mundo sujeito a tantas dores e dificuldades, se saberia que eles iriam se apegar e por isso sofreriam?

      Cel: meu amigo, sua pergunta é lógica e vem naturalmente àquele q está estudando, refletindo, questionando. Veja: nem Deus manda seus espíritos para os sofrimentos do mundo, nem os espíritos merecem ou aprendem com essas dores e nem se apegam a qualquer coisa. Como disse acima, os sofrimentos vêm da vida junto da, ou na matéria; e não é o espírito/alma q tem algo a aprender e a sofrer pelos erros q pratica; sofrimentos, imperfeições, erros são, tb, inerentes à vida corpórea; imperfeições, defeitos morais estão apenas na mente individual, no ‘eu’ chamado inferior, no ego, este originado da ignorância e do conseqüente medo, e originador  do egoísmo; o espírito é perfeito como o Criador, dentro de nossa concepção, é perfeito. Não existem espíritos individuais, separados uns dos outros; os espíritos são “o” Espírito!

      VV: Quem pode responder essas perguntas? Afinal, qual o sentido de viver?

      Cel: meu amigo, a vida no espírito, como na carne, apenas existe, e só! É um fluir incessante, produto desse imenso e extremamente poderoso movimento q cria, mantém, destrói, movimenta e dá vida, a tudo, desde ao q é, para nós, simples e inócuo, as mais simples e insignificantes partículas, pensamentos, desejos, vontades, escolhas, decisões, aos mais complexos e gigantescos corpos celestes, estrelas, galáxias, universos.
      Mas, não há sentido ou finalidade. Nós, sobretudo os ocidentais, acreditamos, pela tradição, cultura, pelo q as religiões nos transmitem, q tudo q existe tem uma razão para existir, q tudo surge devido a uma necessidade fisiológica ou psicológica,  q tudo q existe, corpóreo ou incorpóreo, tem um “para quê”.  Os “porquês” existem e as ciências nos mostram quais são; mas, os “para quê”, quem sabe explicar? Assim, os orientais perguntam: “para quê” as ondas do mar se esparramam pelas praias? Ou, “para quê”, no alto daquela montanha inacessível, nasce uma bela flor? O “porquê” a ciência sabe!O “para quê” as religiões dizem q sabem. Contudo, “para que” não existe! Tudo, como Deus, apenas “é”!
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