Olá, amigo VV
VV: Pelo
que já pude constatar, todas as nossas escolhas certas e equivocas partem do
Ego - uma espécie de defesa
natural - que todos os seres humanos possuem e que daí derivamtodas
as desigualdades. Estou correto? Esse ego sendo fruto da união do espírito com
a matéria já estaria previsto por Deus, estaria correto novamente?
Cel:
estaria previsto por Deus?! Veja, amigo, quem conhece Deus? Apenas podemos ‘imaginar’
o q seja e isso através daquilo q as religiões, todas cheias de falhas,
incoerências, contradições, nos transmitem. E mesmo sem conhecê-lo, lhe
conferimos uma série de atributos, sempre baseados (ou copiados) nas virtudes dos
homens, é verdade q elevadas à máxima potência.
Mas,
quem O conhece? As próprias crenças nos mostram sempre um Deus poderoso, cheio
de amor, justiça e sabedoria mas, ao mesmo tempo, vingador (“a vingança
pertence ao Senhor!”), punidor (penalidades terríveis q podem se estender, ou
eternidade afora, ou em “multiplicadas encarnações doloridas, por milhões de
anos”); justo e sábio, mas q só sabe criar seres q só entendem a linguagem da
dor, e um processo para ensinar seus filhos a evoluirm, cujo método mais usado
e mais eficiente são as ‘chicotadas’ dos mais terríveis, torturantes e insuportáveis
sofrimentos! (Conforme podemos deduzir dos ensinamentos das próprias
religiões!).
VVC: Outra
dúvida, amigo Coronel, a vida é um vai e vem de experiências; gostaria de
refletir se ela age por contra própria, executando a vontade do Criador, e o
ego responde de acordo com o que a escola da vida lhe fornece respondendo e
interpretando os acontecimentos da vida, sentimento por pessoas e etc e conseqüentemente
disso resulta seus atos .
Cel:
vamos ver; a vida é um ser, uma entidade dotada de inteligência e de vontade
própria? Qdo dizemos q é a vida que nos traz experiências/lições, estamos nos
referindo a esse Todo e Absoluto e Infinito ‘organismo’ (?) universal, cujo
movimento irresistível nos leva, a nós e a tudo, daqui para lá e de lá para mais
além; q cria e movimenta o universo todo, desde seus mais ‘insignificantes’
quanta de energia às mais gigantescas galáxias; estamos nos referindo a tudo q
esse organismo/mecanismo produz, e q exerce influências (benéficas ou
maléficas, agradáveis ou desagradáveis) sobre tudo, desde os mais simples fenômenos,
sejam quais forem, a pensamentos e suas expressões, sentimentos, sofrimentos,
felicidade ou infelicidade... aí, estão incluídos os ensinamentos q levam
àquilo q chamamos de ‘bem’, e àquilo q chamamos de ‘mal’; aí estão as palavras
e os exemplos de santos e iluminados, de mestres e de facínoras, Gandhi e
Hitler, Jesus e Calígula . Tudo influenciando tudo, pois tudo é interdependente
e, afinal, uma coisa só.
VV: Nós
não escolhemos, estamos condicionados a culturas, condutas de ética
de milênios de anos antes de nós, é a vida que escolhe e nos
influencia ou o ego quem escolhe?
Cel:
nós, neste mesmo instante, somos o resultado de todas as causas e efeitos q
aconteceram, em nossa linha ascendente, desde os mais remotos antepassados, e
dos fenômenos q lhes deram existência, até este mesmo instante. As
lições/experiências q a vida proporcionou, desde aquele longínquo passado, nos
levam a sermos bons ou maus, solidários ou egoístas, humildes ou orgulhos,
enfim, a todas essas características opostas q os seres, neste instante,
apresentam no mundo. Ninguém é bom ou mau simplesmente porq deseja ser bom ou
mau! A vida nos leva a ser o q somos; não somos nós, mas a vida q molda e
constrói nossos destinos, nosso futuro; q constrói ou molda nossa vontade,
desejos, decisões (“é o Sr q opera em nós o pensar, o querer e o fazer!”).
VV: Outra
dúvida, é a própria escola quem decide quem vai evoluir ou não? A vida sabendo
que o Ego filtra e tem uma tendência a cometer equívocos, por essa razão não
para de suscitar acontecimentos, histórias, acções até que o Eu verdadeiro
decida calar o que lhe entrava a visão mais perfeita?
Cel:
vemos a vida através das interpretações q o ego dela nos traz; o ego, através
de nossos sentidos de relação com o mundo, nos faz acertar e errar; mais o mais
grave: impede q saibamos quem e o que realmente somos; nos dá a certeza de q
somos independentes e separados de tudo q está ao nosso redor, pois vemos e
sentimos o universo em volta e fora de
nós. Podemos até dizer q é a vida quem decide quem vai evoluir ou regredir
pois, por suas experiências/lições incessantes, eleva ou diminui nossa
compreensão do mundo. Porém, isso a q damos o nome de evolução não se refere ao
espírito, mas a um crescente (e eventual) amadurecimento da compreensão do
próprio ego, de q ele mesmo é o entrave para a emancipação espiritual; de que
ele é q contém, em si mesmo, tudo aquilo a q damos o nome de imperfeições e
defeitos morais, de que deve cessar com suas operações. (“Aquieta-te e sabe: eu
sou Deus”, isto é, faça q seu ego se cale, cesse suas operações e saiba q quem
agora está aqui, não é mais você; é Deus). O espírito, como já vimos é ‘o’
Espírito, a Consciência universal, a Essência divina, q cria tudo, está em tudo
e é tudo. (“... tudo foi criado por Ele e sem Ele nada foi criado!”, ou “nele
vivemos, nele respiramos...!”, ou “Ele está acima e abaixo... dentro e
fora...!”).
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